Josie 31/12/2023
Após a leitura da apresentação da edição por José Castello, criei uma alta expectativa pelas poesias que se seguiriam. De início, me decepcionei, pois não estava encontrando correspondência entre um e outro.
Para minha grata surpresa, quando o autor começa a desbravar a seara da metalinguagem, a sua poesia alça voos incríveis. A desconstrução do verbo e da palavra soam naturais no seu texto. Para mim, o ápice está nos poemas retirados de O Livro das Ignorãças, do Livro sobre nada e do Retrato do artista quando coisa.
Para fechar a antologia com primor, o texto ?Fontes? traz um lindo desfecho. Me senti verdadeiramente recompensada.
(Nota extra: em alguma medida, esses poemas da metade para o fim me lembraram algo d?A Educação pela Pedra, de João Cabral de Melo Neto - um dos melhores livros de poesia que tive o prazer de ler)