Nossa Cultura... Ou o Que Restou Dela

Nossa Cultura... Ou o Que Restou Dela Theodore Dalrymple




Resenhas - Nossa Cultura...


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Rafael 21/06/2015

Os intelectuais fomentam a barbárie civilizacional
Os bárbaros estão tomando espaço, mas não são pessoas comuns (o povo), e sim os intelectuais que disseminam a degradação dos valores ocidentais. Idéias teóricas vão ganhando corpo na sociedade e, assim, o resultado é um tremendo desastre econômico, político e cultural.

A começar pelo estado de bem-estar social, que o autor, por ser médico e ter trabalhado com as camadas populares, conhece muito bem. Um estado que sustenta indivíduos improdutivos, criminosos, parasitando a sociedade. Portanto é um estado que legitima condutas antissociais com o dinheiro do contribuinte.

O campo das “artes” é outra área que a barbárie intelectual relativizou. O pensamento de esquerda legitima que não existem critérios estéticos. Desse modo, qualquer coisa pode ser arte. Já quem não concordar com a retórica deles, é chamado de burguês, elitista. Esse é o jogo do pensamento “progressita”.

Um termo muito utilizado pelos bárbaros é a “desconstrução”. Querem desconstruir a família tradicional, a responsabilidade individual, as artes. Necessitam a todo custo podar a tradição ocidental da qual eles próprios são frutos: as bases ética e morais. Portanto, se não há um norte moral, tudo é válido.

Julgar as políticas públicas pelas emoções é um fator de fácil aceitação por boa parte da população. Com isso as políticas populistas que parecem beneficiar os menos desfavorecidos, resultam sempre em índices maiores de pobreza material e espiritual.

Assim certo “meio” de “intelectuais” que poderiam estar contribuindo para o desenvolvimento da sociedade, não estão cumprindo o seu papel. Estão destruindo de forma lenta e gradual as bases da civilização, através da cultura. O perigo é eminente, e precisamos a priori compreender a causa, para depois tentar resgatar o que fora perdido.
Debora696 25/07/2015minha estante
Endosso o que você escreveu e faço um adendo: essa crise de valores é algo arquitetado há pelo menos três séculos. Com a crise, qualquer mudança que queiram implementar tem espaço, porque as pessoas estão tão confusas e desesperadas por "soluções" que aceitam qualquer coisa.


Dan 18/10/2017minha estante
Resenha muito boa!!! Eu não tenho essa capacidade de síntese.Parabéns!


Ana 21/01/2018minha estante
Amei tua resenha. Sem mais.




Ogaiht 28/07/2023

Declínio Cultural
É realmente muito bom encontrar um escritor conservador que seja realmente culto e que não seja nenhum tipo de fanático religioso como Theodore Dalrymple. O autor que foi médico, possui uma vasta experiência de vida e conhecimento de quem viveu as situações e temas dos quais discorre neste livro em forma de ensaios. Esta obra é dividida em duas partes: a primeira parte contem ensaios sobre artes e letras e a segunda parte sobre sociedade e política.
O autor desenvolve suas opiniões de uma perspectiva interessante e bem fundamentada tendo coragem de fazer críticas não populares, atacar a ditadura do politicamente correto e apontar as feridas e a degradação da cultura e sociedade britânicas. Num dos ensaios, o autor critica a histeria por trás da morte da princesa Diana e a pressão injustificada da imprensa e opinião pública para que a rainha desse alguma declaração acerca do ocorrido. Afinal, com que direito alguém pode exigir que outro demonstre sentimentos que não possui ou que prefere guardar só para si?
Apesar de a análise de Dalrymple ser feita toda do ponto de vista da sociedade britânica, ela pode ser perfeitamente aplicada em nossa sociedade também.
É realmente muito bom que um autor desse nível tenha chegado finalmente ao Brasil, com sua perspectiva fora da caixinha. Todos aqueles que queiram expandir seu conhecimento e visão do mundo deveriam ler Dalrymple. Não se assuste com o texto de introdução deste livro, que é escrito pelo desprezível Rodrigo Constantino. O autor merecia alguém de maior intelecto para escrever sua apresentação. Mas de qualquer forma esse é apenas um detalhe que não ofusca em nada o impacto da obra deste autor incrível .
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Alan kleber 01/11/2023

Como mariposas em volta da lâmpada estamos cortejando a catástrofe.

Polêmicas, tabus, cultura, arte, sexo, medicina, política, literatura - esses são apenas alguns dos temas abordados no livro "Nossa Cultura... Ou o que restou dela" de Theodore Dalrymple. Este é um repositório de 26 ensaios contundentes e sensíveis, que evocam a obra de George Orwell e exibem a inconfundível clareza de pensamento de Dalrymple sobre a condição humana.

O autor não hesita em questionar as mudanças culturais e suas consequências, mergulhando fundo na análise da cultura moderna. Ele ilumina raízes culturais e sociais das questões contemporâneas, nos desafiando a refletir sobre como a cultura influencia nossas vidas e sociedades em geral. A capacidade de Dalrymple de provocar reflexões é um dos pontos fortes deste livro.

Ao explorar temas que vão desde a legalização das drogas até o desmoronamento da religião, desde a permanência de adultos na adolescência até a precoce transição dos jovens para a vida adulta, o declínio da moral, a perda de valores tradicionais, a fragmentação da sociedade, e a influência da cultura popular, pouco escapa às observações afiadas de Dalrymple. Ele aborda a tendência humana para a autodestruição, o colapso de tradições e costumes, e os efeitos de buscar a felicidade pessoal como um direito político.
Dalrymple também critica a medicalização da vida, um fenômeno em que questões que costumavam ser consideradas problemas sociais, morais ou pessoais são tratadas como problemas médicos e, consequentemente, são medicalizadas. Ele argumenta que a tendência de atribuir problemas de comportamento, emocionais e sociais a condições médicas, como transtornos mentais, pode ser excessiva e, em alguns casos, desvia a atenção das questões subjacentes que podem estar enraizadas na cultura, na moralidade ou em fatores sociais. A crítica de Dalrymple destaca como a medicalização pode levar a uma compreensão simplista e muitas vezes excessivamente medicalizada dos desafios humanos complexos.

Além disso, o autor faz conexões com obras de Shakespeare, Orwell, Huxley, Virginia Woolf, Alfred Kinsey e Karl Marx, entre outros pensadores e escritores, enriquecendo suas análises. O livro também celebra mentes criativas que demonstram os poderes redentores da arte e reafirma a importância de valores tradicionais como prudência, honestidade, moderação e polidez.

Se você busca uma abordagem não convencional e crítica em relação à cultura contemporânea, "Nossa Cultura... Ou o que restou dela" oferece uma perspectiva intrigante que desafia o status quo e estimula a reflexão sobre as complexas questões culturais de nosso tempo. É uma obra que, mesmo com seu estilo direto e mordaz, convida o leitor a pensar profundamente sobre a sociedade em que vivemos.
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Marcella.Pimenta 28/12/2023

O mal triunfa com o silêncio e o rebaixamento dos bons
Os 26 ensaios, publicados no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, se dividem em 2 assuntos: letras e artes, sociedade e política.

No primeiro, o autor exalta a importância de Shakespeare (ele também faz várias referências a Dickens no decorrer dos textos) para a literatura inglesa, condena a valorização da novidade na arte visual grotesca (basta fazer algo que ninguém nunca fez, mesmo que seja colocar um penico no meio da rua). Há também crítica a autores como Virginia Woolf ("3 guineus"), Aldous Huxley ("Admirável Mundo Novo") e George Orwell ("1984").

Na segunda parte, temos textos sobre Cuba, a princesa Diana, o islamismo e o multiculturalismo. Menções a experiência de anos na África como médico ocorrem bastante.

A cada texto, é possível perceber como os bons não foram só calados ("basta o silêncio dos bons para que o mal triunfe") como difamados. Quando Mozart e Beethoven são pejorativamente chamados de elitistas e o funk, com letras pobres e que degradam a mulher, é visto como bela expressão cultural, a mediocridade é o teto.

Em vários trechos, eu lia algo e ia pro final ver quando tinha sido escrito. 2002, 1999, 2003. A gente sabe que, no Brasil, tudo (o bom e o ruim) demora a chegar, mas é assustador perceber que muito do que ele descreve há 20 anos é similar ao que vemos aqui, com as devidas adaptações.

Com seu olhar atento, Dalrymple abre o nosso sobre a nossa realidade. O homem inglês, o homem africano e o homem brasileiro, em que pesem as aparentes diferenças, se igualam em sua miséria moral e espiritual.
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Raphael 10/05/2020

Sempre atual
O livro mostra como nossa cultura está decadente e como temos que buscar a elevação dos valores.
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Judah Figueiredo 27/12/2020

Perfeita analise da sociedade atual
Todos os livros que já li de Dalrymple são ótimas análises da sociedade mundial na atualidade, expõe todos os dilemas que o modernismo, multicuturalismo e outros problemas causam na humanidade.
Interessante destacar que o autor apresenta os problemas, sua procedência, levando o leitor a entender o que é necessário para solucioná-los, possibilitando uma reflexão do quotidiano, um exame de consciência.
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Alan kleber 26/08/2020

O autor nesse livro de ensaios, mostra como a decadência cultural no Ocidente é fruto da influência de intelectuais, jornalistas, artistas, etc. E quem sofre é as pessoas de quem eles dizem defender. Os intelectuais, jornalistas, artistas foram minando as barreiras que detiam o mal, e quando essas barreiras foram derrubadas o mal floreceu e prosperou, corroendo e destruindo as vidas daquelas pessoas que mais precisam de limites para prosperarem. O resultado de toda essas doutrinas progressistas sem limites pregadas pelos formadores de opinião é visível.
" Graças a revolução sexual, são múltiplas as confusões atuais. Numa sociedade que molda suas relações sexuais sem a menor reflexão...
..." a angústia a respeito do abuso sexual contra menores e crianças convive com a total indiferença na era do consentimento; educação sexual compulsória e livre e contracepção provaram não ser incompatíveis com o aborto e a gravidez indesejada em massa, entre adolescentes...
..." a liberdade sexual gerou um aumento, e não uma diminuição da violência entre os sexos, afetando da mesma forma homens e mulheres, uma vez que as pessoas raramente cedem, ao objeto de sua afeição, a mesma tolerância e liberdade que defendem e praticam para si mesmos, promovendo um consequente aumento no nível da desconfiança e do ciúme um dos maiores e mais velhos incitadores da violência..."
..." vivemos em uma era que admira o atletismo sexual, mas condena a conduta predatória...
..." O único julgamento permitido na sociedade educada passa a ser aquele que diz que nenhum julgamento é permitido...
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Ana Saka 26/01/2016

Muito bom. Recomendo.
Livro excelente. Muito bem escrito, é dividido em duas partes - 'Artes e letras', e 'Sociedade e Política'. Seus ensaios analisam as mudanças (rumo à degradação) que ocorreram nas artes, no pensamento, atitudes e no cotidiano do povo britânico e europeu com a introdução das ideias progressistas e do politicamente correto, que trouxe a reboque o multiculturalismo, o paternalismo, a total complacência com a desordem, o feio, vulgar, depravado. Impossível ler os ensaios da segunda parte do livro (que datam mais de dez, quinze anos de publicados) e não lembrar dos massacres de Paris em janeiro e novembro de 2015, ou dos estupros em massa na Alemanha na passagem do ano.
Apesar da atualidade dos ensaios da segunda parte, adorei a primeira parte do livro, que me apresentou a autores em quem não tinha tido interesse até então, como Ivan Turgueniev (num texto muito bom em que é contrastado com Karl Marx) e Stefan Zweig. Fã de Shakespeare, Dalrymple dedica dois ensaios ao dramaturgo - o segundo ensaio termina com uma historieta acontecida na Coréia do Norte que eu pessoalmente nunca vou esquecer. Os ensaios de Dalrymple, mais do que alertar para o que se transformou a sociedade ocidental, nos lembra o tempo todo o valor de tudo o que estamos perdendo: a alta cultura, a beleza, a ordem, a civilidade, a coragem, a dignidade.
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Aline CS 19/06/2022

Dalrymple não decepciona.
Arte, cultura, sexualidade, política, são alguns dos temas através dos quais o autor nos mostra a decadência das mesmas em nossa sociedade. Com argumentos e exemplos reais o autor nos leva à muitas reflexões.
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Fidel 05/08/2015

A PERDA DE NOSSOS VALORES, A PERDA DE NOSSAS REFERÊNCIAS
NOSSA CULTURA... OU O QUE RESTOU DELA: Theodore Dalrymple alerta-nos neste livro a situação em que se encontra a sociedade britânica com a degeneração moral dos seus indivíduos.

Ao lançar este olhar para a cultura britânica ele revela de forma preocupante o que está acontecendo com toda as culturas do mundo, sobretudo a cultura europeia e norte-americana.

É uma alerta assustador sobre as inversões de valores, sobre a natureza humana e sobre a desconstrução daquilo que os melhores espíritos foram capazes de criar para a humanidade. Esses valores estão sendo depredados, desmontados, esfacelados, face o surgimento de um "novo mundo" que parece querer destruir passado como meio de criar um futuro glorioso para a humanidade, mas cheio de incertezas. Não há mais limites. Tudo é permitido. O futuro é aqui e agora, e o passado é uma mancha que deve ser esquecida... a todo custo. O mesmo olhar para o Brasil é assustador.

site: http://fideldicasdelivros.blogspot.com.br/
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Katharina 19/06/2016

Sociedade, arte, cultura, literatura e outros temas da atualidade abordados através de um paralelo ímpar com as obras de cânones da literatura universal como Shakespeare, Alfred Kinsey, Virginia Woolf e outros pensadores que influenciaram a cultura ocidental.
Anthony Daniels, que escreve sob o pseudônimo de Theodore Dalrymple, é um psiquiatra e ensaísta inglês que deixou o conforto da classe média britânica para trabalhar em presídios, asilos, manicômios e hospitais da Inglaterra e de países pobres ao redor do mundo. Seu objetivo é ajudar pessoas de diferentes níveis sociais a lidar com problemas familiares e sociais, cujas origens encontram-se nos próprios sistemas de governo e nos agentes intelectuais que os defendem e embasam sob o manto da “cultura do diferente”. É o que o autor chama de "inversão de valores", as quais estão remodelando as sociedades modernas e, muitas vezes, dão origem a males como violência doméstica, estupro, abuso sexual, licenciosidade, sexo sem compromisso, vício em entorpecentes e a banalização da violência. Uma coletânea de 26 ensaios fenomenais, imprescindíveis para os que buscam entender as complexas e desafiadoras transformações pelas quais passa o mundo moderno.
Livraço!!!!!!
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Deeh 13/05/2022

Degradação dos valores
Esse olhar do Dalrymple sobre a cultura ocidental é inquietante, ao menos para mim, a dose de realidade é grande.

Gostei principalmente da primeira parte, onde ele escreveu sobre artes e letras. O famoso grupo ?Bloomsbury? e sua influência? a importância da arte e literatura do passado.

Um dia espero organizar melhor determinados temas e discernir a
realidade com mais facilidade.
Thaíssa Pereira 13/05/2022minha estante
Olá,eu criei um Instagram literário e ficaria muito feliz em ter você por lá! Se puder seguir ficarei grata @livros.por.thai muito obrigada!! Boas leituras ?




Rutinha100czs 28/07/2022

Os ensaios desta obra nos remetem a analisar os motivos que levaram a uma tão acentuada desvalorização da cultura, da cultura tradicional, dos princípios e valores cristãos essenciais.
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Frank 14/05/2022

Um Raio-X dos nossos dias
Não conhecia o autor, mas fiquei impressionado com sua análise do nosso mundo.
Destruição da arte, do belo e dos valores em escala global são retratados no livro, além da banalização do sexo. O mal está enraizado na natureza humana.
Interessei-me pela leitura de Shakespeare (do qual li 5 livros) por meio desse livro.
Certamente vou ler outras obras deles.
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Marche 15/04/2017

Autoridade
Para falar com autoridade, você precisa ter vivenciado, não lido somente, não apenas ter ouvido falar, mas viver. Theodore Dalrymple ou Anthony Daniels, como preferir, fala com vivência, com fortes ensaios, sobre uma sociedade que não enxerga a lama que está criando e pisando ao mesmo tempo, cada vez mais profunda e aprisionante.

Mas por sorte isto é "só" na Europa e África.

Ele descreve algo que a Biblia já nos alertava, a mãe, pai, avó e avô de todos os livros. "No mundo jaz o maligno"...O amor de muitos se esfriaria..."

Mas há esperança, e a Páscoa nos lembra disso, há esperança!
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