Resenhas - A Estetização do Mundo

Brand 07/01/2024

Realista, e um tanto pessimista
Comecei a leitura esperando algo mais relacionado à minha área, o design. Mas o autor tece toda uma construção histórica da evolução da sociedade moderna até os tempos ?estéticos?, ou atuais, onde tudo gira em torno do parecer, um tanto quanto superficial e desprovido de sentido.

Em algumas partes se torna maçante e até um tanto arrastado, mas vale a pena por toda a narrativa bem construída e reflexões muito atuais.

M.M. 31/10/2023

Li por conta da faculdade e apesar de ter várias informação úteis e de ser interessante em alguns aspectos, eu li ele com o estresse de finalizar um trabalho. Então, a leitura não foi uma das mais agradáveis, mas apesar disso é interessante para alguém que se atraia pela área.

Augusto Queiroz 19/06/2022

Atual onde quer que vá
Um ensaio filosófico-sociológico de autoria de um dos mais proeminentes pensadores do nosso tempo, Lipovetsky, em parceria com Jean Serroy, nos esmiúça a mercantilização da vida e do cotidiano. Fazendo suas as palavras de outros sociólogos, com uma autoridade de quem estuda o assunto há tempos, Lipovetsky nos leva a pensar sobre a nossa vida atualmente centrada na concretização de resultados, de alcançar metas, de mercantilização de nossos talentos, sem por exemplo nos dar tempo para pensar se estamos mesmo realizando algo que nos adiciona ou nos destrói, apenas alimentando a necessidade mundial de cada vez mais produzir sem parar. Lipovetsky ainda nos abre um panorama sobre o capitalismo atuante em nosso sistema econômico, onde o efêmero, além de dominar a agenda dos principais centros urbanos (daí um outro livro de sua autoria: "O Império do Efêmero"), está "estetizando" a nossa vida. Boa leitura para quem quer entender o fenômeno do capitalismo artista, onde somos apenas os produtores de uma arte que só será devorada e consumida, e nunca saboreada.

Camila Faria 16/09/2015

Ensaio brilhante que esmiuça o nosso momento atual, em que a arte e o prazer estético estão cada vez mais enraizados nos nossos hábitos de consumo. Não somos mais compradores, e sim “colecionadores de experiências”. Jardineiros se tornam paisagistas, cabeleireiros se tornam hair designers, e por aí vai… É triste constatar esse processo de mercantilização da vida e confesso que fiquei um pouco deprimida lendo o livro. Leitura triste e genial ao mesmo tempo. Eu dei uma empacada nos primeiros capítulos ~ achei um pouco acadêmico demais ~ mas, passada essa primeira parte, a leitura fluiu com mais leveza. A foto da capa é do italiano Alex Majoli para a Latinstock (tão apropriado!).

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-1/