O caso Pedrinho

O caso Pedrinho Renato Alves




Resenhas - O caso Pedrinho


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ViagensdePapel 19/05/2015

O caso Pedrinho, de Renato Alves
Antes de pegar esse livro para ler, eu não sabia praticamente nada do caso Pedrinho. Nasci em 1993, então, quando o caso voltou à tona, eu era pequena. Porém, se você for um pouco mais velho, provavelmente deve se lembrar dessa história, que marcou a época. Em 1986, em Brasília, nascia o menino Pedro Rosalino Braule Pinto. Pouco tempo depois do nascimento, ainda na maternidade, o bebê foi raptado por uma mulher que se passava por uma enfermeira. Em 2002, o repórter Renato Alves, do Correio Braziliense, receberia o telefonema que daria este livro como resultado. Na ligação, um policial, que não se identificou, afirmava que o Pedrinho havia sido encontrado e vivia com outra família em Goiânia, sem saber da verdade.

A partir de então, o repórter passa a cobrir a maior história de sua vida. Durante os 16 anos que Pedrinho ficou desaparecido, muitas pistas falsas foram levantadas. Algumas

pessoas foram interrogadas, testes de DNA foram feitos, mas anos se passaram e nada de concreto foi descoberto. Até 2002, quando a polícia recebeu uma denúncia de uma garota que convivia com o suposto Pedrinho e afirmava que ele morava com a mãe e as irmãs em Goiânia. Junto a sua denúncia, ela encaminhou uma foto do garoto, que impressionou pela semelhança com Jayro Tapajós.

Após alguns meses de investigação, a polícia entrou em contato com a família biológica e com Pedro e sua família adotiva, para que ele fizesse o teste de DNA. O pai adotivo de Pedrinho havia falecido há pouco tempo, mas a mãe, Vilma Martins, morava com ele e, em um primeiro momento, alegava que Pedro, com o nome de Osvaldo Martins Borges Júnior, era filho legítimo do casal. Em outra ocasião, disse que ele havia sido entregue para o pai Osvaldo por uma gari. Após muita insistência da família biológica e da polícia, Pedro aceita fazer o exame, que comprova que era filho biológico de Jayro e Maria Auxiliadora, a Lia.

Após a confirmação da paternidade, a família biológica queria saber o que havia acontecido 16 anos antes e porque o menino havia sido raptado. As investigações caem sobre Vilma, que após muitas declarações contraditórias, é considerada como a sequestradora. Conforme a polícia realiza as investigações, descobre diversos outros crimes cometidos por Vilma.

O livro do jornalista Renato Alves é um compilado dos fatos que ele acompanhou quando o caso se desenrolou, assim como traz entrevistas e detalhes dos bastidores. A obra possui uma qualidade que considero essencial em livros reportagens e que identifiquei já nas primeiras páginas: apesar de ser não ficcional, gênero que muitos consideram arrastado, a narrativa prende a atenção do início ao fim, tornando a leitura extremamente rápida e envolvente. Eu, que não lembrava nada do caso, tive uma surpresa a cada página.




Leia a continuação da resenha, acesse o link abaixo:

site: http://www.viagensdepapel.com/2015/05/07/resenha-o-caso-pedrinho-de-renato-alves/
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@livrosdeanna 02/12/2020

Amei, bem completo!!
Um livro muito completo e bem escrito sobre esse caso que teve um final feliz.
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Naty__ 13/05/2015

Não é novidade para ninguém que sou apaixonada pelas obras da Geração Editorial, especialmente por conter um cunho jornalístico e por trabalhar a nossa análise crítica. Às vezes, é bom fugir daquela coisa extremamente fictícia e embarcarmos em algo real. O caso Pedrinho é um desses livros que surpreende o leitor por conter e proporcionar uma forte emoção.

A história real, trazida por Alves, é de trazer comoção a qualquer coração petrificado. Um sequestro, ocorrido no Brasil, consegue ser desvendado após dezesseis anos. O garoto, Pedrinho, foi tirado dos braços da mãe biológica quando estava na maternidade, em Brasília, no ano de 1986. Foi um dos casos mais comentados e que parecia não existir solução.

“- Se você for meu filho um nó de dezesseis anos será desatado e não vou te pressionar. Você já é um homem feito e decide o que é melhor” (p.17).

Toda vez que surgia alguma espécie de prova, os pais do garoto alimentavam fortes esperanças. No entanto, com o passar do tempo, perceberam que isso era apenas algumas pistas falsas e que poderiam não dar em nada, contudo, mesmo assim, a esperança permanecia.

O repórter Renato Alves relata os bastidores da investigação policial, além de contar detalhes sobre a cobertura jornalística. Ele ainda faz um apanhado sobre os suspeitos do caso e como tudo foi resolvido. A obra causa uma enorme comoção enquanto lemos. É difícil ler e não nos colocarmos no lugar dessa família.

“- As nossas suspeitas estão confirmadíssimas. Aparecida e Roberta são a mesma pessoa” (p.129).

Os detalhes da obra são bem feitos e deixa o leitor intrigado a cada capítulo. Além da história da família e de Pedrinho, o autor fala sobre Vilma, a mãe de criação do garoto. Ela alega que não roubou o filho na maternidade, porém, as investigações são observadas em todos os detalhes e ela é uma das principais suspeitas pelo crime.

O leitor pode considerar a narrativa bem jornalística e sem fortes emoções, pois o que o autor quer nos passar é exatamente o caso em si, sem causar maiores sentimentos com sua narração. Acontece que a história já me parece carregada de emoções e proporciona-nos uma sensação forte e inesquecível.

“Aos poucos vai conhecer a história que não viveu. Enquanto isso segue refazendo sua vida, a de seus pais e irmãos e acompanhando a distância o que ficou de seu passado” (p.225).

A diagramação é simples, mas bem feita. Mesmo as páginas brancas não proporcionam uma leitura cansativa. A revisão foi bem feita, mas achei alguns pequenos erros que não desmerecem a qualidade e sentimentos contidos na obra. Recomendo a leitura a todos os apaixonados por um livro diferente e que te fará sentir como a família é a base de tudo. Ainda, nos mostra como é importante nunca perdermos a esperança em nada.
Lana Wesley 30/01/2017minha estante
Apesar de não ter costume de ler livros de cunho policial ainda sim me interesso e muito por histórias reais, e emocionantes como essa. Sério não me lembrava desse caso e da repercussão causada por ela, isso me deixou ainda mais entusiasmada por essa leitura. Claro, que também quero saber como termina essa investigação, e se os pais consegue encontrar seu filho.


Marta 01/02/2017minha estante
Não gosto muito esse tipo de livro mais fiquei bem curiosa para saber mais sobre esse livro!!
Bjoss




Yara 28/08/2015

Caso Pedrinho
Foi muito bom ler esse livro porque o autor conta a história toda, do início ao fim. O texto é um pouco diferente porque o autor é jornalista e não romancista, mas recomendo para quem quer conhecer a história.
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Igor 20/04/2015

Emocionante!!
Em 1986 aconteceu algo que iria ser o caso mais conhecido do Brasil, Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho,foi levado de sua mãe de uma maternidade em Brasília. Já adolescente,pedrinho é localizado dezessete anos depois, em Goiânia, vivendo com uma outra família. E pedrinho estava com outro nome também!

Jayro e Maria são os pais biológicos do adolescente,eles receberam uma ligação falando que supostamente acharam o paradeiro do garoto,depois de uma série de coisas,o DNA foi feito e sendo assim confirmado que pedrinho era filho de Maria e Jayro. Era o fim de uma busca de anos,mas também foi começo de uma nova vida! A adaptação do Pedro com a sua ”nova” família foi um dos grandes obstáculos depois da descoberta do seu paradeiro.

No meio de tudo isso está Vilma Martins, mãe de criação do pedrinho, que acabou sendo presa. O desejo de Vilma era manter o marido próximo e melhorar sua vida. No livro contém uma longa cobertura do caso que inclui o convívio do autor Renato Alves com as famílias, vítimas, testemunhas, advogados, policiais e delegados. Além de contar sobre o reencontro de Pedrinho com os pais biológicos (a primeira carta escrita para eles, o primeiro almoço etc.), o autor Renato Alves também revela detalhes sobre o desfecho da mesma história para a irmã de criação de Pedrinho, Aparecida Fernanda. Dentro das entrevistas que tem no livro o autor só não conseguiu entrevistar a Vilma, que hoje em regime de liberdade condicional, se negou a falar com ele. Mas Renato deu um jeitinho e correu atrás para poder mostrar ao leitor tudo que aconteceu com ela, conversando com familiares e vizinhos e consultando processos.

”As vezes posso parecer um pouco seco,mas não se preocupe.Como já deve ter tornado,eu não demonstro meus sentimentos. Hoje eu resolvi me abrir e dizer para a minha mamãe quanto a amo”

site: http://www.cinemundo.net.br/resenha-o-caso-pedrinho-renato-alves/
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Lê Golz 26/04/2015

Esclarecedor
O Caso Pedrinho é um lançamento da Geração Editorial, onde o jornalista Renato Alves conta uma história real e comovente que ocorreu aqui no Brasil. O sequestro de um bebê, que foi solucionado quase dezessete anos depois.

Pedrinho foi tirado dos braços da mãe biológica ainda em uma maternidade de Brasília, em 21 de janeiro de 1986. O caso repercutiu no país inteiro, e comoveu a todos. Apesar do retrato falado da sequestradora e os esforços da polícia na época, o crime, conhecido como ''Caso Pedrinho'', só trouxe pistas de algumas mulheres que poderiam ser a sequestradora, assim como pistas de algumas crianças que poderiam ser Pedrinho. Mas o caso nunca chegou a ser concluído, para desalento dos pais que sofreram quase dezessete anos, até o reencontro com o filho em 2002.

Vilma, a mãe de criação do garoto, afirma que ele é seu filho biológico e que não o roubou da maternidade em Brasília. Mas, Pedrinho aceita fazer o exame de DNA, que é a prova irrefutável de que Vilma estava mentindo. E mais, com todo esse caso vindo a tona, a situação da sequestradora piora. Roberta Jamily, outra filha de Vilma, também havia sido roubada por ela e tirada dos braços da mãe, anos antes do sequestro de Pedrinho. Como se não bastasse, são descobertos documentos falsificados, e inúmeras situações que para a polícia não resta dúvidas: Vilma é a sequestradora dos dois bebês.

''Passei por uma fase complicada com meu marido e disse a ele que não conseguiria mais ser a mesma pessoa. Agora sei que terei o final feliz, como o do filme. Durante esses anos eu sempre tive esperança. Eu não me permitiria morrer porque ele poderia aparecer no dia seguinte.'' (p. 41)

O livro é narrado em primeira pessoa, pelo próprio autor e jornalista Renato Alves, que relata todos os procedimentos jornalísticos que usou na época do reencontro, para realizar a cobertura completa do caso que comoveu o país. Toda a trajetória da polícia e toda a investigação é relatada neste livro, e além disso, a reabertura do caso, a condenação de Vilma, e o tão esperado reencontro de Pedrinho com os pais.

A história de fato, é comovente para qualquer um. Mas não se engane, a maneira com que Renato narra é baseado apenas em fatos. Ele faz um relato, típico de uma reportagem de jornal, que descreve precisamente os passos da investigação policial, e todo o desfecho do caso. Com exceção de alguns momentos, em que narra as declarações feitas pelos pais de Pedrinho, e os instantes em que vivem em família depois do reencontro. Porém, na maioria da obra é um texto mais neutro e sem grandes emoções.

'' ... Vilma Martins começa a ser abandonada pelos filhos. A família que ela construiu de forma nebulosa começa a se desfazer.'' (p. 147)

O ponto negativo, acredito que foi as inúmeras repetições que continha o texto. Mas, como disse anteriormente, eu senti que era como se fosse uma reportagem relembrando todo o ''Caso Pedrinho'', e considerando isso, o livro mereceu 5 estrelas, pois a riqueza de detalhes em que a história é contada vale muito a pena.

A diagramação é simples, as folhas são brancas e as letras legíveis. Apesar de gostar mais de uma paginação amarelada, não tive problemas com a leitura. A revisão está impecável, e não notei nenhum erro. Quanto a capa, me agradou bastante, e além disso, algumas fotos presentes no interior do livro.

''Ana Maria Braga toma a palavra: - Acorda Pedrinho! Esses aqui são os seus pais verdadeiros. Eles te amam!" (p. 89)

Me emocionei apesar de tudo, e também senti indignação. Primeiro, pela forma que a justiça caminha no Brasil. Condenada a quinze anos de prisão em regime fechado, Vilma ficou apenas cinco anos presa, ganhando em seguida a liberdade condicional, isso tudo depois de sequestrar duas crianças, tirando o direito dos pais biológicos de criarem seus filhos. E grande parte da minha indignação, foi conhecer a maneira maquiavélica que ela arquitetou tudo em ambos os casos. Sem contar, tudo que ela aprontou desde que o caso veio a tona. São coisas que você pensa que só vê em novela, e que na verdade é vida real.
No final do livro ainda temos uma entrevista com Pedrinho, que hoje é um homem feito, se formou em Direito, casou-se e já espera a chegada do filho (que acredito, já tenha nascido). Ele mantêm um relacionamento cada vez mais unido com os pais verdadeiros, mas ainda tem contato com Vilma.

Em linhas gerais, o livro possui uma narrativa mais jornalística, e com uma riqueza de detalhes.

Todos os personagens são reais, óbvio, e apesar da escrita mais formal, o livro consegue emocionar, afinal o caso repercutiu em rede nacional e teve um final feliz no qual poucos pais de crianças desaparecidas tiveram. Eu recomendo o livro, sem dúvidas, até para quem não costuma ler esse tipo de livro, mas que gostaria de sair de sua zona de conforto e conhecer o relato sobre essa história. E recomendo, principalmente, para quem ainda nunca ouviu desse caso.

site: http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/04/resenha-o-caso-pedrinho.html
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Quel 30/04/2015

Revelado tudo sobre " O Caso Pedrinho "
Primeiramente tenho que dizer que ler este livro foi algo totalmente inovador, eu costumo fugir de livros com conteúdos jornalísticos, porém desta vez eu dei uma chance, e gostei muito e lógico é muito diferente de uma leitura de livro de ficção, mas eu recomendo pela carga que ele nos trás, pela experiência e lógica.



" Nos treze anos do reencontro do menino com a família biológica, o repórter especial Renato Alves, Prêmio Esso, recupera os bastidores dessa história real que parece ficção, desde o sequestro do garoto até a sua volta para casa. "

O livro " O Caso Pedrinho ", é o lançamento da Geração Editoria, escrito pelo o jornalista Renato Alves que conta a história que parou o Brasil.



O caso do bebê sequestrado em 21 de Janeiro de 1986 em um maternidade de Brasília, chegou ao fim em 2002, quase dezessete anos depois. Durante todo este tempo a polícia foi em busca da suposta sequestradora e do suposto Pedrinho por diversas vezes, embora não tivesse exito nas investigações o caso ficou em aberto longe dos holofordes, até que os investigações chegaram até o garoto, em Goiás, com a ajuda de dois órgãos especializados em crimes contra crianças e adolescentes, a organização Internacional Missing Kids e o SOS Criança, da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.




8 de Novembro de 2002, ás 6 hrs.

"O teste aponta, com 99,99999999992% de precisão, que o rapaz de dezesseis anos,registrado como Osvaldo Martins Borges Júnior, criado a 200 quilômetros de Brasília, em Goiás, é mesmo Pedrinho, filho roubado da maternidade Santa Lúcia de 21 de Janeiro de 1986."


O que dizer sobre a narração desses fatos? Nossa, é tudo tão vivo é como se tivesse acontecido ontem, porém eu não lembro, é muito estranho e fico pensando no quão estranho foi para o Pedrinho saber que sua vida era uma mentira, que a pessoa que ele chamava de mãe era uma farsante, imagino que tenha sido uma choque imenso.


Vilma Martins, mãe adotiva de Pedrinho que antes alegava inocência não teve como escapar diante de tentas alegações, a verdade veio átona, e para piorar sua situação foi descoberto que sua filha Roberta Jamile também havia sido sequestrada pela mesma anos antes do sequestro de Pedrinho, e para a polícia não resta dúvidas, Vilma é a sequestradora dos dois bebês.

Vilma Martins começa a ser abandonada pelos filhos. A família que ela construiu de forma nebulosa começa a se desfazer.

Em 28 de Abril, o Tribunal de Justiça de Goiás da notícia que foi decretado a prisão preventiva de Vilma Martins. E, em 9 de Maio é declarado uma segunda prisão preventiva de Vilma, agora pelo o sequestro de Aparecida Fernanda, sua filha Roberta Jamilly.



A protagonista deste enredo, Vilma Martins, ex-cabeleireira,ex-empresária, ex- dona de um bordel, é presa e condenada a 15 anos e nove meses de prisão por subtração de menor, registro falso e falsificação de documentos.

" O Caso Pedrinho " , é muito emocionante é muito difícil não sentirmos amor pelos os pais biológicos de Pedrinho e amor pelo o próprio, e claro sentir ódio por esta mulher fria e calculista. Super recomendo,leia, conheça o caso Pedrinho.


site: http://raquel-ebooks.blogspot.com.br/2015/04/resenha-o-caso-pedrinho.html
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Fernanda 06/05/2015

Resenha: O caso Pedrinho
CONFIRA A RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/05/resenha-o-caso-pedrinho-renato-alves.html
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Erika 02/06/2018

UM LIVRO SOBRE LIMITES
Creio que a maioria das pessoas se lembre, ainda que vagamente, acerca do “caso Pedrinho”. No ano de 2002 foi finalmente desvendado um seqüestro ocorrido em 1986, quando um bebê recém nascido foi retirado clandestinamente de uma maternidade de Brasília. Entre os anos citados houve uma série de pistas falsas, que em nada redundaram. Somente em 2002, a partir de uma denúncia ao SOS Criança, chegou-se ao verdadeiro paradeiro de Pedro. Mas era só a ponta de um gigantesco iceberg...

O Brasil assistiu perplexo ao desenrolar da trama, tendo-se descoberto que a seqüestradora era, na verdade, a mulher que criou Pedrinho e a quem ele tinha como mãe. E outros aspectos que circundavam o crime foram sendo esmiuçados, como a descoberta de um outro seqüestro de bebê, dramas paralelos envolvendo outras pessoas ligadas ao caso e diversos outros atos faltosos atribuídos à seqüestradora (alguns inacreditáveis, diga-se de passagem). O enredo se revelou tão espetacular que até inspirou uma novela, “Senhora do Destino”, grande sucesso na época e até hoje lembrada.

No que tange ao livro, este foi escrito por um dos repórteres que mais acompanhou o “caso Pedrinho”, tendo, desde o início da revelação do paradeiro do então bebê seqüestrado, feito toda a cobertura e seguido seu desenrolar mesmo muitos anos após. Como costuma acontecer com livros escritos por jornalistas, o texto é bem dinâmico, de ritmo acelerado, objetivo e de leitura muito agradável. Alguns fatos ali narrados foram muito divulgados, outros, nem tanto, e há alguns que ficaram nos bastidores, sendo, agora, conhecidos.

Mas, ocorreu-me uma reflexão acerca de limites. E aqui analiso tal figura sob dois aspectos – o da mulher que, no afã de alcançar seus objetivos, ultrapassou todas as regras éticas e morais, provocou sofrimentos, prejudicou vidas, lesou pessoas moral e materialmente. Para ela, não havia obstáculos, mas tão-somente a realização de seus planos. E o mesmo se diga quanto a um assunto tratado paralelamente, mas que muito me alarmou: a avidez da imprensa sensacionalista que, em nome de audiência e vendas, viola a privacidade, intimidade, honra, sentimentos e verdade sem qualquer escrúpulo. Verifica-se o quanto os envolvidos foram assediados ao extremo, chegando-se ao cúmulo da invasão de residência e da invenção de um crime (algo cogitado no livro) para se alavancarem ganhos em cima daquela trágica narrativa. Vale para refletirmos sobre o que consumimos, e até onde não patrocinamos essa indústria da notícia a qualquer custo.

Enfim, ótima leitura. Recomendo!
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Lucas Ed. 20/12/2020

É, nem todo jornalista desemboca num bom escritor
Eu tinha mais ou menos a mesma idade do Pedro quando ele foi encontrado. Naquela época, achei o caso um misto de desesperador e ansiogênico, ficava pensando como seria um dia descobrir que meus pais não eram meus pais, na verdade minha mãe era a pessoa responsável por me tirar dos meus pais!
Adolescente, eu nem poderia imaginar que, quase vinte anos depois, eu estaria em Brasília, na terra do "menino Pedrinho" justamente para ajudar a desenvolver um programa governamental para pessoas desaparecidas, tema com o qual eu trabalho já há dez anos.

Quando fiquei sabendo do livro de Renato Alves, ele já estava esgotado nas lojas. Foi com alguma dificuldade que o encontrei num sebo, a um preço justo. Pena que o livro em si é muito aquém do que o caso merece.

Renato Alves é jornalista. Isso fica claro (e é um mérito) pela forma ágil com que conduz a leitura - facilmente me pegava lendo por horas sem me dar conta do tempo.
Porém, nem todo jornalista tem traquejo pra ser escritor, e Renato não tem. Seus capítulos curtos são cheios de repetições que por muito tempo não consegui entender o motivo. Tendo sido um repórter tão diretamente envolvido com a história, é de se admirar (no mau sentido) a pobreza de fotografias na publicação, de um caso que envolveu, de uma forma ou de outra, o autor por dez anos.

Há também um uso estranho do tempo verbal. Há trechos em que se diz: "Fulana deveria ter feito X há uma semana", ou "Pedro é esperado amanhã", que não fazem o menor sentido num livro escrito uma década depois dos acontecimentos. Isso, somado à já mencionada repetição de informações, me deram um estalo, confirmado definitivamente quando, no capítulo 50, Renato retoma, como se o leitor tivesse esquecido, informações que ele discutiu amplamente no capítulo anterior. E o estalo que tive foi que ao "escrever" o livro, Renato Alves em muitos trechos provavelmente se limitou a reproduzir trechos de matérias jornalísticas da época, sem ajustar nem adaptar. Por isso o tempo presente do discurso e as constantes repetições - acompanhar um caso pelos jornais em tempo real implica em descontinuidade "da audiência", que precisa sempre ser relembrada de coisas que pode ter esquecido por terem acontecido na semana anterior (ou no ano, como é o caso do Cap. 50), mas que não fazem o menor sentido para o leitor de um compêndio que, tendo acabado de ler as informações, ainda não as esqueceu para precisar ser relembrado.

No fim, esse é mais um exemplo do trabalho editorial mequetrefe da Geração, que parece ser só uma impressora de livros e não uma editora. É evidente a ausência da figura do editor, que poderia homogeneizar bem o texto e corrigir essas questões.

Enfim, o "Caso Pedrinho" merecia um tratamento melhor. Infelizmente, principalmente pra quem, como eu, pesquisa o tema, é infelizmente a compilação que temos.
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_San_ 18/06/2023

Não é uma história recente, mas não deixa de ser inesquecível. Como mãe, não consigo imaginar a dor de não poder acompanhar o crescimento, desenvolvimento, e tudo o que envolve colocar um filho no mundo! Mas bem pior, imagino eu foi ter que conviver com a "sombra" da mulher que lhe roubou o recém nascido e ver dividido o amor que era pra ser exclusivo seu!
Eu não aguentaria.
Porém saber que a convivência com uma mulher trambiqueira e desonesta, não manchou ou alterou o caráter do menino, (diferente dos outros filhos dela), dá muito alívio!
Enfim, a justiça do homem é cheia de falhas. Mas a de Deus é certa e não erra!
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Iasmin@ 16/01/2024

Eu como uma pessoa nascida em 2006 nunca ouvi falar desse caso até ver no Beto Ribeiro, mas enfim.
O livro é bem completo em explicar tudo oq aconteceu, e explica muito bem, mesmo parecendo totalmente surreal essa história.
Não posso imaginar a dor de uma família nessas circunstâncias, e me emocionei muito com cada palavra dos pais biológicos sobre o filho e em como a Lia escreveu cartas pro filho todo ano .
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