Mathilda

Mathilda Mary Shelley




Resenhas - Mathilda


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Gabriel Aleksander 09/07/2021

Mary Shelley nos mostra sua dor em manuscrito lançado mais de um século após sua morte! - Literagabs.com
Encontrei esse livro aleatoriamente em uma banca de livros, pois mesmo sendo fã da escrita de Mary Shelley e tendo “Frankenstein” como um dos meus clássicos favoritos, confesso que não sabia da existência dessa outra obra da autora. Ao me deparar com a sinopse e com a informação que a edição da Grua Livros traz em sua orelha acerca do contexto que envolvem a publicação da obra, fiquei logo de cara interessado.

Mary Shelley tinha seu pai como seu editor, e quando o mesmo leu “Mathilda”, impediu a publicação, atitude que se dá ao possível fato de que esse texto referenciasse a própria relação de pai-filha que a autora vivenciava. Como o livro fala dessa relação disfuncional regida por um grande segredo que entra em conflito direto com os preceitos morais da sociedade, a história foi engavetada, vindo a público somente após a morte da escritora.

A leitura de “Mathilda” foi única para mim, pois ao mesmo tempo que amei reencontrar a escrita impecável da autora e o estilo tão característico de livros góticos, confesso que em alguns momentos a leitura apenas me perdeu. Talvez sejam as escolhas narrativas de se demorar em algumas partes, enquanto outras (que julguei mais interessantes) não ganharam a mesma atenção foram as responsáveis por essa experiência parcialmente insatisfatória.

Entretanto, é inegável a capacidade de Mary Shelley em retratar sentimentos humanos de uma forma tão profunda e latente que fica marcada na alma e na memória do leitor. A forma como a autora representa o sofrimento, angústia, a dor do arrependimento e o amor é tão única que torna suas obras viscerais, mas imprescindíveis para quem busca narrativas nesse estilo.

“A morte é terrível para quem fica; os vínculos do hábito são tão fortes, mesmo quando não é o amor que os solda, que o coração agoniza quando eles se rompem.” Pág 39

site: literagabs.com
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Stone Shelley 08/08/2023

Um livro sobre abandono e reclusão
De início não me deixei imergir nessa leitura, mas com o tempo e determinados contextos vi o quanto a escritora (Mary Shelley) no caso, era genial e ao mesmo tempo tão subestimada. O ambiente que ela viveu, e todas as aversões de seu pai e sua madrastra mostram-se escondidas em Mathilda, talvez por isso que ele se recusou a publicar essa obra. Mathilda discorre sobre uma esperança que quase morre, depois morre, fala tanto de morte quanto deveria, é um vento gélido em um rosto ressecado e sensibilizado pelo frio - mas assim era como se sentia. Reprimida, solitária e abandonada. Não tenho palavras para descrever a sensação de terminar essa obra, só me vem a cabeça luto e uma frase dita por Mathilda e eu não deixarei escapar: " O que há dentro de mim não é resignação. Estou morta para todo sentimento."
juuuwidy 19/08/2023minha estante
Me senti horrível lendo esse, amei!!


Stone Shelley 19/08/2023minha estante
De fato é forte, mas o que de Mary Shelley não tem um vasto e denso teor psicológico? kkkkk




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Bruna 21/06/2021

Mathilda
Eu sempre penso o quanto eu amo ler sempre que me deparo com algo da Mary Shelley? sinceramente, que história bem escrita, que personagem solitária, quantos lugares belos pude visitar lendo esse livro.
Sinto que seria uma grande amiga da Mathilda e da Mary?
Nathani 25/12/2021minha estante
amiga, do nada vim ler as resenhas desse livro aqui que amo e me deparo com a tua!


Nathani 25/12/2021minha estante
meu sonho ser amiga da mary e mathilda




cecília 08/09/2023

Mary Shelley estabeleceu sua pós em melancolia ao escrever ?mathilda?. Apesar de ser uma obra curta, sua leitura é densa com o teor psicológico e deprimente. Uma abordagem carregada de elementos conflitantes, a cada instante urge nos devaneios da narradora uma reflexão sobre como ela se sente e se enxerga, pensamentos esses que são extremamente soturnos e bastante difíceis. Tive muitas impressões e em diversos momentos me vi genuinamente acanhada e desanimada com tamanha sensibilidade, personalizei a dificuldade de Mary ao retratar sentimentos tão inquietos e tanto assim, desconsolados.
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Luísa Anjos 30/03/2021

sou muito suspeita para resenhar uma obra da Mary, já que ela segue sendo uma das mulheres mais inspiradoras e admiráveis que tive a honra de conhecer sobre a vida e a obra. em "Mathilda", temos uma novela escrita em primeira pessoa que, por conta de seu conteúdo, só foi ser redescoberta e publicada mais de um século e meio após a morte da autora. com muitos traços autobiográficos, o livro aborda uma relação de incesto não consumado entre pai e filha e como os dois reagem a essa desgraça. escrito em 1819/1820, encontramos características fortíssimas da 2ª geração Romântica inglesa e, claro, a escrita maravilhosa de Mary. nesse ponto, não posso deixar de destacar o trabalho do tradutor Bruno Gambarotto, que conseguiu transmitir para a língua portuguesa, com muita maestria, a aflição, agonia, esperança, felicidade, dor, enfim, presentes na perspectiva da narradora. esse foi meu primeiro volume da coleção "Arte da Novela" e é um livro ótimo para segurar, com um bom papel para marcar, anotar, foi uma leitura agradável aos olhos, apesar de trazer um conteúdo melancólico e intenso.
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Camila Gondo 06/07/2015

História intensa e carregada de sentimentos. Senti o peso das aflições, dores e todas as sensações descritas pela autora.
Os acontecimentos são breves e Shelley se demora na narrativa do que os personagens estavam sentindo.
Mary Shelley escreve de forma maravilhosa e encantadora e apesar da linguagem rebuscada, o livro não é difícil de ler e flui facilmente.
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solacefairy 03/06/2022

Mathilda, Harry Styles lembrou ??they never show you love?
Essas estrelas não significam nada sobre o queue achei do livro. A história de uma menina que foi apresentada a só uma forma de amor, a pior delas. Ela teve que viver com essa angústia de saber que era errado mas essa anseio de se sentir amada mais uma vez, Mathilda com o coração tão puro e tanto para viver foi dela arrancada sua alegria e substituída por um fardo do pai ter se matado por um luto que se transformou em um desejo nojento.
O que me marcou na trama não foi o pai se apaixonar pela filha mas sim a vida de uma pessoa tão pura passa a não ter mais vontade de viver.
Marry Shelley deixou um pedaço dela e de sua força com Mathilda.
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GilbertoOrtegaJr 03/10/2016

Mathilda – Mary Shelley
Eu não tenho paciência alguma com livros em que os personagens centrais estão presos ao seu sofrimento, e buscam disfarçar isso com um discurso do tipo que finge analisar seu sofrimento quando na verdade isso é só uma forma de dizer que está cheio de auto piedade por si mesmo. É este o caso de Mathilda, a protagonista de uma novela que homônima e talvez isso seja um dos motivos pelo qual achei este livro profundamente cansativo.

Eu caí na besteira de pensar que já que Mary Shelley escreveu o romance Frankenstein (que ainda não li, mas é muito elogiado) as chances de ela escrever um livro ruim seriam mínimas, mas é claro, quando se trata das coisas piorarem por menor que uma chance seja quase sempre ela piora. E, para mim, Mathilda é justamente um livro ruim, ou no mínimo bem cansativo como narrativa.

Escrito em forma de carta para um amigo, e narrado em primeira pessoa Mathilda conta a história da jovem Mathilda. Ao nascer Mathilda perde a mãe no parto, e diante desta grande perda o pai acaba a deixando aos cuidados de uma tia e viaja para a Índia e Pérsia para tentar esquecer sua dor. Mathilda, apesar de possuir pouco ou nenhum convívio social, é muito bem-educada. O pai dela acaba voltando quando ela tem dezesseis anos, e pouco tempo após a morte da tia dela, ele leva Mathilda para morar em Londres, e durante um tempo eles vivem em jantares e recepções, mas passado um certo tempo o pai passa a tentar afastar Mathilda de perto dele, posteriormente ele acaba se refugiando numa propriedade onde ele passa a trata-la de forma fria e agressiva, até que em busca de respostas, ela o confronta e descobre que ele está apaixonado por ela, por ver nela a figura de sua mãe. Após estas descobertas eles escolhem se separar e Mathilda passa viver em uma casa no meio de um tipo de floresta. E lá ela encontra um amigo, que também tem uma história profundamente triste da qual ela houve e se compadece dele.

A própria história por trás deste livro é um bocado interessante; Mary Shelley é filha de Willian Godwin, que era um jornalista e escritor e sua mãe era Mary Wollstonecraf, conhecida por ser uma das fundadoras do feminismo. Mathilda foi escrita uma no depois de Frankenstein e Mary Shelley entregou os originais ao seu pai, mas ele nunca os devolveu, levando o livro a ser descoberto e publicado somente em 1959.

Eu achei este livro extremamente cansativo, e apesar de ler que Mathilda é uma história de uma mulher que busca amor e redenção, das culpas que foram infligidas a ela. A todo momento o tom de Mathilda me incomodou e irritou profundamente, achei forçado, cheio de auto piedade disfarçada em uma trama onde sobra sofrimentos e falta lucidez em todos os personagens, que por sua vez todos tem discursos eloquentes (e quando a eloquência é usada para narrar os martírios da vida, este discurso com grandes chances, será algo tedioso), para mim somado a tudo isso o ritmo sempre arrastado da trama, este livro foi uma perca de tempo. Uma pena, já que a edição da editora Grua, é um trabalho muito bem feito.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2016/10/03/mathilda-mary-shelley/
Natalie Lagedo 03/10/2016minha estante
Então você provavelmente não gostaria de Frankenstein também. Victor passa todo o tempo fazendo uma análise do seu desespero enquanto fala da criatura.


Nanci 03/10/2016minha estante
Eu não gostei. Lembra? rs


GilbertoOrtegaJr 03/10/2016minha estante
Natalie, não sabia, mas verei quando ler, ai eu digo se gostei...tomara que eu goste.
Nanci, lembro sim... depois Claire me deu um toque que clareou mais minhas ideias sobre este livro, ele tem este tom, por que o estilo dele é do romantismo


Nanci 03/10/2016minha estante
Entendo, mas minha opinião continua a mesma.


GilbertoOrtegaJr 03/10/2016minha estante
A minha idem hahaha


Marta Skoober 04/10/2016minha estante
Então é um livrinho controverso?


GilbertoOrtegaJr 05/10/2016minha estante
sim, pelo tema do incesto, e pq em vida a relação da autora com o pai e a mãe dela era pra lá de tensa


Joana.Garfunkel 09/10/2016minha estante
Também não gostei! Confesso que fiquei profundamente irritada em vários momentos, ao longo da leitura!




Alala0 09/02/2023

"Vagarei para longe de ti, para longe de toda a vida..."
"Por que sou obrigada a viver? Arrastar hora após hora, ver as árvores balançarem sem descanso os galhos, sentir o ar e sofrer por tudo em que reconheço a mais aguda agonia. Meu corpo é forte, mas minha alma afunda sob o enfrentamento de tamanha angústia."
Assim escreve Mary Shelley nesta história que, assim como em Frankenstein - embora de forma bastante distinta - narra tragédia atrás de tragédia. Se em Frankenstein a falta de amor suscitou todos os derradeiros e cruéis acontecimentos, nesta aqui o amor em excesso é justamente o culpado, o cerne de todo sofrimento.
Sob as asas de um incesto não consumado, vemos nossos personagens afundarem em desespero sob a influência supersticiosa desse tão notável e, até hoje odiado, tabu. Culpados - ante a sombra dessa perspectiva, são julgados por si próprios por este crime, ou melhor, pecado que não floresceu além, se não, de algumas poucas confissões.
Neste trabalho as descrições do mundo e seu ambiente são menos trabalhadas e nada arrastadas; notavelmente quando presentes são descritas poeticamente com uma delicadeza tocante. Graças a isso o entorno se fecha mais em volta das reflexões e paixões dos envolvidos, o que tona a leitura deliciosamente fluída. É o tipo de livro em que se pode pegar e devorar suas 150 páginas de uma vez só, sem nem ver o tempo passar e, ainda assim, saboreando cada segundo. A melancolia e a solidão são grandes aliadas da narrativa, embora a esperança se faça presente em muitas páginas para balancear o tom angustiante da história. Simplesmente maravilhoso. Poucas vezes a morte ou, como cita algumas vezes nossa protagonista "o amor e o desejo pela morte" foram descritas de forma tão bonita.
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Miguel 22/05/2020

Achei a sinopse impactante (lê-se polêmica hahaha) e decidi iniciar a leitura. Não sabia muito bem o que esperar da história, porém me surpreendi.

"Mathilda" é uma bela história triste. A leitura é muito agradável e flui sem grandes dificuldades. É perceptível os requintes de erudição presentes na escrita da autora, porém isso não torna a história enfadonha. Fui levado a fazer uso de meus conhecimentos sobre mitologia greco-romana q sempre julguei serem inúteis haha

É um ótimo livro, recomendo a leitura. ;)
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Daniella.Mancino 30/05/2023

Ainda não sei o que pensar
Terminei a leitura agora. O segundo livro lido da famosa escritora. Eu o achei pesado. Senti-me mal desde o início da leitura. Uma vida sem sentido?
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