O Secretário Italiano

O Secretário Italiano Caleb Carr




Resenhas - O Secretário Italiano


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Coruja 15/01/2013

Já tinha me deparado com esse livro antes, numa lista de pastiches inspirados na obra de Conan Doyle lá no Goodreads. Só que nunca, nem em um milhão de anos, eu teria adivinhado que ele fora traduzido aqui no Brasil – não até, inesperadamente, dar de cara com ele numa prateleira de supermercado.

Descobri que supermercados são excelentes lugares para comprar livros. Nunca mais vou reclamar quando me pedirem para ajudar com a feira...

Fanfarronices minha à parte, vamos ao que interessa.

Sherlock Holmes recebeu um telegrama misterioso de seu irmão, Mycroft. Decodificada a mensagem, há de se preparar para uma jornada a ancestral Holyrood, palácio onde Maria da Escócia teria assistido ao assassinato de seu secretário italiano (que dá nome ao título) por partidários protestantes provavelmente manipulados por Elizabeth I. Tal sangrento palco teria sido escolhido também por revolucionários ligados ao soberano alemão, o imperador Wilhelm II, para atentar contra a vida da rainha Vitória, resultando em duas mortes misteriosas de pessoas ligadas à residência real escocesa.

Mycroft – que posa de burocrata empedernido, mas costuma tomar chá e trocar fofocas com a rainha nas horas vagas – convence o irmão a investigar a (grotesca) brecha de segurança que possibilitou os assassinatos... e Sherlock acaba revelando uma sórdida trama que pode ou não estar ligada ao vingativo fantasma do secretário italiano.

Do momento em que comecei a ler esse volume, não consegui mais largá-lo. A trama é fantástica, muito bem construída no que concerne à investigação de Sherlock. Ficamos um pouco no escuro quanto ao atentado contra a rainha e essa talvez seja a minha única crítica ao livro – é difícil dizer com certeza se ficaram pontas soltas ou se deixar uma parte da verdade no ar se deve ao fato de que a narrativa continua a ser pelo ponto de vista do Watson e ele não teria acesso a certas informações e minúcias políticas.

Tal crítica, contudo, é apenas uma nota de rodapé entre os elogios que tenho para O Secretário Italiano. Carr não apenas me prendeu ao livro: ele me fez mergulhar completamente na trama, ao ponto em que eu estava prendendo a respiração em algumas partes e pulando de susto em outras.

Mesmo nas referências sobrenaturais – e há mais de um fantasma por entre as páginas do livro – não é algo forçado, ainda que não tão sutil quanto eu preferiria. Faz sentido, especialmente se você levar em consideração as crenças de Conan Doyle, crenças essas que influenciariam, quer queira quer não, nas de seu mais famoso personagem.

O melhor de tudo, porém, é o Watson, que está aqui em fantástica forma. Ele não sai a fazer deduções, não tenta ‘usurpar’ o papel do amigo; mas é brilhante em suas intervenções, destaca-se, é mesmo crucial para o desenrolar da ação – e amo quando isso acontece.

Enfim, gostei tanto que quero agora descobrir se há outros livros do Carr lançados aqui no Brasil – e me aventurar neles independente da presença holmesiana. Mais idas ao supermercado são necessárias – quem sabe que outras surpresas posso encontrar por lá, não é mesmo?

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
Roberto.Soldera 30/12/2015minha estante
Luciana, eu tenho outros dois livros dele, um chamado Alienista e o outro o Anjo das Trevas, ambos publicados pela Record. Creio que dificilmente achará eles novos, comprei os meus na livraria Nobel, mas isso já tem um bom tempo. Pode ler os dois sem medo, pois pelo menos pra mim são duas obras-primas !


anselmo.pessoal 25/07/2020minha estante
Resenha com senso de humor ??. Adorei.




Claire Scorzi 30/03/2014

De volta à Baker Street 221b
Fazendo uma recriação hábil do universo sherlockiano baseando-se nos originais de Conan Doyle, Carr não chega a criar algo tão bom quanto o autor que deu vida ao maior detetive de todos os tempos - mas em algumas passagens até que chega perto. Mantendo as características centrais do par de personagens, Holmes e Watson, o autor nos leva de volta à Baker Street 221b, e também à Escócia do século XIX - palco de agitações nacionalistas, atentados, bombas, mistérios... e lendas de fantasmas. O pano de fundo histórico me pareceu detalhado ao extremo em se tratando de reinventar os heróis de Doyle, mas depois me lembrei que o próprio criador de Sherlock Holmes escreveu romances históricos - e mais de um, por sinal. Então, talvez seja adequado.
Para quem conhece a história da Inglaterra elisabetana e a rivalidade entre as rainhas Elizabeth e Maria Stuart, achará o livro ainda mais saboroso; recentemente li a biografia de Maria, então, muitos detalhes voltaram à minha mente...
A manter reserva, talvez, quanto à insistência do toque fantástico na trama - não sei se fantasmas e Sherlock Holmes combinam... Mas, continua merecendo as 4 estrelas.
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Lincoln 29/12/2011

De volta a Rua Baker, 221
Por volta de 1992 fui convidado por uma amiga a fazer parte do chamado Círculo do Livro, a cada dois meses tinha que comprar pelo menos um livro, achei legal, já na primeira compra, não sei dizer o porque, creio que pelo fato de gostar de estórias policiais, comprei uma coleção de 7 livros do famoso detetive Sherlock, magnífico a narração, depois de praticamente 20 anos me deparo com mais uma aventura, desta vez escrita por outro escritor, curioso li, e não me arrependo, foi bom estar de volta a Baker Street, Caleb Carr consegui prender o leitor assim como o criador fez de forma mágica, recomendo a todos que gostam deste tipo de aventuras.
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Camila 10/08/2020

Bem maçante...
Ok, sei que Sherlock Holmes é detalhista, que a história se passa em outra época... mas foi difícil chegar ao fim deste livro! Muitos parágrafos longos, poucos diálogos, um blá-blá-blá sem fim. Não me empolgou...
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Gi 23/12/2020

David Rizzio, o secretário italiano
Tomando a liberdade de contar uma história em que o protagonista é Sherlock Holmes, Caleb Carr, autor de um dos meus livros favoritos, envolve o brilhante detetive num caso um tanto estranho.

Mycroft, o irmão Holmes mais velho, pede ajuda a Sherlock através de uma carta enigmática. Aparentemente algumas mortes aconteceram em Holyroodhouse, na Escócia, e indícios indicam que a rainha da Inglaterra possa estar em perigo.

Sherlock e seu fiel companheiro Dr. John Watson, o narrador da história (assim como nas obras de Sir Arthur Conan Doyle), passa a investigar o caso e o secretário italiano da rainha Mary da Escócia, morto há 300 anos, é o suspeito.

Comprei o livro primeiramente por causa do autor. Já li dois livros dele, sendo um deles um dos meus favoritos da vida, mas assim que li a sinopse fiquei ainda mais doida para ler.

Uma das coisas que mais me animou foi o caso estar ligado a um fato histórico, pois o secretário italiano, David Rizzio, realmente existiu e foi brutalmente assassinado.

O livro é bem dinâmico e fiquei bem intrigada com todo o desdobrar da investigação.

A personalidade de Holmes está perfeita como nos livros originais de Doyle e o relacionamento entre os irmãos foi bem explorado.

Realmente gostei bastante da leitura e recomendo aos fãs de Holmes, de histórias de detetives e de investigação.
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