Culpa e Graça

Culpa e Graça Paul Tournier




Resenhas - culpa e graça


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Nathan.Buzzatto 16/03/2024

Nem psicanalítico, pouco teológico, mas não um coach barato
“‘Filhos, obedecei a vossos pais’ (Ef 6.1) – escreve o apóstolo Paulo. Os pais devotos devem evocar esse versículo para exigirem dos seus filhos uma submissão servil, mesmo depois de eles terem deixado de ser crianças. No entanto, esses pais dão pouca atenção ao que o apóstolo acrescenta logo a seguir: ‘Pais, não provoqueis vossos filhos à ira’ (Ef 6.4) nem ao que ele acrescenta ainda em outra passagem: ‘(...) Para que não fiquem desanimados’(Cl 3.21).
Pais austeros sugerem, tanto pelo seu comportamento quanto pelas conversas, que tudo que dá prazer é pecado. Muitas pessoas já me disseram que carregam essa marca de sua educação. Ela lhes foi inculcada como dogma implacável: ‘É proibido estar alegre’. Não podem gozar de nada sem certo sentimento de culpa que estraga o prazer. Ou então, a alegria só é considerada legítima se for merecida, a título de recompensa: os que receberam esta ideia durante toda a educação impõem a si mesmos tarefas muito pesadas ou sacrifícios inúteis, simplesmente para se alegrarem com um prazer fortemente desejado sem que se sintam culpados. (...) No entanto, os prazeres não merecidos e os presentes inesperados é os que são mais apreciados. A Bíblia, não apenas diz que a salvação é de graça, mas também todas as dádivas de Deus, tanto as pequenas como as grandes. Mostra-nos, contrariamente aos que sofreram uma educação muito severa, um Pai Celeste que se alegra com a felicidade dos seus filhos e em lhes dar alegria.”
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Renata 14/12/2023

Porque nos sentimos culpados em receber a graça de Deus?
Parece uma pergunta simples, mas só quem já sentiu essa culpa sabe a complexidade da resposta?
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Deise117 21/09/2023

Culpa e graça.
O livro aborda como a culpa interfere na vida humana. Através da graça que nos é oferecida por Jesus, podemos nos livrar desse sentimento de culpa e viver de forma mãos leve e feliz.
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Geian.Tregelles 03/07/2020

Relacionando a culpa com a expiação
"Esse é o tipo de livro que todo cristão deveria ler" foi essa frase do Cacau Marques em um podcast chamado 'Ovelhas Elétricas' que me fez ter curiosidade de ler este livro e após a leitura, tenho que concordar inteiramente com o Cacau.
O livro trata-se de uma abordagem relacional sobre a culpa com o pecado. Percebe-se a influência do pensamento Calvinista ou Neocalvinista quando o Autor trata da culpa como uma descoberta de si mesmo no outro, que é a única imagem do real, ou seja, Deus. A culpa surge de fontes internas e externas, a exigência pela conformidade com o que é social (negativamente falando), e a que surge de um reconhecimento de falibilidade existencial. O culpado não lança sobre terceiro os seus erros, ele reconhece que falhou e encontra descanso no Cristo que justifica o pecador. Vale cada página. Leia, faça as devidas críticas e reconheça a sua fraqueza aos pés dAquele de onde toda força provém!
Rodolfo.Zhor 10/01/2021minha estante
Você lembra o nome do podcast?


Geian.Tregelles 05/03/2021minha estante
Ovelhas elétricas, Cacau Marques. (Tem uma possibilidade de ter sido no bibotalk. Digita Cacau Marques bibotalk que você deve achar).




Sally.Rosalin 09/08/2013

Culpa e Graça: uma análise do sentimento de culpa e o ensino do Evangelho
Psiquiatra suíço, começou sua vida profissional como médico em Genebra em 1928. A primeira parte do livro aborda a extensão da culpa humana e a segunda, o perigo de discutir o julgamento de quem pode ser culpado ou não. A terceira parte, já que o livro é uma análise do sentimento de culpa e o ensino do Evangelho, é sobre a forma como Cristo ofereceu o perdão aos desprezados e a severidade àqueles satisfeitos em si mesmo.
A culpa em alguns casos pode ser patológica, talvez fruto de uma educação onde pais e mestres projetaram os seus próprios preconceitos, problemas e culpas na educação das crianças. A busca pela aprovação e a fuga da rejeição do outro também está relacionada à culpa. No contexto atual, os complexos influenciam as pessoas na leitura do Evangelho, onde uma palavra de condenação alivia mais que uma palavra de consolo e esperança.
Para o autor, a questão não é a culpa, toda a trajetória condenatória e doutrinária da Lei, fez-se para que todos fossem culpados e condenados, cumprindo assim um projeto de Salvação. Essa consciência de culpa sadia, aproxima aquele que crê de Deus. O problema não é sentir culpa, é sentir-se condenado e fazer dessa condenação um karma necessário para alívio de uma culpa patológica, imposta ou doutrinária.
Fazer parte de uma sociedade onde todos condenam e todos se defendem acentua o sofrimento para quem tem problemas com a culpa, sendo quase impossível reconhecer a falsa culpa da culpa moralista e cultural. A última parte são citadas várias passagens bíblicas que negam as doutrinas legalistas e moralistas. Também cita a importância da psicanálise como auxílio para a cura possível do ser humano. Indico!
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Karol 18/06/2013

Culpa e Graça...
Como está escrito no inicio da quarta parte do livro, na primeira parte determinamos a extensão da culpa humana. Na segunda parte reconhecemos o perigo de discutir objetivamente e de imaginar que podemos julgar quem é culpado e quem não é. Na terceira parte vimos como Cristo recebeu com uma palavra de perdão aqueles a quem o mundo despreza e estão conscientes de sua culpa e por outro lado como falou com severidade aqueles satisfeitos em si mesmo e quem reprimem qualquer sentimento de culpa. Porém vemos na pratica estas duas atitudes são menos distintas do que se pode pensar e que ambas estão presentes em nós ao mesmo tempo, de forma que corremos o risco de nos desviarmos para um lado ou para o outro.
O que buscamos então é uma linha mestra que nos leve a solução e nos deixe a salvo de qualquer um desses excessos.
O que separa o homem da salvação não é a culpa, mas sim a repressão da culpa, a autojustificação, a justiça própria. Em termos de relacionamento interpessoal, é a diferença entre começar a solucionar algum conflito e simplesmente adiar a solução aguardando que o problema seja esquecido, ou tentar transferir a responsabilidade ao outro, como no caso de Adão e Eva.
A pessoa convertida e redimida por Deus não está abrigada do pecado culpa. Talvez seja plano de Deus que tenhamos essa fragilidade e saibamos nos reconhecer frágeis e totalmente dependentes que nos arrependermos constantemente que tenhamos ciência da nossa miséria e da santidade e poder de Deus.
A culpa que nos separa dos outros por causa dos julgamentos pode nos mostrar o sentido verdadeiro da ação de Deus em nosso favor: a culpa de todos os homens é inata, e estão todos os seres humanos na mesma calamitosa situação.
Essa culpa do “ser”, ao contrário da culpa do “fazer” é o que pode unir as pessoas, facilitar seu relacionamento, abrir caminhos para o testemunho, fazer uma sociedade mais justa, uma igreja mais receptiva e acolhedora entre tantas coisas.
Karol 18/06/2013minha estante
Eu gostei muito do livro. Sou apaixonada pela Psicologia, e esse livro é sensacional!




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