Soliguetti 23/04/2015Nem o livro serve pra favoritoAinda não terminei de ler o livro, estou na metade. Porém, o livro é tão repetitivo, que acredito que não haverá nenhuma mudança substancial a ponto de alterar minha opinião.
"Como Vencer Quando Você Não é O Favorito" é uma das obras de auto-ajuda mais pobres que eu já li (se não a mais pobre). Com uma série de bordões e ensinamentos óbvios que vão se repetindo durante todo o livro, Rubens Teixeira criou um livro tão fraco, que é claro que a Editora Sextante fez de tudo para preencher suas 186 páginas, fazendo parecer que há algum conteúdo ali. As letras são grandes, os capítulos espaçados, e em uma hora você consegue ler 100 páginas tranquilamente. Se todo o livro fosse contido sem esse exagero de folhas afim de avolumá-lo, não teria mais que 50 páginas.
Se fossem considerados, porém, os pensamentos exclusivos de Rubens Teixeira, o livro teria cerca de 30 páginas. Praticamente metade do livro é feito de citações desconexas de terceiros, algumas delas um pouco forçadas, de acordo com o assunto do capítulo.
O livro claramente é para pessoas que precisam de ajuda para vencer, seja na vida pessoal ou no trabalho, e o público-alvo em sua maioria estará, de certa forma, vulnerável. O que os leitores dessa obra esperam é alguém que mostre que, afinal, não ser o favorito é humano e que, apesar disso, é possível vencer. Rubens Teixeira não se aproxima do leitor nesse sentido. Em suas descrições sempre majestosas (e um pouco arrogantes) de si próprio, acaba se afastando de quem deveria ajudar. Ao enfatizar, em um dos capítulos, que leu a Bíblia inteira aos 9 anos - fato um tanto quanto dispensável -, dá a entender que é melhor do que aqueles que não o fizeram.
Repetitivo e enfadonho, nem o próprio livro serve pra favorito. Ainda falta um pouco de humildade na escrita de Teixeira para que ele se aventure a escrever livros de auto-ajuda.