O Livro do Destino

O Livro do Destino Parinoush Saniee




Resenhas - O Livro do Destino


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Bi Bueno 06/07/2022

O Livro do Destino
O Livro do Destino, de Parinoush Saniee, uma romancista e socióloga iraniana, foi proibido durante um tempo no Irã, até que se tornou best-seller por lá e já foi traduzido para mais de 25 línguas. O livro conta a história de uma mulher iraniana ao longo de mais de cindo décadas. Mostra bem as injustiças porque passam toda mulher iraniana, vivendo num sistema de quase absoluta opressão. O mito da religião é a fábula humana mais bem construída como dispositivo de controle. Ainda mais sobre as mulheres... 50 anos da história do Irã e de como a religião é usada para usurpar e oprimir. É um baita livro!
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Dali 09/07/2015

A força de uma mulher numa sociedade patriarcal
O livro, que foi proibido no Irã por longo período, por si só, já gera certa curiosidade.

O Livro do Destino conta a história de Massoumeh, uma menina de 16 anos que mora na Provincia de Qom, se muda para a capital, Teerã e se apaixona por um estudante de farmácia. Seus “encontros” são meros olhares furtivos a caminho da escola. A família, no entanto, descobre as cartas de amor que ela recebia.

Os irmãos de Massoumeh, mais autoritários que o próprio pai, a apontam como a desonra da família e lhe dão uma violenta surra e a obrigam a se casar com um homem que ela jamais havia visto, seguindo a tradição de que é a família que escolhe com quem deve ser realizado o casamento.

“Tudo isso, porém, é egoísmo humano e está arraigado na forma incorreta com que somos criados numa sociedade dominada por homens. Acredito que não deveríamos ver as mulheres desse modo. As mulheres são as pessoas mais oprimidas da história. Foram o primeiro grupo humano a ser explorado por outro grupo. Sempre foram usadas como instrumentos e continuam sendo usadas como instrumentos.” (pág. 117)

Já casada, ela tem o apoio e o incentivo de uma vizinha. O marido, Hamid, que trabalha com o pai em uma gráfica, tem atividades paralelas e não quer que ela lhe faça quaisquer perguntas sobre o assunto. Fica tempos longe de casa sem qualquer notícia e ela tem que assumir os papéis feminino e masculino da casa.

Os anos passam e são relatadas as transformações políticas que se passam no Irã e todas as vicissitudes porque passa também Massoumeh numa sociedade totalmente patriarcal.
Renata CCS 22/07/2016minha estante
Parece uma leitura interessante.




Karina 30/05/2021

Todo mundo tem que ler. Fenomenal
Adoro conhecer culturas diferentes e a cultura do Irã mexeu com meu feminino e me indignou até a raiz dos cabelos, mulher é nada, joguete em uma sociedade machista e patriarcal, faz você agradecer de joelhos por ter nascido aqui kkk.
Porém a história é incrível, a autora te envolve do início ao fim, não tem uma linha maçante sequer, tudo é pura emoção! Como a gente torce pela Massoumeh.... só não avaliei excelente por ficar frustrada pelo final, mas entendo que é um final realista e não romantizado, como toda a escrita da autora no desenvolvimento do livro! Muuuito bom
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Janine 27/05/2018

Final do livro
Que vontade de ?tacar? este livro na parede na última página. Inconformada com o final do livro.
Thaís - @comprandopelacapa 18/05/2019minha estante
EU TAMBÉM! Ainda sem acreditar.


Denise.Pereira 27/10/2020minha estante
Eu também. Vontade de sair batendo em todo mundo, incluindo ela! ?




Gustavo.Borba 24/01/2021

O livro a ser lido
#LivrosQueLi
 
O livro do destino, de Parinoush Saniee. Ed. Bertrand Brasil. Seguimos a história de vida de uma menina iraniana do interior, que se muda com a família para Teerã, onde pretende se manter estudando, a despeito da oposição da família, tradicionalista e apegada a antiquados preceitos religiosos, que dizem que as meninas não precisam de estudos e devem se preparar a serem boas esposas. Ao crescer, ela acaba tendo que se casar num enlace arranjado, em que nem conhece o noivo. Sua vida transcorre, tendo que lidar com essas condições e com o cuidado com os filhos que vêm. O embate com sua família de origem é envolvente e nos sufoca, tornando a leitura numa expectativa à possibilidade de libertação e transformação. Mas a personagem está envolvida nos acontecimentos históricos que ocorreram no país, o que acaba por afetar sua trajetória e tornando seu relato em um verdadeiro livro do destino, do qual não se pode fugir. Ao finalizar, fiquei com aquele gostinho de que, mesmo podendo, há quem queira continuar presa às determinações que vêm de fora e nos impedem de nos realizarmos. O final é ao mesmo tempo coerente e decepcionante, por frustrar nossas expectativas de superação do que nos oprime e determina. Um livro instigante, que me prendeu na leitura. Recomendo.
 
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ViagensdePapel 15/07/2015

O livro do destino, de Parinoush Saniee
O livro do destino narra a história de uma menina fiel aos seus ideais, por décadas essa mesma menina passou por muitas dificuldades e sofrimentos. Quando pequena era rejeitada pelos irmãos e vista como a provável causa da desonra e vergonha da família. Num ato inocente ela acabou sendo sacrificada e casada contra sua vontade com um homem que nunca viu. O casamento fora arranjado por uma vizinha da família, afim de salvá-la de um destino ainda pior.

Quando a família de Massoumeh mudou-se de Qom para Teerã, eles temiam que as filhas fossem corrompidas, a cultura de uma cidade para outra mudará radicalmente, a religião não era mais um fator tão importante e decisivo na vida de uma família, a menina fora ensinada desde de pequena que a figura da mulher é insignificante para a sociedade, jovens deveriam se casar, terem filhos – de preferência homens – e serem ótimas donas de casa. No entanto, outras famílias com pensamentos mais modernos deixavam que suas filhas estudassem, algumas poucas, inclusive permitiam que suas filhas fizessem faculdade.

Após o casamento às pressas, Massoumeh fica desolada e deseja a morte, algum tempo depois ela descobre que o marido também fora vítima dos interesses da própria família, ambos compartilham de uma dor em comum, ela estava apaixonada por outro e ele desejava sua liberdade, sem os vínculos impostos pela consumação do casamento. Massoumeh tinha aprovação do esposo para que lutasse por seus sonhos e em troca ele manteria os seus, ela cumpriu com seu papel de esposa, teve dois filhos com ele, mas tinha uma vida solitária, enquanto ele se mantinha recluso em busca da liberdade de seu povo.

O livro é narrado em primeira pessoa, a protagonista nos conta cinco décadas de história, tanto a sua quanto as reviravoltas políticas no Irã. O livro do destino é um relato emocionante de uma menina-jovem-mulher que precisou amadurecer muito cedo e enfrentar situações ainda mais difíceis na vida adulta. Apesar de uma ficção, a autora deu vida a sua narrativa com personagens críveis e bem desenvolvidos.

Leia mais em:

site: http://www.viagensdepapel.com/2015/06/o-livro-do-destino-de-parinoush-saniee.html
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fred 14/09/2017minha estante
A maior luta das mulheres é aquela que devem travar dentro de seu próprio interior e dentro de suas famílias (de criação e a que criam).

Uma pessoa (Masumeh) que aprendeu a viver e sofrer pelos outros e em favor dos outros a vida inteira não chega do nada no fim da vida (nem tanto, 53 anos!) e pensa: agora é hora de pensar em mim, curtir, me voltar para minha felicidade! Essa pessoa, mesmo que não saiba completamente, é feliz vivendo pelo outro!
E uma pessoa que vive uma vida meio egoísta (Parvaneh), não que seja ruim, mas uma vida simples e comum, nada demais (como ela mesmo qualifica), não entende e nunca entenderá isso. Por mais que todos queiramos um final diferente, isso se baseia em nossas vidas, que são meio (ou muito) egoístas sim! Ela pesou e viu que a felicidade de seus filhos era a sua.
Quanto à reação dos seus filhos: é a vida como ela é... Somente entrando totalmente na educação, religião, vida, criação, sofrimento deles, conseguiremos entender o que se passou. E também saber que são humanos sujeitos a falhas (não estou dizendo que erraram ou acertaram nesse aspecto).




Dira 20/05/2020

5 décadas de história política no Irã
Não é um autor norte-americano escrevendo sobre o oriente médio, é de autoria de uma iraniana, incrivelmente surpreendente. É desses que faz a gente chorar e se emocionar com a protagonista do início ao fim.
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Valéria Cristina 21/07/2022

História do Irã
A narrativa se desenvolve em Teerã, iniciando-se na década de 1960. Discorre acerca de um tema complexo, apesar da escrita assemelhar-se a de um diário de uma jovem. É uma prosa simples, por vezes pueril e traz alguns clichês.

A história de Massoun inicia-se no Irã pré-revolução e descortina a vida do povo desse pais, especialmente no que concerne às mulheres. Mostra a discriminação de gênero, o fanatismo político e religioso e toda a violência a que isso leva.

Após a revolução, com a guerra entre Irá e Iraque, vê-se como a vida das pessoas mudaram pouco depois da deposição do Xá e a ascensão do governo dos Aiatolás. Alteram-se os grupos no poder, mas a desigualdade, os oportunismos e a corrupção continuam. Prende-se dissidentes, executam inimigos políticos, persegue-se opositores.

Trata, ainda, de amizade inquebrantável e do amor de uma mãe por seus filhos que foi capaz de enfrentar todos os obstáculos e anular a mulher que o possui.




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Nicolle 01/12/2015

decepcionante
um enredo que tinha tudo pra surpreender, um pano de fundo que cruza 50 anos na história do Irã, mas com uma personagem principal fraca e sem paixão. absurdamente resignada e insossa. minha decepção de 2015, sem dúvidas. não encontro um personagem que possa dizer que me apaixonei...
fred 07/09/2017minha estante
Pelo jeito não entendeu o livro. Assim como análise histórica, não podemos ir com nossa cabeça para essa estória. E a dura realidade é assim mesmo. Se coloque no lugar da personagem, imagine você sendo criada como muçulmana, com aquela família. Depois passando pela loucura dos idealistas comunistas querendo mudar o mundo e esquecendo de mudar o seu redor. Imagina a cabeça da moça, de 16-18 anos... Às vezes, devemos ler a realidade, mais do que tentar criar heróis impossíveis. Dessa forma vamos criando um herói dentro de nós. Com sua cultura e educação é fácil se revoltar e ser menos resignada, menos insossa e mais combativa. Mas pense nela, veja o drama em sua cabeça... E por fim, verá que ela é uma heroína do cotidiano, muito mais capaz que as menininhas mimadas do ocidente! Quem dera as mulheres tivessem por aqui a mesma força dessas mulheres! Sabem sofrer, criar seus filhos e ser muito mais que os homens, em sua maioria babacas (no contexto do livro, à excessão de seu pai e sogro). Entrar na época, nas ocasiões, não ler com mente ocidental... Minha recomendação. E viva Massoumeh!


Nicolle 07/09/2017minha estante
Olha, foi a minha impressão. O enredo, como disse, tinha tudo pra ser inesquecível, mas acho que a personagem poderia sim ser melhor construída. Mas a literatura é isso, querido, percepções, valores, ideais, expectativas. Eu entendi a história, entendi o contexto e entendi a personagem, só não gostei dela. ?


fred 08/09/2017minha estante
Verdade. Eu gostei tanto que acabei me exaltando ao ver que alguém não tinha gostado. São opiniões, ponto de vista. Mas para mim, essa mulher é uma das maiores que já li. Ela tem a heroicidade do cotidiano. Fazer o que ela fez é muito difícil. Mas é isso aí! Desculpe-me a exaltação! Boas leituras!




Samanta 25/01/2018

Para quem quiser conhecer ou saber um pouco mais sobre o Irã...
"Esse livro, que acabei conhecendo por acaso quando pesquisava sobre qual seria o livro indicado do mês de fevereiro pelo Clube de Livros TAG, tornou-se um dos meus favoritos. O livro conta a história de Massoumeh,adolescente na Teerã pré-revolucionária e sua cultura e religião, o islamismo, cultura essa que é capaz de matar uma mulher por ela trocar algumas palavras com um homem. A narrativa de Massoumeh é uma verdadeira aula - tanto de história quanto de cultura. De um conteúdo tão profundo, de uma crítica intensa as raízes de uma sociedade onde os direitos humanos são restringidos principalmente os das mulheres. Não à toa o livro foi proibido no Irã duas vezes. Para que quiser conhecer ou saber um pouco mais sobre o Irã, super indico esse livro. Leiam, leiam, leiam..... pois eu amei!! ❤️❤️"
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Glenda 02/11/2022

Esse não é romance clichê!
Terminei esse livro e fiquei pensando em como eu o descreveria para alguém. Acho que a palavra que mais se aproxima é "real".
A história se passa em Teerã, cidade Iraniana na década de 60 sob o olhar de uma menina de 16 anos que aborda os desafios de ser uma mulher naquela sociedade. Os anos vão passando e nós vamos acompanhando o crescimento de Massoum e os desdobramentos inesperados da sua vida difícil. Torci muito por ela e também chorei algumas vezes. Como uma boa leitora de romances eu ficava esperando por aquela virada de chave em que tudo começa a dar certo na vida da mocinha e ela finalmente vive feliz para sempre. E essa não é a vida dela.
Só leiam esse livro. Ele é carregado de sentimentos, fatos históricos e aprendizados. Com toda certeza é um desses livros que agregam conhecimento em nós e, sem dúvidas, foi a melhor leitura desse ano.
Para finalizar, o final foi um pouco confuso e não entendi a escolha da autora a princípio. No entanto, acredito que finaliza a história com a mensagem que desde o início ela quis passar : A mulher não é dona de si e das próprias escolhas e para sempre carrega com ela as expectativas daqueles que a cercam.
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