Suor

Suor Jorge Amado




Resenhas - Suor


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natália rocha 08/11/2021

''além das rusgas, de indiferença pela vida dos outros, dos comentários malévolos, havia entre eles uma solidariedade de classe da qual não se podia duvidar [...] O número 68 da ladeira do Pelourinho já não dormia. Acordara de repente, seus mil e tantos braços estavam inquietos e suas seiscentas bocas não demorariam a rugir.''

quando li a sinopse desse livro lembrei na hora de ''o cortiço'', de aluísio azevedo, meu clássico brasileiro favorito. ''suor'' se tornou um dos meus favoritos de jorge amado até o momento.

esse livro não tem um enredo conjunto, digamos assim. vamos conhecendo aos poucos cada uma das vidas dos inquilinos do cortiço, suas particularidades, precedentes, sonhos, formando uma teia que, no fim do livro, nos mostra que há um ponto comum entre todos eles.

é um livro que nos mostra vidas sofridas, de muitas perdas em diversos sentidos.

achei uma leitura rápida e envolvente, gostei bastante.
Alê | @alexandrejjr 08/11/2021minha estante
Esse é da fase de forte influência marxista do Jorginho, né?


natália rocha 08/11/2021minha estante
sim, é bem evidente hehe




Jessica858 01/10/2023

O livro Suor lembra muito O Cortiço, de Aluísio Azevedo, não só pelo ambiente parecido, mas também pelas lutas dos moradores por uma vida melhor.
Gleidson 01/10/2023minha estante
Bom saber disso! Gostei muito de O Cortiço.




Caio 28/04/2020

"Drama coletivo, drama da massa, da classe, da multidão..." Jorge Amado
Sou um apaixonado pela obra de Jorge Amado. Quando fico um tempo sem ler um livro dele, sinto falta e logo arrumo um para colocar na minha "fila de leituras". Seus livros me dão força para continuar lutando pelo que acredito.

Com Suor, foi assim. Um livro escrito por um Jorge Amado jovem, mas não menos incrível, cheio de sonhos por uma sociedade menos injusta.

Eu, acostumado com seus heróis e heroínas bem construídos, logo notei que Suor tem uma outra pegada. Não tem um ou uma protagonista. Se for eleger alguém como personagem principal, ele é um casarão no Pelourinho, que encarna e abriga os problemas da nossa desigual sociedade, sem deixar de lado a vontade de viver, a ânsia de lutar e o desejo de ser feliz.

O livro é rápido, as questões sociais esmiuçadas e mostradas em sua forma mais violenta e o soco no estômago é certo!

Livraço!

Dhany.Reis 28/04/2020minha estante
Isso mesmo , Caio! Terminei de ler essa obra! Fiquei na expectativa dos personagens principais. Foi diferente de todos que já li. Mas mesmo assim gostei pq amo a forma que Jorge Amado narra e descreve seus personagens ruas etc. Amo Jorge Amado do




Pacaterra 29/01/2023

O Cortiço de Jorge Amado
"A escada era a única coisa que ligava os inquilinos... hoje há outra, a solidariedade que nós despertamos..."

Terceiro romance de Jorge Amado, publicado no mês em que completou 22 anos, em 1934, "Suor" conta a história de moradores que vivem num cortiço, localizado no Pelourinho.

O romance tem como base o tempo em que Jorge Amado morou no Pelourinho, e se fundamenta na sua atividade militante, como membro da União da Juventude Comunista, órgão oficial do PCB.

No posfácio desta edição, Luiz Rossi conclui dizendo que as "páginas inflamadas" e as "chamadas à insurreição proletária" se tornaram "amareladas como cartas antigas" quando lemos fora do contexto político em que o romance foi escrito. No entanto, afirma que "Suor não desbotou" já que os "pesadelos sociais" ainda estão presentes na nossa sociedade.

Não poderia discordar mais. Se a miséria, a exploração e o contexto social degradante em que vivem as personagens ainda estão presentes, também os chamados à solidariedade de classe e ao levante dos explorados se mantêm atualíssimos.

A literatura-militante de Jorge Amado continuará sendo atual enquanto sobreviver a sociedade de classes no Brasil.
Renan 30/01/2023minha estante
Jorge Amado é atemporal e suas obras são sempre muito pertinentes as questões e necessidades de nosso país e povo.




Gabii 16/11/2012

Muito bom mesmo.
Assim como Capitães da Areia, Suor de Jorge Amado não decepciona e apresenta um panorama amplo da vida em um cortiço de Salvador, mostrando todos os lugares possíveis e impossíveis aonde as pessoas habitam e vivem, seus desejos e suas inclinações.
As obras de Jorge Amado já possuem por natureza cunho social, mas neste livro ele se empenha em mostrar diferentes personagens e histórias se distanciando do modelo tradicional de escrita: normalmente existe um eixo para onde todas as ações dos personagens convergem, criando sempre um núcleo principal; Suor é diferente nesse aspecto, e apresenta uma narração mais curta de cada célula da história, deixando transparecer a antiga casa, não como um de cenário da história, e sim o apresentando como organismo vivo aonde todos os moradores se apresentam como uma parte de um todo que é o cortiço, o verdadeiro “personagem” principal.
Eu realmente recomendo este livro, ele é ótimo e de simples leitura.
Mais em:
http://embuscadelivrosperdidos.blogspot.com.br
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Sarah 25/01/2013

Choque de realidade, que infelizmente ainda pode ser reconhecido nos dias de hoje, que o querido Jorge Amado soube descrever com os mínimos detalhes, a humildade, a sofreguidão e os sonhos do povo esquecido da Ladeira do Pelourinho 98.
Personagens que estão longe de chegar ao corriqueiro "felizes para sempre", que aliás não é o que vemos nos romances do escritor, mas com todo sofrimento da realidade em que vivem, aprenderam a se unir e lutar para tentarem conseguir uma vida melhor.
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André Egg 28/03/2013

Uma nova forma para o Romance Brasileiro
Este é um dos primeiros livros que Jorge Amado escreveu, publicado pela primeira vez em 1934.

Ali ele estava experimentando novas formas de romance, impingindo um cunho social à sua literatura, o que neste livro aparece muito bem no tratamento dos personagens. Não há pessoas como personagens principais. O personagem principal é um cortiço em Salvador e suas gentes multifacetadas.

Não é o melhor livro de Jorge Amado, mas eu considero uma das importantes experiências estéticas do modernismo brasileiro.

Escrevi uma resenha bem mais completa para o Amálgama:
http://www.amalgama.blog.br/03/2011/suor-o-romance-socialista-de-jorge-amado/
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Vitor 18/07/2013

O povo baiano
Neste livro Jorge Amado transfere a mesma sensibilidade para com seu amado povo que só ele sabe transmitir. Personagens esquecidos e massacrados pela alta sociedade da Bahia, que o escritor poderia seguir o "contrato social" e contar a história dos ricos. Mas sendo ele defensor de sua gente, mostra com cadência e qualidade a vida do povo do 68, e torna-se inevitável não se sensibilizar pela vida daquela gente trabalhadeira e sofrida.
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Fogui 15/08/2015

Suor - Jorge Amado
Suor
Jorge Amado
Record
1986

Suor mostra a típica visão socialista da grande parte dos autores da época. Extremamente realista, apresenta um grupo de moradores de um prédio na ladeira do Pelourinho, em Salvados, Bahia.

Um cortiço em péssimas condições de higiene, inquilinos famintos, subjugados pelo sistema capitalista, sendo explorados e sem direitos trabalhistas.

O personagem principal é sem dúvida alguma o cortiço, onde vivem homens mulheres, jovens, velhos e crianças. É assim são narradas todas as situações que acontece neste local. As aventuras sexuais dos moradores com prostitutas ou com as duas bichas velhas do prédio...

Quer ler a resenha completa e muito mais, visite o blog Momentos da Fogui:

site: http://foguiii.blogspot.com.br/2015/07/suor-jorge-amado.html
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Flavio.Vinicius 12/04/2024

Suor
Romance escrito quando Jorge Amado ainda era muito jovem, um escritor iniciante com 22 anos. Publicado em 1934, o livro possui influências de acontecimentos como a revolução russa de 1917, e segue estilo narrativo parecido ao d'O Cortiço de Aluísio de Azevedo.

O romance apresenta várias histórias misturadas, como eram misturadas as existências das personagens que habitavam aquele cortiço, localizado no Pelourinho. Na época, aquela era uma região onde moravam os pobres e miseráveis de Salvador.

Muitos personagens não são sequer nomeados, o que leva a crer que o autor queria dar ênfase ao coletivo. São apresentadas vidas miseráveis e sofridas: a exploração, as enfermidades, as incertezas, mas também o sexo, a festa, a alegria. Esse é o livro mais triste e difícil que li de Jorge Amado. Nessa época, o autor estava envolvido pelas ideias comunistas. Ele era filiado ao Partido Conunista e demonstrava a filiação com esse ideário por meio das histórias que contava. Por exemplo, as narrativas sempre terminavam numa greve.

O livro pode ser visto como um registro histórico, atualmente a parte de Salvador onde a história se passou é uma região de artes e efervescência cultural. Outrora, havia sido região de morada de brasileiros ricos, depois passou a ser um bairro abandonado, habitado pelos expurgados do capitalismo. O livro carrega o tom de ativismo político do começo ao fim.

É uma obra bonita e triste, difícil de ser lida.
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Dan 19/12/2015

Suor - Jorge Amado
Gente sofrida que só passa fome, trabalha como escravos, são exploradas até o fim, moram em um lugar imundo e precário, quase não tem dinheiro pra nada, sem estudo, sem melhoria de vida, sem o direito de usufruir do básico, e por aí vai.Esta é a realidade dos habitantes da Ladeira do Pelourinho, 68.Onde não há motivos para comemoração, nem de casamentos, nem de nascimentos, pois com um ou outro as dificuldades só aumentam.No entanto se casam, se reproduzem, festejam, dando continuidade a um ciclo de vida onde o que prevalece é a miséria.Mas quem pode julgar-los? Todos nós procuramos a felicidade escondida atrás de qualquer canto que possa estar.
Muitos se acomodam na situação em que se encontram e se limitam a fazer suas obrigações, é verdade, mas nenhum deles, porém, se conforma.E aí vem a melhor deste livro, que é o sentimento de fraternidade que vive ali entre eles, capaz de ignorar as suas diferenças em favor de uma causa que todos eles agarram com unhas e dentes.Tão certo quanto a opressão que os espreita e age sem piedade.
A experiência de ler este livro foi boa, só não digo agradável por se tratar de uma realidade que chega a se tornar tão angustiante em alguns momentos quanto o calor forte da Bahia.Mas em suma valeu à pena e gostei.
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Lucas.PetribA 29/08/2016

Dói né?
Difícil descrever tamanha náusea que se sente nesse romance cru do Amado. Texto que já foi banido por Vargas. Mostra a revolta do proletário e a triste realidade que era viver no pelourinho.
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Rafael 06/03/2019

Um tapa-na-cara-social
Romance curto, talvez ate de um período de transição do autor como veremos em suas futuras obras. Embora não pareça, a impressão que tive foi de que o romance muito político; o ambiente podre, cruel e insalubre tem muito mais importância do que seus personagens, que de certa forma fazem parte dele. Jorge Amado explora no Pelourinho do final da década de 30 o que Férrea descreve hoje sobre a marginalização das periferias, no seu caso, do Capão Redondo.
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Giuliana.Fiori 19/04/2020

De tudo que já li de JorgeAmado, creio que Suor é o mais descritivo de todos
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