spoiler visualizarRafael.Goncalves 28/04/2021
RESENHA - Vocação Perigosa
TRIPP, Paul. Vocação Perigosa; traduzido por Meire Portes Santos. São Paulo: Cultura Cristã, 2014.
O livro “Vocação Perigosa”, foi originalmente publicado sob o título: Dangerous Calling: Confronting the Unique Challenges of Pastoral Ministry no ano de 2012. E através das mãos de Meire Portes Santos, foi então traduzido para o português. O autor do Paul Tripp tem um grande currículo, ele é pastor, escritor e palestrante internacional. É presidente do Paul Tripp Ministries e sua visão o levou a escrever quinze livros sobre a vida cristã e a viajar pelo mundo pregando e ensinando.
A presente obra traz uma abordagem muito prática, logo na introdução o autor apresenta a título de guisa a que veio, ele demonstra que este livro se difere de livros encorajadores, explicativos, instrutivos e até mesmo exegéticos, a proposta é clara esta obra é um diagnóstico. A obra se propõe a levar o ministro ou mesmo a aspirante, a olharem para si mesmos no espelho que expõe a vida cristã e o coração, ou seja, a Palavra de Deus, (TRIPP, 2014, p. 9) o intuito é levar os leitores a perceber o que há de errado e assim corrigir, e esta abordagem de correção só é possível através do evangelho transformador de Jesus Cristo.
A obra de Tripp se estabelece em três partes, parte 1 “Examinando a Cultura Pastoral”; parte 2 “O Perigo de Perder a Sua Reverência” e parte 3 “O Perigo da Síndrome de Celebridade”. Desta forma, o autor organiza quinze capítulos ao longo de seu livro, sendo os sete primeiros na parte 1, do oitavo ao décimo primeiro na parte 2 e por fim na parte 3, do décimo segundo ao décimo quinto. A estrutura em que o livro foi organizado, dá-lhe uma característica didática, proporcionando uma melhor compreensão de cada tópico. O mesmo está disposto em 192 páginas.
O capítulo um “Rumo ao Desastre”, é introduzindo com uma demonstração de humildade, Tripp relata que ele é um homem normal, ou seja, um pecador. Ele expõe seu pecado não para ser exaltado, mas justamente o oposto, para demonstrar a sua debilidade, assim como os demais pastores ele é um homem falho. Ele trabalha sobre esta questão e leva o leitor a perceber que não está sozinho, assim como Tripp, existem vários homens laborando contra os seus pecados ao redor do mundo. E para melhor compreensão a respeito da cegueira para o seu próprio pecado, ele estabelece três temas que permeiam a vida de outros pastores e lideres de igual modo. 1) Eu permito que o ministério defina a minha identidade; 2) Eu deixei que meu conhecimento bíblico e teológico definisse a minha maturidade; 3) Eu confundia o sucesso ministerial com o apoio de Deus ao meu estilo de vida. Essas eram e são as temáticas apresentadas por Tripp, que segundo a sua concepção trazem uma grande cegueira espiritual a vida de líderes. O autor apresenta estas questões que sondam o coração do ministro, entretanto ele não os deixa somente com os problemas, ele busca apresentar no final do capítulo uma esperança, que nas palavras do autor se sintetizam na seguinte forma “Pastor, você não precisa ter medo do que está em seu coração e você não precisa temer ser conhecido, porque não há nada em você que possa ser exposto que já não tenha sido coberto pelo precioso sangue do seu Rei Salvador, Jesus.” (TRIPP, 2014, p. 23)
O capítulo dois “Repetidamente”, explora algo muito triste que são sinais de um pastor que está perdendo o rumo, e para melhor explanação destes sintomas Tripp apresenta uma série de motivos. 1) Ele ignorou a evidência clara de problemas; 2) Ele estava cego para os problemas do seu próprio coração; 3) Faltava emoção em seu ministério; 4) Ele não estava pregando o evangelho para si mesmo; 5) Ele não estava ouvindo as pessoas mais próximas; 6) Seu ministério tornou-se pesado demais; 7) Ele começou a viver em silêncio; 8) Ele começou a questionar a sua vocação; 9) Ele se entregou a fantasias de uma vida diferente. Ao apresentar estes sinais, o autor vida com isso auxiliar os pastores, a não se acovardarem diante da situação que assola os seus corações, essas questões se apresentam a todos, entretanto cabe a cada líder buscar a solução, não sozinho, mas com ajuda de seus familiares e outros companheiros de ministério. Uma das frases que mais podem assombram o leitor é “Por eu não estar me vendo com exatidão e devido ao ministério ter se tornado pesado demais, em vez de examinar o meu caráter e as minhas reações, eu terei a tendência de começar a questionar se eu estava correto em pensar que fui chamado para o ministério.” (TRIPP, 2014, p. 32) Está frase assombra o leitor, pois é perceptível o quão fundo é o poço em que se encontra o pastor, para questionar e duvidar do chamado ministerial de Deus.
No capítulo três “Grandes Cérebros Teológicos e Coração Doente”, Tripp labora sobre uma questão que é o “calcanhar de Aquiles” de muitos líderes, a falsa sensação de estar certo e fazendo a coisa certa, devido os seus numerosos méritos, não passa de arrogância espiritual, quando, na verdade, a pessoa não consegue ao menos perceber a sua debilidade. O autor apresenta uma definição propícia, segue “Coisas ruins acontecem quando a maturidade é definida mais por conhecer do que por ser. O perigo está à solta quando você começa a amar mais as ideias do que ao Deus que elas representam e às pessoas que elas desejam libertar.” (TRIPP, 2014, p. 35). Ainda no capítulo, ele aborda quatro tópicos de extrema relevância. Em primeiro lugar, “O que estamos fazendo com a Palavra?” e dentro deste tópico, ele apresenta exemplos reais e destruidores, provocados pela postura negligente dos líderes, entretanto ele explora a solução, que gira em torno da adoração centrada não mais no pastor, mas em Deus. Em segundo lugar, Tripp fala sobre “A especialização da educação Teológica”. Ele traz a memória, a vida de homens que eram pastores, antes mesmo de assumir a docência em seminários, eles tinham cheiro de ovelha, não eram frios academicamente, mas cheios de fervor santo e amor pelo rebanho e pastorado. Em terceiro lugar, ele nos leva a seguinte pergunta “Então, qual é o perigo?” ele inicia falando sobre algo real, porém adorado por muitos, que estão cegos “O cristianismo academicizado, que não está constantemente conectado ao coração e coloca sua esperança no conhecimento e na habilidade, pode, na verdade, fazer estudantes perigosos.” (TRIPP, 2014, p. 45) Além desta constatação, o autor elenca sete subtópicos de coisas que podem ocorrer na vida dos alunos, enquanto eles ainda estiverem no seminário. 1) Cegueira espiritual; 2) Justiça teológica própria; 3) Relacionamento pessoal disfuncional com a Palavra de Deus; 4) Falta de necessidade pessoal do evangelho; 5) Impaciência com outras pessoas; 6) Perspectiva errada sobre o ministério; 7) Nenhuma comunhão viva com Cristo. E então Tripp conclui o capítulo com seu último tópico “Para onde vamos, então?”, está perguntando tende a gerar no coração do leitor o quão débil se encontra a cultura pastoral. Uma de suas frases finais, traz uma resposta certeira a pergunta do último tópico “O alvo da formação espiritual deve colorir o conteúdo de cada área de estudo” (TRIPP, 2014, p. 47).
No capítulo quatro “Mais do Que Conhecimento e Habilidade”, o autor perpassa por dois tópicos, o primeiro baseado em uma pergunta “O que torna os pastores bem-sucedidos?” e sobre o argumente “O pastor deve estar encantado, maravilhado – permita-me dizer, apaixonado – pelo seu Redentor a tal ponto de tudo o que ele pensa, deseja, escolhe, decide, diz e faz seja motivado por seu amor a Cristo e pela segurança de descansar no amor de Cristo.” (TRIPP, 2014, p. 53) repousa a resposta para questão suscitada. O segundo, baseia-se em exemplos bíblicos, mas o ponto culminante está na chamada de atenção que Tripp proporciona ao leitor “E ingênuo pensar que o ministério pastoral é sempre impulsionado pelo amor a Cristo e ao seu evangelho. É simplista concluir que pessoas no ministério tenham amor natural e constante por pessoas. É perigoso concluir que todos no ministério trabalham para o avanço do grande Reino. É importante reconhecer que muitas pessoas no ministério têm sido bem-sucedidas em prol de uma glória pessoal e que elas têm perdido a visão da glória de Deus.” (TRIPP, 2014, p. 57).
O capítulo cinco “Juntas e Ligamento”, abarca três conceitos relevantes, entretanto o cerne repousa nós próprios pastores, está é uma afirmativa possível devido a seguinte frase “O mal está em nosso coração e nas ações das nossas mãos, e nós estamos bem com isso. Poderia existir um lugar mais perigoso para um cristão estar?” (TRIPP, 2014, p. 61), os conceitos abordados pelo autor são em primeiro lugar, “Cegos guiando outros cegos” em segundo lugar “Vivendo na zona de perigo” e em terceiro lugar “Um caminho melhor, mais saudável”, dentro deste conceito Tripp apresenta alguns passos para ajudar os líderes, segue: 1) Peça ao seu pastor que frequente um pequeno grupo no qual ele não seja o líder; 2) Pastor, procure uma pessoa espiritualmente madura para ser o seu mentor o tempo todo; 3) Estabeleça um pequeno grupo de esposas de pastores; 4) Pastor, seja comprometido com uma autorrevelação apropriada em sua pregação; 5) Assegure-se de que o seu pastor e família sejam regularmente convidados para frequentar lares da igreja; 6) Assegure-se de que haja alguém mentoreando regularmente a esposa do seu pastor; 7) Assegure-se de que seu pastor e esposa tenham recursos para saírem de casa regularmente e passar alguns finais de semana fora um com o outro; 8) Assegure-se de que a ajuda por meio de aconselhamento esteja sempre disponível ao pastor, à sua esposa e à sua família.
O capítulo seis “A Comunidade Ausente”, traz consigo conceitos bem similares ao capítulo anterior, e neste viés trabalha a questão do isolamento dos pastores, os líderes que criam esta categoria de isolamento e separação, acreditando que está ação os levará a piedade, e a terem um ministério maduro, e com isso pensam estar fazendo uma boa escolha. Mas segundo Tripp, isso é um equívoco, visto que é necessário também fazer parte do corpo de Cristo, interagir mais ativamente com sua família e confiar em outros irmãos, para compartilhe lutas e cargas.
No capítulo sete “Zonas de Guerra”, o autor introduz algo que marca o restante de seu livro, ele apresenta os aspectos da guerra pessoal, pelejada diariamente pelo pastor. Uma das características é que a mesma é interna, uma guerra pelo seu ministério, mas antes pelo seu coração. O autor aborda os dois reinos que concorrem para dominar o coração do pastor, e conclui, falando sobre está batalha “Há algo tenebroso e enganador que ainda espreita no coração de cada um dos filhos de Deus que ainda não foram glorificados: o pecado. É somente o pecado que está dentro de você que o atrai e cativa ao pecado que está fora de você. A cada dia há uma batalha a ser travada pelo controle do seu coração. Mas o seu Salvador amoroso, com zelo e imenso amor redentor, não compartilhará o seu coração com outro. Ele não descansará até que o seu coração seja governado por ele e somente por ele.” (TRIPP, 2014, p. 93)
O capítulo oito “Familiaridade”, inaugura a segunda parte do livro. Tripp frisa bem a respeito da reverência e o que ela produz no ministério do pastor, segundo o autor estes frutos são: Humildade; Amabilidade; Paixão; Segurança; Disciplina e Descanso. Além dos frutos descritos por Tripp, uma importante palavra deve ainda ser mencionada “Se o seu coração é mais governado pelo temor de homens do que por temer a Deus, você edificará um ministério que levanta paredes de proteção ao seu redor e constrói um fosso entre a sua pessoa pública e a sua vida particular.” (TRIPP, 2014, p. 103)
O capítulo nove “Segredos Sujos”, trabalha sobre a aceitação dos pastores a um padrão de pecados em seu ministério, que causaram uma inércia em reverência, temor e santidade. Ficando assim, cada vez mais distante de Deus. O autor promove uma série de alertas, falamos sobre os medos e temores. Entretanto, apresenta alguns pontos que podem ajudar o pastor que em sinceridade os seguir. Os pontos são: 1) Reconheça humildemente os seus temores; 2) Confesse aquelas situações em que o temor produziu decisões ruins e reações erradas; 3) Preste atenção à sua meditação e 4) Pregue o evangelho para si mesmo. A frase que marca este capítulo sem dúvida é “Você necessita dizer a si mesmo, vez após vez, que não existe um abismo de vida ou de ministério tão profundo que Jesus não seja mais profundo. Você precisa se convidar a descansar e ter fé, quando ninguém mais sabe que você precisa de um sermão particular.” (TRIPP, 2014, p. 117)
No capítulo dez “Mediocridade”, Tripp estabelece dois pilares importantes o primeiro é “Glória de Deus, nossa excelência” e o segundo “A pregação e o Deus que é excelente”. No primeiro pilar ele visar levar o coração do pastor e/ou leitor a enxergar a majestade da glória e Deus e está atitude fará com que o líder elimine a mediocridade de sua vida, as palavras são encorajadoras “Se o seu coração está em reverência funcional da glória de Deus, então não haverá lugar em seu coração para a mediocridade pastoral funcional, escassamente preparada e mal transmitida.” (TRIPP, 2014, p. 121). A partir do segundo pilar, o autor aborda o quão medíocre tem sido as pregações nos púlpitos de diversas igrejas. Em suma, o caráter revelado após cada pregação demonstra líderes em grande debilidade. Ele finaliza este capítulo com uma dura mais essencial pergunta “Pastor, você está sofrendo de uma amnésia de reverência que permite que você estabeleça padrões muito mais baixos do que os exigidos se você quiser levar a sua vocação representativa a sério?” (TRIPP, 2014, p. 129). E como sempre, Tripp não só aponta os problemas, mas busca implementar uma solução, que repousa na disposição do pastor de não se esconder devido à culpa, mas antes correr para seu Redentor.
O capítulo onze “Entre o Já e o Ainda Não”, traz à tona, o orgulho espiritual. Sentir-se feliz por um feito realizado não é problema, o engaste se encontra quando isso se torna um padrão. Quando tudo que se faz, visa buscar aprovação de si e dos demais, fazendo-se um homem com humildade hipócrita. E para trazer o pastor de volta a realidade, Tripp labora sobre algo sadio e prudente a se fazer. Ele convida o leitor a olha para si, e não pensar de si mesmo, aquilo que não é conveniente. Os líderes serão tentados de diversas formas, através do conhecimento, a pensarem que já chegaram ao pico teológico, através de experiência e sucesso ministerial, e o pastor até mesmo incorrerá na tentativa de ser achar uma celebridade. E está última tem grandes perigos, que podem destruir um ministério, onde Cristo não é mais o centro. O autor elenca pelo menos nove resultados que a síndrome da celebridade pode gerar, eles são: 1) Você pensará que não necessita do que prega; 2) Você não será aberto para o ministério do corpo de Cristo; 3) Você esperará de outros a perfeição que pensa já ter atingido; 4) Você se sentirá qualificado a ter mais controle do que tem; 5) Você não sentirá a necessidade de comunhão meditativa diária com Cristo; 6) Você receberá os méritos daquilo que somente a graça pode produzir; 7) Você sentirá que tem direito ao que nunca poderia obter ou realizar; 8) Você não será tão alerta e defensivo no que diz respeito à tentação e ao pecado; 9) Você colocará mais carga no seu ministério do que pode suportar. De maneira sintetiza a autor termina o capítulo dizendo “Tudo isso tem o objetivo de dizer que a grande guerra espiritual não assola somente fora de nós; há ampla evidência, todos os dias, de que ela ainda assola dentro de nós” (TRIPP, 2014, p. 141).
O capítulo doze “Glória Própria”, de início a última parte do livro. Assim como os capítulos posteriores, o foco foi no perigo da síndrome da celebridade. Este terrível mal gera uma amnésia no pastor, fazendo-o se esquecer que a humildade no ministério é um modelo criptológico e que o fruto da glória própria é prejudicial ao ministério. Um dos graves riscos desta síndrome é “...constantemente confundir sua posição de embaixador com a de rei.” (TRIPP, 2014, p. 145). O ministério é árduo e não se pode olhar para trás, essa não é uma opção para o vocacionado, então o pastor deverá encontrar alegria na difícil e humilhante tarefa do ministério.
No capítulo treze “Sempre Preparando”, a exortação do autor se dá porque estes homens, “perderam o centro de tudo e o seu coração foi sequestrado e muitos deles não sabem.” (TRIPP, 2014, p. 160). O autor exorta a respeito da dicotomia perigosa, da morte e vida na adoração individual. E bate na tecla com sinais de que o ministro se esqueceu da sua identidade dupla. A partir da exortação, se estabelece um ponto de contato para cura, desta ruptura desnecessária. E então soa as palavras do autor “Você simplesmente não pode ser um bom embaixador da graça do Rei sem reconhecer sua necessidade do Rei em sua própria vida.” (TRIPP, 2014, p. 171).
No capítulo quatorze “Separação”, o autor fala sobre a separação que poder ocorrer na vida do ministro, entre sua vida particular e pública. Os problemas são diversos, quando isso ocorre. E dois pontos crucias são apontados para melhor auxiliar o pastor. Em primeiro lugar o evangelho deve ser pregado a si mesmo, e a partir deste ponto o autor elabora uma lista de aplicações vitais do evangelho no dia a dia, veja: 1) Eu não preciso ficar ansioso quanto a nunca estar à altura, porque Jesus está perfeitamente à altura em meu favor; 2) Devido à graça me permitir obter minha identidade e segurança verticalmente, estou livre de fundamentá-las no que as pessoas pensam de mim; 3) Eu não preciso ser assombrado pelo que possa ser exposto a meu respeito, porque tudo o que poderia ser exposto já foi coberto pelo sangue de Jesus; 4) Eu preciso lembrar que as minhas fraquezas não são um obstáculo ao ministério produtivo, mas minhas ilusões de força independente são; 5) Eu posso descansar confiante de que Deus não errou o endereço quando me chamou para o ministério; 6) Existe apenas um messias, e, definitivamente, não sou eu. Como apresentado pelo autor “somente a esperança e certeza do evangelho é que podem resgatá-lo da duplicidade e da idolatria que tentam todo pastor” (TRIPP, 2014, p. 178). Finalizando este capítulo Tripp ainda faz algumas pontuações sobre como preencher a lacuna da separação, ele sugere cinco compromissos a serem tomados pelo pastor, segue: 1) Exija de si mesmo sentar sob o seu próprio ensino e pregação; 2) Confesse publicamente a sua própria luta; 3) Coloque-se sob conselho sábio e bíblico; 4) Seja acessível aos seus amigos e família; 5) Edifique uma comunidade de liderança humildemente sincera.
O capítulo quinze “E Agora?”, concluí não somente a terceira parte, mas também a obra de Paul Tripp. Neste capítulo o autor faz suas últimas considerações, além de resgatar e sinterizar conceito trabalhado ao longo do livro, ele finaliza com uma passagem marcante de 1Pedro 5.6-11, onde a partir dela, é apresentado cinco instruções, que são: 1) Saiba o seu lugar; 2) Descanse nos cuidados de Deus; 3) Leve seu ministério a sério; 4) Resista, não importa o quanto for difícil; 5) Confie na graça santificadora de Deus. Através dessas instruções práticas, Tripp tem o proposito de levar os pastores a viverem o convite de sua obra.
A obra de Tripp, é clara e precisa, podendo ser considerada um manual pastoral, o autor buscou apresentar temas que por muitos são enterrados no tapete do esquecimento, e com isso enriqueceu não somente o seu próprio ministério, mas também a vida de cada leitor. Apesar de apresentar muitas propostas para desenvolvimento do ministro, sua abordagem está longe de ser legalista, ela é pastoral. O que foi apresentado, não pode ser algo diferente de frutos de arrependimento, de graça e de experiências vividas no ministério.
O livro, deve ser lido por seminaristas e pastores sempre, antes e durante o seu ministério, talvez até mesmo debatido em alguns presbitérios. O teor do livro é riquíssimo, e faz brotar lágrimas nos olhos, e fogo no coração. Está obra é um presente da graça para todos os ministros, e através desta mesma graça, encorajo a todos que conhecem um pastor a presenteá-lo com este livro.