Pequenas grandes mentiras

Pequenas grandes mentiras Liane Moriarty




Resenhas - Pequenas grandes mentiras


934 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Jadson 14/04/2017

Definitivamente, Pequenas grandes mentiras foi um dos melhores livros que li. Os dramas abordados não são assuntos bobos nem fúteis, quer dizer, aparentemente são, mas só aparentemente. A Liane Moriarty tem uma forma de escrita que prende o leitor logo de cara e, o melhor, é que ela consegue manter a expectativa e o "segredo", sem deixar a leitura cansativa e chata. Durante toda a leitura, somos preparados para o desfecho, pois os capítulos são intercalados entre depoimentos de pessoas falando do futuro, enquanto lemos a história no presente. Porém, de nada adianta, pois o final - não tenho palavras para falar - foi surpreendente e inimaginável, apesar dessa "preparação".

Percebemos que há um contraponto entre as 3 personagens principais. De um lado, temos a Madeleine, que à primeira vista possui um marido prestativo e que a ama, porém não a valoriza. Por isso, ela meio que "deseja" ter uma vida igual a de Celeste. Do outro lado, temos a maravilhosa Celeste, que não consegue deixar o marido e que, mesmo sabendo que o sentimento mudou, prefere continuar num relacionamento abusivo, onde a única conexão é o sexo rápido, selvagem e sem sentimento - será que, depois de saber isso, a Madeleine ainda vai querer a vida de Celeste? Fica aí o questionamento. E, entre elas, há a Jane, a "mãe-pai" de Ziggy. Sozinha, ela é atormentada pelos fantasmas de seu passado e deseja fortemente que seu filho não herde nada do pai. Tudo isso está presente, porém em forma de "pequenas mentiras", onde a pseudo-felicidade e "manter as aparências" são as coisas mais importantes na vida dessas mulheres e das pessoas que estão ao redor delas.

Apesar de vários assuntos abordados, esse livro não é sobre assassinatos, bullying ou dramas familiares, mas sobre como essas pessoas se relacionam e como suas "pequenas" atitudes tóxicas levam a conflitos dolorosos. E isso é retratado de forma bastante real.

site: http://www.porredelivros.com/2017/04/resenha-pequenas-grandes-mentiras-liane-moriarty.html
Daisy_book's 14/04/2017minha estante
Ouço falar tão bem deste livro, há anos está na minha lista e eu nunca o leio. Vou por em prioridades agora. Amei a resenha.


Daisy_book's 14/04/2017minha estante
Ouço falarem tão bem deste livro,tenho ele desde o lançamento e até hoje não o li. Vou pôr em prioridades agora. Adorei a resenha.


Jadson 15/04/2017minha estante
Daise, leia. Esse livro é incrível! Tão bom que ganhou até adaptação! :)


Jadson 15/04/2017minha estante
Daisy, pode ler, você não vai se arrepender! Ele é tão bom que ganhou até adaptação da HBO.




@bibliotecadedramas 17/01/2020

Ai, calamidade
É o terceiro livro de Liane Moriarty que leio e esse sem dúvida é o melhor de todos dela até o momento para mim. Sim, é o livro da série “Big Little Lies” da HBO que por sinal eu não assisti e agora depois do livro eu fiquei muito curiosa em ver o seriado. O livro tem 3 protagonistas mulheres narradas em terceira pessoa – Madeline, Celeste e Jane. Três mulheres maravilhosas que são mães, amigas e com realidades completamente diferentes uma da outra – mesmo convivendo em um círculo em comum – cada uma com seus problemas e segredos que giram em torno dessa trama. Os personagens secundários são ótimos também, alguns você vai amar e outros odiar.

Nem sempre aquilo que vemos é o que realmente acontece na realidade. Nem sempre aquela vida é perfeita como se mostra. Todo mundo tem suas pequenas mentiras e grandes segredos. Talvez para se proteger ou proteger aos outros. Só lendo pra descobrir. São personagens reais que amam e odeiam como nós, acho que foi isso que mais me encantou no livro. A história começa com um misterioso assassinato e durante a leitura a autora aborda temas como: bullying, estupro, violência doméstica, desigualdade social, a real maternidade e falsas aparências. Assuntos bem densos, mas que Liane tem uma maneira bem humorada e ao mesmo tempo única de escrever sobre todos esses temas sem perder a importância do peso que tem.

Em muitos momentos o livro tem várias tiradas engraçadas e cômicas que nos identificamos com cada uma das personagens e suas diferentes vidas. A minha preferida sem dúvida foi Madeline, me identifiquei TANTO com ela. É um livro que mostra a grande importância dos laços familiares, amizade e o quanto mulheres unidas podem ser fortes. Liane Moriarty entrou com louvor pra minha lista de escritoras queridas:

site: https://shejulis.com/livro-pequenas-grandes-mentiras/
Livia Barini 17/01/2020minha estante
Também gostei


@bibliotecadedramas 20/01/2020minha estante
muito bom né? eu comecei a ver o seriado e estou gostando, a trilha sonora é maravilhosa


Daniela 23/01/2020minha estante
Amei a Madeline


@bibliotecadedramas 24/01/2020minha estante
minha personagem favorita, Dani




gustavoclr 25/01/2017

Engraçado e pesado
Amei muito o livro. Primeiro que tem uma letra boa de se ler (e valorizo muito isso) e é dividido em vários capítulos curtinhos (amo livro assim), então virou uma leitura fácil e prazerosa. Lembra muito Meninas Malvadas em certos momentos, só que na versão de mães de filhos de 5 anos. Madeline e seus estresses me fizeram rir muito, gente como a gente. E a história complicada de violência doméstica te deixa revoltado como deveria. O final eu esperava mais, mas mesmo assim surpreendeu.
Larissa Leykman 27/01/2017minha estante
Esse é mto bommm. Vai ser adaptado


gustavoclr 14/02/2017minha estante
seriooooo? quando? boe comprei esse livro totalmente por acaso, tavam vendendo por 5 reais nas lojas americanas, ai comprei e amei


Larissa Leykman 14/02/2017minha estante
Eu não sei não. Li numa dessas listas de filmes que serão adaptados, mas não lembro se é esse ano ou o próximo. Só comemorei kkkkkk




Luisa 28/05/2021

Minhas impressões
Mergulhei nesta leitura sem ter lido nenhuma resenha ou sinopse e antes de ver a série da HBO. Inicialmente, pensei que se trataria de uma história de investigação de assassinato, mas fiquei surpresa ao perceber que o livro vai muito além disso. O assassinato, do qual por muitas páginas nada sabemos, atiçou minha curiosidade, mas o que mais me encantou foram os personagens muito reais criados por Liane Moriarty. Madeline, Jane e Celeste são mulheres com nada e tudo em comum. Todas elas têm suas qualidades, seus defeitos e dificuldades, cada uma tem sua história, seus traumas, contradições, e motivações, estão todas ora acertando, ora errando, mas, o melhor de tudo, oferecendo apoio uma à outra. Foi meu primeiro contato com a escrita da autora e descobri que ela consegue construir personagens muito humanas, criar suspense e situações cômicas e concomitantemente tratar de temas sérios como a violência doméstica. Em "Pequenas Grandes Mentiras" vemos que todo mundo tem problemas e segredos, todo mundo mente para os outros e para si mesmo e a vida de ninguém, por mais que pareça, é perfeita. O livro se trata, acima de tudo, de humanidade e amizade.
Aninha 29/05/2021minha estante
Quero ler


Beatriz 31/05/2021minha estante
veja a série!!!! me deu vontade de ler agora


Luisa 31/05/2021minha estante
Vou ver!!




Fátima Lopes 15/02/2017

A autora constrói o enredo aos pedacinhos contando fragmentos das histórias de cada um dos personagens para conduzir todos a um "gran finale", mas este artifício faz com que alguns trechos fiquem cansativos. Há muito "fulana disse, beltrana disse " e mesmo as denúncias sobre temas pertinentes como violência doméstica, exploração sexual de crianças e bullying não alteram o fato do livro ser , em sua maior parte, arrastado e previsível.
Simone de Cássia 16/02/2017minha estante
Também achei chatinho demais...


Juliana 16/02/2017minha estante
Concordo é arrastado e previsível demais.


Josi Oliveira 07/06/2017minha estante
Exatamente. Demorei para terminar e quase abandonei na metade.




Bruna 01/08/2022

Um livro sobre os problemas de mulheres ricas que é uma delicinha de ler e ainda aborda questões super importantes em relação à violência contra mulher. A forma como os personagens são construídos e são conectados me faz gostar muito de todos - exceto aquele que se você leu sabe quem é - até porque todos acabam sendo pessoas muito complexas e reais.
Tenho que admitir que as minhas partes preferidas do livro provavelmente foram os finais de capítulo em que eram adicionados trechos dos depoimentos que foram dados para a polícia por várias pessoas de fora do núcleo principal, porque quebravam tanto a sequência séria da história com narrativas tão fora da casinha que me faziam rir quase toda vez.
Assisti a série - anos antes - de ler o livro e ela é uma das minhas séries preferidas, então esse acaba sendo um detalhe importante pra definir o quanto eu gostei do livro, porque o final da série me deixou muito mais satisfeita do que o do livro. Não que o final do livro seja ruim, mas é que na minha cabeça no fim ficou aquela sensação de "a série terminou melhor" (falando da primeira temporada em específico, já que a segunda temporada não tem nada do livro). Quase dei um 4,5 pro livro por conta disso, mas eu acho que o meu problema com o livro é mais essa comparação que eu fiz na minha cabeça do que alguma questão com ele por si só.
brunarsou 01/08/2022minha estante
eu devorei esse livro quando li, amei tantooooo


Bruna 01/08/2022minha estante
é muito bom aff, assiste a série tambéem


brunarsou 01/08/2022minha estante
eu assisti depois de ler o livro, na época lembro de ter gostado mais da experiência lendo, acho que pelo suspense ter sido maior, mas a série tbm é incrível




Jéssica Lustosa 30/05/2021

A história é envolvente e intrigante, mas o mistério me pareceu óbvio. Não sei se eu fui influenciada pela série, que assisti em conjunto com o livro (que por sinal é bem fiel ao livro), mas não foi algo inesperado a revelação da vítima do crime.
As histórias paralelas e as dos personagens principais é interessante e bem construída, com problemáticas reais. A linguagem da autora é bem fluída e as transcrições dos comentários de vários personagens sendo entrevistados pela polícia é uma sacada muito legal.
Thais 30/05/2021minha estante
Quem matou foi mais surpreendente do que quem morreu kkkkk


Jéssica Lustosa 30/05/2021minha estante
Sim kkkkkkk
De acordo com Melina, a série não é fiel ao livro.
Errata ????


Thais 30/05/2021minha estante
Kkkkkkk




Raffafust 14/05/2015

Sinceramente não sei muito o que achei desse livro. Por um lado esperava muito mais de uma autora que escreveu um dos melhores livros lidos no ano passado : O Segredo do meu Marido . Por outro , apesar de o livro mais uma vez ser muito bem escrito, ficou um pouco de decepção porque achei a história muito longa, não precisava mesmo de 400 páginas para contar algo que se sairia muito bem em umas 200.
Em " Pequenas Grandes mentiras" a autora opta mais uma vez por mostrar ao leitor que não há mentiras que durem para sempre e que obviamente quando descobertas mudam a vida de todos que a envolvem. Temos na histórias 3 mulheres diferentes que poderia chamá-las de protagonistas mas as histórias se encaixam com a de outras que tem muito valor também, então opto por apresentar a vocês as que acho que vale a pena para entender um pouco do que se trata a história.
Jane é uma moça de 24 anos mãe de Ziggy , um garotinho fofo que não tem pai, ou que melhor, a mãe prefere esquecer quem ele seja. Madeline se parece muito comigo em algumas partes, por exemplo acha um absurdo o ex marido não ter pago em vida tudo que fez para ela , abandonando a com a filha Abigail e que o único prêmio que teria seria a filha odiar o pai e amar somente a ela. Mesmo casada com outro homem e mãe de outras crianças com ele , a moça ainda guarda aquele rancor típico feminino. Como se não bastasse o seu filho é da mesma idade da filha que ele tem com a esposa mais do que perfeita de seu segundo casamento.
Ah sim, ainda temos Celeste , a mais " pastel" do grupo , casada com um cara milionário e bonitão chamado Perry e que vai ser a grande chave de um mistério que levamos o livro inteiro - e olha que é grande - para descobrir. Ah sim, ela tem filhos gêmeos que são sua alegria mas tem um ar estranho que como citei acima será descoberto o motivo bem perto do final.
Se a história demorar engrenar logo na sinopse já nos deixam saber que haverá um crime, não se sabe se com um personagem feminino o masculino mas sabemos que alguém irá morrer em uma tal festa que tem um Jogo de Perguntas.
Para chegar a tal festa a autora optou por fazer idas e vindas no tempo , com as pessoas envolvidas comentando com o detetive cada capítulo narrado . O ponto principal de toda a história não chega a ser a tal morte mas sim o como acreditar em crianças pode ser errado, nem sempre crianças dizem sempre a verdade. Sei que já falei muito sobre isso no excelente e forte filme " A caça", no livro Liane Moriarty opta por falar sobre como acusar o pequeno Ziggy de algo que não se tem provas pode causar efeitos em todo um grupo de adultos que na verdade agem pior do que as próprias crianças.
Claro que o fato de mães acharem seus filhos perfeitos e acima de qualquer suspeita ajuda e muito, acusar o filho da mãe solteira - e portanto já é uma culpada - parece o certo. Não para todos , é verdade. Mas alguns se calam e como diz o ditado,quem cala, consente.
Longe do brilhantismo do livro anterior já citado, a autora não erra a mão mas enrola demais até chegar ao resultado dos fatos, me deu um certo cansaço no meio do livro , parecia que a história andava em círculos.
Confesso que o tema, os segredos e o desfecho são de bater palmas . Mas achei muito longo e sem necessidade para isso.
Raffafust 15/05/2015minha estante
Cruzes, odeio a! hahaha Não sabia não.


nandaassis 16/10/2015minha estante
Quem é Reese gente?
Raffa, eu gostei mais desse! Adorei O segredo do meu marido, mas achei genial o que ela fez nesse, deixar o leitor o livro inteiro quase tentando adivinhar quem tinha morrido.
E adorei todos os personagens, não achei lento. Fiquei até triste pq vc não gostou tantok kkk.
abs


Fátima Lopes 15/02/2017minha estante
Concordo, o livro é cansativo em vários trechos.




Diego Lunkes 18/07/2018

Um dos grandes desserviços que as histórias podem fazer é romantizar personagens e situações. Esta prática, tão arraigada na literatura, cria nos leitores expectativas que entram em conflito com situações do mundo real, normalmente levando a decepções quando as pessoas encontram problemas ao invés de finais felizes. E isso se agrava quando situações que deveriam ser inaceitáveis acabam, aos poucos, se tornando aceitas devido à lavagem cerebral cultivada a longo prazo através destas histórias.

Felizmente, este problema vem sendo cada vez mais discutido e histórias mais honestas surgem a fim de reparar os danos criados pela romantização. E este é o maior mérito do romance de Liane Moriarty.

"Pequenas Grandes Mentiras" apresenta uma história sob o ponto de vista de três personagens: Jane, Madeline e Celeste. Com o recurso de fragmentação da trama, a autora não induz o leitor a torcer por uma personagem em específica, o que já é um ponto positivo. Aliás, Moriarty faz questão de expor as falhas de todos os seus personagens. Além disso, aproveita esta fragmentação para discutir o tema da violência de diferentes ângulos, demonstrando como qualquer pessoa pode ser uma vítima e das mais diferentes maneiras.

"Ocorreu-lhe que havia muitos níveis de maldade no mundo. Maldades pequenas como suas palavras maldosas. Como não convidar uma criança para uma festa. Maldades maiores como abandonar a mulher e filha recém-nascida ou dormir com a babá do filho. E havia o tipo de maldade que […] não vivenciara: crueldade em quartos de hotel, violências em lares de classe média e menininhas sendo vendidas como mercadorias, destroçando corações inocentes."

A bola de neve de violência e mentiras que aumenta progressivamente na história tem seu estopim quando Jane busca seu filho, Ziggy, em seu primeiro dia no jardim de infância, onde o garoto é acusado por sua coleguinha, Ammabela, de tê-la estrangulado. Renata, a mãe da menina, embora consternada, está disposta a perdoar o ato de bullying desde que Ziggy peça desculpas para Ammabela. Porém, ele nega a acusação e, confiando em sua palavra, Jane sai em sua defesa. Embora compre a briga por seu filho, Jane não está segura de que Ziggy diz a verdade, isto porque a gravidez do garoto foi consequência de um ato de estupro no qual seu agressor a manteve imobilizada estrangulando-a. Esta associação do gesto de violência do agressor com o do filho, somada ao seu trauma e a sua insegurança, levam Jane a crer que Ziggy possa ter uma disposição para maldade que seja hereditária.

Enquanto praticamente todas as mães e professoras do jardim de infância hostilizam Jane, Madeline, mãe de Chloe, simpatiza com Jane e compra a briga contra Renata. Enquanto a trama das duas personagens se entrelaçam, em paralelo acompanhamos os demônios enfrentados pela própria Madeline. Casada pela segunda vez, Madeline mantém a guarda da filha adolescente do primeiro casamento, Abigail. Contudo, as constantes brigas com a filha rebelde fazem a garota escolher morar com o pai, Nathan, e a madrasta, Bonnie. A perda da preferência de sua filha representa uma angústia para Madeline, pois Nathan a abandonou ainda grávida de Abigail. A angústia torna-se ainda maior quando Nathan encena o papel do bom pai de família, basicamente fazendo pela a família de Bonnie tudo que deveria ter feito por Madeline e Abigail. Além de denunciar esta forma de agressão emocional, Liane Moriarty ainda expõe a estratégia utilizada pelo ex-marido que, quando confrontado com uma reação natural de raiva da esposa, tenta retratá-la como emocionalmente desiquilibrada para desviar o foco de suas culpas.

"Ex-maridos deveriam morar em outros bairros. Deveriam colocar seus filhos em outras escolas. Deveria haver leis para evitar situações como aquela. Não era para a pessoa lidar com sentimentos complicados de traição, mágoa e culpa no meio das gincanas dos filhos. Sentimentos como esses não deveriam ser expostos em público."

Após apadrinhar Jane, Madeline lhe apresenta sua amiga Celeste, que completa o tripé de apoio emocional que as personagens representam umas às outras. Enquanto Celeste tenta ajudar Madeline e Jane com seus problemas, ela própria luta contra a violência doméstica de seu marido, Perry. Neste núcleo da história, Liane demonstra como ocorre o ciclo vicioso de um relacionamento abusivo. Perry agride Celeste. Celeste defende-se agredindo Perry. Perry pede desculpas a Celeste, comprando presentes caros e lhe tratando da maneira mais amável possível. Até a próxima agressão, onde o ciclo recomeça.

"Mas era tão surpreendente que o homem bonito e ocupado que acabara de lhe oferecer uma xícara de chá e estava trabalhando no computador no outro cômodo, e que viria correndo se ela o chamasse, que a amava do fundo do seu coração estranho, provavelmente fosse matá-la."

Além de acertadamente refutar a romantização e expor de forma nua e crua as violências físicas, psicológicas e emocionais sofridas por suas personagens, Liane Moriarty ainda mostra como é possível tentar escapar destas situações na medida em que suas personagens começam a reagir à violência e se livrarem de seus problemas. Com isso, a autora praticamente dialoga com possíveis leitores vítimas destes abusos e oferente diferentes meios de combater diferentes tipos de violência. Pequenas Grandes Mentiras refuta a funcionalização da violência e o estereótipo da inimizade feminina, substituindo-os pela ideia de que as mulheres podem (e devem!) se unir para superar os seus problemas.

site: https://barbaliterata.wordpress.com/2018/07/18/pequenas-grandes-mentiras-2/
Ari Phanie 18/07/2018minha estante
Ótima resenha!


Diego Lunkes 18/07/2018minha estante
Brigadão, Ari :) Espero que os outros livros da autora sejam tão bons quanto este.


Ari Phanie 18/07/2018minha estante
Tbm espero :)




Zana 11/03/2017

Sinopse: Pequenas grandes mentiras conta a história de três mulheres, cada uma delas diante de uma encruzilhada.
Madeline é forte e decidida. No segundo casamento, está muito chateada porque a filha do primeiro relacionamento quer morar com o pai e a jovem madrasta. Não bastasse isso, Skye, a filha do ex-marido com a nova mulher, está matriculada no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline.
Celeste, mãe dos gêmeos Max e Josh, é uma mulher invejável. É magra, rica e bonita, e seu casamento com Perry parece perfeito demais para ser verdade.
Celeste e Madeleine ficam amigas de Jane, a jovem mãe solteira que se mudou para a cidade com o filho, Ziggy, fruto de uma noite malsucedida.
Quando Ziggy é acusado de bullying, as opiniões dos pais se dividem. As tensões nos pequenos grupos de mães vão aumentando até o fatídico dia em que alguém cai da varanda da escola e morre. Pais e professores têm impressões frequentemente contraditórias e a verdade fica difícil de ser alcançada.
_______________________________________________________________________

À força de nos disfarçarmos perante os outros acabamos por nos mascarar perante nós mesmos.” FRANÇOIS DE LA ROCHEFOUCAULD


O livro trata de temas pesados como violência contra a mulher, violência doméstica, bullying, assassinato, entretanto a sua narrativa carrega uma leveza inusitada e é aí que reside o gancho do livro. Os personagens passeiam pelos capítulos prestando depoimentos, desabafando, tagarelando, fofocando, falando maledicências de forma refrescante e tipicamente humana. Tipicamente humano e bem retratado também são as máscaras e disfarces adotados nos relacionamentos e convivências sociais e as pequenas e grandes mentiras que toda alma humana intrinsecamente carrega. A amizade germinando neste contraditório contexto é gostoso de se ler. As personagens centrais são memoráveis, principalmente a Madeline. Nenhuma tensão ou tédio escoa do livro e a atenção do leitor é cativada de modo contundente.

Liane Moriarty escreveu um livro interessante e perspicaz sobre a natureza humana com personagens sobretudo críveis. Soube envolver utilizando uma narrativa inteligente e bem-humorada. A leitura é agradável e a trama bem desenvolvida. Não é a toa que o setor cinematográfico pressentiu na história um possível sucesso para as telas. Espero que o filme atenda as expectativas porque o livro atendeu positivamente. Livro recomendado!
Érica | @aquelacomlivros 11/03/2017minha estante
Ótima resenha, Zana! Vou add na lista!


Zana 12/03/2017minha estante
Obrigada. Espero que goste : )




Paula 15/05/2015

Excelente!
Posso usar duas palavras para resumi-lo: "Ai, calamidade!" e quem leu irá entender!!! A autora é excelente tanto neste livro quanto em "O Segredo do meu marido", não deixem de ler!
LineBGarcia 15/07/2015minha estante
As Lembranças de Alice é muito lindo também!!!!


Paula 07/01/2016minha estante
Ahh eu gostei muito também!!




Mikaela 19/08/2017

Um livro impossível de largar!
Já está decidido: eu amo os livros da Liane Moriarty! Só agora, ao fazer a resenha, eu percebi que são 400 páginas. E passou tão rápido! É uma história tão deliciosa de ler, tão envolvente e tão bem desenvolvida, que eu praticamente não largava o livro.

Assim como em O Segredo do Meu Marido, a história se passa sob o ponto de vista de três mulheres: a impetuosa Madeline, a bela e frágil Celeste, e a misteriosa Jane. Os filhos das três estudam na mesma escola (uma prova de que escolas públicas parecem funcionar na Austrália, já que crianças ricas e mais pobres frequentam o mesmo lugar) e todas as mães se conhecem.

Acontece que a filha da sofisticada Renata acusa Ziggy, filho de Jane (mãe solo, inclusive), de ter praticado bullying contra ela. Aí as mães tomam lados e a guerra fria começa.

Tudo poderia ser parte de um enredo comum e apenas levemente engraçado se já não soubéssemos logo nas primeiras páginas que aquela história vai resultar em morte em uma comemoração da escola.

Agora, os detalhes do que vai acontecer vamos construindo ao conhecermos mais os personagens. Mas eu fiquei completamente chocada com o final.


Madeline poderia ser a típica chatinha controladora, Jane poderia ser desinteressante e Celeste seria coitadinha demais nas mãos de outro escritor ou escritora. Mas pela escrita de Liane Moriarty, elas ganham vida e personalidade!

E não somente elas, mas todos os personagens que aparecem somente pelo ponto de vista delas. Em meio a comentários fúteis e preocupações bobas, vamos identificamos um pouco de nós mesmos e de pessoas que conhecemos.

Além disso, nos importamos de verdade com todos eles. Em algumas passagens, a vontade que dá é de abraçar algumas personagens e de conversar com elas como amiga. Nos livros da autora não existem muitos vilões propriamente ditos e mesmo a pessoa que tem nesse é construída com várias facetas (apesar de eu odiar com todas as minhas forças).

Tem muitas histórias que adoram explorar a rivalidade entre mulheres e colocá-las sempre como vilãs umas contra as outras. Em Pequenas Grandes Mentiras, vemos que cada uma tem a sua mentira, aquela verdade inconveniente que precisam lidar ou aquele segredo terrível que precisam manter.

Claro que as briguinhas entre as mães são abordadas, mas quando se trata de sentimentos mais profundos, como a maternidade, o amor a si mesma e a sororidade, percebemos como as personagens têm mais em comum do que imaginam.

E é lindo ver isso escrito de forma tão madura, sem que precise ser sentimental demais. Ah, destaque para uma cena incrível no final do livro quando essas diferenças são postas para trás rapidamente em um determinado acontecimento.


No geral, Pequenas Grandes Mentiras é um livro repleto de ironia, diálogos ágeis, situações corriqueiras e assuntos tenebrosos (como violência contra a mulher e bullying escolar), trazendo, ao longo de tudo isso, uma mensagem de amor próprio, companheirismo e coragem.

É um dos meus livros favoritos do ano, é uma série elogiadíssima na HBO (com Reese Whiterspoon, Nicole Kidman e Shailene Woodley no elenco) e merece muito, mas muito mesmo, ser lido e guardado com carinho no coração.

Obs: a editora poderia ter sido melhor ao traduzir a profissão de Jane. No livro, eles falam que é guarda- livros, mas ao ver a série, eu percebi que a tradução mais correta seria contadora.


site: http://www.leituranossa.com.br/2017/07/pequenas-grandes-mentiras-liane-moriarty.html#.WZiInlV97IU
Milena.Borges 31/08/2017minha estante
Nossa!! Melhor resenha ate agora


Mikaela 03/09/2017minha estante
Obrigada ^_^




Eric 26/04/2017

É muito bom terminar uma leitura e sentir que todos os aspectos da história te agradaram 100%. Desde o meu primeiro contato com Lianne, por meio do Segredo do Meu Marido, pude sentir que essa escritora teria um brilhante sucesso nas livrarias pela sua originalidade em escrever histórias e sua capacidade de tratar de assuntos tão pertinentes para nossa sociedade sem explorar de forma sensacionalista as realidades atuais.

A história se passa em uma cidade pequena da Austrália, onde todos conhecem todos. A partir de uma escola pública em comum, pais e mães são conectados seja pelo fato dos filhos serem colegas de sala ou por simplesmente os filhos frequentarem o mesmo ambiente. Dessa forma, Celeste, Madeline e Jane são unidas pela amizade de seus filhos e juntas apresentarão os três núcleos principais do livro.
Após um episódio terrível em um evento escolar, os flashbacks serão narrados para se entender o que realmente aconteceu naquela noite horrível. Logo, o leitor acompanhará uma trama carregada de mentiras, violência doméstica, segredos, inveja, rivalidade, bullying, fofocas e muita falta de caráter.

A vantagem de se ler uma obra como essa é o poder que ela tem de mostrar a imensidão da humanidade dos personagens. Em todos os momentos pode - se notar que existe aquele tipo de pessoa na vida real. Em todo lugar iremos encontrar o marido que bate na esposa, a ex-mulher invejosa, a mãe de primeira viagem, a criança maldosa e os ricos mesquinhos. Enfim, a realidade tratada na narrativa é muito palpável, o que torna uma leitura atrativa, empolgante e muito pertinente.

Além disso, a autora consegue construir um mistério na história que não conseguimos decifrar facilmente e isso contribuiu para uma leitura muito ágil e sempre instigante. Os diálogos, a descrição dos sentimentos e toda a ambientação torna a obra muito gostosa de ser lida e nem um momento se encontra lentidão ou persistência em assuntos desnecessários.


Enfim, Pequenas Grandes Mentiras entrega o prometido e fiquei muito satisfeito por ter lido essa obra tão maravilhosa. Recomendo muito!!

?????
Pandora 26/04/2017minha estante
Também li os dois livros e os acho ótimos. Quero ler tudo o que a Liane escreve.


Eric 26/04/2017minha estante
Eu estou lendo tudo dessa mulher




Jordana 03/06/2020

PERFEITO!
Assim como a série, o livro é perfeito do início ao fim. Te prende cada vez mais e a cada parágrafo tu se sente mais próximo dos personagens!!!!!
Assis 03/06/2020minha estante
Conceito, coesão e aclamação


Jordana 03/06/2020minha estante
Exatooo!!!!




934 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR