A Universidade Sem Condição

A Universidade Sem Condição Jacques Derrida




Resenhas - A Universidade Sem Condição


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Potingatu 28/02/2013

Autonomias
Embora o presente ensaio comece desenvolvendo-se, pelo meu entender, acerca da autonomia epistemológica do pensamento universitário, o autor trabalha numa (suposta sua tradicional) digressão acerca do professar, e nisto traz reflexões acerca de temas transversais, como o estatuto da atividade laboriosa, em específico a do trabalho, nas suas mais devidas nuances, justificadas segundo um princípio epistêmico kantiano.
O autor propõe, no fim do ensaio, como uma tentativa - a meu ver, construída distante da discussão inicial - de resgatar essa autonomia universitária, que bem entendemos ser minada há anos pelo tecnicismo, este como fruto ulterior do positivismo do outro século; há também a proposição de um desamarre axiomático nas Humanidades, que repensem o cerne da Ciência como categoria autônoma, e de outras questões centrais de cunho primordial, embora haja uma dificuldade performática do próprio autor em estabelecer esse modus operandi de como (re)pensar as Humanidades, fora de axiomas bem calcados desde o pensamento grego.
Derrida propõe, de maneira hábil, se apoiar nos "speech acts" Austinianos para estabelecer o que deve ser dito e o que deve operar na ordem da práxis. Embora seja uma boa solução direcionar uma ação positiva no ato-em-si, trata-se não mais de uma maneira de se eximir de buscar por si soluções aos problemas que levanta [mas, claro, isso seria bem direcionar uma visão aristotélica-cartesiana de denunciar um problema da ordem da (pós?)-modernidade, que talvez peça uma solução cadencialmente mais complexa].
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