O BAIRRO DA CRIPTA - tomo II

O BAIRRO DA CRIPTA - tomo II M.R.Terci
M.R.Terci




Resenhas - O BAIRRO DA CRIPTA - tomo II


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Taty Assis 20/06/2016

Hey Culpados!
Preparados para mais um passeio pelo assombroso Bairro da Cripta? Já vou logo lhes dizendo que este Bairro continua um pesadelo, porque acontece cada coisa estranha.

"[...] no Bairro da Cripta o improvável sempre acontecia."

O Bairro da Cripta - Os epitáfios, conta com 15 contos de horror que se passa em Trebaria, no interior de São Paulo.

É normal em livros de contos gostarmos mais de alguns contos do que de outros, e confesso que teve um em particular que ganhou meu coração: Fuga da Cidade do Rádio, que conta a "história" de dois jovens fugindo de ouvir as notícias pelos rádios da cidade, porque assim que ouvirem a realidade acabará se tornando um pesadelo.
"Minhas mãos calam-se vazias das tuas. Só no meu olhar o brilho da estrela que guardei de ti."
Acho que o que mais me encantou em Fuga da Cidade do Rádio foi o fato de ter um lado romântico, e claro que meu lado romântico sempre fala mais alto, até mesmo em livros de terror/horror.

Outro também que gostei bastante foi: O Coletor de Corações. O nome soa sombrio, não é mesmo? E acreditem, neste conto o horror das cenas descritas foi o que fez com que eu gostasse tanto dele, sem contar que temos uma criancinha envolvida...

As sombras do Caixão também me ganhou. É sombrio, mas ao mesmo tempo achei "bonitinho". Foi bonito ver em como a amizade entre dois homens não se desvaneceu mesmo morando longe um do outro. E a cena de um certo bilhete me deixou com um sorriso no rosto.

Outro que gostei bastante foi: Sob a Lua Fantasma, que fala sobre uma turma de moleques que adoravam brincar no rio, mas que um dia acabam sendo surpreendidos...
"Somos moleques do rio. Somos imortais."
Não gosto muito de resenhar livros de contos pelo simples fato de achar que, ou estou falando demais ou estou falando menos do que deveria falar rsrs. Mas uma coisa é inegável, quanto mais contos eu leio do autor M.R. Terci mais contos eu quero ler.

Como eu disse na resenha do Tomo I, o livro foge da mesmice, e aqui ainda continuo afirmando isso. É diferente e instigante. Em alguns contos pode até ser que demoremos nos envolver, mas com o desfecho é impossível não gostar.

Com uma escrita rebuscada, o autor nos prende em cada conto lido, nos fazendo em muitos momentos acreditar em uma coisa que no final nos mostra ser completamente diferente do que pensamos ser. E, particularmente, adoro ser surpreendida.

Se eu recomendo? Claro!!! Ler terror faz bem até para os românticos inveterados :P
"Ah! Esse mal-afamado bairro de ossadas feito! Desde sua chegada o bom padre foi informado de todos os seus rumores supersticiosos. Plausível, portanto, que vez ou outra, até mesmo um homem de fé se deixasse levar por aquelas fantasias."

site: http://www.aculpaedosleitores.com/2016/06/resenha-o-bairro-da-cripta-os-epitafios.html
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Sr. Machado 17/09/2016

M.R. Terci dá continuidade aos horrores de “O Bairro da Cripta” em seu segundo tomo
Antes de qualquer coisa, quero deixar evidente o objetivo desse texto para você, caro leitor. Apesar de isso ser uma resenha, eu pretendo fazer com que você encare e interprete minhas palavras como uma simples indicação de amigo. Leia esse texto como se estivesse lendo uma conversa de um amigo seu – até porque, se você chegou até aqui, posso te considerar um amigo. Sendo assim, o objetivo desse texto – além de compartilhar as minhas impressões e sentimentos – é estabelecer um diálogo com você, ter uma conversa. Sinta-se à vontade, mesmo com todos os horrores.

Quando comentei a respeito do primeiro tomo, destaquei o cenário em que os contos ocorrem, apontando Tebraria como um lugar perfeito para o desenvolvimento de histórias de horror. Faço questão de reforçar isso mais uma vez, pois Tebraria continua horripilante. Chega a ser indescritível a forma como a angustia dos personagens é transmitida, o modo que o medo encontra para nos atingir. Tudo isso, a meu ver, se deve a excelente construção de Tebraria, um lugar que emana pesadelos. A cada página é possível sentir a vida – ou a morte, nesse caso – do ambiente. A manutenção de tudo isso foi muito bem feita durante o segundo tomo, afirmando a capacidade de O Bairro da Cripta como série e provando o cuidado tido para manter a obra bem amarrada. Tebraria ofereceu o mais puro horror neste segundo tomo e não demonstrou, em momento algum, sinais de cansaço. Vale informar que a influencia de Tebraria é tão grande e medonha que consegue atingir até as áreas de sua redondeza. Se você procura por horror, se aventurar por essas terras é uma boa pedida.

Agora, gostaria de destacar um ponto que chama muito a minha atenção em O Bairro da Cripta: a concisão dos contos. É extremamente importante – e impressionante – o fato de cada história se desenvolver em um curto espaço de tempo. Os contos são ágeis, o tipo de leitura que você completa em uma única parada. Vejo isso de maneira muito positiva, principalmente quando se trata de horror, pois a dificuldade de criar todas as sensações que o gênero exige em tão pouco tempo implica em uma capacidade literária muito grande. Mas a concisão não é tudo. O grande destaque fica com a qualidade que cada história proporciona, as surpresas que encontramos em cada conto. A todo momento nos deparamos com os mais diversos medos, sentimos diferentes sensações e somos surpreendidos com cada conclusão. O segundo tomo de O Bairro da Cripta tem um volume constante e consegue marcar o leitor usando o medo como principal ferramenta. Uma obra que traz originalidade em cada página e mantém seu alto nível do começo ao fim.

Ler O Bairro da Cripta e não se sentir atraído pela escrita de M.R. Terci é tão impossível quanto escrever esse texto e não reservar um espaço unicamente para isso. Quem disse que o horror não pode ser belo? Terci escreve de forma tão cuidadosa que suas palavras dão brilho ao gênero – aponta luz para onde o domínio da escuridão é o mais comum. Apesar de funcionar como puro entretenimento, suas histórias vão além. Ao ler seus contos nos deparamos com um resgate da língua portuguesa, e isso, por sua vez, demonstra que é possível atrelar entretenimento e conhecimento. É possível, sim, fazer do horror uma grande arte. Este segundo tomo serviu para reafirmar a competência de Terci como autor e, ainda por cima, o colocou de vez entre os meus autores nacionais favoritos. Não é necessário apelar para autores estrangeiros ou ir muito longe para encontrar literatura de horror de altíssimo nível, temos conteúdo que não fica devendo em nada para o que vem de fora – M.R. Terci é capaz de provar isso com O Bairro da Cripta em uma única oportunidade.

Acredito que isso seja o suficiente para entender o que te espera no segundo tomo da série. Mesmo não comentando os contos de maneira individual, é fácil deduzir o que estará presente em cada um deles: medo, dos mais variados tipos. Espero que você tenha levado a sério o meu conselho lá no começo e lido esse texto como indicação de um amigo. Espero que veja isso como uma boa indicação. Caso tenha interesse em adquirir essa e outras obras do autor, acesse: www.mrterci.com

site: http://bit.ly/BairroDaCripta2
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Bia 07/03/2017

Terci nunca decepciona!
Às vezes viajamos para alguns lugares e sentimos aquela tremenda vontade em voltar. Já aconteceu com vocês?

Comigo acontece sempre, mas existe uma cidade; um bairro para ser mais específica, que meu retorno era certeiro. Eu fiquei contando os dias para viajar novamente pra lá, pois minha primeira estadia foi extremamente prazerosa.

Estou falando de O Bairro da Cripta, que infelizmente (ou felizmente, depende do ponto de vista), é um lugar que só existe na ficção. O livro foi tão bem escrito que consegui visualizar exatamente o local, imortalizar histórias e personagens em minha memória. Na minha imaginação, existe e ponto final.

Para quem não conhece a série, trata-se de uma pentalogia de livros de horror, que traz contos horripilantes que ocorreram num tal da Bairro da Cripta, localizado na cidade fictícia de Tebraria, interior de São Paulo.
“Mas, você sabe como são estas cidades pequenas, não? Cheias de superstição e mitos de toda espécie sobre bruxos, fantasmas e outras coisas inomáveis.” – página 77.
A leitura do livro é realmente uma viagem. Geralmente, quando gostamos muito de uma obra que está em seu primeiro volume, ficamos com receio dos próximos que virão, afinal de contas há um raciocínio de que o volume a seguir deverá superar ou se manter igual ao primeiro.

Eu não tive esse sentimento. Quando soube que teria mais livros do conto, fiquei feliz em saber que poderia “retornar” à esse lugar tão mal afamado.

No segundo tomo, temos a oportunidade de rever alguns personagens, mas as estórias são inéditas. Ainda temos o prazer em conhecer novos moradores e até mesmo turistas do bairro.

Assim como ocorreu durante a leitura do primeiro, o segundo tomo também me prendeu por completo. Fiquei envolvida pelo livro como um todo, sendo difícil falar sobre os contos que mais gostei, já que todos eles foram deliciosos em ser lidos.

O autor explora muito nossa imaginação, bem como nossos sentidos. Sua narrativa não é apelativa, o medo muitas vezes fica com um quê de subentendido.

O livro não precisa ser lido na ordem. Podemos ler aleatoriamente, mas prefiro seguir o método tradicional. Como todos os contos tem basicamente o mesmo local, eles acabam se interligando de alguma forma. É possível reencontrarmos personagens, como por exemplo, o Velho Ari, coveiro que recebeu a alcunha de prefeito da Cripta.

Esse personagem é aquele que tudo sabe; testemunhou a maioria (se não todos) os mistérios do local. E ainda conhece todos os moradores do bairro (dos vivos aos mortos).

Vou falar um pouquinho sobre alguns dos contos:

Fuga da cidade do rádio seria aquele que eu indicaria até para os que não gostam de horror. Com uma linguagem completamente poética, talvez possa ser delírio desta leitora, mas o considerei apaixonante. Surpreendente e tristemente apaixonante. É um conto triste e curto, mas acredito que independente do tipo, qualquer leitor ficaria preso e surpreso à ele.

Desde que concluí a leitura de Caídos sabia que reencontraria Aknoth nesse tomo. Ele aparece no conto Aknoth – A Serpente. De todos os personagens que já conheci do autor, Aknoth é realmente o mais traiçoeiro. Mesmo amando sua essência, sempre sinto medo em suas aparições. Aknoth é muito poderoso e sabe disso. Neste conto, uma mulher misteriosa chamada Karen, sente curiosidade em conhecer os mistérios dessa serpente. Não posso trazer muitos detalhes, mas diante de um dos personagens mais fascinantes de Terci, Karen acabou tendo toda minha atenção. E acredito que ela mereça mais aparições (na mitologia Terci tudo é possível).
“(...) Karen não frequentava igrejas. A doce garota entendia que o Reino de Deus estava dentro do coração dos homens e que instituições mundanas serviam apenas para modelar o ser e deturpar seus corações, imputando-lhes o que é certo e o que é errado.” - página 35
Uma voz na escuridão foi pra mim o conto mais perturbante. Senti medo, aflição. Apesar de terem a mesma essência, cada conto tem sua particularidade. E neste, o medo do desconhecido foi colocado em jogo.

O Campeão também foi um conto delicioso. Imaginem uma luta contra o próprio demônio?
“Nada na vida vem fácil! Quando isso acontece é provável que mais tarde pague o mais caro dos preços.” – página 119.
Não é que exista um conto favorito, mas teve um que foi tão incrível, que talvez beire o meu favoritismo. Acreditam que me sinto mal em confessar isso? (rs).

O relógio Capadocci, em minha opinião, foi o que trouxe mais fantasia ao livro. É mais um que agradaria um amplo público de leitores. Só para que vocês tenham uma noção do que se trata o conto, temos um relógio “mágico” muito poderoso. Ele está nas mãos de uma pessoa que não conhece seu valor. Qual seria o poder desse utensílio?
Acredito que o autor poderá explorar tal utensílio em muitas outras histórias.

Muito suspense ronda o livro. O autor tem uma capacidade incrível em prender, instigar e surpreender. Na maioria dos livros de contos, não lemos numa toada só, eu sinto uma necessidade em parar para absorver, entendem? Neste caso, mesmo com os desfechos sem pontas soltas de cada estória, ficamos ansiosos por mais, somos tomados por aquela vontade em avançar páginas e ao mesmo tempo não queremos que o livro acabe. Por sorte, é uma série.

Recomendadíssimo!

“Guardarei sigilo do que vi neste pandemônio sitio, jamais revelarei a natureza dos ritos que testemunhei. Devo queimar estas anotações.” – página 89.

site: http://lua-literaria.blogspot.com.br/2017/03/resenha-o-bairro-da-cripta-os-epitafios.html
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