Resenhas - Declaração

Flavio.Vinicius 24/09/2022

Mudança de subjetividades
O livro analisa os danos causados pela sociedade neoliberal, com a figura do envidividado, do mediatizado, do securitizado e do representado. Criticando também os modelos socialistas, como o da União Soviética, os autores passam a propor modelos inspirados nas revoluções sociais que tomaram conta do mundo a partir de 2011: Primavera Árabe, Occupy Wall Street, entre outros. Os autores convidam à criação de novas subjetividades a partir da negação das subjetividades neoliberais, como, por exemplo, a criação de mecanismos de participação direta na política ao invés da democracia liberal representativa.

Leitura muito interessante, um verdadeiro manifesto para entender as insatisfações apresentadas pelos movimentos sociais nos últimos anos, como as expressas pelas Jornadas de Junho de 2013 no Brasil.

Suzanie 26/07/2020

Uma declaração ousada e instigante
Partindo de movimentos que ocorreram em diversas partes do mundo em 2011, os autores empreendem a reflexão sobre uma base comum entre eles, em que pese as diferenças locais e os motivos imediatos a que se propunham.

Em síntese, tais movimentos seriam expressão de um almejado rompimento com as atuais subjetividades frente a uma democracia enfraquecida, cujos instrumentos não atendem em absoluto às necessidades da população. Nesse sentido, representariam um prenúncio, ou nas palavras dos autores, uma declaração, da demanda social por uma nova constituinte.

Achei interessante e muito real a analise das subjetividades cultivadas no estado de representação politica atual. Por outro lado, em alguns momentos me perguntei se aqueles pensamentos ou proposições seriam factíveis.

O livro é no mínimo instigante. Deixa muitas perguntas e reflexões ao leitor. E vontade de ler outras obras de Michael Hardt e Antonio Negri.