Os Verdadeiros Gigantes

Os Verdadeiros Gigantes Charles William Krüger




Resenhas - Os Verdadeiros Gigantes


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Odin 31/08/2016

Um verdadeira homenagem a importantes figuras da fantasia medieval clássica
Aqueles entre nós que cresceram lendo as obras de Tolkien ou excelentes livros de fantasia como as Crônicas de Prydain, automaticamente pegam grande apreço por essas histórias com raças e personagens "fantásticos" que representam, muitas vezes, aquilo que somos ou ainda, aquilo que deveríamos ser e não somos porque estamos envolvidos demais com nossa futilidade, egoísmo e individualismo.

Anões, em especial, desde os primeiros trabalhos de Tolkien, são indivíduos teimosos, taciturnos e bastante fechados; contudo, são extremamente dedicados àquilo que fazem, corajosos e absurdamente leais, tanto a seus princípios quanto aos amigos que fazem durante a vida. Eles são o tipo de personagem que demoram a se afeiçoar por alguém, mas quando o fazem, são capazes de morrer sem pensar duas vezes por um amigo ou ente querido. "Morte antes da desonra" é um bom lema para esse povo, e este livro consegue passar esta ideia de forma primorosa, em uma história na qual os anões não são coadjuvantes, mas sim, os protagonistas da saga.

Os personagens são muito bem construídos, os relacionamentos, sólidos e verossímeis. O que mais gostei, no entanto, foi a ênfase dada a questão do caráter "racial" dos heróis, e de como a questão da honra é extremamente bem trabalhada: Em alguns momentos, ela pesa como uma bigorna nas costas de quem a mantém, mas esta pessoa se recusa a abandonar este "estorvo". Em outros, ela forma uma parede que protege a pessoa de ataques (físicos e emocionais) que destruiriam completamente uma pessoa de caráter inferior.

Um ótimo livro para quem gosta de fantasia medieval, e para quem sente falta de mais histórias que tragam consigo a herança de tempos em que valores de honra e lealdade eram tidos em alta conta.
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neo 27/06/2016

Eu não sou fã de anões. Nunca fui. Mesmo assim, estava de olho nesse livro há um bom tempo, talvez na esperança de que ele me provasse o contrário. Quando o ganhei em um sorteio, portanto, fiquei animado pra lê-lo logo e como ele é bem curtinho, comecei no mesmo dia.

Infelizmente, Os Verdadeiros Gigantes não me agradou nem um pouco. Na verdade, esse foi um daqueles livros que simplesmente gritam e esperneiam MEU SANTO NÃO BATE COM O SEU, SAI FORA porque sinceramente não teve uma coisinha nele que me interessou, nem mesmo de leve.

Mas falemos da parte “técnica” primeiro: a escrita não foi ruim, mas também não foi boa. Sabe a escrita que tenta demais? Então, foi bem assim. Eu sou bem, hm, sensível a escrita que tenta me manipular pra que eu sinta algo. Acho que até já falei isso aqui no blog. Toda escrita tenta te manipular, óbvio. Afinal de contas, todo escritor quer que seu leitor sinta alguma coisa. Mas quando isso fica óbvio…. nope, não rola pra mim. É como se eu pudesse ver o autor mexendo os pauzinhos por detrás da cortina e isso acaba com qualquer sensação de imersão que eu possa ter tido. E a escrita de Os Verdadeiros Gigantes tentou, e tentou demais. Não funfou pra mim.

Fora isso, o diálogo foi sofrível e os personagens muito mal desenvolvidos. Ou, melhor dizendo, eles não vão a lugar nenhum. Cada um tem uma personalidade bem básica, mas fora isso… necas. Desenvolvimento? Aprofundamento? Nope, nada disso. E o plot twist no final foi o maior deus ex machina que eu já vi.

O livro também conta com a incrível quantidade de uma mulher para um zibilhão de homens/anões. E uma mulher humana, fale frisar. Quem diria que um livro sobre anões não teria sequer uma anã importante?

Mas mesmo que Os Verdadeiros Gigantes tivesse sido bem escrito (ou tivesse mais mulheres), eu não acredito que teria gostado dele. Como eu disse lá em cima, meu santo não bate com esse livro, ou melhor, com o modo como o autor construiu a cultura anã. Tudo, mas absolutamente tudo, da cultura anã me mata de sono.

Anões não podem chorar, anões são viris e vigorosos, anões são fiéis e sólidos como rocha, anões não reclamam dos deuses, blá blá blá. Aqui é pura questão de gosto, mas nada disso me parece interessante. É uma representação da masculinidade, claro, mas o tipo de masculinidade mais porre, chata e tediosa que existe, na minha opinião. Toda vez que o livro repetia que anões não choram nunca em frente de pessoas de outras raças eu me segurava pra não revirar os olhos com força porque o risco de eles ficarem presos na minha nuca pelo resto da existência era muito alto. Tipo, chora de uma vez, caramba. Meu Deus. Que estupidez monstruosa ter uma cultura que literalmente dá valor a sua capacidade de segurar o choro. Sério mesmo.

Então né, toda vez que a cultura anã era mencionada - e ela sempre é mencionada como Algo Muito Bom, Algo Digno de Admiração, blá blá blá - eu tinha que conter minhas caretas de frustração. Rolou zero identificação nesse sentido e se eu estiver sendo sincero, esse livro só reforçou a ideia de que anões definitivamente não são pra mim.

E bem, essa tipo de masculinidade sendo relacionado a heróis não é nada novo. Não chorar e isso ser visto como representação de força? Literalmente acontece com boa parte dos protagonistas (masculinos) do gênero. O povo/raça do bem ser super fiel e honrado? Maior trope da fantasia. Virilidade e vigorosidade como características que todo herói/guerreiro deve ter, sendo portanto consideradas essenciais pela sociedade? Novamente, já vi isso antes. Mil vezes. É chato, é sem graça e, sinceramente, bem seguro e lugar-comum. Ninguém arrisca nada escrevendo um herói/povo assim, porque mil pessoas já fizeram antes e essa é a norma.

Não que todo autor deva se arriscar, mas né, tem horas que mais do mesmo cansa.

1.0 estrela para Os Verdadeiros Gigantes.

site: http://chimeriane.tumblr.com/
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Laís Helena 30/04/2016

Resenha do blog Sonhos, Imaginação & Fantasia
Os Verdadeiros Gigantes tem lugar em Elgalor, um mundo de fantasia com elfos, anões, orcs, dragões e outras criaturas que conhecemos tão bem. Mas o livro se foca em Darakar, o reino dos anões que, enquanto em outros universos de fantasia têm papel coadjuvante, aqui são os protagonistas. Acompanhamos duas jornadas simultaneamente: a de Rodan, um anão que busca vingança (ou justiça) pela morte de seu pai, e a de toda a raça anã, que luta para conter a ameaça dos orcs (que estão mais numerosos e disciplinados do que nunca).

Na primeira vez que ouvi falar no livro, fiquei com um pé atrás. Afinal, ele tinha apenas 150 páginas. Apenas 150 páginas para apresentar um novo mundo, uma raça e os personagens sem falar na trama. E eu já li muitos livros que, devido às suas poucas páginas, apresentavam uma narrativa corrida, que praticamente só contava a história, sem se deter nos momentos importantes para mostrar o que estava acontecendo (se você é escritor, deve ter ouvido o conselho show, dont tell). Mas vi muitas críticas positivas sobre Os Verdadeiros Gigantes, e quando fui sorteada para ganhar livros, em uma das maratonas literárias do Me Livrando, escolhi esse entre os outros vários prêmios disponíveis. E posso afirmar que Charles Krüger está entre os autores que realmente dominam a concisão.

A trama, como se poderia esperar de um livro tão pequeno, é simples. Não há subtramas e se concentra em poucos personagens, limitando-se às duas jornadas que mencionei acima (e que se entrelaçam ao longo do livro). Isso não quer dizer, porém, que a simplicidade implica em previsibilidade ou falta de emoção. A trama é interessante e bem estruturada, com uma excelente reviravolta.

A narrativa é em terceira pessoa, com narrador onisciente. E por isso, para mim, teve altos e baixos. Não gosto muito do narrador onisciente, que se alterna entre os pensamentos de vários personagens muitas vezes na mesma cena. Por isso demorei algumas páginas para me imergir na leitura, e também não gostei muito das cenas de ação, muitas vezes narradas como se estivéssemos observando de longe, em vez de mergulharmos nos pensamentos e sentimentos do personagem. No entanto, não é uma narrativa apressada, por isso todas as cenas têm a profundidade que elas merecem.

Além disso, ela se foca em poucos personagens. Principalmente Rodan (cuja jornada é interessantíssima de se acompanhar), Garren, Drunnan e também um pouco em Lyayna (uma humana, única personagem que não é anã que tem certo desenvolvimento na história). Eles foram bem caracterizados e explorados de forma bastante satisfatória ao longo da trama.

Mas neste livro não são os personagens que devemos acompanhar, mas os anões como um todo. Os Verdadeiros Gigantes caracteriza e explora muito bem a cultura anã, focada em batalhas, coragem e superação de obstáculos. Até mesmo a religião deles é muito interessante: são devotos ao seu deus, Thanor, mas não esperam que este faça tudo por eles. Afinal, Thanor lhes deu a vida, portanto é sua responsabilidade batalhar e superar os obstáculos que aparecem. Foi algo que achei bem interessante e muito diferente, já que em vários outros livros (e até mesmo na cultura humana que é apresentada aqui) de fantasia que exploram alguma religião é comum vermos muitos personagens esperando por milagres divinos.

Além disso, o fato de Os Verdadeiros Gigantes ter uma proposta maniqueísta não significa que os anões sejam uma raça unidimensional. Eles são corajosos e lutam pelo bem de Darakar e Elgalor, mas muitas vezes se metem em enrascadas devido aos seus ideais, que muitas vezes confundem com insensatez. E eu gosto muito quando a maior qualidade de um personagem ou cultura pode, se em demasia, se transformar em seu maior defeito. É uma abordagem que pode se tornar muito interessante, e que aqui foi bem explorada.

Porém, enquanto os anões têm o destaque durante o livro e sua cultura é abordada de forma interessante, os orcs foram explorados de maneira unidimensional, tidos como bestas de pouca inteligência que basicamente seguem instintos. Embora eu não veja como fugir disso sem descaracterizar a espécie, foi algo que me incomodou durante a leitura, ainda que seja mais uma questão de gosto pessoal.

O final não era muito diferente do que eu esperava, mas para mim isso não foi um problema. Afinal, uma das reviravoltas me surpreendeu, e muitas vezes o que importa é a jornada, e não seu final. E, apesar de eu ter tido um problema de identificação com o estilo narrativo em alguns trechos, essa jornada valeu muito a pena.

Em resumo, Os Verdadeiros Gigantes é um livro que traz muitos clichês da fantasia, como a luta entre o bem e o mal e as raças já exploradas em inúmeros outros livros do gênero, mas utiliza esses elementos muito bem e ainda com um enfoque diferente, de forma que você não se sente lendo uma história já conhecida.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2016/04/resenha83.html
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Fernanda | @psiuvemler 28/01/2016

Eu com certeza favorito esta obra | Por Império Imaginário
Depois de adentrar o mundo da literatura fantástica, muita coisa mudou para mim. Anão, por exemplo, já não é mais aquele homem com uma condição genética que diminui sua altura. Mas também aprendi que até os personagens fictícios sofrem com um tipo de estereótipo. Quando pensamos em aventuras nórdicas onde as principais criaturas são anões, elfos, orcs, humanos e tantos outros, imaginamos centenas de personagens com nomes indecifráveis e impossíveis de serem decorados. Também imaginamos que anões são guerreiros que, ao primeiro sinal de perigo, empunham seus machados e partem para cima do inimigo, bradando algum lema que apenas eles entendem, sem se importar com os riscos. Criaturas forjadas do sangue de batalhas que, com seu jeito firme e nada sensível, muitas vezes nos arrancam algumas risadas nos diálogos. Mas, na maioria das vezes, eles não são o foco da trama e estão lá apenas para ajudar o herói da história.
Porém não é isso que acontece em Os Verdadeiros Gigantes. Neste livro temos a oportunidade de conhecer cada pensamento dos anões que vivem no reino de Darakar. Eles são os personagens principais da nossa história e, definitivamente, não são aquelas criaturas desprovidas de inteligência que agem por completo impulso, saltando dentro de uma batalha sem um plano específico, com o único propósito de trucidar os inimigos.
No início do livro conhecemos Rodan, um anão carrancudo e determinado a vingar dar justiça ao seu pai, que foi morto em batalha. O problema é que apenas a vontade de cumprir sua missão não é o suficiente. Sem nem imaginar para onde deve ir, Rodan deixa seu reino e segue as instruções dadas por seu pai, que agora aparece em alguns sonhos durante sua trajetória. Sabendo que ninguém concordaria com sua ideia, ele parte deixando apenas uma carta, pedindo para que seus companheiros não tentassem segui-lo ou impedi-lo. Porém Garren e Drunnan, seus amigos, decidem não aceitar as palavras de Rodan e saem em busca do anão.
Acontece que o reino de Darakar está passando por poucas e boas. O exército de orcs está aumentando e exibindo maior poder do que costumava possuir. A teoria entre os sábios é de que uma força maior está reunindo as criaturas diabólicas de uma forma que a inteligência limitada delas nunca permitiu. Os pequenos grupos de gigantes de gelo também estão trucidando os anões que tentam se comunicar com as cidades vizinhas. Com a ajuda dos humanos e do povo élfico, planos precisam ser elaborados o mais rápido possível, pois a ameaça cresce desenfreadamente. De uma maneira esplêndida, as histórias de Rodan e do restante do povo anão são ligadas, de forma que o destino de um poderá colocar em risco toda uma nação.
Charles William Krüger possui uma escrita fantástica que me prendeu desde o prólogo do livro, de modo que não consegui mais me desgrudar da história. Foi tudo tão sensacional que, durante toda a leitura, eu sentia como se estivesse ao redor de uma fogueira com um copinho de café, ouvindo tudo, vidrada e atentamente, enquanto o próprio autor narrava as aventuras do povo anão contra o inimigo que se aproximava. Uma coisa eu te digo: não se prenda a nenhum personagem. Em vários momentos eu me vi completamente sem palavras, pois cada página trazia uma surpresa. Quando o leitor pensa que tudo já está perdido e não tem mais o que acontecer, Charles joga, lindamente, uma tragédia ou uma vitória, mudando totalmente o rumo da história e arrancando o fôlego de seu leitor.
Faz mais de uma semana que terminei a leitura de Os Verdadeiros Gigantes, mas, como os que já me conhecem sabem, tenho muita dificuldade em escrever uma resenha quando a obra me agrada demais. Todos os dias eu abria o Word e ficava pensando em palavras que pudessem expressar a grandeza que foi essa obra para mim e, mesmo que agora a resenha esteja pronta, ainda sinto que não falei o suficiente – então, desde já, peço perdão pela resenha extensa. A escrita do autor é quase poética, sendo séria nas situações necessárias e mais extrovertida nos momentos de felicidade do povo. Eu com certeza favorito esta obra. Minha vontade é de ler todas as palavras escritas por Charles, pois ele tem o poder de transportar seu leitor para um outro mundo e isso é o que mais me atrai em uma fantasia.
Todos os personagens foram construídos de forma perfeita, cada um com suas próprias características. Rodan passou boa parte da história sozinho, porém às vezes soltava uns comentários emburrados ao vento. O melhor de Rodan é a sua relação com o pai. Mesmo que as aparições do falecido sejam quase raras, pode-se notar a admiração do filho com o guerreiro que um dia seu pai fora. Drunnan e Garren foram os que mais me encantaram. Enquanto Garren gostava de acreditar que, muitas vezes, era necessário buscar forças no passado, Drunnan tentava não concordar com isso e demonstrava completa indiferença a algumas falas do amigo. Há também os elfos, com seu jeito sábio e postura firme, que sempre demonstraram fidelidade ao povo anão, e os humanos que, perto dos companheiros baixinhos, pareciam, na minha opinião, sentir-se inferiores e eu achei isso bastante divertido – acho que apenas quem ler irá entender. O vilão foi criado com toda graciosidade – isso faz sentido? –, mas é apenas no final do livro que descobrimos o magnífico plano arquitetado por ele – plano este que me deixou embasbacada.
A narração é em terceira pessoa, dividida em três partes, sendo elas (I) a busca de Rodan por justiça, (II) a trajetória de Drunnan e Garren em busca de seu amigo e (III) a batalha enfrentada pelo rei e exército de Darakar contra seus inimigos. Mas como está escrito na sinopse, as histórias se interligam, ou seja, todos esses personagens se encontrarão no final de uma forma surpreendente, seja para o bem de todos ou para a desgraça... Outra coisa que também me maravilhou foi a fidelidade do rei para com seu exército. De forma alguma ele deixava que os soldados fossem sozinhos para a batalha. Rei ou não, ele preferia estar derramando sangue inimigo a ficar protegido atrás de muros por causa de uma coroa.
Quando vi os anúncios dessa obra e procurei saber mais a respeito, imaginei um exemplar maior do que o que me foi enviado – digo, em dimensões. O livro possui formato 14 x 21, mas descobri que este é o melhor, mais confortável, na hora de realizar a leitura. O que imaginei foi um número maior de páginas, no entanto ele possui apenas 152, o que o proporciona uma lombada de cerca de 1cm. Mas isso em nada interfere na história, pois Charles conseguiu contar tudo o que queria e ainda deixar o leitor com anseio por algo mais. Depois dessa leitura, eu realmente desejo uma continuação ou um novo livro, pois foi uma experiência excelente.
O trabalho realizado pela editora ficou incrível. A ilustração da capa representa bem o que o enredo traz. A diagramação é simples, com os capítulos numerados e nomeados no topo da página em uma fonte personalizada, nada além disso. As folhas são amareladas e a fonte é pequena – talvez isso tenha provocado o número de páginas reduzido –, mas não o suficiente para incomodar durante a leitura.
Quando decidi marcar meus quotes favoritos, não imaginei que seriam tantos. Contando os post-its usados, tenho um total de 21, que coloriram perfeitamente a lateral do meu exemplar autografado (obrigada, Charles *-*). Enfim, é uma obra que, sem dúvida alguma, eu recomendo para todos os apaixonados por uma fantasia medieval. Quem ler, não irá se arrepender. E, se já leu, me diga se compartilha das mesmas opiniões que eu.

site: http://imperioimaginario.blogspot.com.br/2016/01/resenha-os-verdadeiros-gigantes.html
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Alexia Bittencourt 01/08/2015

Orgulho desses curitibanos!!
"Que meu coração seja ferro, e tú o ferreiro,
Que o fogo da coragem me consuma, tal qual um braseiro,
Faz-me forte como o aço, e sólido como o rochedo,
Faz-me senhor da coragem, nunca escravo do medo,
Faz-me senhor do destino, senhor do meu amanhã,
Para a honra do meu deus, do meu rei e do meu clã."

Os Verdadeiros Gigantes é uma história que se passa em Elgalor, um mundo fantástico em que existem homens, anões, elfos, magos, orcs, gigantes de gelo, dragões vermelhos e arautos da destruição.
A história começa com Garren e Drunnan, dois anões, se preparando para uma jornada arriscada para impedir Rodan, um amigo que - guiado pelo espírito do pai - havia saído sozinho em busca de justiça (ou vingança - como você preferir chamar).
O livro retrata as duas jornadas, as dificuldades presentes nelas - frio, escassez de recursos, batalhas com orcs e gigantes de gelo - e também os bons momentos - novas amizades, aprendizado e a força de vontade e coragem típica dos anões. Simultaneamente, retrata Darakar, o reino dos anões, em que uma grande guerra está prestes a eclodir. Guerra, na qual, nossos três amigos terão uma participação fundamental.

Comecei a ler o livro com um certo receio.
Por quê?
Porque o livro tem 150 páginas. Livros de fantasia normalmente tem 400, 800, alguns até passam das 1000 páginas (chega a ser engraçado colocar esse livro ao lado dos meus tijolinhos amados) e eu achava impossível um autor conseguir criar um mundo, desenvolver personagens e uma história em 150 páginas sem deixar buracos ou "correr". O autor me provou que é completamente possível, embora exija uma tremenda habilidade.

A leitura é rápida e prazerosa. A linguagem usada pelo autor é um pouco rebuscada, mas apenas o suficiente para combinar com uma fantasia épica. O leitor é surpreendido diversas vezes com o rumo da história.
A cultura anã é incrivelmente bem construída. Os personagens são encantadores, é impossível não admirar a coragem, força de vontade, lealdade e até heroísmo deles. Mesmo quando algum personagem morre você não fica triste, na verdade, sente orgulho, porque eles fizeram e seu melhor e morreram por uma causa maior.
Merece um destaque especial o ritmo do livro, é muito mais parecido com o ritmo de um conto do que de um livro de fantasia. Em nenhum momento você tem a impressão de que o autor está com pressa, é algo parecido com a diferença entre um filme e uma novela. Eu demorei um pouco para acostumar com o ritmo, mas, no final, foi esse ritmo que fez o livro ser uma revelação tão grande.

Recomendadíssimo. O autor ganhou um lugar na minha lista de favoritos junto com Rothfuss, Martin e Sanderson.
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Eleuzi 15/04/2015

Aço, sangue e muita emoção.
Minha primeira resenha aqui no skoob!
Bom, vou começar falando sobre minhas primeiras impressões sobre esse lançamento.
A arte da capa é de muito bom gosto, e nos apresenta um herói com traços fortes e austeros típicos dos anões, mas com todo um charme pessoal e uma expressão desafiadora e com até mesmo um certo ar de deboche. Ponto para o ilustrador!
Vamos falar um pouco sobre a história agora:
Rodan ém um jovem guerreiro anão em busca de vingança pela misteriosa morte de seu pai. Enquanto seus dois melhores amigos saem em uma jornada para impedir que o impetuoso protagonista jogue sua vida fora em uma vingança contra alguém que nem mesmo ele sabe quem é, o foco da história muda bruscamente para o conflito que vem se alastrando entre anões e orcs liderados por um novo servo do Deus da Carnificina.
A história segue cheia de lições de moral, coragem e companheirismo. Vale a pena para quem é fã de anões e fantasia clássica.
O estilo do autor é rebuscado, mas não ao ponto de tornar a leitura complicada ou maçante, e a narrativa flui com leveza e elegância. O final é bombástico e cheio de plot twistis, e talvez seja o ponto mais impressionante da obra.
Recomendo.
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