Milena 14/03/2020
Confesso que, em primeiro lugar, "Na pele de uma jihadista" chamou minha atenção pela boa avaliação que tive da leitura de "Guerra sem fim" (Dexter Filkins).
Logo na primeira página, no entanto, é possível perceber que além de estilos de escrita diferentes, são experiências profissionais completamente distintas.
Independentemente desse fato, é uma narrativa interessante e que prende a atenção do leitor, o qual passa dos horrores de uma guerra - que se tornou, por vezes, banalizada na vida cotidiana - para o conflito pessoal da narradora com o desenrolar dos acontecimentos.
É uma leitura que retrata os desafios diários da profissão, especialmente daqueles que cobrem conflitos, nos leva a refletir sobre a exposição e riscos que o uso casa vez mais contínuo e sem supervisão das redes sociais proporciona aos jovens, bem como a angústia pessoal e persistente da jornalista, que em determinado momento chega se descrever como esquizofrênica.
Em suma, uma boa escolha que, apesar de ter surpreendido, não decepcionou.