Desi Gusson 10/10/2015
Belo Desastre, Desastre Iminente e agora Total Desastre
Um adendo: antes de começar esse livro lembrei que, a menos de 4 anos atrás eu DE-TES-TA-VA zumbis. Agora sou uma viciada em The Walking Dead e PRECISO de mais bons livros sobre o assunto. Fim do adendo.
A população dos Estados Unidos se divide entre aqueles que tomam vacina e vacinam seus filhos e acreditam que elas salvam vidas, e aqueles que suspeitam que o governo está tramando algo. Mentira (ou não), uma parte da população não confia no poder benéfico das vacinas e prefere não arriscar. A Jamie deixou bem claro pra gente de qual time ela é logo nos primeiros capítulos, colocando a culpa da zumbificação numa vacina para gripe.
Vamos todos tirar um momento para refletir na ultima vacina para gripe que tomamos.
A estória começa no dia que a b@sta foi parar no ventilador em certa região dos EUA. As pessoas já sabiam que havia surtos na Europa e até na costa Lesta, mas ainda estavam céticas. Pelo que entendi, elas ainda não imaginavam o que acontecia com quem ficasse doente (estranho, muito estranho na era da internet), e tinham apenas uma leve preocupação. Scarlet (que pode, ou não ser relacionada com Scarlet O’Hara) trabalhava num hospital e soube em primeira mão o que significava estar doente.
Essa primeira parte me deixou elétrica, o corre-corre, o pânico, a rapidez de pensamento de algumas pessoas para se mexer criaram uma atmosfera contagiante. Isso, somado aos pontos de vista de Scarlet, Nathan & Miranda, que acabaram fazendo mesmo caminho sem saber, foi incrível.
Adorei como Jamie soube escrever o ponto de vista de cada um, distinguindo bem os principais e nos dando personagens secundários maravilhosos. Skeeter, cunhado de Nathan, Cooper, namorado de Ashley (que ficou meio apagadinha) e até Joey, um cara que surge na vida dos meninos, são ótimos. Acho que a imersão que experimentei foi culpa deles, personagens bem reais só querendo respirar em meio a todo o horror que estavam presenciando. Às vezes autores dão muita ênfase aos acontecimentos e não às pessoinhas que eles criaram, não estou dizendo que é errado ou que é ruim pois tem hora e lugar para tudo, mas num livro como esse, com uma pegada tão humana (desculpe o trocadilho), foi indispensável. Faz sentido?
Estou acompanhando Fear The Walking Dead e sou genuinamente interessada nessa ‘época’ pouco explorada que é o começo do apocalipse zumbi. Digo isso porque a maioria os livros que li (pois é, agora sou uma viciada) se passa depois que a coisa toda já aconteceu. Achei essa parte do livro, essa adaptação dos personagens à ideia de que agora sua vida incluiria pessoas podres sempre, foi magnífica. Estava super animada, dizendo pra todo mundo que livro TENSO E BOM E DAHORA que Red Hill era, até…
… quase o fim do livro, então a coisa desandou.
Belo Desastre, Desastre Iminente e agora Total Desastre.
A autora fez coisas com o fim desse livro que nenhum autor deveria ser permitido fazer! Ela acelerou o passo, que estava indo super bem e, de repente, se lembrou que é uma autora de romances então BAM, AQUI ESTÁ SEU AMOR INSTANTÂNEO. Não contente ela (~~prepare-se pra spoilers!~~) resolveu matar metade do elenco desse circo e fazer a personagem principal FELIZ por estar com seu recém-amor e ainda por cima dizer que agora sim, tudo está perfeito!! POR QUE???????
E então, pra finalizar, ela fecha com uma decisão TÃO inconsistente, doida de pedra, sem sentido algum que estou até nervosa só escrever sobre isso!
Queria falar com mais alguém que leu esse livro, mas não vou encorajar ninguém. Vão ler outra coisa, sério.
Para essa e outras resenhas na íntegra acesse o blog!
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