A Definição do Amor

A Definição do Amor Jorge Reis-Sá




Resenhas - A Definição do Amor


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Prisla 07/12/2023

Comecei achando que ia ser uma leitura bem arrastada, apesar ter tido algumas dificuldades acredito que acabou fluindo bem.

Estive curiosa sobre como Francisco iria lidar com as situações
me questionei. "Também ficaria chateada, provavelmente muito. Em que momento outros sentimentos passariam por cima desse?"...

Só não me pegou totalmente desprevenida o desfecho de sua história por que acabei vendo um spoiler aqui em um dos comentários e fiquei "não é possível"

Os assuntos tratados nas vésperas não foram prolongados, mas a cada uma ficava em choque

Terminei e fiquei processando, talvez ainda esteja, o desfecho que levou a história de Francisco e cada uma dos acontecimentos que consegui captar no livro
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Pomper 23/04/2020

Não leia
Se não estiver emocionalmente preparado pra um livro que causa um nó na sua garganta, não leia ?
Karina.Agra 18/09/2020minha estante
Bem isso mesmo.:. Acabei de ler e estou com esse nó na garganta.




Franciele 30/12/2016

Destruidor!
Nem sei bem o que dizer, ou que sentimentos esse livro me despertou. Tenho certeza que pensarei sobre ele durante muito tempo ainda ...
(O que falarei a seguir não é bem um spolier, pois acontece logo de cara, mas se vc não quiser saber, não leia!)
O narrador é Francisco, que nos apresenta o seu diário, em que relata o que lhe vem a mente a partir do momento em que recebe a notícia de que sua mulher sofre um "acidente" e fica internada durante muito tempo com o diagnóstico de morte cerebral, sem esperança de recuperação. O acidente (avc, se não me engano) é causado porque Silvana está grávida, coisa que Francisco ainda não sabia, e nem ela provavelmente.
Acompanhamos a dor de Francisco ao lidar com a perda da esposa e a chegada do filho, pois Silvana será mantida vida até que o bebê nasça.
Francisco é bem poético, ela fala várias coisas: sentimentos, medos, lembranças, e tudo o que lhe passa nesses momentos de limbo! É um livro maravilhosamente bem escrito. O autor divide o livro em dias e meses, e antes de cada mês ele nos presenteia com um capítulo "extra", ou bônus, que contém relados de pessoas e sua experiências com o amor. Essa estratégia foi maravilhosa, simplesmente! Cada um desses relatos é difícil, é desconfortável, e destruidor ...
Jorge de Reis-Sá é maravilhoso, quero ler qualquer coisa que ele escrever depois da experiência com esse livro!
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Pedro 27/08/2016

A definição do amor
A Definição do Amor, escrito pelo autor português Jorge Reis-Sá, narra de forma epistolar seis meses (de maio a outubro) da vida de Francisco, um professor de filosofia do 2° ano e pai do menino Andre, que passam por um momento difícil.

Susana, sua mulher, com quem é casado há quatro anos, sofreu um acidente vascular cerebral e teve morte cerebral. Como se não bastasse o luto pela perda irreparável, Francisco toma conhecimento de que a esposa não só estava a gerar um bebê como continua a gerá-lo e que a criança pode ser o culpado pelo acidente. Daí se inicia a batalha para manter com vida aquele ser num corpo que já não mais tem dona.

Francisco, viúvo e com um filho, passa a contar os próximos passos dessa gravidez nada planejada e inusitada. Para ele é duro perder a esposa de uma forma tão abrupta, sendo que seu corpo ainda resiste como se dissesse "eu ainda estou aqui, lutando para me manter. Não desejo partir, não agora". Para reforçar esse argumento, ele pensa ser o bebê o culpado de tudo.

Em uma narrativa fina, o autor nos transporta para a realidade de um pai, que a princípio descrer na existência de um deus, mas vai aos poucos perdendo essa ideia e busca conforto nele. Seus anseios acerca da criança que esta pra nascer coloca em cheque seu amadurecimento quanto ser e seus questionamentos em torno de sua capacidade de educar sozinho mais uma criança que, nem leite materno terá, vai aos poucos ganhando espaço em seus dias.

O final da obra é extremamente desolador. O que o personagem sente é plausível e entendemos a sua dor a cada notícia que recebe do hospital, a preocupação com as feridas que se forma no corpo de sua esposa, se os medicamentos para manter aquele corpo não vão afetar o bebê e tudo o mais.

A definição do Amor, não traz uma definição conforme um dicionário Aurélio, mas para quem gosta de livros profundos, saberá encontrar nas entrelinhas o que de fato é amor, quando ele nasce, quando se torna incondicional e da mesma forma quando é apenas "fogo de palha". Nas "vésperas" é que encontramos a diversidade da palavra "amor", cartas de pessoas ligadas ao casal.

A edição da editora Tordesilhas está excelente. A começar por essa capa que remete ao refinamento da escrita do autor, seguindo da fonte em excelente tamanho em folhas amareladas que ajudam na agilidade da leitura e finalizando sem erros encontrados na revisão. Ah, por falar nisso, a edição manteve sua escrita original, no português de Portugal, o que causa um certo estranhamento a principio, mas que logo se torna habitual.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br/2016/08/resenha-204-definicao-do-amor-jorge.html
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17/08/2016

Não é um livro para todos, mas é excelente
"As palavras na orelha do livro prometem um “desfecho desconcertante”. E a vontade de devorar “A definição do amor” só aumenta. Mas este não é um livro fast-food para ser devorado, e sim um fino espécime literário para ser apreciado aos poucos, capítulo por capítulo. A fome ao fim é saciada, mas a leitura rápida pode nos impedir de saborear todos os ingredientes do romance."

Leia a resenha completa na Revista Eletrônica Ambrosia!

site: http://ambrosia.com.br/literatura/definicao-do-amor-de-jorge-reis-sa/
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 19/07/2016

Leia!
“Não há outra maneira de permitir a distância que não seja deixarmos com quem amamos o que mais nos dói.” (página 187)

Em “A definição do amor”, temos uma parte do diário do professor de filosofia Francisco, começando exatamente no dia 5 de maio, uma quarta-feira que mudaria sua vida para sempre: o dia em que sua esposa Suzana passou mal no trabalho e, no hospital, foi constatado que ela estava grávida de 12 semanas e que essa gravidez poderia ter relação com o AVC que ela sofreu e que trouxe como consequência a sua morte cerebral.

Por estar grávida, foi decidido mantê-la viva por aparelhos até que o bebê tivesse condições de sobreviver fora do útero e, em seu diário, Francisco passou a relatar o sofrimento daqueles dias em que ele era viúvo de uma esposa cujo corpo ainda vivia.

As esperanças de que houvesse uma forma de reverter o quadro de Suzana, a revolta com Deus por ter permitido que isso acontecesse, as mortes de pessoas próximas e a obrigação de comparecer no enterro enquanto pensa que o próximo pode ser o da esposa, o aniversário do filho pequeno que o casal já tinha e que ainda era novo demais para ter noção do que estava acontecendo com a mãe, a dúvida entre levá-lo para vê-la no hospital ou não, o ódio pelo bebê que estava ainda no útero e que traria com o seu nascimento a morte definitiva de Suzana, a necessidade de ser capaz de se reerguer para ser um bom pai para os filhos que não teriam mãe, a casa vazia, as lembranças do passado... são tantas as dores que Francisco tem que enfrentar e que vai relatando em seu diário ao longo de quase cinco meses desde aquela fatídica quarta-feira.

No trecho abaixo, uma cena em que Francisco recebe uma ligação do hospital e teme receber a notícia de que Suzana tenha morrido, mas seu quadro tinha apenas piorado;

“Brincas comigo, Senhor Deus. Brincas comigo nas palavras da diligente enfermeira do turno da noite (onde andará a enfermeira Cristina?), a chamar-me a estas horas para a morte de uma mãe e de uma filha – e agora, diz-me Deus, como será se o telefone voltar a soar a meio da noite? Posso esperar nova chamada para a morte que se não revelou ainda ou a chamada da morte com um
- Faleceu a minutos a menina Suzana.
a que eu somo
- E a criança?
Deixando a enfermeira sem as palavras que já não tinha? Brincas comigo, Senhor, brincas comigo.” (página 57)

Eu já li livros onde há personagens que perderam entes queridos para a morte (seja de causas naturais ou suicídio), livros onde personagens tem parentes desaparecidos e vivem com a esperança de reencontrá-los e um conto sobre personagens enterrados vivos. Sei que sofrimentos não podem ser medidos ou comparados, mas acho que a situação apresentada em “A definição do amor” foi a mais dolorosa que li até hoje, pois Francisco não podia ter esperanças de reencontrar Suzana nem podia enterrá-la e se despedir definitivamente, pois seus órgãos ainda funcionavam. Ele havia perdido a mulher que amava e ela ainda estava viva de certa forma.

Mesmo com um tema tão forte, “A definição do amor” é um livro bonito e pelo qual vale a pena encarar a carga dramática, talvez o mérito disso seja a forma como Jorge Reis-Sá contou a história, como ele criou Francisco e como ele faz com que o leitor se afeiçoe ao narrador e queira acompanhá-lo até o desfecho da história, a forma como nos colocamos não no lugar, mas ao lado de Francisco, querendo ser seu confidente e alimentar com ele a esperança de que algo de bom ainda vai acontecer.

Além do diário de Francisco, há “capítulos” intitulados de “Véspera” onde lemos escritos de outros personagens, que fazem parte do passado da região onde mora Francisco, e onde as maldades e segredos sombrios deles são contados, como se para contrabalançar com a candura do amor de Francisco. Fazer com que nos liguemos ao cenário da trama também é um acerto de Jorge Reis-Sá, é fácil ser transportado para aquela rua portuguesa próxima ao cemitério, ainda que eu não tenha conseguido compreender nitidamente alguns personagens secundários e que uma certa questão presente nas páginas finais tenha ficado um pouco nebulosa para mim.

“A definição do amor” é um livro para qual não dei cinco estrelas no Skoob por pouco, muito pouco, pois Francisco merecia todas as estrelas possíveis! O fato de o livro ser escrito em Português de Portugal, é ao mesmo tempo algo atraente e problemático, traz um charme a mais para a nossa língua, mas também dificulta a compreensão de algumas expressões que não são usadas no Brasil, talvez notas de rodapé pudessem ser úteis.

“Todos sabemos como a pedra aguenta bem a terra que a natureza oferece – mas já não há muro que consiga resistir à ambição do homem.” (página 17)

Sobre a edição: a Tordesilhas fez um ótimo trabalho, a capa é muito linda e só por ela eu já quis ler o livro. Por ser em forma de diário, há páginas em que só consta a data e umas poucas linhas. A diagramação tem margens, espaçamento e letras de bom tamanho, as páginas são amareladas e não me lembro de ter encontrado erros de revisão, a menos que alguma palavra que pensei estar em português de Portugal tenha sido escrita errada.

Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Fica a minha recomendação para que leiam “A definição do amor”, pois é um livro que certamente vai sensibilizá-los e emocioná-los. Eu sou uma leitora que não gosta de livros tristes, mas mesmo assim gostei muito de “A definição do amor” pela forma como a história foi contada e como ela me cativou. Jorge Reis-Sá escreveu algo que merece ser lido por você!

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/07/resenha-livro-definicao-do-amor-jorge.html
jessicazanella 01/08/2022minha estante
Fiquei um pouco confusa no final também... seria Matilde filha de Fernando?




Paula 15/06/2016

Resenha completa no blog.

site: http://pipanaosabevoar.blogspot.com.br/2016/06/a-definicao-do-amor.html
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