LT 27/07/2016
500 anos depois... vamos falar de O Baile dos Deuses! Lá no início do Blog a quase seis meses atrás (Gente, dia 08 de agosto - esse mês - daqui a alguns dias - completaremos 6 meses! O tempo passa rápido demais e estou adorando tudo isso! Voltando... rs) postei a resenha de A Cruz de Morrigan - o primeiro livro de uma trilogia que amo, a Trilogia do Círculo da minha Diva Nora Roberts e prometi um reencontro para falarmos mais um pouquinho sobre a trilogia, então, vamos bailar? rs
Para lembrar da trilogia, basta clicar aqui e ler a resenha de A Cruz de Morrigan - Volume I.
No primeiro volume conhecemos o nosso "elenco" (os personagens) e ao longo da trilogia vão surgindo alguns secundários, mas os principais nós já conhecemos que são: Hoyt o Feiticeiro, Glenna a Bruxa, Cian o vampiro, Moira a erudita, Larkin o Shifter (de diversas formas), Blair a guerreira/caçadora e Lilith que dispensa apresentações, não é?
Ele viu onde a terra estava queimada, onde estava devastada. Viu as próprias pegadas na lama quando galopava em meio à batalha, na forma de um cavalo. E viu a mulher que o montara espalhando destruição com uma espada flamejante...
Em A Cruz de Morrigan acompanhamos a formação do círculo mais improvável do mundo, o tipo de combinação que juramos que não vai dar certo, mas que ainda assim, é a única chance que não apenas nossos protagonistas tem, mas o mundo inteiro de sobreviver e é nessa onda que nossos personagens preferidos tem de se entrosar e se preparar em pouco tempo para enfrentar uma grande guerra. Entretanto, como é que se consegue treinar e fechar uma equipe quando não se confia em todos os envolvidos? Quando existem certas "rixas" dentre a equipe e uma das principais é pela origem - ou melhor - pelo que é um destes membros. Como confiar a sua vida e a salvação do mundo nas mãos de pessoas que você não conhece e ou que a muito deixou de "conhecer"? É difícil, porém, a única saída e o nosso círculo vai tentar, tentar mesmo!
"Não há necessidade de ter pressa. Podemos nos divertir um pouco enquanto estamos aqui. Pelo que percebi, não te divertes muito." "Se ainda estivermos vivos em novembro, darei piruetas na rua. Darei piruetas sem roupa." Ele lhe lançou um rápido sorriso. "Esta é uma razão nova e importante pela qual irei lutar. Não pensei nas piruetas, mas já pensei uma ou duas veze em ti, nua."
Antes de mais nada, preciso dizer que Nora mantém sua escrita, escrita que para mim é ótima e que flui facilmente para o leitor de forma contagiante e envolvente. A trama continua muito bem construída, ela não se perde em momento algum, nos apresenta os detalhes na medida certa e a um enredo cada vez mais viciante.
"Só não faça nada de tolo" cedendo à necessidade, à preocupação, ela segurou os cabelos dele com as duas mãos, e puxou o rosto dele para o seu. Manteve o medo fora do beijo. Não era medo o que queria mandar junto com Larkin. Em vez disso, transmitiu-lhe esperança e calor, e ficou abraçada com ele enquanto a energia do beijo vibrava até os dedos dos pés.
Nesse volume, conhecemos melhor a personalidade das personagens, seus motivos para estarem ali e a função de cada um. Acompanhamos o treinamento sério deles e as investidas de Lilith contra o círculo na tentativa de desmantelar aqueles que podem destruí-la. E, como não poderia faltar, assistimos a formação de mais um casal, o desenvolvimento de um romance bonito e singelo.
... havia aquele lugarzinho secreto dentro dela, que estava cansado, cansado demais de ficar só, de ser o que era, de fazer o que tinha de fazer, exigindo-lhe que permanecesse sozinha. Sozinha, com sangue, morte e uma violência sem-fim.
Blair é uma caçadora da linhagem da família de Hoyt e Cian, ela é descendente deles e vive no mundo dos dias atuais. Larkin é um shifter de outro mundo, de um dos vários que existem por aí, ele é um Lorde de uma terra chamada Geall e primo de Moira que é a princesa de lá. Geall é a terra que está destinada para receber o derrame de sangue e dependendo de quem vencer... o mundo pode ser salvo ou condenado para sempre. Larkin é um personagem incrivelmente cativante, bem humorado, paciente, educado e lindo... um sonho, não é? E além de tudo, um cavalheiro capaz de curar as "feridas" da vida de um jeito todo especial. É entre esses dois que vemos um romance acontecer, mas será mesmo Larkin capaz de curar a alma de uma caçadora teimosa, marrenta e até certo ponto folgada? Blair é assim e ainda assim, gosto muito dela. Ele vai conseguir despertar o amor ou a cosia toda vai acabar sendo apenas unilateral? O nosso mocinho vai tentar, mas conseguir? É outra história...
Ela fora criada para acreditar que o monstro debaixo da cama era real e que só estava esperando você relaxar para te arrancar a cabeça. Fora treinada para adiar este momento pelo máximo de tempo que conseguisse se manter de pé e lutar, esfaquear, incendiar e matar tantos quanto fosse humanamente possível. Porque, por trás de sua força, de sua inteligência e de seu treinamento incessante estava o reconhecimento de que um dia, de alguma forma, ela não seria tão rápida, tão esperta, nem teria tanta sorte. E o monstro venceria.
Alguns personagens começam a nos deixar em dúvida na questão de que lado realmente estão, as coisas começam a acontecer rápido demais, o perigo aumenta, temos algumas surpresas e revelações e além de tudo isso, a antipatia entre dois dos nossos queridos membros do círculo começa a se fazer cada vez mais presente. Como é que uma equipe que não é tão bem entrosada, que tem dúvidas sobre alguns de seus membros pode ser capaz de derrotar a pior das criaturas que quer junto a seu exército destruir todos os mundos? Todos sabemos que é necessário um conjunto que funcione perfeitamente, onde as peças se encaixam para que as coisas deem certo e realmente funcionem. Se nossa equipe não é capaz disso, como é que podem almejar ter chances de ir além ou de se atreverem a pensar que podem vencer? Seria no mínimo sonhar demais, não?
"Não conheço teu pai ou teu irmão, mas sei que prefiro muito mais estar aqui contigo do que com qualquer um deles. Lutas como um anjo vingativo."
Esse livro conta com mais ação do que o anterior, mais suspense, perigo, medos, sonhos, desejos, amizade, traições ou não... e com novas criaturas. Com muita aventura, lágrimas e sorrisos. Com tudo que a escrita da Nora é capaz de nos proporcionar e o sarcasmo se faz presente, principalmente em Cian (o meu preferido). A receita é perfeita, para quem curte a mistura de romance com sobrenatural, é uma pedida maravilhosa!
Aqueles olhos, pensou ele, ao fechar a porta quando ela saiu. Aqueles olhos cinzentos e amendoados poderiam matar um homem. Sorte a dele já estar morto.
O Baile dos Deuses nos prepara para o que vem pela frente e posso dizer para vocês que, Nora vai surpreende-los ainda mais no último livro da trilogia, esse é apenas a preparação para tudo que está por vir e ele é sensacional, então, se você vai ler, prepare-se para muitas emoções!
Resenhista: Ana Luz.
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