Eclipse da Vida

Eclipse da Vida Cesar Rabello




Resenhas - Eclipse da Vida


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Cici 04/10/2020

Bom !
É o que diz Eduardo sobre Sofie, que vivem uma fascinante história sobre o poder do amor e as sensações da vida, sobre o inevitável que nos toca e nos aproxima da essência do ser através de uma viagem pelos segredos do mundo. Os personagens que vivem uma aventura entre o real e o mágico guiados pelo amor e pelas energias que envolvem o universo revelam nesta história os segredos e sensações desta viagem que é a vida.
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Tracinhas 20/09/2015

por Lídia Rayanne
Certa vez li em um artigo que o problema do escritor brasileiro é que ele escreve “do estômago”. Falta-lhe técnica, estilo e profissionalização, como acontece com a maioria dos escritores internacionais. Como aspirante a escritora, e tendo muitas amigas que escrevem também, este é um fato triste de se constatar, pois sou daquelas que acreditam no potencial e talento dos novos autores. Mas lendo Eclipse da Vida, confesso: nem sempre escrever à base da intuição pode beneficiar uma história.

Pela sinopse, há de se pressupor que Eclipse da Vida siga uma linha investigativa ou talvez de mistério, já que seus protagonistas estão privados de suas memórias e passam por experiências inusitadas. O que não é o caso, caro leitor. O livro não segue essa linha, muito menos obedece a qualquer técnica de narrativa que leve a história adiante. Os personagens são guiados apenas de uma situação para outra, sem questionar praticamente nada do que lhes é apresentado.

Isso poderia parecer inovador para uma trama que possui uma premissa já “batida”, afinal, existem incontáveis casos na literatura de pessoas que acordam sem memória. No entanto, tal passividade acaba ferindo o bom senso do leitor e prejudicam o andamento da trama.

Entendam: escrever um livro é como fazer uma sopa: você precisa de certos ingredientes para que o resultado final seja palatável. Você pode até pular alguns ingredientes e subverter outros a fim de conseguir um novo resultado, mas você precisa ter consciência de que, independente de como fará a sua sopa, você terá que usar alguns desses ingredientes porque senão ela ficará “aguada”.

E é exatamente isso o que falta em Eclipse da Vida – ingredientes (leia-se técnica) que coloquem sabor à trama. Existem uma infinidade de técnicas para criação de roteiro, mas para exemplificar, vou mencionar algumas das 22 Regras que a Pixar (para mim, uma empresa que domina a arte de contar histórias) utiliza na criação de seus roteiros:



“Se você fosse seu personagem, nessa situação, como você se sentiria? Honestidade empresta credibilidade a situações inacreditáveis.”



Como Eclipse da Vida subverte essa simples regra? Vejamos:

Eduardo (que apenas no final do livro é mencionado que ele é um homem de negócios, logo não vejo qual a necessidade de colocar esse Spoiler na sinopse) acorda num trem, sem memória de NADA. Qualquer pessoa em seu senso normal se perguntaria: “Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Quem é essa loira vindo em minha direção e quais as intenções dela para comigo?”. Mas não. Não rola uma desconfiança sequer. Eduardo apenas sente uma paz diante a sua nova companheira de viagem, e ainda tira um cochilo ao lado dela antes de chegarem ao seu destino.


Quando acordam, Eduardo e Sofie (a tal mulher) descobrem que estão indo para a Veneza (e até hoje nem sei se os personagens falavam em italiano ou outra língua), descem na estação e passeiam tranquilamente pela cidade. Enquanto lia isso, só conseguia pensar: “Mas como eles podem fazer isso se eles perderam a memória??? Como eles sabem se locomover sem dificuldade?”

E a desculpa que o autor dá, caro leitor, é que os personagens simplesmente se deixam guiar pela intuição, que é a temática do livro inteiro. No entanto, mencionar um fato não é o bastante para convencer. Você tem que fazer com que o leitor acredite que essa intuição é verossímil, mas a única explicação que temos é essa.

Enfim, nessas andanças por Veneza, Eduardo e Sofie acabam adentrando numa igreja. Lá dentro encontram um casal que diz que nunca sentiram uma energia tão intensa quanto a deles, e que Eduardo e Sofie só podem ser as pessoas pelas quais estavam esperando.

E se você pensa que Eduardo e Sofie se perguntaram como eles sabiam disso, pode ter a certeza de que não. Eles aceitam tais respostas com uma facilidade tão grande que acho que nem as crianças de hoje em dia fariam. Vejam bem: temos um casal desmemoriado, e os dois estão de boas com tudo o que está acontecendo; não tem nem um pra botar dúvida no outro, pra protestar, pra botar lenha na fogueira. Eles raramente questionam o que lhes é dito, o que fere outra importante regra:



“Dê opiniões aos seus personagens. Passível e maleável pode parecer agradável conforme você escreve, mas é veneno para o público.”



E passível e maleável é justamente o que Eduardo e Sofie são. Eles não têm personalidade nenhuma, são mais rasos que colher de chá. Mal dá pra diferenciar um do outro, porque eles são muito parecidos em sua maneira de lidar com a situação que lhes é apresentada. Isso deve ter ajudado o autor em seu objetivo divulgar sua filosofia de vida, mas veja bem, isto quebra outra regra:



“Você precisa ter em mente aquilo que é interessante para você como público, não aquilo que o diverte como escritor. São coisas BEM diferentes.”



E é o que acontece ao longo do livro inteiro. Eduardo e Sofie são envolvidos cena após cena pelos ensinamentos de cada personagem que encontram em sua jornada. A maioria dos personagens que o casal encontra não passa da típica figura do Sábio da Jornada do Herói, mas são tantos que poderiam ter se resumido numa única personagem relevante.

E mesmo com tantos mentores, não fica claro ao longo do livro que filosofia é essa que apregoam aos personagens principais. A única certeza que temos é que são experiências transcendentais, que falam sobre a importância do amor e de estarmos conectados com o Universo. O livro até que tem umas frases de efeitos tocantes, mas que perdem o peso diante de tantas discrepâncias e falta de sinceridade na maneira de como os personagens lidam com a situação. A impressão que tive ao longo da leitura foi que o autor teria sido muito mais feliz se tivesse escrito uma biografia relatando suas experiências, ao invés de criar uma história rasa de emoções e com personagens terrivelmente bidimensionais, que não mudam nem evoluem.

Se fosse o caso de que Eduardo e Sofie questionassem o que acontecia com eles, mas, no decorrer da história, acabassem aceitando ou pelo menos tentando compreender, ficaria mais crível. Causaria uma identificação com o leitor, pois quantos de nós já não passamos por situações em que tivemos dúvidas se o que nos diziam era verdade? Mas não. Falta essa sinceridade com o leitor, falta profundidade e, principalmente, tensão.

Tensão nem sempre significa pancadaria, explosões, tiros. Pelo contrário. Tensões psicológicas, conflitos internos e morais podem se tornar uma boa maneira de conduzir uma narrativa. Mas acontece que, na busca de propagar sua filosofia, o autor esqueceu-se de inserir este elemento à história. As cenas são como a sopa rala de que mencionei anteriormente, não tem consistência ou profundidade. Quando há uma cena de perseguição (lá pro meio do livro) ela não tem impacto relevante. Em um parágrafo um personagem consegue invadir a mansão onde outro está aprisionado, no parágrafo seguinte já tinha encontrado a tal pessoa, meia dúzia de diálogos depois estavam todos são e salvos.

Falta descrição nesse livro, de situações, emoções. Quando um personagem dizia que sentia o amor de fulano ou que amava sicrano, era difícil para mim acreditar em tais sentimentos porque eu não conseguia sentir a mesma coisa que o personagem principal dizia que sentia. Não havia profundidade ou um antecedente que me convencesse da sinceridade desses sentimentos.

Outra coisa que é vagamente explorada é o cenário. Estamos na Itália, mas não nos sentimos na Itália. Os personagens passam por algumas das cidades mais famosas do mundo, porém não são mencionados prédios históricos ou marcos arquitetônicos para tornar a história mais verossímil. Eduardo e Sofie entram em várias igrejas sem nome, o que até me fez me perguntar se tais igrejas existiam no “mundo real” ou apenas eram visíveis àqueles que eram suscetíveis à energia mencionada no livro.

E a falta de certeza da realidade é uma constante nesse livro. Numa hora os personagens estão em determinado lugar e num minuto em outro. O que o autor tentou justificar com a desculpa de que o tempo para Eduardo passava de forma diferente dos outros, mas a explicação ficou confusa. Tudo possui um aspecto onírico. O livro chegou ao fim e até o presente momento não sei se tudo não passou de um sonho, ou uma visão, ou uma experiência transcendental real. E mesmo que fosse o caso, é preciso ter habilidade para pelo menos empregar um pouco de lógica ao que a mente humana não consegue compreender.

Concluindo: Eclipse da Vida é um livro que possui certo potencial, mas que foi perdido com a falta de maturidade na narrativa. É um diamante bruto que ainda precisa ser lapidado com muita leitura crítica, de beta readers sinceros, para alcançar o seu verdadeiro brilho. Ao autor, deixo um último e valioso conselho da Pixar:



“Tentar escrever sobre um tema é importante, mas você só vai saber do que a história realmente trata quando chegar ao final dela. Agora, reescreva.”



E reescreva, releia e reescreva. Leia alguns livros sobre técnicas de narrativa, reescreva de novo, peça a sincera orientação de alguém que também escreve, e reescreva mais uma vez.



P.S.: A diagramação e o acabamento do livro merecem um elogio, apesar de ter havido alguns poucos erros de formatação.


site: http://jatracei.com/post/129469661447/resenha-86-eclipse-da-vida
Alberto 07/11/2015minha estante
Achei maravilhoso o que você escreveu Lidia. Perfeito. Parabéns. Quando você lançar o seu livro, vou querer conhecer viu? Abraços.


Lídia 09/11/2015minha estante
Obrigada, Alberto!




Fernanda 12/09/2015

Olá leitores!

O livro Eclipse da Vida é o primeiro livro de uma trilogia. A trama escrita pelo escritor Cesar Rabello nos apresenta uma viagem pelo mundo da energia e intuição. A narrativa nos apresenta Eduardo um homem de sucesso em seus negócios e certo dia acorda dentro de um trem em direção a Veneza. Por não se recordar de nada não sabe para onde está indo e nem ao menos o que aconteceu com ele.

Sofie também está no mesmo trem e como ele não se lembra sobre sua vida, ambos acabam encantando-se um pelo outro e seguem esta viagem juntos. Mesmo não sabendo para onde ir os dois sempre acabam encontrando o lugar certo e as pessoas a quem precisam encontrar.

Confesso que não compreendo a filosofia do livro, pois não obtive explicações ao longo da trama, apenas que as personagens seguiam a intuição de ir e vir de certos lugares. Nessa viagem eles experimentam experiências novas e uma energia desconhecida tanto por eles quanto por nos leitores.

Acredito que na sequência, o autor nos apresentará uma obra mais completa tanto na trama quanto nas explicações que não obtivemos neste primeiro volume. Sendo assim, não tenho muito que explicar a respeito da narrativa, além me sentir confusa e a obra não me pegou como esperava.

Em suma, espero que as outras obras do autor tenham um desenvolvimento melhor, que sua escrita seja clara e objetiva sem as repetições desnecessárias. E que seus personagens nos passem o entendimento da história de forma emocionante e simples para o entendimento de todos.

Quanto à capa e à diagramação são ótimas! Recomendo para aqueles que queiram conhecer algo novo e completamente diferente de sua linha de leitura.

site: http://www.amorliterariooriginal.blogspot.com.br
Lídia 13/09/2015minha estante
Concordo com tudo o que vc disse, mas vc foi generosa, pq eu dei nota 1 :v


Fernanda 26/09/2015minha estante
Oi Ligia! O livro realmente deixou muito a desejar e se for melhor desenvolvido teremos uma obra muito interessante. Obrigada pelo generosa, rs.

Beijos


Lídia 27/09/2015minha estante
pois é, se ele fosse melhor desenvolvido seria uma história digna, mas ele ainda estava MUITO cru. Faltou revisão crítica durante todo o processo e, pelo que li do Preview do próximo livro, a história continuará no mesmo rumo :v




Cristiane 15/06/2015

Uma história intrigante
A história começa com Eduardo acordando dentro de um trem indo para Veneza, mas ele não consegue se lembrar de nada do que aconteceu antes disso e nem do motivo de estar fazendo essa viagem. No trem ele conhece Sofie, uma mulher linda e com uma energia contagiante que também não se lembra de nada, mas se torna a companheira de Eduardo nessa viagem para tentarem entender o que está acontecendo.

Eles percebem que o caminho certo para tudo acabar bem, é seguirem suas intuições e descobrir o motivo de eles estarem realizando essa viagem. Eles conhecem pessoas muito boas, que os ajudam a entender o porquê disso tudo e ao mesmo tempo os fazem passar por experiências sobrenaturais que nunca imaginaram vivenciar algum dia. Por mais que Eduardo acredite no bem que essas pessoas especiais querem dele, ainda há certo receio em acreditar em tudo o que dizem.

Na minha interpretação, o livro quis mostrar como as almas reconhecem umas as outras. É interessante como os personagens se jogam no incerto, contando que tudo acabe bem e percebem as pessoas ruins pela energia delas. É uma experiência de quase morte onde Eduardo e Sofie se conhecem e não conseguem mais ficar longe um do outro. Quando um sente algo o outro também sente, pois ambos têm uma ligação muito forte.

Fiquei intrigada com o final, eu pensei mil coisas possíveis sobre a viagem deles, mas gostei do rumo que a história tomou. Estou ansiosa pela continuação e ver que rumo vai dar a história de amor de Eduardo e Sofie um casal extremamente encantador.



site: http://www.sugestoesdelivros.com/2015/06/resenha-eclipse-da-vida.html#.VddKpPlViko
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Ana Lima 15/09/2016

A história começa com Eduardo acordando dentro de um trem. Ele não se lembra de nada do seu passado: como chegou até ali, para onde estava indo e, principalmente, quem era a bela moça ao seu lado. Aos poucos os mistérios foram sendo resolvidos, dentre eles o destino final do trem - Veneza -, e o nome da misteriosa moça - Sophie.

Ao chegar à cidade, ao invés de respostas, as mentes de Eduardo e Sophie foram tomadas por mais perguntas. Todo o ambiente era misterioso, e a cada passo uma nova dúvida pairava no ar. Quem eram aquelas pessoas que os encontravam pelo caminho, levando-os a lugares desconhecidos?

Todos que encontravam pelo caminho tratavam o casal de uma forma diferente, por vezes até formal. Só a presença dos dois já era capaz de mudar toda a energia de um ambiente e de despertar sentimentos incompreensíveis.

Assim, dá-se início a uma jornada de auto-descoberta, guiada pela intuição e pelas mais variadas formas de energias e vibrações, que serve de pano de fundo para uma paixão avassaladora que se inicia no coração de Eduardo e Sophie.

Como comentei no vídeo, essa não é uma leitura que eu estou muito acostumada. É algo bem mais maduro e encorpado. A temática pode não agradar a todos por ser bastante ligada à questão energética, intuitiva e espiritual, mas não deixa de ser uma leitura interessantíssima.

Ao longo do livro não criei diversas teorias para o que aconteceria no final e em nenhum momento imaginei o que aconteceria aos personagens. A narrativa do autor é bastante detalhista, madura e convincente. Gostei bastante de diversas passagens e descrições que me faziam sentir como se estivesse junto aos personagens naquele cenário.

Muitas das cenas se assemelharam à passagens de romances espíritas, mas de uma forma bem sutil e quase imperceptível. Se você nunca teve contato com esse tipo de literatura dificilmente associaria o livro a um romance espírita.

Dessa forma, é possível levar a leitura de duas formas: a primeira é acreditando realmente em tudo que é retratado, trazendo pra realidade, lendo o romance como ele o é. A outra alternativa é levar a história pro mundo da fantasia, vendo em cada pedacinho uma forma diferente de criar um novo mundo.

A quem não está acostumado a esse tipo de leitura - mais introspectiva a voltada às crenças pessoais de cada um - sugiro a leitura do livro como uma história de fantasia. A minha leitura foi bem realista, e isso talvez tenha arrastado a leitura em alguns pontos. Mas digo que valeu totalmente a pena, já que o final me surpreendeu muito positivamente!

Por fim, recomendo o livro para todos aqueles que buscam uma leitura diferente da que estão habituados, um desafio para suas próprias convicções e um pulinho pra fora da zona de conforto!


site: www.poesiadestilada.com
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