CRIS LI 27/12/2021Fofura do começo ao fimNão confunda simples com simplista. A história da Kiki, uma bruxinha que precisa cumprir o seu rito de passagem, para continuar sendo uma bruxa é cheia dessas coisas ordinárias, da vida comum, sabe?
Ao sair de sua pequena cidade Natal, ela titubeia em deixar seus pais (a senhora Kokiri e o senhor Okino) e sua infância para trás. Ela precisa ir para uma cidade em que não haja bruxas e se estabelecer por um ano. Apenas depois de um ano se virando em uma cidade eba que não conheça ninguém ela poderá voltar. Tudo que Kiki leva é uma radinho, lanche para mais ou menos um dia, a vassoura da mãe e o gato Jiji, o companheiro de aventuras da menina.
Logo Kiki voa envolta pela lua cheia, e escolhe uma cidade grande, perto do mar, para morar.
A cidade de Koriko nunca teve uma bruxa e todos estranham Kiki logo de cara. Eles têm uma visão estereotipada de bruxas e não são amigáveis. Ela se sente perdida e triste, mas sabe que precisa achar um lugar para morar por 1 ano e voltar mais independente do que quando saiu de casa. Nessa jornada de crescimento, Kiki vai ter a ajuda da senhora Osono, do menino Tombo e também de Mimi.
Essa história nos lembra da magia que é fazer as coisas cotidianas com leveza e dedicação. Crescer é difícil, mas essencial. É necessário se superar sempre, sem perder as raízes.
Kiki acaba criando um serviço de entregas, já que todos estão sempre muito ocupados na cidade, e ela é muito boa voando.
Mas vão aparecer muitos clientes engraçados, outros difíceis, alguns peculiares.. assim ela vai conquistando a confiança dos moradores e fazendo amigos. E colecionando muitas histórias também. Para as entregas ela aceita fazer trocas em vez de ganhar apenas dinheiro. Seja um vestido, uma faixa de tricô, qualquer um pode telefonar e contar com Kiki para as entregas mais urgentes e difíceis. Ou para entregas especiais. Ela se atrapalha algumas vezes, mas junto de Jiji sempre pensa num jeito de resolver as coisas.
Amei muito a história, as ilustrações são lindas. Foram inspiradas em ilustrações de caixas de fósforo do século passado.
Um livros que não é só para crianças, qualquer um pode se encantar por Kiki e Jiji e seu serviço de entregas.
Tomara que os próximos volumes sejam traduzidos.