The Traitor Baru Cormorant

The Traitor Baru Cormorant Seth Dickinson




Resenhas - The Traitor Baru Cormorant


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Andre.Pithon 21/09/2022

Temos um império mercantilista, hegemônico, indo de porto em porto para colonizar mais terras, impor seus valores, propagar seu controle, tudo que um bom império gosta de fazer pra passar o tempo.

Temos um garota crescendo durante um desses momentos de colonização, a titular Baru Cormorant, vendo sua cultura derreter e ser substituída por uma nova, que chega à conclusão de que a única forma de se opor a uma força tão superior é se tornar parte dela, crescer no coração do império, e eventualmente adquirir poder suficiente para fazê-lo ruir de dentro pra fora.

E eventualmente, temos a protagonista precisando provar seu valor ao controlar a eternamente rebelde terra de Aurdwynn, envolvendo-se nos conflitos políticos locais, e abrindo as portas para um enorme e intricado jogo político, através das poderosas armas da contabilidade imperial, manejando a moeda para controlar as tensões cada vez mais descontroladas. E é aí que tudo começa a brilhar, em um jogo político rápido e mortal, com personagens coadjuvantes fortes e rapidamente caracterizados, muito ficando no plano de fundo pois o livro confia no leitor em passar rapidamente por longos períodos de tempo, saltando através dos anos, permitindo que o mundo mude.

Eu li Baru Cormorant estupidamente rápido, pois a prosa parecia propensa para isso, engatilhando evento atrás de evento, todo o status quo chacoalhando constantemente. Não é uma obra necessariamente surpreendente, mas o que há de mais satisfatório do que ver os dominós caindo um após o outro, principalmente de forma tão deliciosamente sofrida? É um livro que dói, que machuca, que realmente cobra o preço de se envolver nas tramas imperiais, e sacrificar-se atrás de poder.

Baru é funcional como protagonista, disposta à sacrifícios, extremamente qualificada, mas longe da perfeição, errando vez após vez em suas manobras, lidando com sua própria sexualidade (prática definitivamente proibida e julgada pelas normas imperiais), aprendendo a navegar o labirinto político de uma terra desconhecida, tendo que jogar com lordes piratas, nações ressurgentes detrás das montanhas, dezenas de ducados preocupados unicamente com sua própria prosperidade e linhagem, outras próprias figuras do império das máscaras que também buscam o destaque e o poder. Que jogo desastrosamente lindo o é.

Me diverti, os personagens constituem um elenco forte, a fina linha tensionada entre odiar o império e necessitar o império é excelente, junto da contradição entre as melhorias tecnológicas trazidas pelo invasor externo ao lado da completa e impiedosa perseguição cultural. E a conclusão é uma maravilhosa facada, trágico sofrimento de qualidade, que fecha excelentemente tal capítulo da história, mas mantém suas portas abertas para continuações.

2022 começou bem
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Mirella | @readingmirella 31/07/2022

vou começar falando que quando eu li esse livro eu estava muito triste, muito triste mesmo, então minha opinião pode não significar nada, enfim: esse livro é MUITO chato, extremamente arrastado e a sociedade que se passa era tão lgbtfobica que eu só não aguentava mais.
Patricia 13/03/2023minha estante
Concordo e tb aquela eugenia sendo enfatizada o tempo todo, "cruzamento" de seres humanos pra lá e pra cá... Argh! nem sei como consegui terminar.




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