Toda luz que não podemos ver

Toda luz que não podemos ver Anthony Doerr




Resenhas - Toda Luz Que Não Podemos Ver


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augustomw 16/04/2015

Finalmente um romance diferente tendo a 2ª Guerra Mundial Como Pano de Fundo
Apesar de bonitinhos e tocantes, os últimos romances que usaram a 2ª Guerra como pano de fundo - cito 'A menina que roubava livros' ou 'O menino do pijama listrado' pareciam ser uma tentativa de começar uma nova linha literária que poderia facilmente classificar como AnneFrank-lit (SIC). Parece insensibilidade e vos garanto que não. Apreciei a leituras destes livros, mas preocupa-me as ondas de clichê que deram origem a sequência de distopias, sick-lit e outras com apelo mais comercial do que a busca pela expansão de ideias na literatura.

Sobre 'Toda Luz Que Não Podemos Ver', o autor - Anthony Doerr- parece se esforçar em fugir dos esteriótipos iniciados pelos citados AnneFrank-lit (inventei, agora vou usar!) e resolve investir em uma trama mais complexa sob o clima da invasão das tropas alemãs na França. Sempre que um romance expõe um bom equilíbrio entre trama, personagens bem trabalhados e uma boa dose de fatos históricos; têm-se uma interessante receita de livro de sucesso.

Claro, não é nenhum Guerra e Paz (Liev Tolstói), mas não acredito que Doerr tinha a pretensão de escreve uma obra que venha a se tornar um clássico. A leitura é relativamente fácil e fluída. Apesar da enredo envolver elementos de certa complexidade como fugas em período de guerra, uso de tecnologias e espionagem e romances no entrecho, o livro tem 'pegada', envolvendo o leitor. Certamente ou facilmente pode ser adaptado ao cinema, fato que acredito ser o próximo passo - óbvio- para esta obra.

Apesar de ser um Best Seller, acredito que o livro demorou para ser vendido no Brasil (quase 1 ano, desde o lançamento nos EUA) em virtude do editora preocupar-se em fazer uma tradução mais cuidadosa do original. Basta saber se o livro causará impacto semelhante no público brasileiro. Recomendo!
Renato 20/04/2015minha estante
Livro vencedor do Pulitzer!


Dessa 23/04/2015minha estante
O último livro que li sobre a 2ª Guerra Mundial foi 'A Ponte Invisível' e eu gostei muitíssimo. O personagem principal é um húngaro que se muda para Paris mas acaba sendo mandado de volta para a Hungria e recebe horrorizado as notícias de como estava sendo a invasão na França. Só que como ele passou os seus anos dourados por lá, fiquei muito interessada em saber como foi a invasão na França e 'Toda Luz Que Não Podemos Ver' me interessou por isso. Eu passei todo começo da tensão em Paris e aí fui mandada pra Hungria junto com o Andras haha E agora espero poder ler esse livro como uma espécie de "complemento" e também conhecer esses personagens, porque parece ser um livro bastante bom mesmo!


Ton 08/05/2015minha estante
Incrível resenha!


Fabiana.S 21/08/2015minha estante
Gostei muito! A história nos faz pensar como as vezes não temos voz para dizer "não" e deixamos as coisas acontecerem... o personagem Werner foi um presente literário para mim. Conhecer um pouco sobre a formação dos Jovens Hitletistas foi um conhecimento importante. Como diz o livro, "há os loucos psicopatas sedentos por maldade, como os bondosos sem escolha."
No lado negativo, achei desnecessário a história ter mais de 500 págs..


Fernanda Flores 16/10/2015minha estante
Me indiquem livros da segunda guerra. Achei esse bem interessante, acho que vou comprar. Mas me digam se há melhores opções.


skuser02844 05/03/2017minha estante
Ótima resenha. Também pensei muito em "A menina que roubava livros" quando iniciei a leitura, mas depois passou à me lembrar muito "A Garota que você deixou pra trás " Estou gostando muito do livro. Quase terminando a leitura e amando mesmo!


Benedito7 10/04/2023minha estante
Como coloco pra ler o livro pode me ajudar baixei o app hj


Mari Soares 01/07/2023minha estante
Excelente resenha e sim, vc estava certo! O livro ganhou uma série na Netflix e mal posso esperar para assistir


Estevao 08/11/2023minha estante
Li esse livro e pra mim não foi uma leitura fácil. As partes descritivas de rádio amador , principalmente as do garoto que foi forçado a ser soldado nazista , e de outros detalhes não me atraíram , achei chatas e desinteressantes . A parte das conchas não acrescentou em nada pra mim, por exemplo.. O livro é denso , tenso , mas em nenhum momento me comovi com a história ou me apeguei aos personagens. Poético em muitas partes , "lento " na maior parte . Narra a trajetória de dois personagens que se encontram e vivem dramas diversos em mais um momento histórico triste da humanidade, e realmente foge do clichê , e isso é algo positivo. Quando cheguei ao final eu esperava mais , pois comprei o livro e comecei a ler com muita expectativa. Minha reação foi : ah tá , é isso ? Tá bem ! Meeeeesmo assim decidir dar nova chance ao autor e comprei o novo livro dele , Cidade das nuvens, que tem gente que ama e odeia . Um dia pretendo reler o Toda Luz ..... A série eu vou assistir!




Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 28/09/2023

Toda Luz que não podemos ver, por Anthony Doerr
Toda Luz que não podemos ver, do renomado autor Anthony Doerr, é uma obra-prima da literatura contemporânea que mergulha o leitor em uma história emocionante, repleta de personagens cativantes e uma prosa exuberante. Publicado em 2014, o livro conquistou uma legião de admiradores e recebeu o prestigioso Prêmio Pulitzer de Ficção no mesmo ano, o que evidencia sua qualidade e impacto.

A narrativa se passa durante a Segunda Guerra Mundial e apresenta dois protagonistas com trajetórias completamente diferentes, mas entrelaçadas de maneira magistral. Werner Pfennig, um jovem órfão alemão, dotado de um talento excepcional para a engenharia, é recrutado pela Juventude Hitlerista e enviado para o fronte de batalha. Por outro lado, Marie-Laure LeBlanc, uma garota francesa cega, é obrigada a deixar Paris e se refugiar na cidade costeira de Saint-Malo com seu pai, que trabalha como chaveiro em um museu.

Doerr utiliza uma estrutura narrativa habilidosa, alternando entre diferentes pontos de vista e períodos de tempo, construindo gradualmente a história de Werner e Marie-Laure até que seus caminhos se cruzem. A habilidade do autor em criar personagens complexos e multifacetados é notável. O leitor se conecta profundamente com os protagonistas e os acompanha em suas jornadas repletas de adversidades, esperanças e sacrifícios.

"Abram os olhos e vejam o máximo que puderem antes que eles se fechem para sempre."

Além disso, a atmosfera do período da guerra é retratada com uma sensibilidade impressionante. Doerr consegue transmitir a angústia e a tensão da época, bem como a destruição e o sofrimento causados pelo conflito, sem cair em clichês ou exageros. Sua escrita é poética e detalhada, descrevendo com maestria tanto os cenários sombrios e aterradores quanto os momentos de beleza e redenção que permeiam a narrativa.

A adaptação de Toda Luz que não podemos ver foi elaborada pelos roteiristas Steven Knight da série Peaky Blinders e Shawn Levy de Stranger Things. Recentemente, a adaptação ganhou novas imagens oficiais e data de estreia em 2 de novembro na Netflix em formato de minissérie.

Outro aspecto marcante de Toda Luz que não podemos ver é a maneira como o autor aborda a importância da comunicação e da conexão humana em meio à escuridão. Através da figura de Marie-Laure, que vive em um mundo de escuridão física, mas é capaz de enxergar com clareza por meio de outros sentidos, Doerr explora temas como empatia, compaixão e a capacidade humana de encontrar luz mesmo nos momentos mais obscuros.

Em suma, Toda Luz que não podemos ver é uma obra que merece toda a aclamação que recebeu. Anthony Doerr construiu uma narrativa poderosa e comovente, que nos faz refletir sobre a natureza humana, o valor da empatia e a resiliência diante das adversidades. Com personagens complexos e uma escrita deslumbrante, o livro é uma experiência literária que permanece com o leitor mesmo após a leitura. Uma leitura obrigatória para os amantes de histórias bem escritas e profundas.


Resenha completa no blog Irmãos Livreiros:

site: https://irmaoslivreiros.com.br/toda-luz-que-nao-podemos-ver/
Bia @bia_oliverstos95 10/10/2023minha estante
Estou louca pra ler esse livro


Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 10/10/2023minha estante
Você vai surtar, Bia!
Leia a resenha que tu sentirá o poder deste livro.

É maravihoso! \o/




Alan Martins 07/10/2021

Foi de "Doerr"!
Quando uma obra de ficção é vencedora de um prestigiado prêmio literário, as pessoas ficam curiosas para conhecê-la, afinal, para merecer os louros da vitória, deve ser excelente. A cada dia que passa, penso se tratar do contrário. Prêmios significam nada, ou melhor, podem significar várias coisas, mas não são sinônimos de qualidade.

DOIS LADOS DE UMA GUERRA

"Toda luz que não podemos ver" apresenta um enredo ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, cobrindo dez anos (1934-1944) das vidas de Marie-Laure LeBlanc e Werner Pfennig.

Marie-Laure é uma garota francesa, filha de um funcionário do Museu de História Natural de Paris. Por conta de uma doença ocular, ela perde a visão, precisando se adaptar à nova condição. Com a ajuda do pai, que constrói maquetes de seu bairro, aprende a se locomover de maneira autônoma, e é alfabetizada em Braille. Após a invasão alemã, deixam a capital e fogem para Saint-Malo.

Werner Pfennig é um garoto alemão órfão, que vive com a irmã, Jutta, em um orfanato localizado em Zollverein, um complexo de minas de carvão. Interessa-se por física e tecnologia, sobretudo rádios, os quais logo aprende a consertar. Werner, como inúmeros jovens de seu tempo, é obrigado a servir ao nazismo, ingressando numa escola de treinamento militar. Graças aos seus conhecimentos tecnológicos, consegue um posto melhor e é colocado no Wehrmacht, com o objetivo de rastrear transmissões ilegais e inimigas.

Ficou claro: de um lado veremos a situação dos invadidos, dos franceses, do outro, a dos invasores, os alemães.

UM ROTEIRO

Este é um daqueles livros que começam pelo fim e depois relatam como as coisas chegaram àquele ponto. Os capítulos são bem curtos -- como ocorre nos romances de Machado de Assis --, e alternam entre a história de Marie-Laure e Werner. É fácil adivinhar aonde a narrativa, que se alterna, chegará. Anthony Doerr fez uso desse artifício para criar suspense e tensão. Pena que o clima é quebrado por boas doses de enfado, dado que sua escrita, apesar de fácil compreensão, é bastante descritiva. Sem falar que o clímax não entrega o que vai sendo prometido ao longo da leitura, ou seja, brochante.

A temática Segunda Guerra Mundial já foi deveras explorada na literatura. "Toda luz que não podemos ver" não traz nada de novo ao tema. Aliás, é um livro sem grandes debates morais sobre o que ocorreu naquele período, sem aprofundamento filosófico. Os personagens são um tanto quanto "isentos", parecem nunca tomar partido.

Para dar uma atmosfera misteriosa à trama, há a presença do Mar de Chamas, uma pedra preciosa detentora de poderes mágicos (é o que dizem). E não para por aí! Um Deus Ex Machina também dá as caras, na forma do nazista Reinhold von Rumpel, cujo o papel é criar alguns momentos tensos para a vida de Marie-Laure. Von Rumpel almeja encontrar o Mar de Chamas por motivos pessoais, e de saúde, entretanto, assim que deixa de ser necessário, é descartado pelo enredo, sem rodeios.

O autor tentou ao máximo não inserir violência no romance, algo difícil tendo como pano de fundo uma guerra. Faz sentido, visto que seu foco é outro. O que não fez sentido foi uma cena no final, onde ocorre um estupro coletivo. Uma cena sem utilidade, que destoa de tudo aquilo que o livro construiu. A única justificativa seria dizer o destino de uma personagem, algo que poderia passar batido, ou ter sido elaborado de outra forma.

Fiquei com a impressão de que Doerr lapidou sua obra minuciosamente, deixando-a parecida a um roteiro. Nenhum roteirista teria quaisquer dificuldades para realizar uma adaptação. E, ao que tudo indica, a Netflix já está trabalhando nisso!

SOBRE A EDIÇÃO

Brochura, capa com orelhas e acabamento Soft Touch, miolo em papel Pólen Soft e diagramação confortável. A arte da capa é assaz bonita e, com certeza, chama a atenção do leitor.

Tradução de Maria Carmelita Dias, que realizou um bom trabalho. A revisão, por outro lado, falhou em algumas ocasiões e certos errinhos passaram. Pode ser que tenham sido corrigidos em reimpressões futuras.

CONCLUSÃO

Sinceramente, o livro passou longe daquilo que eu esperava (e imaginava) de um best-seller vencedor do Pulitzer. É até difícil compreender a razão de ter ficado com o prêmio. Enfim, fiquei decepcionado, aguardava algo diferente.

Ruim? Talvez "chato" e "sem graça" sejam termos mais adequados para definir "Toda luz que não podemos ver". Nota-se que Anthony Doerr escreveu bem e com muito cuidado, porém, o resultado final ficou parecido com uma história young adult que acontece na Segunda Guerra Mundial. Não é meu estilo.

Houve a inserção de um "amor à primeira vista" só para ficar legal, pois a narrativa pende para o lado do sentimentalismo, e o desfecho deixou a desejar, com um salto temporal gigante e sem nexo. Um romance sem nada a agregar, que foi alongado desnecessariamente. Finalizar a leitura exigiu esforço, foi de "Doerr"!

Visite o blog para ler outras resenhas!

site: https://anatomiadapalavra.com/2021/10/07/resenha-toda-luz-que-nao-podemos-ver/
Daniel 07/10/2021minha estante
Puxa! Que decepção!


Alan Martins 07/10/2021minha estante
Foi mesmo. O livro é uma coisa completamente diferente daquilo que imaginei.


Tai 09/10/2021minha estante
Prêmios não são mesmo sinônimo de qualidade. E isso não é apenas na literatura. Vejo muito no cinema também...


Alan Martins 09/10/2021minha estante
@Tai Com certeza, não são mesmo. Na hora da premiação muitas outras questões passam na frente do quesito qualidade. Já nem estou ligando mais para isso, já não me bate a curiosidade e vontade de ler premiados. Muito marketing para pouca literatura.


Henrie 11/10/2021minha estante
??


kaloskagathos 13/10/2021minha estante
Então, aparentemente, mais um livro meia boca que se aproveita do fascínio das pessoas. Prêmio é seleção arbitrária, não mérito, o mesmo vale para adaptações cinematográficas (Spielberg sentou no roteiro de O talismã por 40 anos!!). Eu acho interessante que vc esmiuça o livro inteiro pra falar mal, hahaha.


Alan Martins 13/10/2021minha estante
@Áquila É um livro que aborda um tema sensível (e que fascina, no sentido de chamar a atenção), numa tentativa de tocar as pessoas com isso. Eu não curto muito isso não, sem falar que, como eu disse, não traz nada de novo. É uma "historinha" sem graça. Fui sincero, eu seria o maior mentiroso se dissesse que gostei, ou que é um livro incrível (pode ser para muitos).

Eu não sabia que o Spielberg está sentado no roteiro há tanto tempo! Pelo jeito nunca vai sair nenhuma adaptação desse Talismã (o que pode ser até bom).


kaloskagathos 13/10/2021minha estante
Tem um livro aí com temática semelhante que parece ser bem pesado e entediante, não lembro o nome agora, tem uma capa vermelha e cerca de 900 páginas. Eu também não gosto quando não traz nada de novo... não tem como parodiar um período histórico desses, então acho que os livros ficam muito parecidos (pretendo ler O Homem do Castelo Alto). Hahahahaha, ele negociou o filme dois anos antes do livro sair, mas foi fazer coisa melhor...


Alan Martins 13/10/2021minha estante
Esse livro que você falou é As Benevolentes? Eu pretendo ler em breve. No caso dele, o que se fala por aí é se tratar de uma obra polêmica por apresentar uma violência explícita e forte. Eu não sei o que esperar, estou curioso.

Isso acontece bastante com o King. É só saberem de um livro novo que já compram os direitos, bem antes do lançamento. Fazem isso como investimento, querendo lucrar. Esse "desespero" deve até atrapalhar algumas adaptações.


kaloskagathos 13/10/2021minha estante
Esse mesmo. Não é apenas pesado, como -- dizem -- cheio de descrições sobre as patentes e funções dos militares, etc, um negócio bem nerd mesmo. O livro também ganhou um prêmio meio debochante, por ter muitas cenas de sexo.

Eu penso que tudo é como uma investigação. Se uma teoria ou suposição for premeditada, com certeza será descartada no futuro por outra melhor e mais elucidativa. Se for ruim, porém fascinar as pesssoas, normal, desde eras estamos nos surpreendendo com o mundo.


Alan Martins 13/10/2021minha estante
Com certeza. Acho que com "Toda luz que não podemos ver" me decepcionei por esperar algo bom e acabar encontrando uma coisa bem diferente, da qual não gostei. Sem falar que não consegui extrair nada de importante da leitura.

Essa questão das descrições em "As benevolentes" pode ser um problema, já que não gosto muito de livros bem descritivos e detalhistas, não quando estou lendo ficção. Todavia, se toda essa violência e cenas de sexo (até as descrições) tiverem um propósito maior, dá para perdoar, pois não foram palavras simplesmente jogadas, ou o chocar por chocar. Quando há um objetivo e este é alcançado, podemos dizer que o trabalho literário foi bem-sucedido, mesmo que a leitura não seja das mais agradáveis.


kaloskagathos 13/10/2021minha estante
Pela proposta, acho que o diferencial deve ser a ambientação... Se vc ler as resenhas, vai notar um tom moderado (ou não) de fascínio por parte das pessoas.


kaloskagathos 13/10/2021minha estante
Pela proposta, acho que o diferencial deve ser a ambientação... Se vc ler as resenhas, vai notar um tom moderado (ou não) de fascínio por parte das pessoas. Espero que vc leia em breve, Alan, gostaria de ver sua opinião!


Alan Martins 13/10/2021minha estante
Pode ser que seja meu próximo livro. Esta semana está meio corrida com trabalhos da faculdade, mas na próxima vai ficar mais calmo. Gosto de ler esses livros longos com mais calma, sem ficar dando grandes pausas para fazer outras coisas.


Silvia AC/DC 09/10/2022minha estante
Realmente foi difícil terminar de ler este livro escrito de forma extremamente tediosa. Detestei mesmo!




Marlonbsan 21/03/2023

Toda Luz Que Não Podemos Ver
Marie-Laure vive em Paris e mora perto do Museu de História Natural, onde seu pai trabalha. Já Werner, é um jovem alemão e órfão. Eles vivem contextos diferentes da Segunda Guerra Mundial.

É um livro de ficção, narrado em terceira pessoa, e acompanhamos basicamente o que acontece com Marie e Werner. A linguagem é simples, mas possui uma densidade grande, mesmo com capítulos curtos, o tamanho da letra não ajuda muito também.

A história é contada de forma não linear, começa em 1944, depois volta 10 anos, e assim vai, até chegar no momento do desfecho. Vamos conhecendo os personagens e o que eles passaram durante esses anos no contexto da Segunda Guerra Mundial.

O livro demora um pouco para introduzir os personagens e o seu desenrolar, as motivações para se refugiar, no caso de Marie, e o recrutamento de Werner, mas os passos são bem lentos, por conta da escrita ser muito detalhista e com algumas informações complementares e comparativas.

Eu me interessei mais pelas histórias em volta de Marie, pois tinha uma dinâmica melhor e o fato dela ser cega traz uma carga maior, já Werner, tinham passagens e informações interessantes, mas, em boa parte, repetitivas, já que ele faz um trabalho de rotina.

Achei interessante também a abordagem do livro em não focar nos campos de concentração, mas sim em outros aspectos, a guerra acaba sendo um pano de fundo, mais pelo contexto e a história mostra pontos mais isolados. Durante a leitura, senti que poderia comparar o livro como uma mistura de Os Miseráveis e A Menina Que Roubava Livros, creio que seja pelo contexto e alguns aspectos da história.

Por fim, trata-se de uma história emocionante e o desfecho, por detalhar o depois, trouxe respostas a mais sobre esses sentimentos. Com certeza um livro que vale a leitura, mas tem que insistir até chegar o momento em que flui melhor.

Por fazer muitas referências, recomendo ler antes Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, para não pegar spoiler, ou até mesmo entender alguns contextos e comparações.
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Joel.Martins 16/08/2020

Excelente
Sobre amor, perseverança, aprendizagem e destino.
Acompanhar a pequena Marie-Laure é um verdadeiro aprendizado.
Obs: sempre lembro da Ada Smith quando leio esses livros em tempos de guerras.
lido em jun/20
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Rafilds 26/01/2022

Incrivelmente bem construído
O autor te leva para dentro da guerra descrevendo com tamanha habilidade os detalhes da vida antes, durante e depois, alternando entre as vivências de personagens cativantes e em locais distintos. Uma história densa num dos momentos mais inumanos da humanidade.
Manuel 26/01/2022minha estante
Resenhista n° 1, deu vontade de ler agr ???


Rafilds 26/01/2022minha estante
Acho que vc vai gostar tb! Esperando pra ver teu Feedback




Daniel 16/06/2015

Você já leu essa história antes
As palavras na contra capa não poupam elogios: “inunda os sentidos”, “arrebatador”, “lida história”, “reflexões sobre o sentido da vida”...

O fato de ter vencido o prestigiado prêmio Pulitzer de 2015 e ter sido indicado para o National Book Awards (e não ter vencido) foi o que mais pesou na minha decisão de iniciar a leitura.

Segunda Guerra Mundial, menina cega... Hum... Será?

Bem, a leitura seguiu sem muito esforço: capítulos curtos, trama descomplicada, apesar de idas e vindas no tempo marcadas de forma clara nos capítulos – que não acrescentam nada a trama, diga-se – facilitam a vida do leitor. Mas os clichês amontoam-se, claramente no intuito de arrancar lágrimas do leitor.

Mas não funciona. Comigo pelo menos não funcionou. Achei chato, déjà vu, desinteressante. Falta Literatura, com L maiúsculo.

Quem gosta de leitura "tipo best seller" acho que vai gostar deste também. Mas quem prefere uma leitura mais consistente, além de mero passatempo, melhor escolher outra coisa. Talvez seja melhor esperar pelo filme - acabei de saber que virou um seriado que será lançado pela Netflix: com certeza as belas imagens de Saint Malo valerão a pena.
Danilo 18/09/2015minha estante
CONCORDO INTEGRALMENTE!!
(Com o devido e justo respeito de quem leu e gostou.)


Daniel 28/10/2015minha estante
Danilo, acho estranho a quantidade de resenhas positivas e os elogios tão eloquentes!
Fico pensando, o que estes leitores que gostaram tanto deste acham de livros como, Cem Anos de Solidão, Dom Casmurro, Grande Sertão?? Será que nunca leram livros que além do próprio enredo, tem Literatura? Ou gostam mesmo é de livro de "historinha"?


Aline 29/07/2016minha estante
Concordo! Não gostei, tentei...tentei...abandonei nas últimas 100 páginas! Chato.


Dan 04/04/2017minha estante
ótimo comentário. Um livro desses vencer o Pulitzer é a prova cabal de que a Literatura está em declínio.


Henrique_ 09/08/2017minha estante
Daniel, deveria ter lido sua resenha antes de ter decidido ler este livro. Realmente não faz jus à fama que leva.


Túlio 26/07/2020minha estante
Caraca aí... Direto e reto. Voadora no lustre. Assim que é bão!?


Túlio 26/07/2020minha estante
Quase comprei esse livro várias vezes. Mas sempre tive essa impressão do emocionalismo e tals. Vc me fez um favor enorme.


Daniel 25/08/2020minha estante
kkk Obrigado Túlio! o SKOOB deveria servir para isso nao é? evitar que a gente caia em ciladas literárias.
Entendo que muitos leitores possam gostar deste tipo de livro (basta olhar que os comentários elogiosos são a maioria). Mas mais do que o "gostar", o "nao gostar" de alguns leitores tem me norteado muito mais nas minhas escolhas de livros futuros.


Bia 30/04/2021minha estante
Fazem meses que tento avançar a leitura desse livro. E apesar dos capítulos serem curtos, achei a leitura pesada e lenta. Estou reclamando dele desde que comecei a lê-lo.
Os personagens não me cativaram (talvez o Werner, um pouco)
Tenho dificuldade de abandonar livros, mas hoje resolvi parar de sofrer por um livro que não me pegou....




Jeh 17/11/2023

Sei nem o que dizer!
Poxa, pensei que fosse gostar mais... não me entendam mal. É um ótimo livro, amei as descrições, principalmente quando feitas por ou para Marie-Laure, mas esse final... Não esperava por ele de jeito nenhum.
Sei lá... parece que não casou com o restante da história. Fiquei frustrada, com um sentimento de: é só isso? Não tem mais?
Mas foi um boa leitura. Me prendeu bem, até que a acabou.
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Gildo Henrique 15/05/2015

SOBRE MAQUETES E ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
Enveredar-se pelo universo das ficções premiadas com o Pulitzer de Literatura parece ser o caminho de todos os que buscam descobrir paradigmas que orientam tais escolhas, seja pela cor com que pintam suas histórias e personagens, seja pela técnica adotada por seus autores em capturas de interesses que fazem dedos virar páginas e páginas (o que os norte-americanos chamam de "page turner"), na sofreguidão de viagens literárias bem construídas. Lançado recentemente pela Intrínseca, o novo fenômeno intitula-se "Toda luz que não podemos ver" (All the Light We Cannot See), do estadunidense Anthony Doerr. Este seu segundo romance, finalista dos maiores prêmios de 2014, dentre eles o National Book Awards - que o levou a ser vencedor em 2015 do Pulitzer de Literatura categoria ficção -, traz como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, tema por demais explorado e que poderia se tornar enfadonho. Poderia: os matizes com que descreve seus bastidores leva o leitor a ver além do óbvio, além do que é dito, a refletir sobre o sentido da vida, sobretudo sobre a bondade inata do ser humano.

Doerr optou por separar a história em 178 capítulos divididos em 13 partes, datadas sem ordem cronológica, à exceção das quatro últimas, que nos fazem lembrar "O jogo da amarelinha" (Rayuela, 1963), de Júlio Cortazar: tal artifício não só tem a finalidade de aguçar a curiosidade do leitor, mas, também, a de revelar situações e destinos de personagens que, numa leitura sequencial, demandaria digressões que desviariam o foco narrativo progressivo, totalmente alternado entre seus dois personagens principais - apenas alterado por cartas ou movimentos do vilão - de uma história que abrange 80 anos, de 1934 a 2014. Aos poucos, infâncias retratadas com luzes aconchegantes em ambientes fraternos e hospitaleiros vão se convertendo em horror, atrocidades, medos e angústia de sobreviventes em fuga de bombardeios, enquanto outras caminham inexoravelmente para as loucas fantasias do Führer, sem nem mesmo questionar o porquê.

Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. E todos os anos, no seu aniversário lhe presenteia com enormes romances em Braille. Maria-Laure está com doze anos quando Paris é ocupada pelos nazistas, e pai e filha se refugiam na cidade de Saint-Malo na costa oeste da França (Bretanha), onde o tio-avô de Marie-Laure vive em uma enorme casa à beira-mar. Eles levam consigo o que talvez seja o mais valioso e perigoso tesouro do museu. Enquanto isso, numa região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com sua irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, Werner acaba se tornando especialista em montar e consertar esses aparelhos cruciais à época, talento que lhe vale uma vaga na Juventude Hitlerista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões pelo rádio responsáveis pela chegada de Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza com o de Marie-Laure.

Essas duas linhas narrativas - uma menina órfã que carrega um diamante valiosíssimo e um menino que ingressa para o exército alemão - parecem querer demonstrar sobre as coincidências da vida ou sobre "destinos cruzados". E, para isso, o autor habilmente, como muito bem fazia a escritora inglesa Agatha Christie, projetou vidas pregressas de personagens que colaboram para esse encontro. Como um menino alemão sabe francês? No orfanato, Frau Elena falava, além de um tal programa de rádio... Como uma menina cega consegue se movimentar pelas cidades de Paris e Saint-Malo? O pai constrói maquetes "perfeitas" desses lugares, a ponto de reproduzir ralos e bueiros (?). Sobre o diamante que transporta consigo - O Mar de Chamas -, trata-se de uma jóia que possivelmente tenha vindo do Japão e pertencido a um xogum do século XI, cuja lenda diz que "o portador da pedra viveria para sempre, mas, enquanto a mantivesse, infortúnios cairiam sobre todos aqueles que ele amava como uma tempestade sem fim". Se a busca de tal tesouro por um especialista do exército alemão - acometido de uma doença terminal -, leva a somar elementos de suspense à trama, tal fato não se revela determinante para o leitor, tamanha é a articulação das histórias paralelas, o que nos leva a sonhar com um desfecho romântico imediato.

Algumas sequências de Marie-Laure em Saint-Malo durante a guerra nos remetem ao filme "Terror Cego" (1971), de Richard Fleischer, quando a personagem de Mia Farrow, também cega, se vê às voltas com um assassino. Aliás, o guarda-roupa da casa de seu tio-avô, com sua passagem secreta, que é utilizado durante boa parte da história, também nos remete às "Crônicas de Nárnia", do escritor inglês Clive Staples Lewis (1898-1963), não como um limite entre dois mundos, mas, pelo fato de ser muito mais do que um esconderijo: um local onde a personagem se sente em liberdade durante os bombardeiros, e de onde consegue se comunicar por um velho transmissor de rádio, pedir socorro e ainda ler para possíveis ouvintes capítulos de "Vinte Mil Léguas Submarinas", de Júlio Verne. Eis o fio condutor que une os dois jovens: as aventuras do Capitão Nemo e do Professor Aronnax funcionam como um intertexto no elo entre as situações vivenciadas pelos dois jovens. E o rádio é exatamente o motivo pelo qual o menino Werber entrou na guerra, por ter se tornado um perito em localização de ondas eletromagnéticas advindas dos Aliados.

Os treinamentos sem escrúpulos a que os jovens são submetidos na juventude nazista, a crueldade de seus instrutores, desde os exames rigorosos porque passam - que vão desde o nível de tons de azul de seus olhos à retidão de seus narizes -, são carregados de cores fortes e o autor não nos poupa de retratá-las com a crueza de detalhes. E nessa interação juvenil, personagens coadjuvantes vão ficando pelo caminho: deprimidos, mortos, tetraplégicos ou alienados mentais. Personagens que teriam vida longa, se Doerr resolvesse continuar com a arquitetura que planejou, tão reais se nos apresentam no decorrer da história. E, quando mais tarde Werber começa a questionar sobre seu papel na carnificina que passa a presenciar, precisamente durante a dominação da Rússia ("É certo fazer algo porque todos estão fazendo?", perguntava a irmã Jutta), caminhando no transporte de seu equipamento-rádio pelas extensas plantações de girassóis, torna-se impossível não nos lembrarmos do filme de Vitorio De Sica, quando a personagem de Sophia Loren caminha pelos extensos campos dos "Girassóis da Rússia", à procura de seu homem, possivelmente morto naquela mesma guerra.

Esse brilhante romance, corretamente intitulado "Toda luz que não podemos ver", é daqueles que não conseguimos parar de ler, que nos leva a refletir sobre a delicadeza do existir, da ânsia pela busca da felicidade em situações nem sempre de acordo com o que esperamos, mas, sobretudo, é um romance que relata a sobrevivência de seres humanos e suas possibilidades de mudar o mundo. E Anthony Doerr o escreveu com maestria: uma aula sobre como cativar o leitor para a realização de uma viagem, durante a qual retardamos para que não chegue ao fim e que, depois de sua última palavra, ficamos em silêncio, refletindo sobre nós mesmos, nossos sonhos, nossas realizações; sobre os obstáculos que saltamos; sobre entes queridos que deixamos pra trás e, sobretudo, sobre as luzes que atenuam ou realçam nosso caminhar pelos labirintos da vida. Em caso de saudade dos personagens, resta-nos usar o street view do Google Maps, selecionarmos a cidade fortificada de Saint-Malo e localizarmos a Rua Vauborel, nº 4. O que Marie-Laure fazia com os dedos pela maquete em miniatura, podemos imitar em outra dimensão. E a partir daí, seguirmos até uma estreita passagem para outro esconderijo repleto de caramujos à beira-mar da Bretanha. Quem sabe nos reconhecemos ali com uma chave na mão...


Gildo Henrique é aluno do Curso de Letras/Literaturas de Língua Portuguesa do Instituto Federal Fluminense - Campos dos Goytacazes/RJ.

site: https://www.facebook.com/gildo.henrique.7
Gorete.Pessoa 25/05/2015minha estante
Impressionada com a riqueza de detalhes de sua resenha, fiquei sem fôlego e com o coração disparado. Parabéns!!!!!


Luciana 30/12/2015minha estante
Gostei muito de sua resenha. Aguçou ainda mais minha vontade de ler o livro. Parabéns!




Chm_Henrique 31/03/2021

Amei
Ainda não acredito que ele fez isso com o final do livro! ?

Confesso que algumas partes do livro foram cansativas demais, por isso minha nota 4.5.

Mas o livro é uma excelente obra, uma história que você fica ansioso para saber o final, como os personagens irão se encontrar? Como será a ligação do passado com o presente? O que vai acontecer com o diamante? O que vai acontecer com os personagens codjuvantes?

E o autor consegue fechar tudo com louvor!!
Uma história linda, que merece ser lida e relida, se prepare para sofrer um cadinho, mas nesse livro você vai encontrar um pouco de tudo: medos, amor, recomeços, amizades, família, e o mais importante.... Coragem.

Você fica com uma imensa vontade de conhecer Paris e com certeza o primeiro lugar seria Saint-Malo.

Toda luz que não podemos ver um livro que vai ficar marcado em meu coração! ?
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leashy loo 18/04/2023

um comentário preguiçoso em "toda luz que não podemos ver"
A maior qualidade do livro é sua contextualização histórica impecável e a ideia do autor de retratar a Segunda Guerra Mundial através de pontos de vista diferentes do convencional. Ao invés de focar nos terríveis acontecimentos sofridos pelos judeus, como a maioria dos livros que possuem como cenário esse obscuro período da História mundial, "Toda luz que não podemos ver" aborda a ascensão do sistema nazista e seu impacto no cotidiano da população alemã e as consequências da guerra para toda a Europa.
O lado negativo da obra é seu ritmo demorado de leitura: por acompanhar o ponto de vista de vários personagens ao longo de mais de dez anos, seu conteúdo acaba por ser extenso e, muitas vezes, recheado de passagens desnecessárias.
A trama é envolvente e criativa, e os personagens são muito bem trabalhados, porém o maior destaque foi o pano de fundo utilizado pelo autor.
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Mari.Vasconcelos 13/04/2023

O que a guerra fez com os sonhadores?
Um livro premiado que fala de um assunto, que não me canso nunca de saber pq acredito que não pode jamais ser esquecido: fui com todas as expectativas, mas descobri já em 80% dele lido, que eu não sabia o que estava acontecendo, não estava fixando nada, e eu continuava na expectativas de que iria melhorar; não aconteceu e fiquei mega frustrada, mas é preciso esclarecer: a frustração era comigo, estava muito dispersa e não consegui me envolver na leitura...
Foi qnd minha amiga que estava lendo comigo sugeriu que eu o relesse por período conforme a sequência cronologica, e não pela sequência do livro e tudo fluiu muito bem...

É impossível não se emocionar, é apenas impossível!
É impossível não querer que as coisas fossem diferentes, que no final tudo acabaria bem, mas só acabaria bem se esse "cenário" fosse fictício.

"Quase todas as espécies que já existiram estão extintas. Não há motivos para pensar que conosco, seres humanos, será diferente."
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Lauraa Machado 21/10/2021

Tocante, emocionante e detalhado
Toda vez que alguém me perguntava se eu já tinha abandonado algum livro, era obrigada a falar sobre esse daqui. Quando fui a uma livraria em 2014 (ironicamente, o último ano em que se passa essa história), estava buscando um livro que não tinha nada a ver com esse. Uma vendedora acabou me indicando esse e, vamos admitir, pela capa linda, fiquei animada para ler. Abandonei na página cem, exatamente, depois de muito lutar para continuar lendo.

Mas não foi um abandono comum. Desde então, já abandonei outro livro que até vendi. Este, em compensação, eu sabia que acabaria lendo e não me surpreendi por gostar tanto dele! Eu amo ficção histórica e me lembrava de que Anthony Doerr tinha conseguido introduzir um elemento sutilmente fantástico na sua história que só a deixou mais interessante.

Não é um livro perfeito. A leitura é bem lenta e eu acho que algumas partes do livro precisavam ter sido editadas e tiradas, além de que intercalar o passado e presente foi uma boa ideia, mas poderia ter ficado menos 'picado'. Vou tentar explicar melhor. A história é contada de vez em quando no presente e na maior parte no passado, contando sobre como Marie-Laure e Werner cresceram. Então às vezes o autor interrompia a narrativa do passado para mostrar alguns pedaços do presente. Acontece que esses pedaços na maior parte das vezes eram curtos e picados demais, mal tinham substância suficiente para conectar alguma coisa, e eu acho que teria ficado melhor se ele tivesse juntado os trechos em períodos maiores.

Sobre a parte a ser editada, acho que muitas questões da vida de Marie-Laure e de Werner acabaram sendo repetitivas. Por exemplo, a relação de Marie-Laure com seu pai e depois com seu tio-avô. Ambas eram interessantes, mas elas eram também bastante semelhantes em seus problemas e peculiaridades, e vê-la passar por cada uma como um processo se tornou repetitivo. Mesma coisa com o que o Werner 'conquista' quando ainda está no orfanato e o que conquista na academia.

Mas você pode se esquecer disso que eu falei, porque o que mais importa é que o livro é muito bom. É super bem escrito, com capítulos pequenos, mas interessantes e uma escrita detalhada e emocionante. Sim, é um pouco detalhado demais às vezes e tem mais de quinhentas páginas sem grandes acontecimentos emocionantes ou de ação, então nem todo mundo vai gostar da leitura, mesmo que ainda ache o livro bom. Depende mais do tipo de escrita que te agrada do que da qualidade do livro.

Eu realmente amei o enredo, amei as conexões entre os personagens, a vida que eles levam, as coisas que vêem e como se desenvolvem pela história. É tudo tão complexo e bem descrito, que é impossível não ser marcado pelo livro. Mesmo anos depois de abandonar, eu ainda me lembrava muito bem dele, nunca me esqueci e nunca desisti de ler. O fato é que eu amei esse livro demais, quero reler, queria um filme sobre ele ou talvez uma série.

Não é engraçado? Eu o abandonei anos atrás e agora, que faz só alguns meses que li, estou louca para reler e me lembrar da história, além de ele ter me feito querer ler mais vários outros livros. É exatamente a história tocante e emocionante, muitas vezes triste e desoladora, que a Segunda Guerra Mundial inspira. É exatamente do tipo de livro que marca sua vida.
Patrícia 02/11/2023minha estante
Estreou hoje a série dele na Netflix




Lhyz 11/05/2022

"Você dá um passo; você salta."
Que história linda.

A cada página os personagens se tornam sua família, a cada capítulo fiquei ansiosa para ver a história de Werner - na Alemanha Nazista - e Marie-Laure - na França ocupada - se entrelaçarem. O autor teve a sensibilidade e capacidade de fazer a história inundar os meus sentidos, pude ouvir as bombas e tiros, sentir os cheiros e gostos das comidas e ficar imersa nos questionamentos sobre o sentido da vida.

Demorei para concluir esse leitura porque eu sabía que ia sentir "demais", porém admito que quando eu pegava essas páginas- apenas para fazer uma leitura breve - não conseguia largá-las. Dói ver como a guerra destrói tudo, até a possibilidade de destinos diferentes.

Não sei se consegui processar essa leitura ainda, mas tá aqui as poucas palavras que consegui juntar.

E a minha citação favorita:
"Abram os olhos e vejam o máximo que puderem antes que eles se fechem para sempre." (p. 56)
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Beatriz 10/03/2021

Emocionante
Comprei o livro pelo título e pela capa e fiquei extremamente emocionada enquanto lia a história. Recomendo para todos que gostam de uma história que tem como cenário a Segunda Guerra.
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