Luhran 25/06/2018Para aqueles que pensam em desistir.Neste livro conhecemos Neil, Peter, Craig, Harry, Avery, Ryan, Cooper e Tariq. Muitos nomes né? Eu também achei. E fiquei confuso o começo do livro inteiro.
Todos eles fazem parte da população LGBTQ e todos eles possuem problemas. Todos eles não se conhecem mas compartilham da mesma luta.
Neil e Peter namoram, e isso nos traz a visão da vida de um casal que se aceita e possuem apoio familiar. Craig e Harry querem se beijar de uma forma diferente, mas Craig não é assumido, o que nos traz uma visão de processo de aceitação familiar e liberdade. Avery e Ryan possuem cabelos coloridos, o que nos traz o preconceito visual à tona. Copper sabe que é gay, mas ainda não contou aos seus pais, o que nos traz a renegação familiar. Tariq? Tariq ficou com a parte mais difícil. Ele vai nos trazer a visão de como é ser agredido fisicamente.
Este livro é narrado por personagens secundários que não estão mais entre nós. Eles contarão em pedaços o que está acontecendo com cada personagem no momento. Separadamente. Isso fez com que eu achasse o livro totalmente sem nexo e chato. Até que cheguei na metade, as lutas pessoais foram ficando mais tensas, e consegui me prender a história.
O grande manifesto de Craig e Harry me deixou totalmente nervoso e ansioso para que cumprissem o seu objetivo. Outro personagem que me fez perder o fôlego, foi Cooper.
Dois Garotos se Beijando possui uma carga de verdades sobre a luta da população LGBTQ por direitos. Que ainda existe e vai continuar existindo. Os narradores viveram essa guerra, os personagens estão vivendo, e nós, leitores, também viveremos.
Simples, verdadeiro e um pequeno manifesto.