A bicicleta fantasma

A bicicleta fantasma Karen Alvares




Resenhas - A bicicleta fantasma


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Sandro 09/04/2015

Um Terror de Primeira...
Quais as consequências do descaso com a lei e com respeito com o próximo? Descubra em A Bicicleta Fantasma que aqui se faz, aqui se paga...
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melissa 19/05/2015

Terror psicológico brasileiro de ótima qualidade
Criar terror das situações mais banais do cotidiano é o que mais gosto no terror psicológico. Essa técnica de pegar aquilo que todos conhecemos e tornar assustador tem em Stephen King seu maior expoente, mas vários autores conseguiram seguir essa linha imprimindo sua marca própria. No Brasil, acredito que Karen Alvares seja a autora que se sobressai nesse subgênero.

A Bicicleta Fantasma começa com um acidente: Alexandre, um motorista irresponsável, atropela um garoto numa ciclovia. No entanto, esse conto não é sobre o garoto, nem necessariamente sobre sua bicicleta. É sobre Alexandre, sua relação doentia com seu próprio carro e seus valores deturpados.

Ao mesmo tempo que nos assusta com as cenas em que Alexandre se vê envolto de pesadelos, obcessões e perseguição por uma certa bicicleta fantasma, o conto também é uma crítica pesada ao comportamento de certa parcela da população que se julga acima do bem e do mal. Até que ponto valores doentios não acabam sendo materializados em ações tórridas? Até que ponto não nos importamos mais com objetos que com pessoas?

E depois dizem que o terror não passa de um delírio da imaginação. Acredito que da forma mais doentia, o terror consegue expor nosso lado mais sombrio.

Recomendo para quem curte um terror rápido, direto ao ponto. Mas não espere violência, monstros e afins: por aqui temos aquele terror que nos deixa ansiosos, de final ambíguo e imprevisível.

site: http://livrosdefantasia.com.br/2015/05/18/a-bicicleta-fantasma/
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SahRosa 24/10/2015

Resenha exclusiva do blog Da Imaginação à Escrita
Um ato inconsequente, que tirou a vida de um jovem, seu assassino, não prestou socorro, fugiu e não se deixou abater pelo ocorrido, vangloriava-se de seu feito, como se a rua fosse sua e que seu ato era certo, mas durante o sono, as imagens daquele dia fatídico o assombram, ele vê o jovem voando, os ossos estralados e a bicicleta sendo esmada, dia após dia, esses sonhos surgem em sua mente.

Aqueles que ficaram chocados e sensibilizados com o crime, decidiram fazer uma homenagem ao jovem, foi restaurada a bicicleta e grudada em uma árvore, uma forma também de mostrar que ali, a vida de uma pessoa foi ceifada por um ato sem pensar. Ao ver a bicicleta restaurada, pintada de branco, o homem surta, seus pesadelos ficam ainda mais macabros e assustadores, para ele, não era culpa ou remorso, ele estava certo e iria mostrar que era o dono das ruas!

A bicicleta vai rodando, suas rodas girando e girando, somente a espera, seu som fantasmagórico irá ser ouvido, sentido, para que enfim, seja feita a cruel justiça.

Mais um e-conto lido! Como não amar as histórias de suspense de Karen Alvares? Mais uma vez fui contagiada por suas palavras, o enredo de Bicicleta Fantasma é envolvente, mesmo sendo um conto, a trama te prende, você fica atento a cada instante, esperando saber cada entrelinha deixada e gostei muito de ler esse e-conto. Uma leitura fluida, rápida e ótima! Quem curte uma boa história de suspense, mesmo que curta, aposte neste conto!

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/2015/09/mini-resenha-bicicleta-fantasma-karen.html
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Paloma 09/04/2017

Aqui temos mais uma prova de que a autora sabe como falar sobre coisas sobrenaturais, coisas além do que a mente conhece. Uma injustiça, uma esperança, um preço a ser pago. Eu queria conseguir colocar em palavras todas essas coisas que não tem nome ou que não consigo nomear… mas dessa arte, ela manja.

site: http://silenciosahighway.com.br/2017/04/09/contos-de-karen-alvares-parte-1/
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Paulo 11/06/2017

Como leitor e amante de livros, uma das coisas que eu mais gosto é quando uma ideia absolutamente simples gera uma história arrebatadora. Esse é o caso de A Bicicleta Fantasma. Karen Alvares consegue nos assustar com uma situação que pode acontecer a qualquer momento da nossa existência. Ela acrescenta alguns elementos mágicos e/ou sobrenaturais para dar um tempero à história.

Alexandre é um motorista de um carrão que vive às custas do papai milionário que está viajando. Em um dia normal de sua vida, ele está andando a toda velocidade pela rua, mostrando todo o poder de sua caranga quando atropela lateralmente um jovem que passeava de bicicleta. Não bastando atropelar, Alexandre passa por cima da bicicleta do menino e sai de cena antes de ter que dar explicações. Algumas testemunhas viram o ocorrido e denunciaram Alexandre às autoridades. Apesar de ser obrigado a prestar depoimento, nada que um pouco de dinheiro nas mãos certas não consiga resolver qualquer situação. Mas, Alexandre perceberá que um outro tipo de justiça virá atrás dele. E essa justiça é branca e produz um som parecido com o trim-trim de uma bicicleta.

Que conto fantástico! Assusta o fato de essa ser uma situação completamente verossímil. Posso estar errado, mas a autora pode ter presenciado uma situação como a que acontece no início do conto. O leitor percebe como o conto tem um ar intimista e denunciatório. A situação do menino estirado no chão é descrito com uma precisão muito boa e passa todo o horror daquele momento fatídico. As imagens apresentadas por Karen ao longo do conto são muito ilustrativas. Somos capazes de imaginar os ativistas amarrando uma bicicleta branca na parede ou o horror daquela perseguição final. A história não tem um terror gore ou exagerado. Mas impõe uma tortura psicológica no leitor que fica agoniado com as situações apresentadas.

Os personagens são construídos na medida certa. Alguns contos sofrem com um excesso de construção e acabam não entregando tudo ou dando espaço para todos sem prejudicar algum. Aqui não... dos ativistas ao garoto e até o protagonista (ou seria o antagonista?) todos recebem o espaço necessário para o andamento do enredo. Alexandre é um verme... Karen consegue construir um personagem absolutamente odiável, mas ao mesmo tempo muito real. Ele é a representação de todos os motoristas riquinhos e sua postura absolutamente presunçosa em relação aos transeuntes. A maneira como ele se refere ao menino e como ele cria justificativas para o fato é totalmente possível. Os demais personagens servem para reforçar ou enfatizar alguma situação apresentada por Karen.

O elemento sobrenatural funciona de uma maneira harmônica na história. Diria até que Karen novamente flerta com o realismo mágico já que o senhor que parece invocar uma magia ou maldição trata tudo com naturalidade. A história de A Bicicleta Fantasma me lembrou muito a trama de A Maldição do Cigano de Stephen King. Mas, a autora deu a sua personalidade ao enredo abordando um tema muito comentado no nosso dia-a-dia. E me tocou bastante porque eu sou ciclista e já passei por situações em que eu quase sofri um atropelamento. É uma leitura rápida e muito boa ao mesmo tempo.

site: www.ficcoeshumanas.com
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