A Rainha Normanda

A Rainha Normanda Patricia Bracewell




Resenhas - A Rainha da Normanda


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Daniele 28/04/2015

SOBRE PRESSÁGIOS, REIS E RAINHAS


Quase 1.000 anos, ou 10 séculos nos separam de Emma da Normandia. A protagonista da trilogia escrita pela norte-americana Patricia Bracewell e lançado no Brasil pela Editora Arqueiro, viveu em um período que denominamos Baixa Idade Média; quando a civilização medieval europeia e a cristandade estavam em seu apogeu.

Foi nesse período que o sistema feudal começou a declinar, e que o comércio com Asia e Africa se tornaram mais intensos, inclusive por conta do movimento religioso das Cruzadas.

Além dos primeiros passos da burguesia, a Igreja Católica Romana se fortalece como poder político e social; nesse período surgiram as Universidades e as Catedrais em estilo Gótico, e é, também, exatamente no momento em que as invasões barbaras se encerram abrindo a possibilidade desse novo período da civilização.

Bem, Emma – A Rainha Normanda – foi destinada a esse papel; o de Pacificadora. Ela foi dada em casamento ao Rei Elthered II para selar uma união entre a Normandia e a Inglaterra, mas principalmente, para tentar manter os “bárbaros” vikings dinamarqueses longe do reino saxão.

Sendo uma das mulheres mais ricas na Inglaterra, ela encomendou a produção de um livro sobre sua vida o “Encomium Emmae Reginae” que continua preservado, mesmo tendo sido escrito por volta da década de 1040 como parte das Crônicas Anglo-saxônicas.

O livro se propõe a contar a história da Rainha Emma de maneira ficcional, mas baseado em informações disponíveis nesse manuscrito. A história é envolvente e interessante, com descrição detalhada dos acontecimentos e situações que permeavam a nobreza, de como a rainha, mesmo sendo jovem e sozinha em um País que não era o seu, emerge como uma força no cenário dominado pelo poder masculino.

A trama é rápida, ela nos ajuda a ter uma dimensão de como eram forjadas as alianças da época, do quanto à manutenção do poder (que aparentemente era determinada por sua linhagem, apenas) era muito mais política e circunstanciais do que se imagina.

Esse é o livro I da trilogia, e como sou uma admiradora de sagas medievais, me manteve com a expectativa alta em relação aos próximos livros além da própria trajetória que nossa protagonista irá percorrer.

Dados:
Título: A Rainha Normanda
Título original: Shadow on the Crow
Série: Emma da Normandia #1
Autor: Patricia Bracewell
Editora: Editora Arqueiro
Edição: 1ª
Acabamento: Brochura
Ano: 2015
Número de páginas: 400
Tradução: Maria Luiza Newlands
ISBN: 978-85-8041-377-9
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Camila Felicio 28/11/2023

Leitura proveitosa, me tirou de uma ressaca literária (de ficção histórica)... No entanto é isto, é bom mas não ótimo, uma leitura agradável ainda que a autora tenha usado de muita liberdade para contar a história, após uma busca melhor sobre a vida de Emma (não a romanceada em mil séries) deparei-me com um vídeo excelente contando o pouco que se sabe da "Flor da Normandia" e vê-se que a Patricia Bracewell abusou baaaastante das brechas históricas.
Entretanto, é uma boa para leitores de Elizabeth Chadwick, Alisson Weir e Philippa Gregory, ainda que as três mencionadas consigam ser mais fiéis mesmo com estripulias (principalmente a Alisson, posto que a Philippa abusa baaaaaastante de sua liberdade como autora e deixa a cabeça dar uma voada).
No entanto, achei o livro menos divertido que as obras das autoras citadas, pois quando o absurdo abraça Philippa Gregory (unicórnios aparecendo para Jacquetta de Luxemburgo) não tem como não ser divertido, a escrita é gostosa e fluída, o leitor abraça o absurdo total e é capaz de curar qualquer ressaca. Já em "A Rainha Normanda", mesmo mais concisa, senti uma certa lentidão narrativa na escrita da autora, principalmente durante a metade do livro, ficando um pouco repetitivo.
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sandra 19/03/2015

Uma menina inocente mas corajosa e determinada se casa com um Rei medroso e que vê inimigos em todos. Uma estoria de intrigas e ciumes dentro da corte inglesa. Emma se torna uma mulher poderosa e invejada que desperta sentimentos de ódio e amor. Esperando a continuação em breve!!! Nota 4
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Marcia-Rios 20/03/2015

A rainha de um povo
25 de dezembro de 1001. Kent - Inglaterra...
A esposa do rei AEthelred II entra em trabalho de parto pela décima primeira e última vez (exalando seu último suspiro) . O corpo de sua mulher mal havia esfriado e o rei já pensava em quem iria ocupar o seu lugar. A ambiciosa Elgiva, filha do conde AElfhelm (um dos seus conselheiros). Essa união fortaleceria o seu vínculo com os senhores do Norte e conquistando suas lealdade, ou uma das irmãs (Mathilde e Emma) do duque Richard da Normandia que traria a segurança da costa da Inglaterra, contra os invasores Dinamarqueses.
31 de dezembro de 1001. Nortthanpronshire – Inglaterra.
Athelstan, Ecbert e Edmund (filhos mais velhos do rei) participam das festas natalinas na residência do conde AElfhelm , quando recebem o comunicado do falecimento da mãe e ordens para retornarem a corte.
Fevereiro de 1002. Fécamp - Normandia.
Chegada da comitiva inglesa na residência do duque Richard com uma proposta de casamento, que se arrastou por semanas até a conclusão de que Emma seria a esposa do rei AElfhelm (sem direito a escolha ela parte para Kent).
Abril de 1002. Kent – Inglaterra.
Emma chega para enfrentar o seu destino e conhece seu futuro marido no domingo de Páscoa dia do seu casamento.
Emma e o Rei tinham fortes convicções dos seus papéis nessa união, porém a cada novo acontecimento as mesmas são alteradas e o que viria a seguir deixava uma grande apreensão, já que não há como saber o que esperar de um rei enlouquecido, atormentado pelo fantasma da sua infância, incapaz de confiar nos membros de seu conselho, em seus filhos (que não sabia amar) e muito menos na sua jovem esposa (a quem submetia a suas brutais vontades carnais).
Emma, apesar da pouca idade (15 anos) tinha consciência dos perigos que a cercavam, teria que enfrentar sozinha aos membros da corte, a ira dos enteados mais velhos (herdeiros direto ao trono) e a ambiciosa Elgiva (que se tornara consorte do rei). Mesmo assim conquistou o amor do seu novo povo, de alguns membros do clero, dos filhos mais novos de seu rei e o amor verdadeiro (do qual teve que abrir mão por um bem maior).
A “história” termina em Janeiro de 1005, onde a autora relatou com maestria: os detalhes de uma época onde a maioria das mulheres era considerada apenas moeda de troca e subjugadas à vontade de seus senhores; as articulações políticas; a rivalidade; as disputas pelo poder; a ambição e, a traição de uma forma que ainda não havia tido o prazer de ler (já que os romances históricos que li até agora são focados apenas no romance).
Nota da Autora: Era preciso ser uma mulher forte, corajosa e determinada para progredir naquele mundo muitas vezes brutal, mas ela conseguiu, e ainda há muito mais de sua história para ser contato. Eu conto com isso ;)


site: http://www.apaixonadaporlivros.blog.br/
Gerlânia 15/04/2015minha estante
Também gostei do livro. Espero uma continuação.




Paola 22/04/2015

Inglaterra, dezembro de 1001 - A esposa do rei AEthelred II está prestes a dar a luz e seu último suspiro. E ela nem havia morrido direito e o rei pensava em uma pretendente para ocupar o seu posto: Elgiva, filha do conde AElfhelm, um de seus conselheiros, e essa união fortaleceria o vínculo com os senhores do Norte. Ou uma das irmãs do duque Richard da Normandia, que iria trazer segurança da costa da Inglaterra contra os invasores dinamarqueses.

Normandia, fevereiro de 1002 - Chega a residência do duque Richard uma comitiva inglesa com uma proposta de casamento. A proposta foi analisada por semana, até ficar decidido que Emma seria a esposa do rei.

Inglaterra, abril 1002 - Emma enfim conhece seu marido, no dia do casamento. Ela e o rei tinham convicções dos seus papéis nessa união, porém cada novo acontecimento trazia uma surpresa. Emma não sabia o que esperar de um rei enlouquecido, atormentado por fantasmas da infância não confiando nos membros de seu conselho, em seus filhos e muito menos na jovem esposa.

Apesar da pouca idade, Emma sabia dos perigos que a cercava, enfrentando os membros da corte e a ira dos enteados mais velhos e a ambiciosa e cobra Elgiva. No entanto, em meio aos desafios, ela conseguiu conquistar o amor de seu novo povo, de alguns membros clericais, dos filhos mais novos do rei.

O livro termina em janeiro de 1005 (sim, tem continuação), e a autora descreveu uma época bem difícil para as mulheres, que eram consideradas moedas e sujeitas as vontades de seus senhores. Porém, Patrícia relata tudo de forma ímpar!

É uma história rica em detalhes e que te prende do início ao fim. Aguardando ansiosa a continuação!
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Portal JuLund 02/07/2015

A Rainha Normanda, resenha, @editoraarqueiro
Ficção realista. Podemos chamar assim? Em A Rainha Normanda, Patricia Bracewell concilia de forma inteligente e satisfatória fatos da história europeia com um toque de intrigas, reviravoltas e drama que a gente tanto gosta. Na obra, Emma (baseada na rainha Ema da Normandia) atravessa o canal da mancha (mas para eles chamado de mar estreito) no início do segundo milênio, como forma de criar uma aliança com o poderoso rei de um reino que desde então já era forte, a Inglaterra. RainhaNormanda300x250

Tendo como principal base A Crônica Anglo-Saxã, A Rainha Normanda traz a tona uma versão mais realista de como funcionavam os casamentos em uma época onde reis imperavam e mulheres tinham de enfrentar a crueldade da sociedade machista e eram vista como produtoras e nada mais que até hoje deixa resquícios na sociedade mundial – mesmo já tendo se passado mais de 1000 anos desde a época dos acontecimentos descritos.

Leia a resenha completa em nosso portal!

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/a-rainha-normanda-resenha-editoraarqueiro
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Elis C. 02/08/2015

A Rainha Normanda - Patricia Bracewell
A Rainha Normanda é o primeiro de uma série de três livros que contam a história de Emma da Normandia, uma jovem de 15 anos que se tornou rainha da Inglaterra no ano 1002 d.C.

Ainda adolescente, Emma é informada pela mãe e pelo irmão Richard II – conde da Normandia - que ela se casará com Æthelred II, rei da Inglaterra, viúvo e pai de vários filhos. O casamento é arranjado no intuito de manter a Inglaterra longe do ataque dos dinamarqueses, que poderiam invadir o país através da Normandia, ou seja, seu noivado é estabelecido em troca de favores políticos. Sem poder de escolha, a jovem faz as malas para conhecer o seu noivo e a nova vida que lhe foi destinada.

Æthelred II é um rei ressentido por suas escolhas e assombrado pelos fantasmas de seu passado. Portanto, desconfia de todos, incluindo os filhos, e claro, Emma. Se não bastasse as suspeitas de seu marido, a jovem normanda precisa lidar com a inveja de Elgiva – filha do conde da Nortúmbria –, uma nobre bonita e disposta a tudo para seduzir o rei e tornar-se rainha.

A trama se desenvolve em meio a guerra entre a Inglaterra e a Dinamarca. O lado dinamarquês é liderado por Swein, o rei que busca vingança pelas mortes de seus compatriotas, que perderam a vida à mando de Æthelred II. E é neste cenário de tensão e austeridade, que Emma se apaixona, não pelo rei, mas por um jovem sincero e decidido, que pode ser a sua ruína.

Cercada por enteados ressentidos pela sua presença, pelas desconfianças do rei e de pessoas que almejam sua coroa, Emma precisa ainda engravidar de Æthelred para manter-se segura, lidar com as perdas pela guerra e reprimir um amor, para o bem de uma nação.

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A Rainha Normanda é um livro baseado em crônicas anglo-saxônicas. Patricia Bracewell fez uma pesquisa notória e conseguiu mesclar fatos históricos - registrados nas crônicas - com sua imaginação.

A autora descreve com maestria as personalidades dos protagonistas, fazendo-nos compreender as angústias e temores de cada um deles. Além disso, Patricia destaca o papel da mulher na época da trama, vista como mercadoria de troca, seja por razões financeiras ou políticas, destacando o papel secundário do amor.

Emma é uma personagem cativante e determinada, que mantém-se focada no que acredita. Forte e esperta, nos faz torcer por seu final feliz, embora ele, em um período de guerra, possa ser simplesmente, um acordo de paz e não o encontro do verdadeiro amor.

Aguardo ansiosa o lançamento do segundo livro, pois tenho certeza que ainda haverá muitos acontecimentos marcantes nesta corte medieval.

site: http://frasesfeitasecoisascliches.blogspot.com.br/2015/08/dica-de-leitura-22.html
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