Dois Garotos Se Beijando

Dois Garotos Se Beijando David Levithan




Resenhas - Dois Garotos se Beijando


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Léo 05/03/2015

Não são apenas dois garotos se beijando...
Como falar de um livro que mexeu extremamente com você? Nada do que eu posso escrever aqui vai se comparar ao que senti durante a leitura. Mas vou tentar passar uma parte disso para vocês.

Dois Garotos se Beijando é um livro sobre dois garotos que se beijam, é claro. Mas também não é. Narra a história de oito adolescentes, em fases diferentes da vida. Todos são gays, mas estão em vários estágios de aceitação perante si mesmos e a sociedade.

Tariq é um jovem resolvido quanto à sua sexualidade. Ele é gay e está bem com isso. Quer dizer, estava. Numa certa noite, enquanto esperava o pai ir buscá-lo na saída do cinema à noite, ele foi abordado por um grupo de jovens que o espancaram simplesmente por ser quem é. Não só seu corpo que foi ferido. Hematomas se curam com o passar do tempo. Depois desse dia, Tariq passou a ter medo. Ele ainda é o mesmo por fora, mas por dentro muita coisa mudou.

Craig conhece Tariq, é claro, mas eles nunca foram amigos. Porém, após o ataque, Craig foi visitá-lo. Ao ver a situação do garoto, seus machucados e sua situação emocional, Craig se revoltou e decidiu que faria alguma coisa contra aquilo. Tendo isso fixado em sua cabeça, Craig tem uma grande ideia. Quando criança, ele sempre foi fascinado pelo Livro dos Recordes e vê nessa sua paixão de infância uma chance de protestar.

Para ajudá-lo, Craig recruta Harry, seu ex-namorado e melhor amigo, única pessoa que aceitaria essa loucura com ele. Craig quer quebrar o recorde de beijo de maior duração e para isso precisará beijar Harry durante 32 horas sem pausa. Imaginem, dois garotos gays no Livro dos Recordes, com uma forma tão pura e ao mesmo tão polêmica de sentir. É ao mesmo tempo um discurso contra a homofobia e uma expressão de amor.

Além disso, também conhecemos o casal Peter e Neil. A família de Peter sabe que ele é gay e o apoia imensamente. Amor é o que não falta para o garoto. Com Neil é um pouco diferente. Sua família também sabe de sua orientação sexual, mas não é algo escancarado como com Peter. Parece que o assunto é um tabu e Neil não se sente à vontade com isso. Seu amparo está em Peter, que sabe exatamente o que ele sente, mesmo sem que ele precise dizer.

Avery é transexual. Ele nasceu menino num corpo de menina e desde cedo seus pais o apoiam para que ele seja feliz, então o levam para fazer diversos tratamentos com hormônios e cirurgias para que possa finalmente ter a vida que merece. Numa festa gay, Avery conhece Ryan, um garoto de cabelo azul que lhe desperta atenção assim que entra no local. O interesse é mútuo e logo os dois estão dançando juntos e se envolvendo, uma promessa de algo bom no ar. Mas será que Ryan entenderia a condição de Avery? Esse medo assombra o garoto, mas ele sabe que a verdade é crucial quando se começa qualquer coisa.

Por fim, conhecemos o Cooper. Ele é um jovem de 17 anos que passa as madrugadas inventando novas personalidades em sites de relacionamento gay. Seu objetivo não é transar com esses homens, ele só se sente poderoso quando os homens o chamam para conversar, sente-se desejado, mesmo sabendo que aquele não é ele e sim um personagem. Porém, uma noite ele adormece sobre o computador e pela manhã, ao entrar no quarto, o pai vê as conversas do filho e não aceita, atacando-o com socos e ofensas. Com isso, Cooper sai de casa e passa a vagar pelas ruas, tentando entender o que se passa consigo e com sua vida.

Como disse anteriormente, esse livro é e ao mesmo tempo não é sobre o beijo. É e ao mesmo tempo não é sobre a homossexualidade. É e ao mesmo tempo não é sobre o preconceito. O que posso afirmar com certeza é que é um livro sobre a vida e do quanto perdemos tentando vivê-la da maneira que os outros julgam certas ou sendo quem não somos de verdade.

David Levithan mais uma vez me surpreendeu. Sempre ouvi Well falar sobre esse livro (seu lindo, obrigado por me apresentar esse cara. Te amarei eternamente), mas não esperava algo assim. O autor criou uma trama envolvente e ao mesmo tempo complexa e intrincada. Além disso, o autor apostou em um estilo de narrativa completamente diferente e que deu muito certo.

Pra começar, o livro não é dividido em capítulos. É um livro único que apenas intercala o foco entre os garotos. O mais interessante é que o livro possui um tipo novo de perspectiva. No decorrer da leitura entendemos que os narradores são homossexuais que morreram devido à AIDS, na época que o tratamento ainda não era eficaz e ter a doença era uma sentença de morte.

Achei isso fascinante, pois há uma intercalação entre o antes e o agora, onde os narradores nos contam como era na sua época, quando a homossexualidade estava começando a ser aceita e apontam as diferenças para os dias de hoje. Além disso, toda a história é contada com uma visão panorâmica dos fatos, de forma que possamos avaliar totalmente a situação. Com isso, temos uma narrativa dividida em primeira, segunda e terceira pessoa, usando nós, vocês e eles.

O livro se passa em um pouco mais de 48 horas e nota-se que uma série de eventos importantes acontece nesse curto espaço de tempo. Assim como na vida, que às vezes não temos tempo para nos prepararmos para o que virá e somos pegos de surpresa por alguma reviravolta.

Os personagens foram muito bem construídos e é impossível não se identificar com ao menos um deles. Eu me vi um pouco em cada um deles, tanto nos protagonistas quanto nos coadjuvantes. Meu favorito sem sombra de dúvidas foi o Craig, que foi o responsável por mobilizar tanta gente pra levantar a bandeira contra o preconceito e mostrar que amor é amor, independente do tipo.

A Galera Record fez um trabalho ótimo com o livro. Eu, particularmente, gosto dessa capa que fizeram, mas gostaria ainda mais se tivessem mantido a original. A revisão está impecável, não encontrei nenhum erro. A tradução também está um show à parte, pois Regiane Winarski conseguiu manter a escrita poética do autor ao fazê-la. A diagramação é simples, a fonte e o espaçamento são ótimos e as folhas são amareladas.

Dois Garotos se Beijando é um livro que deve ser lido por todos, além de ser tratado em escolas para passar sua mensagem de liberdade e amor, que pode ser aplicada além do tema da homossexualidade. O livro tem o poder de te entreter e ao mesmo tempo te fazer pensar. Passei horas após virar a última página pensando em tudo que aconteceu e o quão real isso é. Mesmo agora, um dia depois, ainda estou emocionado e tentando entender o mundo e querendo ajudar a transformá-lo. Com certeza recomendo para vocês.

site: http://www.segredosentreamigas.com.br/2015/03/ta-na-estante-dois-garotos-se-beijando.html
Lucas Lopes 21/03/2015minha estante
Excelente resenha!!! Obrigado por me convencer a ler!


Ceci 22/03/2015minha estante
Aiii quero muito ler!


Janaina215 13/04/2015minha estante
Olá Leo. Tudo certinho? Acabei de ler este livro, q achei sem querer em um site de livros online e pra minha surpresa se tornou um dos melhores livros q ja li. Mexeu tb cmg e acho q a parte mais perturbadora não é as historias dos seu personagens e sim as vozes q contam e como elas me afetaram e me viram ver coisas q até ontem eu não via. bacana demais


ricardopilatti 26/04/2015minha estante
Gostei do livro. Recomendo a todos ler "Garoto Encontra Garoto", meu favorito dele!


Junior.Stornelli 21/07/2015minha estante
Esse livro é ótimo. Adorei a resenha. ^^


Ana Claudia Car 15/09/2015minha estante
Livro maravilhoso!! como tudo que o david levithan escreve.
Obs. livro digno de esta nas bibliotecas escolares.


aleitora 23/05/2016minha estante
Sua resenha ficou show. Particularmente, não gostei da narrativa e por isso meio que abandonei a leitura, mas saber que alguém curtiu tanto como você, me anima a voltar a lê-lo.


Givanildo.Batista 18/08/2016minha estante
já gostei só em ler os seus argumentos,
e to ansioso para viver esta emoção,em que vc passou lendo grato amigo.


AW 02/12/2018minha estante
Faz muito tempo que li esse livro, mas se não me engano (vale ressaltar), é nesse livro que o autor nas notas finais fala que Cooper foi inspirado em um rapaz que infelizmente não teve o mesmo final que Cooper no livro. Lembro-me que estava no ônibus enquanto lia, e chorei muito ao saber disso. Fiquei arrasada. (Tenho quase certeza que foi nesse, vou checar e confirmo depois)




Taina429 14/08/2020

Dois garotos se beijando
ELE TE FAZ LEMBRAR DE VIVER E O SIGNIFICADO DE ESTAR VIVO!

Livro que trás de volta cada sentimento esquecido que você tem, cada dor, cada fragmento de angustia, cada tristeza. Ele te dá esperança por um mundo melhor e o orgulho das gerações passadas.
Um livro lgbt que eu nunca vou tirar da memória, me fez chorar como parte dos personagens, me fez comemorar com a história, me fez refletir, me fez ter raiva, mas no final, ele te faz amar todos os pequenos detalhes, de forma irremediável e incondicional.
Eu quero viver uma vida, onde eu olhe para frente e consiga andar na rua sem medo, onde as pessoas podem manifestar seu amor, onde o rádio e a tv não te menosprezam, onde o baile não é separado, um lugar onde o amor é livre.
Amor pela vida. Amor por si. Amor pelo próximo. A amor na forma de amizade. O amor pela verdade. O amor pela justiça. O amor por estar aqui. E por ser grata antes de tudo.

Se ninguém te falou, eu falo:

Não importa como, ou de qual jeito, EU TE AMO!

Não importa se eu não te conheço, EU TE AMO!

EU ESTOU AQUI, EU VOU LUTAR.

Ps: você pode não se sentir completo, mas não tem importância nenhuma, se você estiver completo não terá espaço para mais nada.
Dany 05/01/2021minha estante
que linda resenha.


Taina429 06/01/2021minha estante
Muito obrigada ??


Malu 08/01/2021minha estante
amiga entenda vc é pft


@freitas.fff 17/05/2021minha estante
Que resenha linda, sensível e bem escrita. Nem me interessava pelo livro, agora vou ter que dá uma folheada rs


Taina429 17/05/2021minha estante
Super recomendo e prometo que você não vai se decepcionar!


@freitas.fff 17/05/2021minha estante
Já comecei rs Bem escrito, tou no iníciozinho, mas tou gostando.


@freitas.fff 23/05/2021minha estante
Terminei, adorei. Também fiz resenha. Muito obrigado pela sua opinião ter me levado ao livro! ?


peü 18/09/2021minha estante
Como muitos já disseram: que resenha linda e sensível!




@freitas.fff 23/05/2021

Gerações se beijando
Estava precisando de uma leitura leve, sem compromisso, e queria algo da literatura queer. Que percebi, tinha ainda poucos na estante. Fiquei feliz em encontrar este livro, que compila o que eu estava buscando pra me distrair.

O livro não chega a me acrescentar algo de muito novo, com meus 31 anos nas costas ásperas de ter sentido na pele tudo de que o autor fala ao longo das eras, viradas e marcos históricos gays de diversas épocas. Ainda assim é uma leitura tocante e recomendável.

Para pais que possam ter filhos gays, adolescente em erupções de curiosidades e conflitos internos, jovens em busca de autoconhecimento, prontos a aprenderem através do livro o essencial para que eles saibam: - Vocês não estão sozinhos! Estamos aqui com vocês. Sentimos o que vocês sentem, sobrevivemos, mesmo depois de termos morrido, alguns de nós estão ainda presentes para dizer com a nossa história que a sua não acabou e que você não é diferente, você é normal, e incrível por isso!

A narrativa do livro segue como um diálogo entre gerações gays observando a evolução das novas gerações, como se estivessem vivos e presentes a assistir e aplaudir um mar de novas descobertas. Desde a epidemia de HIV até os crimes e barbáries cometidas em nome da falsa moral e péssimos costumes que vivenciamos diariamente, até as conquistas e progressos e saltos que seguimos a dar diariamente em nome do amor sem pré nem pós conceitos, apenas no presente valioso que é. Com todos esses pontos e exclamações girando em torno de dois garotos se beijando por mais de 32 horas para quebrar um recorde mundial do Guiness Book, inspirando e provocando pessoas ao redor do mundo enquanto imprimem uma mensagem sobre o amor e a diversidade.

É muito bem escrito, rápido e fluido. Recomendo, principalmente aos de corações mais novos que o meu e os de cabeça mais envelhecida que a nossa.
Dayana.Trajano 23/05/2021minha estante
????????


@freitas.fff 23/05/2021minha estante
??


Taina429 23/05/2021minha estante
Uma resenha incrível, parabéns ??


@freitas.fff 23/05/2021minha estante
Não tanto quanto a sua que me fez lê-lo. ?




Caio Chaves 20/02/2016

Que livro horrível eu acabei de ler. Superficial, entediante, auto-ajuda barata, entre outros. O primeiro livro do Levithan que eu li foi o igualmente péssimo Garoto Encontra Garoto, que tinha os mesmos defeitos desse livro daqui. Exatamente a mesma babaquice irreal que eu duvido que exista em qualquer parte do mundo.
Mas voltando, decidi dar uma nova chance com Naomi & Ely-A lista do não beijo que ele escreveu com outra escritora e amei, até agora melhor livro lido em 2016. Só que fui cheio de esperanças que eu tinha tido apenas má sorte de primeira, só que reforçou o que eu acho dele como escritor: medíocre.
A história inteira é uma baboseira interminável de como o título diz dois garotos se beijando, só que eles são irrelevantes demais, a história não fluí, não existe profundidade e o motivo do beijo é bem tosquinho. Há outros "casais" durante o livro bem mais interessantes que os protagonista o auto-destrutivo Cooper e a menina trans Avery, eles me fizeram ir até o fim embora não tenha gostado muito da conclusão deles dois, ficou em aberto, principalmente o Cooper.
Há o narrado é uma espécie de gay friendly que morreu de aids e fica toda hora comparando a geração dele com a atual(narrada no livro) e é maçante, é chato, é de mal gosto, é irritante, não tem propósito e cansa na leitura.
Horrível, perda de tempo.
caroline with an e 28/03/2016minha estante
Nossa, essa "resenha" é a coisa mais bosta que já li. Amigo, se você achou o livro horrível é porque não leu a sua própria escrita. E só pra observar a maior bosta de todas, é MENINO trans Avery. Já deu pra entender que não absorveu NADA do livro.


Lorena Miyuki 14/07/2016minha estante
Moço, me desculpe, mas acho que você precisa ler esse livro de novo para entendê-lo.
Por favor.


Rael 29/08/2019minha estante
Compartilho da mesma ideia. Um livro chato.


Giovanna 15/05/2020minha estante
concordo com você, livro arrastado e chato ?




kae 03/09/2016

"Nada contra, mas ficar se pegando em público já é demais"
Dois garotos, ex-namorados, tentam quebrar o record de beijo mais longo do mundo e, decidem fazê-lo em frente à escola, onde todos possam ver e, transmitir ao vivo pela internet. À primeira vista parece uma história vazia, mas muito pelo contrário.
Esse acontecimento atrai outras situações que envolvem homossexualidade e transexuais, outros personagens tão cativantes e reais que agregam tanto ao livro com suas próprias histórias e personalidades.
Se dois garotos não decidissem se beijar e mostrar a todos, quem iria? Alguém deve começar, agindo sem se importar com a opinião alheia que não acrescenta em nada na vida. É uma inspiração para quem deixa de fazer algo por ligar pro que os outros vão pensar, se eles podem, por que não eu?
"Nada contra, mas ficar se pegando em público já é demais". Este livro é, com certeza, um tapa na cara de quem pensa assim.
Leonan 03/09/2016minha estante
Caraca, que comentário belíssimo! Eis uma porta voz da liberdade e dos paradoxos impostos pela sociedade


Givanildo.Batista 06/09/2016minha estante
bom adorei


Mari 25/09/2016minha estante
Amei o comentário, mas não esquece que ismo é usado para doença, então a palavra correta é homossexualidade não homossexualismo.




André Florêncio 05/01/2021

"Façam mais do que pó."
Apesar de ter achado o ritmo do livro bastante lento no início e ter me enrolado um pouco com a narrativa que alterna entre algumas histórias (sem aviso prévio), da metade em diante o autor começou a me prender aos personagens, até que em certo ponto não tinha mais volta, me vi completamente envolvido às emoções ali descritas.

O livro narra 4 histórias que se entrelaçam e acontecem ao mesmo tempo. No início me confundi um pouco entre elas, mas com o tempo me acostumei. Além disso, os temas abordados são de EXTREMA importância e sensibilidade, confesso que não segurei as lágrimas ao final. Então sim, eu indico esse livro com todas as minhas forças e se pudesse voltar no tempo, gostaria de tê-lo lido lá na minha adolescência, em meios a tantas duvidas e incertezas.
João 06/01/2021minha estante
Eu achei que o livro tinha muito potencial, mas ele deu muito foco na história dos dois meninos se beijando, e deixou de dar mais atenção para outros personagens que tinham uma história muito boa e que daria para aprofundar bem mais (como a história do menino trans e gay). Mas com certeza, se eu tivesse lido na minha adolescência teria amado e me ajudado muito.


André Florêncio 06/01/2021minha estante
Siiiim, concordo plenamente!!! Inclusive quanto a questa O da leitura na adolescência... tentei ver mais com esses olhos, já que não tive acesso a esse tipo de leitura na minha adolescência


João 07/01/2021minha estante
simmm, mas foi legalzinho para distrair e é bem de boa de ler




Leo Oliveira 06/01/2017

O primeiro livro 5 estrelas do ano e se o Goodreads permitisse com certeza levaria 10.
Me faltam palavras para descrever o quão sensível é essa história e o quanto ela mexeu comigo. David Levithan é um dos meus autores favoritos e ver a simplicidade em seu texto e o quanto ele consegue nos afetar positivamente é algo extraordinário. Esse é o típico livro que todo mundo deveria ler pelo menos uma vez na vida, ele é muito mais do que apenas dois garotos se beijando. Ele é o plural, ele é a realidade do nosso mundo.

A narrativa de David quebra a quarta parede e conversa com o leitor, é como se realmente estivéssemos assistindo a um program de tevê onde o narrador nos conta cada pedacinho do que está sendo feito na tela e depois nos pergunta se aquilo que vemos é bom ou ruim. Levithan nos faz mergulhar de cabeça na história de inúmeros jovens, aqueles que lutam todos os dias para serem respeitados, aqueles que apanham ou são jogados para fora de casa, aqueles que são aceitos e tem o carinho da família acima de tudo, aqueles que estão sozinhos sem ter para onde ir. Não cabe a mim dizer se essa história vai conseguir tocar o seu coração, é diferente para cada um de nós. Mas se existe uma certeza nessa vida é a de que: "Não começamos como pó. Não terminamos como pó. Nós fazemos mais do que pó."
Norberto 06/01/2017minha estante
Esse livro


cacaroto44 06/01/2017minha estante
Essa capa feia sempre me afastou desse livro, mas a tua resenha me fez lembrar mto dos sentimentos q tive lendo 'Todo Dia' do msm autor; e como estava escolhendo o próximo livro dele q eu iria ler, vou optar por este. =]




Evellyn.Silva 06/07/2020

POSSO DAR MIL ESTRELAS??
Esse livro se tornou meu favorito do David, que nunca cansa de me impressionar... Eu me emocionei DEMAIS com as histórias de todos os meninos, principalmente a forma que é contada, pelos homens gays que lutaram por nós.
Kayck 06/07/2020minha estante
esse livro também é com toda certeza o meu livro favorito dele aaaaa


Evellyn.Silva 06/07/2020minha estante
É um TUDO, não consegui largar




Blink.Indica 30/10/2015

Dois Garotos se Beijando
A ideia do livro é maravilhosa, a mensagem que ele traz é linda e deveria ser seguida por todo mundo, mas eu particularmente achei que a construção e projeção da história em si foram meio desorganizadas.

Quando se trata de vários personagens é necessário saber separar corretamente o tempo para que todos se encaixem na história e para mim o David pecou nisso, pois, personagens como Cooper, Avery e até os “mortos” tiveram suas vidas reduzidas a meios de encaixe com o que se passava com Harry e Craig ( o casal principal) sendo que pelos pequenos pedaços mostrados poderiam ser muito mais que isso, principalmente o Cooper que na vida real existem vários dele por ai.

Fora isso o livro foi bem elaborado e marcante, mostrando que o David não precisa da ajuda do John para deixar sua marca em vários jovens por ai.



site: http://blink-moments.blogspot.com.br/2016/03/resenha-dois-garotos-se-beijando.html
Hugo 04/09/2016minha estante
Eu estou lendo mas não irei continuar justamente por isso, pelo o autor não ter separado e construído as histórias dentro de um tempo cronológico que possibilitasse o entendimento de quem lê. Eu estou totalmente deslocado na narrativa (ou narrativas) dele.


Blink.Indica 04/09/2016minha estante
Se possível termine a leitura, é um bom livro e você não irá se arrepender, mas esse é realmente um problema que atrapalha bastante a leitura




theusdutra 03/09/2022

obrigado, david levithan
simplesmente perfeito e necessário. esse livro me fez querer viver, e eu quero viver por esse livro.
xtwsantos 03/09/2022minha estante
Quero muito ler ele!!


theusdutra 25/09/2022minha estante
leerr!! é um livro livro




Luiz Fernando 02/07/2019

O medo, a solidão e o amor que nos conectam.
Dois Garotos se beijando conta a história de um grupo de jovens descobrindo sua sexualidade e aprendendo a serem adultos, a entender como amar, a arriscar suas vidas por aquilo que acreditam, mostra esses jovens confrontados pela do, pelo medo da rejeição dentro de casa, medo do julgamento do olhar estranho, medo de um futuro turvo e sem acolhimento.
O livro é narrado por LGBTs que lutaram no passado, enfrentaram um mundo ainda mais hostil e hoje são espectadores, conselheiros e apoiadores incondicionais desses no jovens no mundo espiritual, espíritos que nos acompanham e que escreveram história no avanço das causas LGBTs.
O grupo de jovens é representado por vários casais homossexuais que moram em uma pequena na cidade e seus arredores no EUA, eles não se conhecem mas suas histórias de vida estão sempre conectadas pelos sentimentos e desafios que têm em comum. Numa descrição de nossos tempos modernos, o escritor mostra, com isso, a solidão e insegurança que existem dentro de cada um de nós e como o apoio e amor dos que nos rodeiam é essencial para a vida.
O livro tem uma escrita leve, e chega a emocionar em alguns momentos.
Recomendo a leitura.
Gustavo Igor 25/11/2019minha estante
Que linda resenha!


Luiz Fernando 25/11/2019minha estante
Obrigado




Rafael Mussolini 28/05/2017

Dois Garotos se Beijando
Hoje enquanto parei em um banco de praça pra retomar o fôlego de um dia de trabalho eu vi dois garotos de mãos dadas, e não fui só eu que vi, alguns olhos raivosos também viram. E enquanto os dois garotos andavam, indiferentes a indignação alheia, fiquei pensando o que poderia acontecer se eles estivessem abraçados, ou muito melhor, se estivessem se beijando. Esse episódio fez com que eu retomasse a ideia de escrever sobre um dos livros que li recentemente: "Dois Garotos se Beijando"(Galera Record, 2015) do escritor norte americano David Levithan.

A história do livro gira em torno de um beijo de 32 horas e alguns minutos entre os personagens Harry e Craig, que com isso pretendem quebrar o recorde do Guinness Book de beijo mais longo. Beijo que é também um protesto contra a homofobia e mobiliza uma cidade e a mídia enquanto as histórias paralelas de Peter e Neil, Ryan e Avery e Cooper se cruzam a dos garotos se beijando. São histórias diferentes que acontecem ao mesmo tempo e que segundo o próprio autor são inspiradas em fatos reais.

Quando decidi ler o livro do Levithan a motivação inicial foi sanar uma curiosidade sobre o que andam escrevendo por aí sobre garotos gays e seus relacionamentos, no que intitulam de literatura para jovens adultos - e confesso que é algo que gostaria de ter tido a oportunidade de ter lido aos quinze anos de idade.

Comecei a leitura também com três receios, primeiro pela qualidade literária do texto, segundo pela minha eterna desconfiança de livros que são sucesso de mercado e terceiro por uma ligeira implicância com o título do livro, que inicialmente achei vazio e meio bobo. Pois me surpreendi com a criatividade e fluidez da narrativa, com a inteligência dos diálogos, com a grande sacada do autor que é a figura do narrador, quer dizer, dos narradores. A história é contada pelos fantasmas de gays do passado, por homossexuais que passaram pela epidemia de AIDS, por agressões violentas à diversidade e militantes responsáveis por muitos dos avanços que testemunhamos hoje. O interessante disso tudo é que esses narradores onipresentes acabam por fazer links com o passado ao acompanhar a histórias dos personagens, fazendo um paralelo do que era ser gay a algumas décadas atrás e o que é ser gay hoje.

"Vocês não tem como saber como é para nós agora; sempre estarão um passo atrás. Agradeçam por isso. Vocês não tem como saber como era para nós antes; sempre estarão um passo à frente. Agradeçam por isso também. Acreditem em nós: existe um equilíbrio quase perfeito entre o passado e o futuro. Enquanto nos tornamos o passado distante, vocês se tornam o futuro que poucos de nós poderiam ter imaginado."

Assim somos introduzidos na narrativa de "Dois garotos se beijando". Lendo o livro fui desconstruindo meus receios, possíveis preconceitos com título, autor e lista de mais lidos do The New York Times e David foi justificando, ao menos para mim, todo o propósito do título do livro e após o seguinte trecho que transcrevo abaixo eu me entreguei completamente à história:

"Dois garotos se beijando. Vocês sabem o que isso quer dizer. Para nós, era um gesto tão secreto. Secreto porque sentíamos medo. Secreto porque sentíamos vergonha. Secreto porque era uma história que ninguém estava contando. Mas que poder isso tinha. Quer nós disfarçássemos com a desculpa de Você será o garoto e eu serei a garota, quer chamássemos de forma desafiadora pelo nome correto, quando nos beijávamos era quando sabíamos o quanto era um gesto poderoso. Nossos beijos eram sísmicos. Quando vistos pela pessoa errada, podiam nos destruir. Quando compartilhados com a pessoa certa, tinham o poder da confirmação, a força do destino. Se juntarmos armários suficientes, temos o espaço de um quarto. Se juntarmos quartos suficientes, temos o espaço de uma casa. Se juntarmos casas suficientes, temos o espaço de uma aldeia, de uma cidade, de uma nação, do mundo. Sabíamos do poder particular de nossos beijos. Depois veio a primeira vez em que fomos testemunhas, a primeira vez que vimos acontecer abertamente. Para alguns de nós, foi antes de termos sido beijados. Saímos de nossas cidadezinhas, fomos para a cidade grande e, ali nas ruas, vimos dois garotos se beijando pela primeira vez. E o poder agora era o poder da possibilidade. Ao longo do tempo, não era só nas ruas ou nas boates ou nas festas que organizávamos. Estava no jornal. Na televisão. Nos filmes. Todas as vezes que víamos dois garotos se beijando assim, o poder aumentava. E agora... ah, agora. Há milhões de beijos para serem vistos, milhões de beijos a um clique de distância. Não estamos falando de sexo. Estamos falando de ver dois garotos que se amam se beijando. Isso tem muito mais poder do que o sexo. E mesmo se tornando lugar-comum, o poder ainda está presente. Todas as vezes que dois garotos se beijam, o mundo se abre um pouco mais. Seu mundo. O mundo que deixamos. O mundo que deixamos para vocês. Este é o poder de um beijo: Ele não tem o poder de matar você. Mas tem o poder de trazer você à vida."

De vazio e bobo o livro não tem nada. Está cheio de posicionamento político, discussões de direitos humanos, representatividade, diversidade, entre outros temas universais aos relacionamentos humanos sejam eles gays, héteros, bissexuais, enfim. Não é um livro bobo, é um livro sério que faz uma retrospectiva sem didatismo pedante, sobre a trajetória de luta dos homossexuais para que a geração de hoje pudesse estar vivendo com um pouco mais de dignidade e que muitas vezes parecemos esquecer daqueles primeiros militantes que começaram a lutar contra o processo de invisibilização dos LGBT's.

Dois garotos se beijando é colocado no livro como um ato de amor mas também um ato político. O título do livro trás consigo leveza e dor ao mesmo tempo, pois para muitos dois garotos se beijando é algo muito simples e bonito, como um beijo deve ser, e para outros é visto como algo abominável e que pode gerar ondas de violência, discursos de ódio e negação de direitos. O que estou dizendo pode ser comprovado simplesmente pela exposição da capa do livro e as expressões faciais que a mesma gera. Inclusive a capa da edição americana de Two Boys Kissing gerou um grande burburinho quando o livro foi lançado, e ela nada mais é do que a fotografia de dois garotos se beijando e que portanto é o tema do livro.

Dois garotos se beijando é uma bandeira de igualdade e liberdade. É um grande avanço que livros como esse estejam sendo publicados no Brasil em tempos de tanta mediocridade e hipocrisia. Com isso não estou de forma alguma dizendo que essa temática nunca foi tratada no país por escritores nacionais, pois temos e tivemos escritos primorosos de figuras como Caio Fernando Abreu, João Silvério Trevisan e Hebert Daniel que são citados numa coluna que li sobre "literatura gay" como "aqueles que ousaram e ousam a escrever sobre o amor que não se diz o nome". Literaturas como essa, que reconhecem "minorias" e contribuem com a representatividade de pessoas e grupos perseguidos acabam por cumprir um papel transformador nas mentes e na sociedade pois como dizia Sartre "só a liberdade pode tornar inteligível uma pessoa em sua totalidade, mostrar essa liberdade em luta contra o destino, primeiro esmagada por suas fatalidades, depois voltando-se contra elas, digerindo-as pouco a pouco (...)"

site: http://opedagogento.blogspot.com.br/2016/03/dois-garotos-se-beijando.html
Mari 28/06/2017minha estante
Oi Rafa!! Só passei por aqui para te dizer que eu achei sua resenha muito linda e bem construída, parabéns pela domínio da sua escrita!!!
Eu só tenho a dizer que esse livro tão especial também me surpreendeu muito e eu espero que o nível dos livros com esse tema possa se superar cada vez mais nos trazendo a importância do respeito e da tolerância com todas as pessoas.
Um beijo, um abraço e um cheiro!!!


Rapha Écool. 17/05/2018minha estante
Obrigado pela resenha incrível, conseguiu passar tudo que senti lendo o livro, com uma sensibilidade maior ainda, fiquei muito feliz pela sua perspectiva e pela sensibilidade em escrever.
Obrigado por compartilhar conosco!




Thyeri 06/04/2015

Um beijo.

O ritmo da vida.

Um beijo, para ser bom, para te tirar do chão, precisa encontrar seu próprio ritmo. Lábios que se encontram, linguas que se tocam, respiração entrando em sintonia.

A vida, para ser bem vivida, precisa encontrar seu próprio ritmo. Pessoas que se cruzam, olhares trocados, palavras. Uns ficam, outros vão, alguns não passam de borrões, outros nem sabemos da existência. E assim, vamos conduzindo uns aos outros. Ritmos que encontram sua sintonia.

David Levithan consegue, na delicadeza de sua escrita, nos mostrar como esses ritmos fluem ou são interrompidos na vida de alguns jovens gays. Em “Dois garotos se beijando” acompanhamos a história de alguns desses jovens e seus relacionamentos. Vemos um casal que já estão namorando há um tempo; grandes amigos que foram um casal; um casal em formação; e um garoto que tenta lidar com sua homosexualidade em salas de bate papo e aplicativos para celular.

Acompanhamos a história através dos olhos de homens que já morreram. Falam com um sentimento de nostalgia e/ou pesar, aproximando o que acontece no presente, com o que eles um dia vivenciaram, como a luta com a disseminação da AIDS, com o preconceito das outras pessoas, como foi para mostrarem-se quem realmente eram... A reflexão dessas pessoas com os acontecimentos do livro nos dá uma carga emocional mais intensa, permitindo imaginarmos como seria estar na pele deles, naquela época, e ter uma empatia ainda maior com aqueles que estão vivenciando tais questões agora.

"Porque, quando você beija alguém, não consegue ver a pessoa. Ela se torna uma mancha. Você precisa usar o tato como orientação, a respiração como conversa. Depois de muitas tentativas, eles encontraram o ritmo". (pg. 56)

Um beijo para ser visto.

Um beijo para ser reconhecido.

Todo o livro, a meu ver, é construído nessa intenção: mostro-me para ser reconhecido. Não subentenda minha existência, fale comigo que eu existo.

Levithan consegue ir além de um choque que alguns podem ter ao ver ou imaginar um beijo entre duas pessoas do mesmo sexo. Ele evidencia como esses relacionamentos “tão diferentes”, alguns podem pensar, são tão iguais a todos os outros. Que o desejo entre eles não difere de um afeto heterossexual, mas apenas o olhar dos outros sobre esse relacionamento é que dá essa característica distinta.

Apesar do foco da narrativa para o público gay, recomendo essa leitura pra qualquer pessoa. A escrita simples e delicada de Levithan faz com que você reflita sobre os relacionamentos mostrados e com que essas reflexões reverberem para outros aspectos da vida.

site: www.sopaprimordial.com.br
NathyCalina 07/04/2015minha estante
Que resenha maravilhosa! Fiquei com vontade de ler também!


Thyeri 07/04/2015minha estante
Nathy, tem vídeo lá no canal. Junto com um amigo meu, a gente fala mais sobre nossas impressões. Damos pequenos spoilers, mas não achamos que estraga a leitura de quem ainda não leu. Dá uma olhada lá :)




phannickel 18/05/2017

Soco de realidade..
Sinceramente, o começo do livro não me agradou muito, não. Eu fiquei pensando: essa hype toda por causa desse livro? Fiquei confusa com a quantidade de personagens e as características sendo jogadas ali e eu que tinha acabado de começar a ler tendo que absorver e entender os inúmeros personagens. Mas, conforme eu fui lendo, fui entendendo a genialidade do que foi abordado ali e de cada personagem que fez parte da construção da história.

É um livro incrível e que deveria ser lido por todas as pessoas, mas principalmente as pessoas LGBT’s. Aborda a questão da homossexualidade de um jeito extremamente sensível e respeitoso (eu tava chocada com a sensibilidade do autor, até descobrir que ele é gay) que há muito tempo eu não via.

O livro é todo narrado pelos gays já mortos da geração do “boom” da AIDS. Eles contam todas as dificuldades que enfrentaram em todo tipo de situação e também a história dos meninos gays da geração “online”. É incrível as comparações que são feitas de uma época para outras e também é legal ver como tem coisas que simplesmente não mudaram e continuam do mesmo jeito.

A história de Cooper foi uma das que mais mexeu comigo e com o meu íntimo resgatando lembranças de uma juventude lésbica solitária e “fracassada”. É um livro que nos fazer refletir sobre o ódio insano das pessoas e de como somos tratados em sociedade. Nos mostra como é importante para os LGBT’’s sentirem que tem uma rede de proteção por inúmeras razões.

Uma história simples, mas que nos traz uma reflexão imensa (se nos permitirmos, claro).

(A capa me desanima um pouco, acho que poderia ter sido melhor trabalhada).
Afonso 07/07/2017minha estante
Gostei da tua descrição! Adicionado paras as próximas leituras. :D

Também não gostei da capa... a sinopse oficial não me chamou a atenção tampouco...




spoiler visualizar
Bruno.Moreira 06/01/2017minha estante
Tem um trecho onde narra que o Neil contou para o Peter sobre o ocorrido com a familia dele, isso acontece quando eles estão junto ao povo vendo o Harry e o Craig se beijando. Não é muito descorrido. O Levithan narra em um breve paragrafo. Mas é lindo este livro.




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