Caroline Gurgel 26/02/2015Não tão fascinante quanto o primeiro livro, mas ainda bom.A Morte de Sarai termina com um final satisfatório, talvez não o mais romântico ou ideal, mas, ainda assim, satisfatório e verossímil. Todavia, admito que deixa o leitor curioso, querendo saber o que acontece dali em diante e terminamos correndo para o segundo livro com altas expectativas. Eis o problema! O primeiro livro é muito bom, me deixou tensa do começo ao fim, completamente presa e super ansiosa, no entanto, sua continuação é cheia de altos e baixos. Ora lhe prende, ora lhe entedia.
O Retorno de Izabel começa um tempo depois do término de A morte de Sarai, e vemos nossa protagonista com uma sede de vingança, querendo planejar e cometer um assassinato sozinha. Sozinha! Por mais que Sarai não tenha medo de matar ou morrer, é inexperiente e termina se metendo em encrenca, atraindo mais vilões do que poderia imaginar. Porém, isso também atrai de volta Victor, que terá que decidir se treina Sarai como ela deseja e permanece ao seu lado ou se a convence a viver uma vida normal. Niklas e Fredrik também reaparecem, mas não sabemos mais em quem confiar – se é que podemos confiar em alguém.
O começo da história me irritou um pouco, com uma Sarai mais imatura do que pude imaginar, fazendo algumas burradas que me tiraram do sério. A trama só volta a entrar nos eixos quando Victor reaparece, trazendo consigo Fredrik, um personagem instigante e cheio de mistérios.
Assim como no livro 1, a autora continua com uma narrativa que parece mais um roteiro de filme, embora aqui isso tenha me incomodado um pouco. Talvez eu não saiba bem apontar as diferenças, mas é como se aqui ela descrevesse demasiadamente os passos dos personagens. Descrições são interessantes, mas ações óbvias demais que não acrescentam muito devem ser bem mensuradas para não encher o livro desnecessariamente.
Talvez a autora tivesse concluído melhor a história de Victor e Sarai ‘Izabel’ se acrescentasse mais umas 100 páginas ao primeiro livro, e não criando um segundo volume. Há trechos bem repetitivos, muitos “diálogos internos”, como se a autora sentisse a necessidade de esmiuçar demais, explicar demais tudo para o leitor, supondo que ele ainda não tivesse entendido seu raciocínio – quando na verdade tudo já tinha ficado bem claro.
Até os 85% a leitura é ora empolgante, ora previsível e comum. É quando a autora, tcham ram!, enfim me surpreende!! Ufa! Daquele trecho em diante ela fez valer a leitura e me reconquistou. Sabe quando você está arriando na cadeira, sonolenta, quase fechando os olhos e de repente algo lhe desperta completamente? Yeah!
Não é tão fascinante quanto o primeiro, mas ainda assim é uma leitura que vale a pena e foge do trivial. Confesso que Sarai perdeu uns pontinhos e ficou atrás de Victor e Fredrik na minha lista de personagens favoritos, mas o saldo ainda foi positivo. Se lerei o próximo livro? Não tenho dúvida, afinal, é sobre ninguém menos que o misterioso Fredrik. Estou ansiosíssima!
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