Kemmy 11/04/2017Favoritado sem pensar duas vezes!Eu nem sei como começar a falar desse livro. Posso dizer que ele é uma mistura de humor, drama, autoconhecimento, uma pitadinha de romance, mas isso não chegaria nem perto de explicar o que essa obra significou pra mim.
No início eu estava com medo de ter que acompanhar a protagonista correndo pela Irlanda atrás de cem pessoas, mas logo esse medo se dissipou, pois ela acaba se focando apenas em seis pessoas (isso não é spoiler, é pra vocês não desanimarem como eu quase desanimei rs) que têm histórias de vida maravilhosas, mas que Kitty não consegue relacionar entre elas. Elas não conhecem Constante. Elas não se conhecem. E isso nos instiga a continuar, a ir até o fim para descobrir o que a editora queria com elas, o que elas tinham de especial.
‟Quando se trata da Constance, a coisa nunca é o que parece. Seja lá o que você estiver pensando pela lógica, esqueça. Não há lógica para Constante. Comece a enxergar essa matéria pelos olhos dela, tente senti-la com o coração dela, que era enorme, mas igualmente complicado, e vai encontrar o que procura.”
Durante as quase 400 páginas, vamos conhecer Birdie, uma idosa que vive em uma casa de repouso e tem um assunto pendente desde sua juventude; Eva Wu, uma mulher que compra sonhos, uma mulher encantadora que eu adoraria ver sendo o foco de outra obra da Cecelia; Archie Hamilton, que passou por mais coisas ruins na vida do que qualquer pessoa deveria passar; Ambrose Nolan, uma aficionada por borboletas e pelo que elas significam em sua vida; Mary-Rose Godfrey, uma jovem apaixonada que recebe um pedido de casamento por semana (sério); por fim, Jedrek Vysotski, um homem bem-humorado que tem uma meta de vida bem peculiar.
Todos os personagens principais são extremamente bem construídos, de forma que lemos sobre eles e podemos facilmente relacionar com pessoas que conhecemos, ou ao menos gostaríamos de conhecer alguém que fosse daquele jeito. Mas não só isso: os personagens secundários nos cativam, assim como Sam e Nigel, ou então nos fazem detestá-los, no caso de Richie. Pra mim, o que importa sobre um personagem é que ele não sirva de decoração, que eu não termine a obra pensando no quanto ele foi desnecessário e nesse sentido posso dizer que absolutamente todos foram parte essencial da trama escrita por Cecelia Ahern.
O final... ah, o final! Me peguei chorando durante algumas páginas, ao me dar conta que tudo que estava escrito ali era a mais pura verdade, era algo que eu deveria ter percebido desde o início da leitura.
A lista começou me arrancando risadas e terminou me fazendo chorar às 4 da madrugada. Pois é, não consegui ir dormir antes de concluir a leitura e depois ainda fiquei remoendo o que tinha lido por umas duas horas. Terminei de ler A lista me sentindo órfã daqueles personagens maravilhosos, mas com a certeza de que todos nós somos maravilhosos à nossa maneira.
Resenha completa: http://www.2leitoras.com.br/2017/03/resenha-lista-cecelia-ahern.html
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