Bruna Moraes 10/09/2022
A Grande Caçada
É uma tradição da aldeia de Oskari, localizada na Finlândia, que todo menino ao completar 13 anos precisará passar uma noite e um dia no Território das Caveiras, simbolizando a entrada na vida adulta e qual tipo de homem se tornará, através do animal que conseguir caçar utilizando o arco cerimonial. Seu 13° aniversário havia chegado, isso significava que precisaria passar pelo teste para não ser visto mais como uma criança, mas sim como um homem. Tentaria ser tão bom quanto seu pai, que levou como troféu a cabeça de um urso, motivo de grande admiração e respeito pelas pessoas da aldeia, mas não tinha total confiança sobre isso, nem seu pai parecia acreditar. Hamara, o líder da aldeia, entregou o arco cerimonial e assim se iniciou a grande caçada.
Porém Oskari não imaginaria que a floresta daria algo muito melhor e maior que um urso ou qualquer animal, seria sua responsabilidade manter vivo o presidente dos Estado Unidos, que estaria sendo ameaçado e caçado por terroristas.
A sinopse do livro é bastante atrativa, envolvendo uma narrativa de ação e uma corrida contra o tempo, evidenciando que os personagens tinham pouco tempo para protegeram suas próprias vidas, no entanto, pela quantidade de capítulos cheios de ação e bastante dinâmicos, o tempo que o Oskari tinha de um dia, praticamente, para finalizar o teste não seria suficiente para tantos acontecimentos, fiquei um pouco perdida nessa noção do tempo da história.
Vale ressaltar, que pouco se falou da aldeia, de início passou a impressão de ser uma estrutura mais conservadora, sem tecnologia, não muito desenvolvida e distante dos grandes centros urbanos, mas em outros aspectos, parecia que havia tecnologia e era bastante desenvolvida, pela falta de detalhes sobre a aldeia essa característica se restou confusa.
Todavia, como pontos positivos, têm-se a construção dos personagens, sendo carismáticos e dificilmente não conseguindo se colocar na pele do Oskari ou do presidente, pelas situações de pura adrenalina que estariam vivendo, e a cada novo capítulo era uma emoção e curiosidade para saber se eles conseguiriam sobre viver ou não (apesar de presumidamente, imaginarmos que sim).
Ainda há como ponto de discussão a desconfiança do pai em achar que o Oskari não conseguiria, não fosse capaz de caçar ou sobreviver na floresta, mas o desfecho foi surpreendente para os membros da aldeia. A capa do livro traz duas figuras importante no grupo, o Oskari caçador e o Air Force One, representando o presidente, e as mãos como se um ajudasse o outro, e de fato foi o que aconteceu. A forma como foi escrito prende o leito do início ao fim do livro, merecendo ser levada aos cinemas por uma produção cinematográfica.