Em Águas Profundas

Em Águas Profundas Patricia Highsmith




Resenhas - Águas Profundas


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Sebo Por Todo C 03/04/2012

Fui cúmplice.
Li este livro há anos mas me lembro exatamente a sensação: fiquei aterrorizada com a capacidade de Patrícia Highsmith me transformar em cúmplice. Eu incentivei o personagem a cometer os assassinatos: "você tem que fazer alguma coisa!", lembro-me de pensar. O primeiro assassinato veio com alívio, até a ficha cair... Achei brilhante a forma como a autora envolve o leitor na história, como o transforma em co-autor dos assassinatos, como enreda em sensações ambíguas de alívio e temor.
Sensacional.
Clara Mezzacapa 15/12/2020minha estante
Oiiii nossa eu não fui cumplice mas fiquei perdida nas sensações!!!
No final eu só queria que ele pudesse se safar kkkkkk


Sebo Por Todo C 08/01/2021minha estante
Cada leitura é uma viagem!


Lucas 12/06/2021minha estante
Eu não vou negar que no julgamento eu me peguei torcendo por ele.


Eliane443 04/09/2021minha estante
Confesso que eu fiquei envolvida por Vic.
Um marido dedicado, pai carinhoso, homem prendado apesar de toda sua esquisitice era muito querido por sua comunidade.
Fui cúmplice também quando eu torcia para que ele tomasse alguma providência com relação ao desrespeito de Melinda e seus affairs.
Esperava um final melhor para ele.


Maldosa 11/06/2023minha estante
Eu adorei o texto, agora me pego querendo ler este livro.


Thiago 30/11/2023minha estante
Você tinha de marcar que contém spoilers a resenha.


Nah 08/02/2024minha estante
Pois por aqui não teve nada de cumplicidade haha achei foi bom o final dele, apesar de bem corrido




Aione 19/08/2021

Em águas profundas é o thriller psicológico de Patricia Highsmith. Publicado originalmente em 1954 e relançado no Brasil pela Intrínseca em 2020 com tradução de Roberto Muggiati — a primeira edição foi em 1986 pela Brasiliense, sob o título Águas Profundas —, o romance traz, para além das questões de gênero, a típica questão existencialista encontrada nas obras da autora: a tensão entre individualidade e moralidade.

O casamento de Vic e Melinda não é nada convencional: o acordo entre eles é que Melinda pode manter seus casos extraconjugais, desde que não submeta a filha e o marido a um processo de divórcio. Porém, Vic passa a se incomodar com os homens escolhidos pela esposa e, quando um deles é assassinado, adota como estratégia para afugentá-los a admissão da autoria do crime.

Em águas profundas é daqueles livros que geram controvérsias por poder ser lido e interpretado de diferentes maneiras. Estritamente psicológico, traz em suas insinuações e nas entrelinhas de suas camadas as ferramentas para sua chave. Embora a narrativa seja em terceira pessoa e, portanto, haja um grau de distância entre narrativa e personagem, o ponto de vista e o recurso do discurso indireto livre a aproximam dos pensamentos e perspectiva de Vic, de maneira que me senti em sua cabeça desde os primeiros parágrafos. Justamente por se tratar de uma obra psicológica, a estrutura do romance está na complexidade da construção dos personagens, mais do que em ações, de maneira que a leitura pode ser mais vagarosa — e frustrar quem espera a agilidade comum em thrillers embasados mais no enredo e em reviravoltas.

Um ponto importante é que tanto Vic quanto Melinda são figuras nada carismáticas, e trazem por diversas vezes as reflexões morais propostas pela autora. Melinda, em especial, é condenada por seu negligente papel como mãe e por ser detestável com Vic que, em um primeiro plano, tolera seus casos extraconjugais. Porém, foi Vic quem me deixou borbulhando de raiva do começo ao final do livro. Embora não seja diretamente mencionado no romance em momento algum o contexto de sua época, ele não pode ser retirado e ignorado da leitura. Estamos falando de uma obra publicada nos EUA em 1954 sobre uma sociedade branca e classe média, uma sociedade ainda mais patriarcal do que a que temos atualmente, na qual casamento e maternidade eram uma imposição. Pelas menções ao passado de Melinda, o casamento foi uma necessidade para ela, e a maternidade não seria seu caminho, se ela tivesse a possibilidade de escolha. Vic, por sua vez, não se casou por amor, mas por seu prazer em, parafraseando suas palavras, domar o espírito selvagem de Melinda.

Assim, o que Patricia Highsmith faz desde o início de Em águas profundas é sugerir a personalidade manipuladora e narcisista de Vic, que se porta como marido compreensivo aos olhos da sociedade apenas para satisfazer o próprio ego, construindo sua autoimagem de pessoa bondosa e tolerante — imagem essa que se contrasta logo de cara com a atitude do personagem de assumir a autoria de um crime que não cometeu. Afinal, quem faz uma coisa dessas? E o que me gerou uma revolta incontrolável era o quanto essa falsa imagem de Vic era facilmente comprada — de maneira que os borburinhos sobre ele ser um possível assassino se espalham como fofoca, mas ninguém toma atitudes a respeito — e o quanto a de Melinda era condenável, ainda mais se levarmos em conta que seus casos fazem parte de um acordo. Dessa forma, a violência de gênero é expressa com maestria pela autora e se torna ainda mais intensa por acontecer no subtexto do romance, passando para o texto apenas no desenrolar da história. O final de Em águas profundas é a conclusão esperada para tudo que Patricia Highsmith construiu aos poucos, retratando a sociedade [*****]mplice da violência contra a mulher — só a admitindo quando ela se expressa concretamente.

Talvez a leitura de Em águas profundas seja, para alguns, de cumplicidade, de aproximação com Vic, fazendo com que a temática da moralidade se torne ainda mais evidente. Para outros, pode ser apenas um livro arrastado, sem grandes acontecimentos. Para mim, foi uma obra que cumpriu seu papel ao me despertar tantas sensações revoltantes, de forma que Vic foi um dos personagens que mais detestei nos últimos tempos. Ao final, apesar das compreensíveis sensações angustiantes que o romance desperta, terminei a leitura aplaudindo Patricia Highsmith pelo desenvolvimento de seus personagens e da obra — que, no caso, são praticamente a mesma coisa.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2021/08/17/resenha-em-aguas-profundas-patricia-highsmith-2/
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Pedro Henrique 21/01/2021

Quem vê cara, não vê coração.
Em a?guas profundas - Patricia Highsmith ?

Nesse thriller psicolo?gico da renomada escritora Patricia Highsmith, vamos conhecer o Vic, um curioso marido que vive uma relac?a?o na?o monoga?mica com a sua esposa Melinda. O casal vive de apare?ncias perante a sociedade, o Vic tem uma postura e uma conduta impeca?vel com os amigos e os conhecidos, sempre muito amado e querido por todos. Ja? Melinda, sempre foi vista como a mulher vulgar, que sempre fica exaltada na festas, que na?o liga muito para apare?ncias sociais.

O livro e? recheado de dia?logos e reflexo?es incri?veis de como a mente humana pode ser doentia e manipuladora. A escritora consegue fazer a gente torcer pelo Vic, mesmo ele sendo super problema?tico. A intenc?a?o da escritora em deixar pistas nas entrelinhas sobre o rumo da histo?ria e? fanta?stica, nunca tinha lido nada da mesma, agora ja? quero ler tudinho. Confesso que alguns pontos da histo?ria na?o me agradaram muito, mas nada que estragasse a experie?ncia como um todo. Fiquei super animado em saber que a intri?nseca vai republicar em edic?o?es especiais as obras dessa renomada escritora, pretendo completar a colec?a?o obviamente hahahaha.

As problema?ticas abordadas no livro sa?o super interessantes, mas confesso que gostaria de ter visto a obra focar um pouco mais na personagem de Melinda. Mesmo a escrita sendo em terceira pessoa, a escritora optou por colocar o Vic como o centro do enredo em geral. No?s vamos acompanhar as desiluso?es dele, os problemas na relac?a?o com a esposa, o dever de sempre ser o certinho e o bonzinho perante a sociedade, mas isso acaba se tornando um pouco artificial e na?o muito orga?nico.

Enfim, recomendo fortemente o livro para os amantes de thrillers psicolo?gicos, mesmo esse sendo um pouco diferente da metodologia usada em geral dos thrillers.
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Mendonca_mai 01/04/2022

DECEPCIONANTE...
Bom, a premissa é realmente intrigante, e sem dúvidas tinha muito potencial, no entanto foi bem maçante, era muito mais fácil sentir empatia pelo Vic do que pela Melinda, os personagens não eram nada cativantes, e o final muito superficial, visto que, o livro inteiro era bem detalhista, porém muito monótono.
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Ana 20/01/2021

Sobre águas profundas!
Bom, realmente foi um livro muito indicado, mas que não me surpreendeu positivamente em algumas partes! Achei que o livro teve três grandes momentos, mas que a história entre eles não foi tão envolvente. Gosto muito de livros que você não consegue deixar de ficar curioso de um capítulo pro outro, mas esse não é o caso de águas profundas, eu conseguia facilmente ler um capítulo por vez! É uma boa história, mas que não me deu vontade de ler toda sem freio.
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@vcdisselivros 04/10/2022

Chá de sadismo
O QUE VOCÊ PRECISA SABER

° Vic e Melinda são um casal fora do convencional. Melinda pode ter quantos amantes quiser, na frente de quem quiser, o importante é ela voltar para a casa no final do dia, pois nem o mesmo quarto eles dividem mais;

° Com o passar do tempo Vic começa a se incomodar com os homens escolhidos pela esposa, ele acha que ao menos ela deve se limitar aos inteligentes, mas ela parece pegar os mais cretinos para o irritar;

° Em uma tentativa de afugentar tais amantes, Vic assume a autoria de um assassinato, de um antigo amante de Melinda que sumiu sem deixar rastros. Por mais que não seja verdade, a notícia se espalha rápido;

° Tudo leva a crer que a vida do casal irá voltar ao normal agora que Melinda não consegue arrumar mais amantes, mas um dia, a mentira de Vic cai por terra quando o verdadeiro assassino do homem é detido;

° Tentando se provar, Vic inicia um jogo de manipulação psicológica e sangue, se afundando cada vez mais em segredos. Aos poucos as coisas saem do controle, revelando até onde o cidadão modelo é capaz ir para manter a esposa.

POR FIM

A autora, Patricia Highsmith, cria os personagens de tal modo que aos poucos vamos nos ressentindo e sentindo forte repulsa. Melinda é odiável, renega os cuidados básicos da filha, esquece de buscar a menina nos lugares e pouco se importa com o dia a dia da menina, que segundo ela, só serve para irritar. Ela vive para os amantes, bancando jantares, bebidas e outras coisas com o dinheiro do marido.

Já Vic se mostra um bom pai, dando atenção e se preocupando com a filha, tendo um bom convívio e sendo seu responsável integral. A criança sabe que os pais fogem do convencional e parece aceitar bem os boatos que escuta sobre o pai, afinal, ela também não gosta de muitos dos homens que a mãe traz para casa e como nenhum dos adultos tomam partido fica no meio dessa constante briga de ego do casal.

Essa relação híbrida não é vista com bons olhos na cidade e entre os amigos, já que Melinda faz questão de convidar os amantes para as festas em que vai com o marido. Se de fato o acordo estivesse dando certo tudo bem, problema deles, mas está claro que o casal não se ama e que ela faz isso para despertar alguma reação/emoção em Vic, ferir o orgulho dele. Enquanto isso, ele segue fingindo normalidade e passa a concentrar esse ódio em outras partes.

O final é controverso, pode-se imaginar que depois desse histórico as coisas não acabam bem e a autora testa bem os limites, entregando um ambiente desconfortável, mas que nos prende por manter em alta a curiosidade, deixando no ar um grande: Onde isso vai dar?
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Daniele 14/01/2021minha estante
Sua resenha me fez querer ler, mas estou achando que tem uma semelhança enorme com Verity...só lendo para eu descobrir rs


Claire Scorzi 14/01/2021minha estante
Quando bem jovem eu costumava ler Patricia Highsmith numa boa, até agora. Os anos - décadas rs - passaram e agora, meu problema com ela é simples: ela parece aprovar tudo o que eu desaprovo. Não desce.


Claire Scorzi 14/01/2021minha estante
Quando jovem eu costumava ler a autora e até gostava. As décadas passaram e agora meu problema com ela é simples: PH parece aprovar tudo o que eu desaprovo. Não desce.


Sueli 14/01/2021minha estante
Daniele, leia. A reflexão através de realidades não vividas, algo que podemos experimentar através da boa leitura, sempre vale a pena. ?


Sueli 14/01/2021minha estante
Claire, cheguei em determinado ponto do livro imaginando que terminaria como "O Talentoso Ripley", escrito por ela, mas que não li, apenas assisti só filme ?. Eu estava desanimada, porém fiquei maravilhada quando percebi um novo caminho, magistralmente aberto e sem que eu me desse conta, conduzido por PH.
Foi meu primeiro livro da autora. Fiquei com medo do final, mas adorei a narrativa.
Abraços!


Magali 05/03/2021minha estante
Oi Sueli, amo suas resenhas, já li vários livros baseados nelas. Infelizmente não conheço pessoas para que gostem de ler, então fico procurando aqui no skoob e em outros lugares, mas geralmente vc tem sempre uma dica ótima


Sueli 05/03/2021minha estante
Magali, eu também tenho grande dificuldade em encontrar leitores nos meus círculos de amizade próximos. Nem mesmo com o meu marido consigo conversar sobre os livros que lemos, pois ele quase sempre esquece detalhes para trocarmos impressões, embora todas as vezes em que ele consegue lembrar o título de determinado livro, as dicas são boas. Infelizmente, as pessoas próximas a mim não lêem tanto, mas o importante é que temos o Skoob que aproxima os apaixonados por livros, não é mesmo? Obrigada pelo retorno. ???


oLola 06/03/2021minha estante
muito interessante seu ponto, sueli. obrigada!




Enillaa 26/09/2023

"Quando eu não gosto mesmo de alguém, eu o mato"
Tinha tudo para ser uma ótima história, porém ficou muito exaustivo.
A trama é muito boa, mas falta algo surpreendente. A frieza do Vic é estranha e as atitudes da Melinda nem se fala .
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Maíra Marques 10/04/2022

A premissa é boa, mas a história é arrastada e cansativa, e o final corrido (e previsível). Já assisti ao filme, o desenvolvimento foi diferente, mas senti falta de profundidade psicológica nos dois (de retornar ao passado e entender como o casal se tornou assim).
Quero ler outras obras da autora, contudo esta não entrará na lista dos que recomendo, apesar de não ser ruim, só é ok.
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Bruna Garret 08/01/2021

Um livro que instiga o pior de nós
4,5 estrelas + favoritado

Nunca em toda a minha vida, eu tinha lido um livro como ?Em Águas Profundas?. É um thriller psicológico completamente manipulador que te faz odiar aqueles que estão certos e apoiar os que estão errados.

Foi um livro desconfortável, angustiante e surpreendentemente bom. Ao longo da narrativa, vi pequenos detalhes estrategicamente inseridos ali que diziam o tipo de pessoa que Vic era, e me deixei cair nos detalhes manipuladores que me fizeram gostar dele e até torcer para que ele tomasse uma certa providência em relação a algumas situações ao longo do livro.

Com exceção do Vic ? e olhe lá ?, 99% dos personagens apresentados no livro são completamente detestáveis e acredito que esse seja um, dentre tantos outros motivos, que faz com que o leitor simpatize com o protagonista e torne-se cúmplice de tudo o que ocorre ao longo da leitura (muitas vezes até torcendo silenciosamente para o lado errado e cruzando os dedos discretamente para que ele saia impune de tudo o que cometeu).

É um livro que instiga o que há de pior em nós e, se alguém lhe disser que não torceu pelo vilão em momento algum durante a leitura, essa pessoa provavelmente está mentindo.

O início do livro é um pouco arrastado, mas que pra mim fez muito sentido porque é necessário toda a contextualização para entender o casamento que o Vic e a Melinda possuem. Depois da primeira morte, o livro anda e não para mais, mas não da forma como você imagina.

Em duas situações descritivas, fiquei bastante angustiada porque, diferente de outros livros de ficção, este livro parece retratar tão bem a realidade de alguns crimes reais, que na hora me lembrei de uma frase dita por Ted Bundy que caiu como uma luva no decorrer dessa história: ?Nós, serial killers, somos seus filhos, seus maridos e estamos em toda parte?.

O livro me tirou 100% da minha zona de conforto. Ele me fez ser cúmplice de um psicopata, me fez ficar enojada com meus próprios pensamentos e desconfortável em determinadas cenas. O final, no entanto, deixou a desejar e é apenas por esse motivo que minha nota é de 4,5 estrelas e não 5 estrelas.

Dito isso, recomendo demais a leitura e estou extremamente feliz que este tenha sido o meu primeiro livro de 2021.
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Karina 21/06/2021

História arrastada
Não gostei da história apesar dos personagens e cenas serem bem feitos. É uma história bem arrastada e sem emoção
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Mayara 09/01/2021

Em águas profundas
As primeiras 100 páginas do livro são muito arrastadas mas depois fica empolgante. A mente humana realmente é muito complexa e em muitas partes tentamos entender o comportamento dos personagens, o que não é nada fácil. É um bom livro. A pior parte pra mim foi a negligência do casal com a filha no decorrer de toda história.
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melbernardoo 09/07/2021

Simpatizei com o doido
A escrita da Patricia Highsmith é super envolvente! Durante muitos momentos eu cheguei a questionar as atitudes do Vic mas no fundo eu estava do lado dele, e odiava a Melinda. Amei esse livro, quero ler todos dela ??
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Allison Feitosa 13/04/2021

Você se sente parte de um relacionamento abusivo!
Que perturbador! A escrita da Patrícia te faz sentir um personagem. Sentir todas as dores, os lamentos, te faz quase ter compaixão pelo protagonista. Cheio de personagens excêntricos é que possuem, sob a superfície, seus graus de loucura.
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liriel6 16/05/2021

Me tornei cúmplice
Nunca tive a experiência que tive nesse livro. Eu me vi tendo a sensação de "querer ajudar" o Vic encobrindo seus erros e isso foi muito bizarro. A construção dos personagens é muito boa, porém, não foi um livro que me prendeu. Esperava mais.
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