O Cavaleiro Imperfeito

O Cavaleiro Imperfeito T. H. White




Resenhas - O Cavaleiro Imperfeito


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Nate 09/04/2021

Um livro sobre Lancelot, e sua perfeita imperfeição.
O cavaleiro imperfeito, livro III da série composta por cinco volumes de ?The once and future King?, ou no português, ?o único e eterno rei?, escrito pelo autor T.H WHITE. O livro foi publicado primeiramente no ano de 1940.

Esse livro narrado em terceira pessoa, conta a história de um dos personagens mais complexos das lendas Arthurianas, que é um dos cavaleiros mais conhecidos no mundo literário. Ele mesmo, SIR LANCELOT. O livro conta como foi a infância do personagem, como foi seu treinamento para se tornar o grande cavaleiro que veio a ser, como foi escolhido por Arthur e começou a fazer parte da Távola redonda, e como ele acabou se aproximando da rainha Guinevere, protagonizando então junto de Arthur e dela, talvez o triângulo amoroso mais famoso e conhecido de todos os tempos! Não somente sobre esse triângulo amoroso ficamos a par nesse livro, mas também das aventuras do cavaleiro mundo a fora na antiga Inglaterra medieval, seus desafios, suas aventuras, sua luta interna contra seus próprios demônios. Demônios esses que fazem com que esse personagem seja sim, talvez um dos mais complexos já criados até então. É surreal o que o autor conseguiu fazer aqui com esse personagem, em toda sua criação, sua carga dramática, suas motivações, seus medos...

Esse é o livro de Lancelot, contra fatos não há argumentos, mas nem por isso temos somente ele como personagem complexo e interessante nessa história. Temos também Guinevere, a rainha ?egoísta? entre muitas aspas, ciumenta, e talvez responsável pelos piores e melhores momentos de Lancelot. É difícil descrever Guinevere, e o próprio narrador deixa isso claro ao leitor, ao tentar descrevê-la assim como suas motivações, as justificativas da vida do porque ela é quem é.

Claro, que aqui também temos o grande rei Arthur, apesar do foco do livro não ser mais ele. Arthur continua puro, justo, leal, decente, e tentando ser o melhor dos melhores, mesmo tendo ciência no fundo de seu coração, de que está sendo traído por sua rainha e seu fiel cavaleiro. Arthur mantém a essência dos primeiros livros, e não poderia ser diferente, afinal, poucos tiveram a educação que Arthur teve... ele foi educado por ninguém menos que ?Merlin ?, que infelizmente é um personagem que aparece pouquíssimo nesse livro.

Fora os personagens, vemos a solidificação da távola redonda, e o momento onde finalmente a Bretanha ?? conquista a paz. É a partir daí que, depois de sabermos os medos de Arthur por conta dessa paz, que fica decidido e estabelecido a busca pelo Santo Graal.

O cavaleiro imperfeito, é até então o livro mais maduro, mais bem escrito, mais complexo, e talvez o melhor dos três volumes iniciais que compõem essa saga. Ele cria o clímax do ?início do fim?, ?estopim da tragédia?, que é sabido que compõe a grande história de rei Arthur. Apresenta aliás, personagens importantes nesse tema, como Mordred. Deixa um gostinho de quero mais para ler os dois últimos volumes da saga, e ao mesmo tempo um sentimento de melancolia por saber como essa tragédia termina. Também deixa um certo saudosismo quando lembramos lá do primeiro volume, onde tudo era tão puro, mágico, e infantil (não de uma forma ruim).

Certamente uma das minhas melhores leituras da vida, e posso falar isso por muitas outras pessoas. Não só recomendo como um simples livro, mas sim um manual para sua vida! Pois muitos ensinamentos podemos tirar daqui!

Resenha by Nathan Nogueira
Gabriel 09/11/2023minha estante
Sabe onde encontro pra comprar?




bardo 24/09/2022

Bem se o primeiro volume era meio bobinho e infantil, o segundo um pouco mais adulto mas ainda meio mais ou menos; aqui T.H.White começa a mostrar a que veio. O que não significa que seja um livro fácil, temos alguns problemas de ritmo aqui e é preciso alguma boa vontade com certas digressões do autor principalmente no que se refere ao feminino. Aliás esse pode ser um problema para alguns leitores mais interessados na história do que filosofia. Mais do que nos anteriores fica claro que a história é só um plano de fundo para White defender vários conceitos morais. Utilizando o recurso de dividir o volume em duas histórias o autor constrói um panorama extremamente complexo. Alguns talvez estranhem essa escolha, mas quando se retoma a história principal e as peças se encaixam temos talvez um dos momentos mais interessantes do livro. A escolha do título "Chevalier Mal Fet" para se referir a Lancelote é muito interessante, principalmente quando em dado ponto se esclarece que a alcunha tem mais de um significado. O retrato criado por White é extremamente rico; se Marion retrata um Lancelote meio idealizado, Cornwell um detestável, White opta por um "demasiadamente humano". Enquanto o Arthur de White é até irritante em sua pureza, Lancelote é um personagem bem mais crível assim como Guinevere. Chama a atenção também a explicação do autor para a "bondade" de Lancelote, do porquê ele ser honrado. Vale ainda notar que temos aqui uma bom apanhado das lendas relacionadas ao Santo Graal e a destruição da ideia de que a Távola Redonda fosse composta por homens perfeitos. Aliás o autor usa a Távola como metáfora para um ideal que ecoa em nosso mundo e White aparentemente não era muito otimista com relação ao gênero humano. Esse é de longe até o momento o melhor livro da saga.
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Juluzsg 20/12/2023

No fim, uma história de amor
A escrita aqui é totalmente madura. Nem parece que é a mesma história. Achei essa técnica de encadeamento da história interessantíssima.
Muitos sentimentos passaram por mim durante a leitura. Muitas vezes me simpatizei e outras tantas senti angústia e irritação com os protagonistas. Acontece que o autor já tinha alertado sobre isso, quando apontou que os protagonistas são humanos e para nós humanos nem tudo é preto no branco.
Não tinha como Guenevere não se apaixonar por Lancelot, eu também me apaixonei, assim como me apaixonei por Guenevere.
A história de amor dos dois é impossível, mas marcante. Os personagens são complexos e suas decisões plausíveis.
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Léo 06/07/2012

A coleção em cinco volumes O único e eterno rei, do inglês Terence Hanbury White, criada na primeira metade do século XX, se destaca das demais obras escritas anteriormente sobre as lendas arturianas por sua inovação, com uso de conceitos pouco habituais ao tema, além de denotar uma postura antibelicista e Naturalista, que é demonstrada na obra gradativamente, variando da literatura infanto-juvenil à literatura épica. Considerada por muitos como a versão definitiva da lenda do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, obteve grande relevância histórica e cultural, servindo de referência para uma vasta gama de autores nos campos literário, cinematográfico e dramatúrgico. Os conceitos políticos abordados na obra são o elemento principal do enredo, utilizado como um manifesto do autor por meio do mago Merlin e do fabulário da história, sem se resumir a uma simples peculiaridade acrescentada por White para dar uma nova roupagem à lenda. A obra traz diversos elementos originais com novas funções literárias, culturais, ideológicas e sociais, muitas delas advindas da vida conturbada do autor e de sua época, no auge da 2.ª Guerra Mundial, e propõe grandes reflexões de cunho político-ideológico-social por meio de elementos alheios (anacronismo, humor, fabulário, magia, etc.) que lhe conferem uma postura mais branda, evitando que a obra seja caracterizada como panfletária. A coleção é composta de cinco livros: “A espada na pedra” revela a aproximação entre Arthur e Merlin e toda a educação recebida pelo menino até ele virar rei; “A rainha do ar e das sombras” nos dá conta da incansável busca pelo Santo Graal; “O cavaleiro imperfeito” aborda a história do cavaleiro Lancelot e o surgimento de uma grande amizade com o rei Arthur; “A chama ao vento” conta sobre os últimos anos do reinado de Artur e seu trágico relacionamento com seu filho Mordred; e, por fim, em “O livro de Merlin”, há uma espécie de manifesto contra movimentos nacionalistas e opressores. Sem dúvida não se trata apenas de uma mera releitura do livro Le Morte d'Arthur, de Sir Thomas Malory, mas de uma obra única, um clássico de considerável importância para a literatura do século XX, principalmente para o gênero fantástico.
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Sanoli 14/06/2015

http://surteipostei.blogspot.com.br/2015/06/o-cavaleiro-imperfeito_14.html

site: http://surteipostei.blogspot.com.br/2015/06/o-cavaleiro-imperfeito_14.html
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Dado Silva 24/10/2012

O milagre de fazer um milagre!
Parte 3 da série "O Único e Eterno Rei" e continuação direta de "A Rainha do Ar e das Sombras", tem como protagonista Sir Lancelot, o Cavaleiro Imperfeito, o mais complexo de todos os personagens da saga narrada por T.H. White.
A primeira metade da história narra a juventude de Lancelot, como ele tornou-se o melhor dos cavaleiros da Távola Redonda e sobre o seu caso de amor proibido com Rainha Guinevere. Suas virtudes, medos e o onipresente sentimento de arrebatamento e traição para com Arthur, seu ídolo, rei e melhor amigo. A segunda metade passa-se cerca de 20 anos depois e foca na busca pelo Santo Graal. São apresentados novas personagens, como Sir Galahad (filho de Lancelot), Sir Percivale e Sir Bors, além do filho bastardo do Rei Arthur, Sir Mordred.
As aventuras desses cavaleiros e do próprio Lancelot atrás do Graal, marcam o que há de melhor na narrativa do autor sobre as lendas Arthurianas."
Conforme se aproxima do final, é possível sentir toda a angústia e desespero do protagonista, revelando toda a dualidade por trás do maior cavaleiro que o mundo já conheceu.
O final é absolutamente apoteótico!!!

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Alexsander.Camargos 01/11/2014

Apresenta o segundo grande protagonista da saga, Lancelot, o cavaleiro feio, sério e religioso que ainda muito jovem treina na França na esperança de ser introduzido à corte de Arthur. O rei manda chamá-lo à Inglaterra e Lancelot apaixona-se à primeira vista pela mulher de Arthur, a Rainha Guenevere, a terceira grande protagonista da saga. O caso de amor entre os dois é o cerne do ciclo arturiano. Aqui também começa a procura do Santo Graal, em que Arthur empenha todos os seus cavaleiros
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Luiza.Thereza 06/10/2015

O único e eterno Rei: O Cavaleiro Imperfeito
Acho que parte da dificuldade de se acompanhar a narração desta série, é que o autor tenta explicar algumas coisas medievais usando exemplos contemporâneos para época (1940). Curioso foi ver que foi justamente por causa desse artifício que a obra de White ganhou fama (lá fora).

Esse livro é de Lancelot, nomeado por si mesmo de O Cavaleiro Imperfeito por ser grotesco de fisionomia. Amigo de Arthur, e devotado a seu Rei Lancelot se apaixona por Guinevere, e ela por ele. E é dele e desse amor que o livro vai falar basicamente 90% do tempo.

Por um tempo, ele disfarçou esse amor quando não conseguiu mais disfarçar, ele saiu da Corte de Arthur para amá-la em segredo... E foi nessas andanças que ele conheceu Elaine, com quem se deitou pensando estar com sua amada Guinevere (duas vezes). Mas o amor de Lancelot por sua Rainha era mais forte, a ponto de existir a consumação, o sentimento de culpa e, por incrível que pareça, a conivência de Arthur.

site: http://www.oslivrosdebela.com/2015/02/o-cavaleiro-imperfeito-t-h-white.html
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