O Homem de Azul e Púrpura

O Homem de Azul e Púrpura V. M. Gonçalves




Resenhas - O Homem de Azul e Púrpura


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Aparecido.Oliveira 21/12/2016

Resenha de um leitor fascinado pela cultura e mitologia brasileira
Este livro segue uma linha de raciocínio tal qual Tolkien fez em seus livros. Vilson fez uma façanha tão formidável quanto o autor internacional. Vilson pensou em tudo nos mínimos detalhes, toda a geografia do mapa, cada povo e seus alimentos, suas vestes, culturas...Mas creio que a história não deve terminar por aí...Esse mundo genial criado pelo autor com certeza tem muito mais a ser explorado...espero pelos próximos livros. Esta obra deveria ser reconhecido pelo mundo todo e já estar na lista dos maiores clássicos do Brasil.
Aparecido.Oliveira 21/12/2016minha estante
undefined




Laís Helena 27/08/2016

Resenha do blog Sonhos, Imaginação & Fantasia
O Homem de Azul e Púrpura é o primeiro volume da série A Canção de Quatrocantos, de Vilson Gonçalves, e apresenta ao leitor um mundo muito bem construído — e muito criativo, conforme já destaquei na resenha de O Rei Amaldiçoado. Ao longo do livro, acompanhamos Yuruy Wayra em mais uma de suas grandiosas viagens.

Se você ler a resenha de O Rei Amaldiçoado, vai perceber que eu gostei bastante da proposta, especialmente pelo universo criado pelo autor, que foge completamente do cenário medieval que estamos acostumados (e às vezes cansados) de ver em livros de fantasia. Porém, não gostei de O Homem de Azul e Púrpura tanto quanto de O Rei Amaldiçoado. E o principal motivo foi a narrativa.

O Homem de Azul e Púrpura tem narrador onisciente em terceira pessoa, então, além de Wayra, também podemos conhecer o ponto de vista de outros personagens, como Pukakiru e vários outros que aparecem ao longo do livro. Mas o principal problema da narrativa não é a escolha do narrador onisciente ou da terceira pessoa, e sim o fato de ser essencialmente descritiva. Ou, mais especificamente, o volume delas. Temos descrições sobre tudo: sobre as roupas, as pessoas, comidas, construções, costumes. E, embora elas sirvam para apresentar um universo tão detalhado e tão criativo, prejudicaram bastante o ritmo: eu não conseguia ler mais do que algumas páginas por vez.

As partes em que havia narrativa não me empolgaram muito, também. O autor conta muito, em vez de mostrar, e por esse motivo eu não consegui me sentir dentro da história, e nem me sentir impelida a virar as páginas para descobrir o que viria a seguir. Isso acabou prejudicando um pouco os personagens, também: não há muito espaço na narrativa para que eles mostrem quem são (mesmo os diálogos, em sua maioria, servem para apresentar o universo).

O enredo não me empolgou muito. Antes de ler, eu não esperava um enredo premeditado, com vilões ou antagonistas perseguindo o protagonista com um motivo específico, e sim uma aventura, em que um viajante caminharia pelo o mundo encontrando perigos e conflitos que não necessariamente estivessem conectados um ao outro — um tipo de enredo de que também gosto muito. E o início do livro, ao mostrar (ou mencionar) uma guerra, aumentou ainda mais minha expectativa quanto a esse tipo de narrativa. Entretanto, senti falta de conflito. Não de ação propriamente dita (nem só de batalhas e mortes se faz um livro), mas de conflitos em geral, daqueles momentos em que tememos o que pode acontecer com um personagem a seguir. Especialmente pelo fato de Wayra estar viajando na companhia de várias pessoas e passando por diferentes locais e com culturas bastante distintas, o que traria bastantes oportunidades de conflitos.

No fim, o que realmente me agradou nesse livro foi mesmo o worldbuilding. É bastante perceptível que Quatrocantos foi construído nos mínimos detalhes. Vilson pensou em tudo: fisionomia, vestes, comidas, na sonoridade dos nomes (tanto que é bem fácil ver que cada conjunto de nomes pertence a uma cultura diferente), na organização de cada sociedade. Além disso, todos os elementos foram pensados de forma bastante criativa, que fogem bastante daquilo que se costuma ver em outros livros de fantasia.

Alguns erros de digitação escaparam à revisão, entretanto, não foi nada que prejudicasse o entendimento ou a leitura.

Em resumo, O Homem de Azul e Púrpura é um livro que me encantou pelo cuidado com o worldbuilding, mas que não me ganhou na narrativa e no enredo. Se para você o ritmo da narrativa não é muito importante, certamente é um livro que eu recomendaria. A viagem por Quatrocantos valeu a pena, e eu certamente leria mais contos de Vilson Gonçalves.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2016/08/resenha99.html
comentários(0)comente



Lara 07/07/2016

Fantasia com gosto de casa
Primeiramente, fora Temer.
Dito isso, quero informar que só procurei esse livro depois de ler Pindá, na revista Trasgo, e que se você ainda não leu, pare essa resenha e vá agora!
Capturada tal qual pokemon selvagem pela escrotice heróica de Pindá, fique bem chateada quando vi que esse livro não falava das guerreiras que eu conhecia pouco e já considerava pacas.
Mesmo assim, resolvi dar uma chance ao protagonismo masculino (#cansada) e ler essa história.
Resultado: AMAY.
Os personagens são muito cativantes e te dão a sensação de conhecer algo que tu achava que conhecia. As descrições são maravilhosas (destaque aqui para a malemolência e sensualidade).
Não quero dar spoilers, até porque o livro é curtinho e tá baratinho na Amazon, estão você pode ir logo e ler duma veizada só.
Fica minha singela indicação e meus desejos por um segundo volume explorando esse universo maravilhoso.
comentários(0)comente



Daniel.Silva 30/06/2016

Rico!
Esse livro é muito rico em detalhes. Várias culturas se misturam ao decorrer do livro, contando detalhes muito bem elaborados nesse universo de Quatrocantos...
Linda obra. Recomendo de Coração.
comentários(0)comente



Mila 12/11/2015

Fantasia nacional bem elaborada
Adorei o texto do autor e a maneira que ele definiu e criou esse novo mundo, bem como seus inúmeros personagens. A história é extremamente bem trabalhada, muito bem amarradinha e com muitos detalhes que a tornam interessante.
Nomes de pessoas, cidades, tribos, objetos, lendas, vestimentas... enfim, tudo o que envolve o mundo de Quatrocantos me parece ter sido elaborado com extremo cuidado, extrema atenção. É bonito ver um autor brasileiro com tanto talento no âmbito da criação de mundos na fantasia.
Tirei uma estrelinha da avaliação por um motivo muito simples e, com esse comentário, deixo a sugestão para os próximos capítulos da saga de Quatrocantos: falta conflito. Falta ação. Tudo está tão bem desenvolvido que fiquei com pena de terminar a leitura vendo apenas um pequeno conflito a 96% do livro. com a falta de conflito a narrativa acabou ficando horizontal. Ainda assim, não posso dizer que fiquei entediada. A escrita do autor é cativante e envolve o leitor, que viaja com Wayra, esperando vê-lo mais ativo na história.
Bom livro!
comentários(0)comente



Camila 28/06/2015

Fantástico!
(resenha completa no blog The Nerd Bubble)

Eu adorei várias coisas nesta história – como os diálogos e os personagens –, mas o que mais gostei mesmo foi que o livro nos transporta a um novo mundo que, apesar de claramente inspirado nas culturas indígenas do continente americano, tem suas próprias características e povos, e cada povo tem suas próprias particularidades e cultura. Vilson não criou apenas uma trama, mas, sim, um mundo completo e muito bem estruturado. A única coisa ruim nesse aspecto é que o livro é muito curto para que possamos conhecer o suficiente de Quatrocantos, mas é, com certeza, o bastante para nos apaixonarmos por essa terra e seus habitantes.
Além de uma imaginação incrível, Vilson também tem uma escrita fluida e competente, o que torna a leitura fácil e agradável, com um jeitinho de contação de história. (...) Outro ponto forte da história é que os povos, locais e personagens são apresentados de maneira natural e clara, de modo que é fácil para o leitor imaginá-los. As descrições dos costumes, comidas e artefatos também é ótima, tanto que até agora não sei bem o que foi inspirado no “mundo real” e o que é excluisivo de Quatrocantos.
Os personagens também são ótimos, críveis, cheios de defeitos e qualidades como todos nós; é fácil se identificar com eles, amá-los ou odiá-los (só tem um que achei odiável, na verdade).
(...)
Para mim, o único defeito foram alguns erros que deveriam ter sido consertados na revião, mas não é nada que atrapalhe a leitura – mesmo pra mim, que sou chata. Fora esses errinhos comuns em primeiras edições, não há mesmo nada que eu possa criticar; como disse antes, personagens, trama e escrita são excelentes, além de nos apresentar o rico e apaixonante Quatrocantos, que começa em O Homem de Azul e Púrpura e se alastra por diversos contos MARAVILHOSOS (sobre os quais falarei mais em breveno blog), e continuará no volume 2 das aventuras de Wayra, o qual estou aguardando ansiosamente!
Minha recomendação final não poderia ser outra: leia O Homem de Azul e Púrpura já e se apaixone por Quatrocantos você também!!

site: http://mynerdbubble.blogspot.com.br/2015/06/review-o-homem-de-azul-e-purpura.html
comentários(0)comente



Jana 27/06/2015

Quero Mais!
Desde o princípio da leitura, me impressionei com o profissionalismo da escrita e com a criatividade do universo do livro.

Além de fugir do lugar-comum dos universos medievais, Quatrocantos é um mundo espetacular por si só. Faz referências claras a civilizações pré-colombinas e tribos indígenas da América Latina, mas estas são apenas o ponto de partida pra um mundo ficcional maior e mais rico.

Para cada raça e tribo, V. M. Gonçalves descreve a aparência física, costumes, roupas, nomes, crenças... É difícil separar o que já existe nas civilizações usadas como base do que é criação do autor, tão bem detalhadas são as descrição das comidas, bebidas, bens comercializados, costumes, dia a dia e paisagens.

Os personagens também são bastante críveis, com personalidades comuns e pouco caricatas, o que me agradou muito. São homens e mulheres comuns, embora muito particulares. Os diálogos e pontos de vista de Wayra, o protagonista, fazem jus à fama que o personagem tem dentro da mitologia do livro: a de um homem justo, bom líder, simpático e aventureiro.

A única coisa que fez falta no livro é, talvez, uma das coisas que o faça tão incomum: falta uma trama maior, um conflito que tenha dado origem à partida de Wayra.

Isso, porém, não me incomodou a ponto de não dar cinco estrelas para o livro. A estrela não dada é por conta de outra questão: a história de O Homem de Azul e Púrpura não é suficiente para explorar toda a magia e a grandiosidade de Quatrocantos.

Felizmente, já tive a oportunidade de ler alguns outros contos passados no mesmo universo. Até por isso, não posso dar nota máxima ao primeiro capítulo da história de Wayra sabendo do que V. M. Gonçalves é capaz.

Espero ansiosamente o próximo capítulo de A Canção de Quatrocantos!
comentários(0)comente



Fran 23/04/2015

RESENHA O HOMEM DE AZUL E PÚRPURA, por Francélia Pereira.
Após muito pesquisar, após várias reflexões, Tolkien pôde compreender a essência da cultura europeia, com toda a sua diversidade de povos.

Em sua época, povos ancestrais ainda conviviam com a população nova, fruto de diversas disputas, invasões, mestiçagens e trocas culturais, feitas de boa vontade ou não.
A industrialização estava avançando de forma assustadora e Tolkien, com toda a sua sensibilidade, percebeu que o mundo antigo estava se tornando apenas uma lembrança; e antes que essa lembrança se apagasse completamente, ele decidiu registrar em uma obra monumental tudo aquilo que pôde descobrir e compreender sobre os povos europeus. Mas Tolkien não fez isso através de textos científicos, ele escolheu a linguagem da Fantasia para elaborar a sua obra, O Senhor dos Anéis, e a partir da realidade criou um universo paralelo, mascarando e enfeitando aquele mundo.

Talvez inspirado pela genialidade de Tolkien, Vilson Gonçalves fez algo parecido, ou talvez foi por inspiração da mesma Musa que soprou aos ouvidos do grande escritor; mas agora ela entoou uma nova canção, A Canção de Quatrocantos.

Guiados pela Fantasia, Vilson Gonçalves nos convida a viajar no tempo e conhecer o mundo em que viviam os nossos antepassados na América.

Assim como Tolkien, Vilson cria a partir de fatos reais todo um universo com sua magia, seus povos encantados e seu dia a dia que faz a existência parecer uma grande aventura.
No primeiro volume, O Homem de Azul e Púrpura, conhecemos Wayra (vento, em Quechua), um comerciante aventureiro que, através de suas viagens por Quatrocantos, nos mostra toda a magia de um passado que não podemos esquecer.

Nesse primeiro contato com o mundo de Quatrocantos, através da narrativa cativante do autor, entramos nessa realidade; e parece que o que nos aguarda nos próximos volumes são histórias cheias de magia e aventuras, em um contexto que começa a ganhar o espaço que merece na Literatura.

Em O Homem de Azul e Púrpura podemos ver de perto a diversidade de povos da América Ancestral. As guerras, as civilizações, os contatos entre os povos, as lendas, costumes, enfim, todo o passado das terras que hoje chamamos de América é revelado através das descrições do autor; mas não da forma como faria um antropólogo ou um arqueólogo, tudo isso é revelado de forma muito viva, e podemos mesmo sentir os cheiros, os sabores e até a textura das roupas descritas.

O autor criou novos nomes para os povos e localidades, mas algumas características e algumas palavras nos dão a dica da relação entre a fantasia e a realidade. Foram feitas algumas misturas entre culturas diferentes, gerando povos que são fruto da imaginação do autor e, pelas descrições, me pareceu que toda a história desse primeiro volume se passa na América do Sul, tendo como inspiração principal os povos de origem Inca, que vão interagindo com outros povos do continente Sul Americano, mas referências que remetem a construções e à cultura da América Central fortalecem a ideia de que na verdade a ambientação se passa em um universo criado pelo autor.

Talvez um leitor mais exigente sinta-se incomodado com alguns furos na revisão, mas isso não diminui a riqueza do conteúdo apresentado no texto.

A Canção de Quatrocantos é uma série que promete ser inovadora, e já começa muito bem com O Homem de Azul e Púrpura.

DESTAQUES:

"Os wayar acreditavam que a terra era uma entidade viva e caprichosa. Um homem podia trabalhar a vida inteira em um único local e tirar do solo o seu sustento, se o destino permitisse, mas reclamar a posse da terra era algo que só podia ser concebido como loucura, broma ou ainda como uma atitude pretensiosa, irreverente e ofensiva aos deuses. A própria menção de tal disparate poderia causar a fúria de entidades mais fortes que qualquer exército".
Cap. II – Além das Montanhas.

"Há gente que precisa abandonar a terra e se meter no meio da Grande Água para viver. Eles se acham sortudos, dizem que são ricos e que vivem como reis, mas o que isso quer dizer? Viver com a pele cheia de sal e areia, se arriscando no meio de piratas é viver como um rei?

E ser rico a que fim? Um homem perdido em um lugar isolado do mundo, sem terra ou família, sem comida por perto, pode comer pedaços de turquesa ou esmeraldas ou concha-das-ilhas? Que tipo de riqueza é essa? E, no entanto, eles fazem isso. Tudo isso aprece loucura. Mas não podem estar todos loucos.

Ou podem?" – Pukakiru.
Cap. V – Um mundo em uma jangada.
comentários(0)comente



8 encontrados | exibindo 1 a 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR