Dani Fuller 21/08/2011É claro que não pode haver felicidade perfeita, pois sempre haverá o medo de perdê-laDa sinopse já temos a impressão do que o livro irá causar...
"É claro que não pode haver felicidade perfeita, pois sempre haverá o medo de perdê-la".
História não linear sobre uma família contada através de 3 gerações..... e ao intercalar as épocas e acontecimentos, podemos conhecer mais sobre les e também o pano de fundo histórico vivido... São muitos detalhes de suas vidas.. suas ações e consequências moldando todos ao redor.. tudo que envolve o ser humano de um modo em geral.. As crenças, o dinheiro, o romance, a política, a herança, lealdade ... Em alguns momentos o exagero das descrições e algumas cenas acabava sendo massante e fazendo a leitura se perder... pois apesar de sabermos o motivo disso ser feito... se fosse cortado, não faria muita diferença ao entendimento geral.
"E agora, de um momento para outro, por razões tolas, abandonava-o, (...) Como pudera fazer isso? Como as pessoas podem fazer isso? A morte, embora não a aceitasse, ele compreendia, mas abandonar quem nos ama, isso é muita maldade. É deixar os outros com a morte no coração. Será que as pessoas que amamos apenas pelo fato de não nos amarem tanto, pensam que não sofremos? Muita maldade!"
O mistério envolvendo Lobo, e também a vida e morte dos membros da família (sendo de sangue ou não) que começa com Jamal eram tópicos interessantes, bem construídos e faziam a leitura fluir de maneira rápida. Apesar de muitos comportamentos chocantes (para quem tem muito pudor) e uma linguagem pesada... não foge do que os homens agem normalmente (ontem, hoje e sempre). E o desfecho do Lobo só deu para perceber mesmo já no final. Fiquei intrigada e ansiosa pela solução, porém quando é descoberto, fiquei menos surpresa que o esperado. Curioso. Na teoria é um comportamento que se explica pela história vivida por ele. Não que eu aceite e encare isso como uma desculpa.
Complexo e atraente pelo artíficio utilizado pelo autor em contar a história.. e mesmo com toda a dificuldade gerada fará você ficar preso nela até a última página.
"É próprio da reles criatura humana sofrer com a felicidade alheia e ver na infelicidade alheia uma fonte de satisfação."