Maria - Blog Pétalas de Liberdade 11/05/2015"Filhos de Lilith - O Despertar" Narrado em terceira pessoa, o livro conta a história de Alice. Tudo começa com a jovem desmemoriada, na casa de um amigo. Ela agia de maneira estranha, evitando a todo custo a luz solar. Até se dar conta de que não era mais um ser humano, era uma vampira com uma sede enorme por sangue.
Atordoada com a descoberta, Alice foge e é encontrada na rua por Carol, outra vampira que a acolhe e que quer ser sua amiga e lhe ensinar tudo sobre o mundo vampírico, ajudando-a a se adequar em sua nova vida, já que quem transformou Alice parece não ter feito isso.
" - Uau! Temos um mercado negro?
- Mas é claro! - afirmou Carol. - Além da sociedade humana e sua regras, existe a nossa sociedade, com suas normas e leis próprias. Toda uma hierarquia de poder que precisamos seguir. Do contrário, imagine o caos que não seria?
Alice ficou em silêncio, ponderando sobre tudo o que acontecera naquele dia (...). Aquela nova realidade era aterradora e ao mesmo tempo fascinante. Sua mente ansiava por saber mais, seu corpo desejava que ela o explorasse e descobrisse todas as suas novas e incríveis capacidades. Contudo, era também preciso ter cuidado pois aquele era um mundo extremamente novo para ela. Como saber em quem confiar, ou até onde poderia ir sem estar, de repente, invadindo os domínios de alguém?" (página 46)
Aos poucos, a memória de Alice vai voltando. Inicialmente, ela não queria ser uma vampira e desejava ter sua vida de volta, mas Alice vai percebendo que isso seria impossível, e ser uma vampira poderia ter seu lado bom.
No meio disso tudo, uma guerra entre os seres das trevas (grupo do qual os vampiros participam) e seres da luz está prestes a iniciar, e Alice, uma vampira recém-criada, precisará se juntar a outros vampiros muito mais velhos e experientes que ela.
O livro é pequeno e a história é bem ágil, acontece bastante coisa nas 160 páginas, não deixando espaço para o marasmo, um ponto super positivo. Li o livro em dois dias, metade no primeiro, metade no segundo. Confesso que gostei bem mais da primeira parte, onde Alice ainda estava começando a descobrir sua história e seus novos poderes; na segunda parte ficou mais evidente a hipocrisia e a crueldade daqueles vampiros, eles condenavam algumas atitudes humanas, se achando superiores, mas, logo adiante, faziam a mesma coisa que criticaram anteriormente.
Gostei de a história se passar no Brasil, mais especificamente em São Paulo, sendo muito bem ambientada. Elaine Velasco provou que é desnecessário escolher a Europa ou os Estados Unidos para fazer uma boa história sobre vampiros. Outra coisa que me agradou foi ver personagens femininas fortes, Alice e Carol principalmente, elas pareciam frágeis fisicamente, mas eram muito fortes e sabiam se defender, não demonstrando haver diferença de força física entre vampiros e vampiras.
Eu não recomendaria o livro para menores de dezoito anos, já que ele tem cenas de sexo, violência e muito sangue. Elaine Velasco construiu uma sociedade vampírica bem interessante e estruturada. Gostei da narrativa dela, como disse anteriormente, a história é ágil e a leitura flui com facilidade.
Antes de Filhos de Lilith - O Despertar, a autora já havia escrito outros livros sobre esse universo vampírico, embora não seja uma continuação, mas uma história paralela, creio que talvez eu pudesse compreender ainda melhor Filhos de Lilith - O Despertar se tivesse lido os livros anteriores da Elaine Velasco, e confesso que fiquei bem curiosa para lê-los.
Filhos de Lilith - O Despertar foi o primeiro livro lançado pela Madras Teen, e fiquei muito contente ao ver o excelente trabalho que eles fizeram na parte visual do livro. Gostei muito da capa. As páginas são amareladas e porosas. A diagramação está ótima, com margens grandes, letras e espaçamento entre as linhas de bom tamanho; além da ilustraçãozinha presente em cada início de capítulo.
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