Resenhas - The Lake House

anna v. 15/12/2015

Lindo e envolvente
Kate Morton não decepciona. Seus livros são "page turners", imperdíveis para quem gosta desse estilo de saga familiar multigeracional em que várias camadas de segredos vão sendo desvendados a conta-gotas. Na verdade isso já virou um gênero em si e tem muita coisa ruim publicada nessa onda. No fundo, todos estão tentando ser Kate Morton...
Este foi o livro da autora que achei com mais suspense, tem até mesmo uma detetive como personagem principal. Mas felizmente, nada de perseguições, tiroteios ou quaisquer outras tentativas de acrescentar "ação" na acepção mais pedestre do termo.
Sadie Sparrow é uma policial que foi colocada na geladeira depois de fazer uma grande cagada num caso de grande repercussão. Tira umas férias forçadas na Cornualha, na casa do avô, e lá se mete numa história acontecida 70 anos, o desaparecimento de um bebê. Com isso, se envolve com a família (e a casa) do bebê em questão, inclusive uma de suas irmãs, agora uma octogenária autora de livros de mistério.
Como sempre, os muitos fios da história se enredam e desenredam num lindo balé que essa autora domina com maestria.
Não esperem inovações estilísticas ou grandes sacadas filosóficas. É ficção de entretenimento, da melhor qualidade.

Edição: Advanced Reader Copy da edição americana, Atria Books, 2015.

Volnice.Flausino 02/12/2019

Uma busca por respostas por uma fato do passado
Sadie é uma detetive em licença afastada da policia que vai para Cornwell, cidade onde reside seu avô procurando refúgio para tentar esquecer os motivos de seu afastamento, um caso de desaparecimento de uma mulher.  Em uma de suas corridas matinais, descobre um belo jardim e nele há  uma bela residencia próxima ao um lago com maravilhosa paisagem.  Ao indagar ao seu avô de quem é aquela  residência, descobre que está abandonada e que há uma história triste por trás a respeito do desparecimento de um bebê chamado Theo, de onze meses, um dos filhos da família Edevane, dona do imóvel. Um caso não resolvido na época, ocorrido em 1933. Intrigada, Sadie procura todas as pistas para resolver o caso como forma de tentar se redimir de seu mal sucedido caso anterior.Missão quase impossível para a detetive já que este fato aconteceu a mais de 70 anos. E nesta busca vimos Sadie correndo atrás de respostas e a cada pista descoberta ela encontra novas possibilidades  do que poderia ter acontecido com o pequeno Theo; terá sido sequestrado? Ou morto? A narrativa intercala entre o presente e passado e sempre surge um fato novo que atiça mais a vontade de descobrir a solução do mistério. O final, para mim, surpreendeu as expectativas. Particularmente apreciei a forma da escrita da autora mesmo que em alguns momentos se estendia em detalhes não necessário, meio que arrastando a estória. Mesmo assim, gostei bastante e recomendo.