Estado de Graça

Estado de Graça Abraão Vitoriano




Resenhas - Estado de Graça


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Alexandre 03/08/2016

Estado de Amor
Em momentos de leveza, imergimos em uma paz que desdobra sensações que não se igualam, por deliberarem nossa melhor essência. São silêncios que bradam a textura do amor, do belo que reverbera o leito com elucidadas emoções. Viver é uma condição que nos deixa em estado pleno, em completa sintonia com a poesia do mundo, um deleitamento que nos transforma, deixa-nos em êxtase. O livro “Estado de Graça” [Ed. Penalux/2014] bebe dessa fonte (do viver), feito uma oração que nasceu no encontro com o belo. É um respiro aliviado de alguém que abre os braços para espantar o supérfluo, o vazio das coisas, e convida a poetizar, mostrando a nós como enxergar flores no deserto.
Abraão Vitoriano, paraibano de Santa Helena, é professor e artesão de sensibilidades, de palavras nuas, de sentimentos despidos com a eloquência de seu suave passo, humano e poeta. É menino-homem que lança esperanças nas mãos, furtando-se de seu apego sem pressa aos versos que lhe constroem ser, um ser que vai sendo, amando na medida que mergulha no gozo íntimo, prazer que o viver lhe concede. Neste livro ele exprime o inexprimível, sendo réu de si mesmo, de seus olhares fundos, sua entrega plena aos sentimentos. Ele canta a fé, ladeando as particularidades do ser, revertendo respostas e apaziguando desejos latentes. Cada palavra vem fotografada com sentido, com pele, com tato, com afeto. Seu segundo livro é palco sagrado para desenvolturas e levezas, suspiros de quem arquiteta uma horta de esperanças e saudades, um jardim de amores que o deixa em estado de elevação, momento sublime que ornamenta sua alma e faz da poesia algo destrinchável. São textos embainhados com verdade, quer acordam-se um para o outro, em uma poética que condiciona a vida como um paraíso que traz paz.
Em “Estado de Graça”, Abraão se faz chanceler de uma poética viva, que lapida sussurros e segredos, um olhar que perpassa as mais diversas faces do sentir, que sofre e regozija, que pena e agradece; e por fim, deita-se em um berço de júbilo. Seu lirismo amortiza dores, salta-nos em instâncias acalentadoras. É uma epifania de percepções que nos leva a repensar o propósito em viver e a identificar o que realmente nos sustenta. É um prefácio para o amor, a graça derradeira.
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