Bia 21/01/2016Resenha publicada no Blog My Queen SideÉ do tipo de pessoa que ama filmes de terror ao estilo anos 90? Não dispensa um bom clichê do gênero? Bem, amigo, se você respondeu sim às minhas duas perguntas, precisa conhecer esse livro.
Em Lenda Urbana temos uma famosa brincadeira que foi realmente uma lenda urbana dos anos 90: a brincadeira do copo.
Veja bem, eu tinha apenas 15 anos e uma louca curiosidade a respeito do sobrenatural. Eu e minhas amigas não víamos nenhum perigo real naquilo, pois era apenas uma brincadeira. (posição 157)
Patty é uma garota muito parecida comigo quando o assunto é paixão pelos enredos macabros. Ela era completamente apaixonada por filmes de terror, daqueles com pessoas possuídas e casas assombradas.
Com 15 anos, tinha uma turminha de amigas que eram muito próximas. Mas com Kelly, o carinho era ainda maior. A relação das duas era muito parecida com a de irmãs.
Fascinada pelo sobrenatural, Patty sugeriu que as amigas fizessem a tal brincadeira do copo. O motivo? Além de se sentir atraída pelo desconhecido, o medo dava certa adrenalina à moça. E suas amigas, mesmo com medo, toparam participar da brincadeira, uma vez que poderiam ter revelações sobre o futuro.
O local escolhido fora a casa de Kelly. Assim, Patty, Kelly, Vanessa, Luciana, Roberta e seu namorado Duda, tentaram evocar um espírito. Alguns com muito medo, outros cheios de curiosidade e outros, ainda, desacreditados.
A brincadeira ficou bem séria quando constataram que havia sim um espírito no copo. E a coisa ficou pior quando não conseguiram contê-lo e o liberaram para o mundo real.
E este fez sua primeira vítima: Duda foi atirado pela janela, e não conseguiu sobreviver.
Não é bom brincar com espíritos. (posição 184)
Após este episódio, a discórdia foi lançada entre as garotas. Brigas, acusações e fofocas colocaram um ponto final em qualquer chance de amizade.
Patty ficara destroçada. Sentia-se culpada por tudo o que ocorrera e, devido ao que descobrira sobre as amigas, resolveu se fechar para o mundo.
Anos mais tarde, reencontra Leo, irmão mais velho de Kelly. A sensação de saudade a fizera se reaproximar da amiga.
Fatos ligados à fatídica noite passaram a surgir. E Patty sabia que não eram coincidências. O espírito estava entre eles, e a brincadeira estava apenas começando.
Qualquer pessoa pode evocar um espírito. (posição 1734)
É uma leitura que sabemos exatamente o que vai acontecer, não tem fatores que nos surpreende. E isto não foi um ponto negativo para mim. Como disse no início, eu gosto de clichês.
Foi o primeiro livro do gênero da autora. Vale saber que a autora é do gênero romance e se aventurou no terror a pedido de uma amiga.
A trama é muito envolvente e, apesar de termos uma ideia do que irá acontecer, ficamos instigados e com aquela ânsia de devorar o livro.
Temos um romance na trama, que dá a pitada sensual à história. O mesmo é bem elaborado, e também contribui para o envolvimento do leitor.
Não vi nada de original no enredo, mas imagino o desafio que foi para a autora escrever a história.
Me diverti muito, fui remetida à minha adolescência. Assim como Patty, também já fiz essa brincadeira sombria com minhas amigas, porém foi mais cômico que assombrado.
Recomendo para os iniciantes do gênero e para aqueles que, assim como eu, não dispensam um bom clichê.
E lembrem-se:
...nunca brinque com aquilo que não conhece. (posição 1464)
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