The House of Mirth

The House of Mirth Edith Wharton




Resenhas - The House of Mirth


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Marcos606 23/08/2023

Os capítulos iniciais fornecem um ótimo exemplo de como o romance presta atenção aos detalhes comportamentais. Em uma estação de trem, Selden analisa Lily cuidadosamente com a intenção de determinar por que ela está ali. Ele então faz um jogo mental com ela, passando por ela para ver se ela o cumprimenta ou tenta se esconder dele. Essa análise das ações é típica do romance, como visto mais tarde, quando Lily e George Dorset estão tendo um caso depois de serem vistos sozinhos à noite em uma estação de trem. E, claro, Selden fica furioso com Lily quando a vê saindo sozinha da casa de Gus Trenor tarde da noite.

O romance é construído sobre uma série de visitas ou eventos sociais. De fato, a maior parte da ação não acontece por coincidência, mas por planejamento. Todos planejam viagens para Bellomont sabendo que passarão o tempo jogando, e Lily planeja todas as suas viagens com a intenção de conseguir algo de alguém. As várias visitas, então, são o terreno sobre o qual acontecem todas as análises sociais e fofocas. As visitas são uma espécie de campo de batalha social no qual alianças são formadas, pessoas fazem conexões e algumas são julgadas.

Grande parte da interação social é centrada no dinheiro, que serve como pré-requisito para a admissão no mundo da classe alta dos Trenors e Dorsets. O significado do dinheiro para Lily aumenta de intensidade à medida que ela fica mais pobre. O que torna o dinheiro interessante neste romance é a maneira como ele está vinculado a ideias sobre liberdade e escravidão. Sempre que Lily encontra dinheiro, ela se sente livre. Sempre que ela se endivida, ela se sente escravizada. Mas uma das grandes ironias dessa situação é que Lily está sempre escravizada pelo dinheiro porque, aconteça o que acontecer, é a base de suas emoções. Sua atitude depende inteiramente de quanto ela pode gastar em vestidos e quanto ela está em dívida. Uma grande tragédia do romance é que Lily nunca é realmente livre, mesmo quando pensa que é.
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sonia 01/04/2012

liberdade para nada
História triste de moça independente (de maneiras, pois não tem dinheiro), órfã e fútil que frequenta a sociedade sem conseguir achar um marido, pois se fixa em um advogado que não se interessa por ela; deleita-se com a vida de luxos, começa a jogar para ganhar dinheiro e pagar por seus divertimentos, cerca-se de 'amizades' tolas, recusa pretendentes, enche-se de dívidas, cai nas mãos de um agiota, passar por sustos e humilhações, e, ironia, quando a tia com quem vive morre e lhe deixa dinheiro em testamento, este dinheiro é todo consumida no pagamento das dívidas; tenta reconciliar-se com os antigos pretendentes, em vão, e, não conseguindo adaptar-se a um trabalho honesto (é tão inábil que é despedida) acaba por cometer suicídio.

Frase que explica suas atitudes autosuficientes (provavlmente precoces pelo desamor em que vivera na infância) , dita pela tia: seu mal comportamento é típico de quem não tem família; ao que ela responde: como não? a senhora é minha família!
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