Jóquei

Jóquei Matilde Campilho




Resenhas - Jóquei


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Gabriel 07/04/2023

"Parece que a primavera do mundo é um trabalho em progresso
mas o caminho até lá está sendo todo feito entre as veredas
e entre os galhos de fogo de um gigante inverno"
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Ramilla.Souza 01/04/2023

Belíssimo
Campilho é uma poetisa interessante, misteriosa e peculiar. Nada é óbvio em seus poemas, tudo precisa ser decifrado. Sua vida interior parece estar impressa na escrita. É uma maneira muito linda de falar de sentimentos, de cotidiano, de amor. Gosto especialmente do poema Mão dupla, que acho que fala sobre relacionamentos de uma forma muito digna.
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judeneuve 06/03/2023

Um agridoce estranho e nada familiar
A quantidade de palavras, termos, sentenças e até poemas inteiros escritos em inglês tornaram boa parte da leitura repulsiva, para o meu gosto. Além de conter referências, para mim, absolutamente desconhecidas e desinteressantes, sem contar com nenhuma nota de rodapé, nem mesmo de tradução (o que aumenta o teor de pretensão sugerido).

Muitas vezes tive a impressão de estar lendo palavras estrangeiras uma a outra lançadas contra página: sem sintonia, sem musicalidade, sem sentido, sem nenhuma conexão entre uma e outra.

Muito de repente o livro apresenta poucas passagens dentro de poemas capazes de fazer arrepiar todos os fios de cabelo e marejar os olhos. Um agridoce estranho e nada familiar.
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Anne Silva 05/03/2023

Ja tinha visto alguns poemas da Campinho no twitter, mas não me identifiquei tanto com o livro, mas vale a leitura.

"Cuidado rapaziada,
tenham atenção a esse nó
que acontece no estômago
no preciso momento em que
esperam por vosso amante
na pracinha junto à igreja.
Ou é úlcera ou é amor."
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robson_lourenco 04/03/2023

"Tudo o que respira, brota. Acho que a ternura é importante"

Só tenho uma coisa a dizer. Comprem o livro da minha esposa!
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barbaranicolle 27/02/2023

Esperava mais
Depois de ler e ouvir tantas passagens do livro em redes sociais, finalmente comprei o livro e fui lê-lo. Mas não me conectei com a escrita nem com o modo dela falar da vida cotidiana (talvez pela bagagem diferente que temos). Entretanto tem algumas passagens bonitas.

"Hoje se eu pudesse
eu voltava à cidade
Só para beijar
a cidade na boca."
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RenanDuarte 26/02/2023

?Seja como for o amor ainda me faz bastante fome?
Encontrei algumas frases aqui que estão comigo deste que eu terminei de ler..
Gostei de como Matilde escreve, misturando a aparente trivialidade da vida com aquilo que ela tem de essencial, o cotidiano com o extraordinário, pelo menos foi assim que me pareceu.
Deixo aqui uns trechos que carrego comigo e um poema inteiro que eu li e reli umas três ou quatro vezes e fico pensando sobre ele (o Principado Extinto):

?Quanto mais se roda em volta do amor, mas o amor se expande.?

?A filosofia é uma matemática muito esclarecedora e qualquer dia ainda vai salvar o mundo.?

?Alegria é um carro de bombeiros todo enfeitado de penas e cavalos bravos, atravessando tudo.?

?(...) e essa coisa da alegria ainda vai dar muito certo.?

p.36-37

?é terrível existência de duas retas
paralelas porque elas nunca se cruzam
e elas apenas se encontram no infinito?
p.57

?Você levou meu samba
e meu mensageiro
Você deixou os sapatos
a sombra desalojada
e um dialeto muito novo
que devo utilizar agora
para não dizer o teu nome?
p.67

PRINCIPADO EXTINTO

Isto é um poema
fala de amor
ou do medo do amor
Fala da morte
ou do fim da amálgama
rosto voz alma e cheiro
que é a morte
Isto é um poema
tenha medo
Fala dos peregrinos
que atravessam avenidas
de sobretudo e óculos
carregando flores invisíveis
e chorando mudos
Isto aqui é um poema
fala da permanência inútil
de um coração devastado
de uma floresta devastada
de uma corrida devastada
logo depois do disparo
da arma de 40 peças
que soltou a bandeirinha
e assim mesmo se desfez
Isto é um poema
fala da aparição do inverno
fala da fuga dos albatrozes

fala do punhal sobre a mesa
e do absurdo do punhal
feito de madeira e pedra
sobre a mesa do jantar
Fala do poder da erosão
que afinal incide sobre
pele e nervo e osso e olho
Fala do desaparecimento
Fala do desaparecimento
Claro que é um poema
fala do toque de saída
no colégio de Île de France
e das 39 saias das meninas
esvoaçando sem vontade
na direção do cais de ferro
Fala do pânico do corpo
que esbarra em si mesmo
no espelho pela manhã
e do urro silencioso
que nenhum vizinho
escuta mas que ainda
assim reverbera sem dó
até a hora final
fala do vômito que advém
dos gestos repetidos

prolongados assim ad astra
até que o sono apague tudo
Fala da palavra saudade
ou da palavra terremoto
fala do olho que tudo via
deixando lentamente de ver
até mesmo a cara de Jack Steam
o porteiro da loja de discos
onde toca a canção de Chavela
Nada mais no mundo importa
Isto é que é poema
Fala do cheiro das flores
e da injustiça da existência
das flores na cidade
Fala da dor excruciante
meu bem excruciante
que faz até desejar
o fim do poema
o fim da palavra amor
que após o disparo
se espelha apenas
na palavra loucura.
p.77-80


?Enterro-me noutras clareiras para que assim possa escapar-me da minha própria ideia de amor. É que eu tenho, como alguém disse, um amor descrito a garatujas sobre folhas de amendoeira.(?)
É, um homem guarda poemas porque sabe que em qualquer momento vai ter que fazer-se à corrida: subitamente tudo arde e então a única possibilidade é o desvio.? p.83

?Isso não está certo, mas é humano. Quase tudo que é humano é justo, não deixe que ninguém te diga o contrário? p.91

?É que é na terra que está a consciência do mundo, e é preciso escutar o seu ruído para agir em verdade?p.92

?Rendição quer dizer a desistência do coração de pedra, acho. Quando éramos pequenos a bondade parecia um gesto mais natural de todos, fácil, o movimento perene - agora quase tudo supõe uma rendição.?p.99

?Seja como for o amor ainda me faz bastante fome?
p.127
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Paulinha 25/01/2023

Leitura flui facilmente
Quem não gosta de poesia, vai adorar.
Livro leve e leitura fluida.
A autora descreve muito bem sobre as paixões avassaladoras.
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Ana Paula 19/01/2023

Não li, devorei
Um livro de poemas tão verdadeiramente cosmopolita, apesar da autora ser portuguesa. Retrata em pedaços aqui e acolá um Brasil ardente, urbano. Também fala de Nova York, África, Jerusalém, Portugal... das experiências viviadas nos cantos do mundo, nas casas, nos bares, praias... errante e apaixonada, atenta aos detalhes. O olho preparado enxerga beleza onde poucos...
Nota 8 de 10.
Recomendo.
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May 19/01/2023

Maravilhoso
É de muita sensibilidade e afeto. Campilho é observadora e desnuda pessoas, paisagens e sentimentos.
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paula_ti_na_mente 17/01/2023

Rápido como um jóquei
Os poemas da Matilde são lindos, bastante contemporâneos. Fui sublinhando diversos deles, gostei especialmente dos que são quase uma prosa muito rápida, mas confesso que tive de voltar algumas vezes na leitura para melhor compreensão. Não é uma leitura fácil, enfim.
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Renata | @am0r_p0r_livr0s 15/01/2023

Infelizamente não rolou...
Neste livro, a poetisa portuguesa que conheci no Instagram falando sobre amores explosivos, junta vários poemas em prosa, conversas ao telefone, cartas que, para mim, não fizeram muito sentido. Alguns dos poemas referem-se ao tempo que ela morou no Rio de Janeiro e esses foram os mais “visualizáveis”.
.
Aquele vídeo tinha feito todo sentido para mim e, por isso, estava ansiosa para ler esse livro e, sinceramente, fiquei um pouco desapontada.
.
Acho que foi porque, além de não ser o tipo de poesia que eu esperava, ficou difícil visualizar as histórias vistas e vividas por ela, pelos lugares em que ela passou e viveu, que é exatamente o que ela conta.
.
Deixo aqui os dois destaques do livro para mim:
.
“Cuidado rapaziada,
tenham atenção a esse nó
que acontece no estômago
no preciso momento em que
esperam por vosso amante
na pracinha junto à igreja.
Ou é úlcera ou é amor.”
.
“Era capaz de atravessar a cidade em bicicleta só para te ver dançar.
E isso
diz muito sobre minha caixa torácica.”
.
Pode ser que, em algum outro momento, eu releia e me identifique mais. Tenho, ainda, o outro livro dela, Flecha, aqui comigo. Lerei mais para frente
barbaranicolle 27/02/2023minha estante
Olá! Comigo aconteceu o mesmo... talvez seja por nao termos vivenciado aquilo que ela descreve nem termos palpabilidade disso também, mas nao me senti tocada como nos videos e passagens que via nas redes sociais




footsal 05/01/2023

único problema é que o livro acaba
leitura feita depois de esbarrar naquele famoso vídeo em que ela recita o último poema do último príncipe, aquele que diz muito sobre a sua caixa torácica.

e é isso.
poesia é memória.
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Bárbara 27/12/2022

O que eu acho lindo nos poemas da Matilde é que na maior parte do tempo a gente fica perdido sem entender o texto, mas de súbito encontramos sentidos e é num rompante que eles nos acometem, feito a vida e as direções que a gente escolhe. É também uma solidão não ser entendido e acho que posso apreciar a incompreensão também.
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Mariane Bach 22/12/2022

Eu li, mas não ficou nada.
Infelizmente, com exceção de uns dois poemas que gostei, os demais não fizeram sentido para mim, como se fossem frases desconexas que não formam uma unidade dentro do poema e não dizem nada.
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