Os Pássaros

Os Pássaros Frank Baker




Resenhas - Os Pássaros


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César Augusto 12/09/2023

Os pássaros
Através de lembranças contadas para sua filha Anna, o narrador octogenário revive a Londres de 1935, quando a vida de todos foi modificada com a chegada repentina e misteriosa de milhares de pássaros, que começam a atacar os seres humanos de forma gradual e isolada, até chegar a um ápice apocalíptico. Nesse intervalo, o narrador relembra seus conflitos morais e sociais, a relação com a mãe Liliian, sua paixão pela imigrante russa Olga e suas confusões de natureza sexual. O livro de Frank Baker, lançado timidamente em 1936, só foi redescoberto após o filme hitchcockiano "Os pássaros", de 1963, baseado num conto de Daphne du Maurier com argumento idêntico, gerando uma celeuma que acabou não vingando. A narrativa é extremamente intimista e por vezes muito detalhista, o que pode deixar a leitura cansativa, mas na parte final consegue ser mais ágil e angustiante.
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Natália Tomazeli 03/09/2022

Uma obra-prima pouco conhecida
"Essa era a superioridade da Alma, estar sempre atenta às atividades e ao comportamento da essência física. Pois, caso essa estrutura material se desviasse para uma atividade inconsciente, seu mecanismo perfeito seria violado. Qualquer coisa feita sem a consciência da Alma era energia desperdiçada."

Um dia, os pássaros tomaram conta da cidade de Londres, inesperadamente e sem explicação. Eles observaram os cidadãos e se manteram ali até o dia em que exterminaram a população humana. Agora, anos depois, quem conta para o leitor como tudo se sucedeu é o pai de Anna, um velho senhor que sobreviveu a tudo isso, que está bem longe de ser um narrador convencional. Ele é muito íntegro, sincero, crítico e inteligente.

Considerei essa uma das melhores leituras do ano de 2021 por diversos motivos. "Os Pássaros" foi publicado em 1936 e segue sendo muito atual. O mundo dessa época não conhecia televisão e muito menos internet, não tinha uma tecnologia muito avançada e ainda não estava a par de muitas coisas que vivemos no século XXI. Mesmo assim, o mundo anterior à chegada dos pássaros pouco se difere do de 2021. Muita coisa se manteve na mesma esfera social do que quase um século atrás. Isso me deixou bastante pensativa. O quão irônico é sermos hoje uma sociedade tão evoluída tecnologicamente e ainda tão atrasada em valores sociais e dogmas?

O narrador do livro (e consequentemente Frank Baker) usa de sua obra pra criticar convenções sociais, políticas e religiosas. O mundo posterior aos pássaros se mostra muito diferente do anterior, renovado e livre, sem as prisões sociais que vivemos ainda hoje. Assuntos como guerra, sexualidade, casamento, papéis sociais e capitalismo são criticados de uma maneira tão sagaz e tão inteligente que me senti vivendo numa distopia. Espera, deixa eu reformular: a gente vive numa distopia, a gente vive no cyberpunk todinho!

Esse é um livro de enorme potência. Um grande desabafo de um jovem que estava cansado de viver em uma sociedade tão engessada e opresora, que se prende em estigmas sem sentido e em prioridades que nada contemplam a real essência do que é viver. Um livro com certa nostalgia e melancolia, que usa da honestidade para transmitir ao leitor todas as amarguras que significam viver em sociedade nesse nosso contexto. Excelente!
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Julia 22/07/2020

Esse é o caso de Os Pássaros (DarkSide Books, 2016), escrito e publicado por Frank Baker em 1936 e revisado pelo próprio em 1964, um ano após a estreia do famoso filme dirigido por Alfred Hitchcock. Aliás, sua adaptação possui ares misteriosos, já que, no filme, a história é atribuída ao conto publicado por Daphne Du Maurier, e não ao livro de Frank Baker.
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Jana 28/05/2020

Os Pássaros
Achei um tanto arrastado e confuso, mas certamente é um livro cheeio de alusão a muita coisa atual, os próprios pássaros são. Pra que. Gosta do estilo fantasioso com crítica social, vale a leitura.
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Gi Gutierrez 13/05/2018

Li esperando ver nas suas páginas o filme de A. Hitchcock... o que encontrei foi uma grata surpresa.
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Grumpy Readers 12/02/2017

Não tem nada a ver com o filme
Expectativa: Pássaros atacando do nada, espalhando o terror... Grupo de sobreviventes tentando sair da cidade em meio ao caos. Qualquer coisa nessa linha.

Realidade: Bandos de pássaros invadem Londres e ficam por lá. Atacam alguém ocasionalmente, mas, no geral, só ficam por perto fazendo terror psicológico. O livro se passa em Londres, mas o fenômeno acontece em escala mundial. O personagem principal, agora na velhice, e vivendo em um mundo livre de tensão e vícios, conta sobre os dias antes de a humanidade ser dizimada pelos pássaros à sua filha. Relembrando sua juventude, ele filosofa sobre tudo: natureza, cotidiano, sexo, política, a vida em geral...

Um bom livro, mas mais recomendado para os fãs de um Hermann Hesse que de um Stephen King.

site: http://grumpyreaders.blogspot.com/2017/02/resenha-os-passaros-frank-baker.html
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Galáxia de Ideias 16/02/2018

Um clássico que merece ser lido

Os pássaros, um número muito maior do que até então costumavam ser vistos, a princípio apenas observam a cidade e sua população, que os acha bonitinhos e graciosos. Eles, porém, adoram sujar tudo com seus excrementos e até mesmo incomodam mais do que seria aceitável.

Até que uma mulher, em uma cabine telefônica, inesperadamente morre de causas não reveladas.

Pelo menos até um jovem nos seus vinte e cinco anos e com uma vida regrada e trabalhadora descobrir, tarde demais, que o objetivo dos pássaros é muito mais sinistro do que o princípio sugeria e agora ele tem de descobrir o que há por trás disso. Contando com a ajuda da soviética Olga, que será uma peça chave para o que virá.

Se ele vai descobrir, o único modo de saber é embarcando na aterrorizante jornada criada por Frank Baker em um livro que se tornou por merecimento um clássico do terror. “E o cinema?

Essa provavelmente era a diversão mais influente oferecida aos homens e mulheres. Como o rádio, poderia ser usufruído a quase todas as horas do dia, embora, diferentemente do rádio, não ficasse dentro de casa. (Tenho certeza de que logo estaria. No meu tempo, eles estavam encaminhando nessa direção.) Um homem tinha que ir a teatros especiais para conseguir este tipo particular de fuga da realidade.

Eu sei que o meu post dessa semana deveria novamente vir da Argentina. Porém, escrevendo um novo livro, um terror com vampiros já todo formado na minha cabeça, me veio a vontade falar de um dos melhores, porém mais incômodos, livros que li em 2017.


Antigo? Sim. Atual? Igualmente. A construção da minha fala, pelo menos no ponto de vista de um purista da língua portuguesa, soa contraditória e até sem sentido. Garanto, entretanto, que faz muito. Muito mesmo, ainda mais quando o autor descreve, com uma minúcia que muito bem poderia ser a nossa realidade em 2018, a vida real da Londres de 1935.

O pior de tudo, porém, é que, desde o começo do livro, sabemos que o protagonista e narrador, nessa ocasião um homem nos seus oitenta e cinco anos, há sessenta vive em um mundo completamente arruinado cujas profundezas nunca chegamos realmente a desvendar. O que sabemos, porém, é suficiente para nos perguntar como o mundo se reergueu depois do “advento dos pássaros”, ainda mais quando fica implícito que a maioria das coisas que conhecemos como o básico não mais existe. Como uma distopia daquelas que hoje são livros tão comuns. Considerando que isso fica claro desde o início do livro, não considero spoiler, porém, como tudo aconteceu é sim, por isso não posso detalhar como eu gostaria. Posso comentar, entretanto, que a cena é aterradora, digna de um filme de terror. Bem pior que no filme de Hitchcock.

O mais aterrorizante, porém, é bem mais que só a ameaça dos pássaros. É a capacidade das pessoas de não levarem a vida a sério quando realmente precisa. A falta de iniciativa da maioria em mudar o que está errado. Não assumir o que realmente sentem. Serem capazes de se permitir declinar pelo ritmo da falta de moral do mundo. Tudo isso, somado a uma narrativa em primeira pessoa que intercala passado e presente, torna a leitura uma excelente experiência, mas também incômoda até não poder mais. Inclusive eu demorei a terminar o livro porque me identifiquei muitas vezes com o narrador e identifiquei várias situações da vida real que não raras vezes me alteram o humor. Fica difícil pensar sem sentir mal e assustado em como as pessoas no livro simplesmente não se davam conta do perigo em volta delas e só tarde mais é que elas foram notar.

Outros, e certamente os mais aterrorizantes, pontos da trama são: de onde vem os pássaros e o que eles realmente são? Durante boa parte da história o autor apenas diz que tentaram capturar, espantar ou matar os animais, mas que não fizeram sequer um arranhão. No entanto, duas cenas do livro dão uma séria pista, ou esclarecem, sobre do que realmente se tratam os pássaros e isso é o que mais realmente assusta o leitor, pois ninguém teria pensado em uma (quase) solução tão inacreditável, mas ao mesmo tempo tão cheia de sentido. De tal forma que você fica pensando no livro um bom tempo depois de ler.

Não apenas fica pensando na leitura, mas também apreciando a edição caprichadíssima da Darkside Books, com sua lombada em preto e branco e o corte das folhas pretas. Isso sem contar as folhas amareladas e o excelente espaçamento da fonte que está em muito bom tamanho e igualmente confortável para a leitura.

Sei que o texto ficou mais curto do que geralmente faço, de novo, mas apesar de Os Pássaros ter me marcado bastante, falar dele não dá nem um terço do que realmente vocês podem esperar do livro. Mas posso deixar um aviso: se avistar um pássaro estranho, não abra a janela.


Resenha postada originalmente no Blog Galáxia de Ideias - Escrita por Renata Cezimbra

site: http://www.galaxiadeideias.com/2018/02/resenha-os-passaros-frank-baker.html
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Valeria.Mattioli 10/05/2017

Arrastado que dói...
Pássaros? Morte?? Mistérios? Cadê isso?? Perdi alguma parte do livro e não tô sabendo? Totalmente diferente do filme, e a única coisa que consigo ter certeza é da chatice que foi ler esse livro. Me entediei do começo ao fim.

Os pássaros são personagens secundários nessa história, e a única coisa que fica claro é que você precisa lidar com os seus medos e enfrentá-los, ou, deixar os pássaros fazerem o que tem que ser feito. Do resto, o livro é uma crítica social da sociedade trabalhista. Ponto final!!

Por incrível que pareça, o que mais me prendeu na leitura foram os diálogos entre o pai da Anna (já até esqueci o nome dele haha) e Olga. Essa sim, uma personagem misteriosa e cativante, que deveria ter ganho um papel bem melhor nesse livro.
Alexander 01/06/2017minha estante
Esperava muito do livro. Confesso que até a primeira metade a história me agradou bastante, principalmente a contextualização do ambiente em que o narrador vivia. Gostei muito das descrições da sociedade em geral, bem como das angústias e dos problemas do personagem principal. Os relatos sobre o chefe, os colegas e o trabalho em si são positivos. A "chegada" e os primeiros problemas decorrentes dos pássaros também me agradou. A relação dos pássaros com os medos de cada um é interessante, só não esperem terror! O problema da história começa quando da ida do personagem ao campo e do posterior encontro com Olga. Tudo começou a ficar muito arrastado demais. A história perdeu o foco. Das 4 estrelas iniciais, o livro consegue apenas 3. A edição da Darkside sim, é maravilhosa! Simplesmente perfeita.




Erika 10/05/2017

Os Pássaros foi escrito em 1936 por Frank Baker e após, foi transformado em filme pelo aclamado diretor Alfred Hitchcock, em 1963. No entanto, o livro possui muitas diferenças em relação ao filme.

Essa edição está muito caprichada, como é comum da editora Darkside Books. A diagramação é ótima e espaçada, com a folha de guarda com imagens de penas brancas em um fundo dourado, que combina muito com os detalhes da capa. Falando nisso, a capa é dura e lindíssima!

O narrador nos consta sua história através de um relato que faz a sua filha anterior a catástrofe. Nos inserindo em um cenário da Londres pré-guerra, vai nos apresentando como funcionava tudo naquela cidade antes dos Pássaros aparecerem em grupos de milhares sobrevoando a City e agoniando a todos com seus costumes misteriosos.

Nesse ínterim somos apresentados a alguns personagens da trama, que infelizmente são pouco aprofundados, como sua mãe e seu insuportável chefe. No início do livro, até as cem primeiras páginas, estava bem presa à história, acreditando que logo tudo se transformaria em caos e ação, e tentando encontrar o suspense prévio. No entanto, o relato do narrador é pacato e somente me levou a sentir uma pequena curiosidade.

Dessa forma, a história foi se arrastando, o narrador mais concentrado em explicar à sua filha uma realidade que é diferente da que vivem depois da vinda dos pássaros. Inicialmente todos julgavam esses animais divertidos, mas aos poucos notaram o perigo que representavam. Afinal, de onde seriam esses bichos astuciosos e aparentemente inteligentes? Qual era o seu objetivo?

Quando finalmente o momento crucial chegou, o ataque dos pássaros (isso não é um spoiler), eu já estava cansada de tanto ouvir das andanças do protagonista pela cidade e com isso a ação desse momento final me pareceu sem emoção nenhuma. Depois do meio do livro a leitura passou a ser vagarosa e tive a impressão que estava sendo enrolada. O saldo final não foi positivo, o que é uma pena, pois com uma edição tão linda, estava a preparada para ser fisgada pela história.

site: https://literaturativa.wixsite.com/blogfolheando
Bruno Oliveira 03/10/2017minha estante
Senti o mesmo, o livro quase me matou de tédio com tanta descrição inútil.


Amanda 20/12/2017minha estante
Gente do céu, eu tô me sentindo lendo "O apanhador no campo de centeio", que você espera, espera e... tá. Cadê? Tô na página 107, seriamente pensando em não perder mais meu tempo com esse livro.




Kelvyn 15/05/2017

Objetivo Velado
O livro é muito bem escrito. A forma com que o autor expõem sua linguagem e formula frases e divagações é ótima. Porém isso não significa que seu conteúdo em si seja da mesma altura.
O tema "apocalíptico/pós-apocalíptico" do livro não passa de um pretexto para o autor colocar as divagações e aflições do personagem à tona (que na verdade é, em boa parte, uma personificação do próprio autor em sua juventude). O livro é basicamente estas divagações, aflições e observações da fragilidade, imundícia e deformidade da sociedade decadente da época. Ações reais dos pássaros, carnificina e "fim do mundo" se reservam a apenas uma dezena de páginas finais.
Resumindo: é bem escrito, mas com um objetivo velado que se esconde por trás de um suposto tema que vende mais.
Lê-lo sem essa visão de uma obra voltada para o suposto tema "apocalíptico" talvez fosse o mais apropriado. E o fechamento é interessante o suficiente para tornar o livro ao menos mediano no que tange a sua história em si.
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@plataformadolivro 20/11/2016

Comecei a ler com a expectativa de um romance, como no filme, mas é mais um relato de um pai para uma filha. Hitchcock não adaptou a história em si para seu filme, apenas a concepção central.
O narrador é um sobrevivente doa ataques dos pássaros em Londres e acompanhamos com ele a chegada dos pássaros, e o pavor que assola a cidade em suas perseguições e ataques. Ninguém sabe dizer de onde vieram nem o porquê de agirem de tal forma. As pessoas que tentavam atacá-los acabavam machucadas enquanto eles saíam ilesos.
“Ninguém até então havia sido capaz de matar ou capturar uma daquelas pragas. Pelo contrário, um considerável número de pessoas engajadas em combatê-las tinha morrido.”
“É uma coisa que não pode ser compreendida, podemos apenas nos assombrar a seu respeito.”
O autor nos faz viver os dilemas mais profundos do personagem. Mais para um suspense que terror, o livro nos remete a um caos apocalíptico onde através de uma lenta e descritiva narrativa, o narrador nos leva a diversos momentos de sua vida.
“Era perda de tempo olhar um segundo que fosse para o passado; tudo isso já estava morto.”
O livro não possui divisão por capítulos, mas é dividido em três partes: o que torna bastante difícil interromper a leitura. Nas últimas 20 páginas melhora consideravelmente e nos passa uma lição: devemos encarar nossos medos de frente para que eles não nos atormentem mais.
Bruno Oliveira 03/01/2017minha estante
Estou lendo, mas achando um saco, é descrição que não acaba mais e o protagonista não tem nada de interessante nem em si, nem em sua perspectiva sobre o mundo.




Déia 08/12/2022

Embora eu tenha achado uma leitura muito agradável, pra gosto do cenário, eu achei que faltou um pouco mais sobre o pós, o depois da queda. Enrolou muito em algumas partes e o final ficou a desejar. Mas, apesar de tudo, eu recomendo a leitura, me fez querer saber um pouco mais.
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