Resenhas - O Livro de Merlin

Dante.Canova 09/08/2023

O último volume de O único e Eterno Rei lido!!
Esse volume começa exatamente onde o quarto parou, Arthur está prestes a enfrentar o exército de seu filho Mordred, aí que Merlin chega, como num sonho o mestre de Arthur o leva de volta para sua cabana onde ensinou o rei qnd este era criança, e lá com o conselho de animais ele decide passar mais alguma lições para o velho rei.
Arthur vai aprender novamente enquanto se transforma em animais como foi na sua infância, primeiro como uma formiga ele aprende que elas não são egoístas, estão sempre trabalhando em benefício da colônia toda, que elas quase não pensam e fazem tudo no automático como se fossem pequenos robôs, mas que isso funciona muito bem.
Depois com os gansos, ele aprende que a liberdade de poder ir e vir é muito boa, que mesmo em pequenos ou grandes grupos eles seguem a vida de forma leve, não entram em guerra, voando de um lado para o outro, sentindo o ar e as brisas do mar, Arthur quase se esquece de seu passado como humano, se apaixona novamente, porém ele tem que voltar para a cabana de Merlin e na volta ele se sente mais frustrado que nunca.
Merlin explica e discute com o conselho e tbm Arthur, sobre as formas políticas que os homens adotam, socialismo, capitalismo, comunismo, e todas outras, e como isso acontece apenas com os homens, pq os animais não guerreiam, eles só lutam para se defender ou se alimentar, mas que na sua maioria vivem em grupos de forma organizada e em paz.
No fim, Arthur volta para casa, a guerra tem uma tregua, porém ela é quebrada quase que instantaneamente, por fim, Arthur acaba morrendo de velhice, guinevere vai para um convento onde fica até seus últimos dias e Lancelot que a amou até a morte viveu sozinho tbm.
O fim melancólico nos mostra que Arthur falhou em muitas coisas e seus amigos tbm, a távola redonda se acabou, porém ideias foram plantadas, as leis e a justiça acima das rixas pessoais foram deixadas de lado por um tempo, mas elas podem voltar, como um ciclo, tudo pode recomeçar e talvez dá próxima vez dar certo.
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bardo 30/12/2022

E o último volume de O Único e Eterno Rei tem um gosto agridoce, a despeito de algumas passagens muito boas, algumas considerações no mínimo interessantes, o tom da obra destoa demais dos volumes anteriores. Considerando que aqui White não tem um tema para seguir, grosso modo a história já foi contada, a ação torna-se confusa e um tanto caótica. O Merlin aqui apresentado é amargurado, confuso e incoerente.
O que mais irrita é que a ideia em si é bastante interessante, por mais que particularmente eu considere os capítulos de transformação os mais enfadonhos no A Espada na Pedra; impressão mais devido a uma diferença cultural, Tolkien não me deixa mentir que os ingleses adoram canções, ainda assim existe uma certa beleza na ideia proposta ali.
Tal ideia é retomada aqui, o problema é que White fez um “remendo”: Dois episódios que na verdade teriam sido escritos para O Livro de Merlin foram transplantados para o A Espada na Pedra, o leitor ao relê-los não tem como conter a sensação de estranheza. Tal manobra é esclarecida no texto de apoio, texto que aliás contextualiza e de certa forma recupera o interesse na narrativa. Acho que esse é um dos poucos casos em que a leitura de um texto contextualizando e mesmo dando spoilers à obra não seria algo nocivo.
O Livro de Merlin está mais para uma discussão filosófica não muito bem estruturada e sem exatamente uma argumentação clara do que uma história. Entender o que o autor pretendia e as paixões que o motivavam ajudaria muito a ter mais boa vontade para com o texto. Nem falo em se concordar ou não com as ideias propostas, o ponto não é esse. Pode-se discordar totalmente de um ponto de vista, mas admirar a forma como um argumento foi desenvolvido, não é o que acontece aqui.
Em suma é um epílogo que destoa um bocado da bela imagem final de A Chama Ao Vento, ainda que sim um Arthur derrotado e amargurado tenha lá seus encantos, White, porém poderia ter sido um pouquinho menos prolixo em seu líbelo contra a belicosidade humana.

Carlinha 02/02/2022

E aqui jaz o Único e Eterno Rei.
Gostei muito de como o Arthur foi trazido de "volta" à sua infância, e como a visão de mundo dele mudou completamente com o passar dos anos, isso é mostrado bem resumidamente nos outros livros da série, e aqui sentimos o impacto. Me emocionei bastante quando ele se despediu dos animais e bem no fim, quando é contada a história do autor, o White. Se fosse um único livro assim como o White planejava, talvez tivesse ficado bem melhor, faria mais sentido um livro grande com a história contada de uma vez e afins, mas acabaram sendo 5 livros relativamente pequenos. Eu gostei muito de ler sobre o Arthur pelo White, foi uma experiência muito boa. Acho que o White sentiu o mesmo quando leu "A Morte D'Arthur".

Geraldobneto 22/09/2020

Era melhor ter finalizado no passado...
TH White mostrou nos dois volumes anteriores que pode ser um excelente escritor, mas assim como o primeiro, nesse ele sofre ao tentar equilibrar seu lado filósofo com o lado narrador e o resultado é desastroso... Porém, a série vale muito a pena. O livro 3 e 4 são facilmente uns dos melhores que já li

Luiza.Thereza 06/10/2015

O único e eterno Rei: O Livro de Merlin
Enfim cheguei ao quinto e ultimo livro da série O Último e Eterno Rei. E foi surpreendente perceber o quão diferente a história ficou em comparação ao seu início (é tipo a diferença entre água e óleo). Parece que tudo ficou mais elegante, mítico e infinitamente mais suportável de ler.

Em A Chama ao Vento (quarto livro da série) Arthur viu todo o seu trabalho com a Tavola redonda ruir graças a seu filho Mordred. Obrigado a travar uma guerra contra seu próprio filho, o velho Reis sente todo o peso da idade e do fracasso em seus ombros cansados.

É nesse momento que o mago Melin ressurge de prisão na caverna para ensinar à Arthur duas ultimas e preciosas lições.

O pulo do gato da versão de T. H. White foi, acredito eu, a maneira como ele construiu essa narração: apesar de o uso de anacronismo ter sido (muito) exaustivo no primeiro e quase insuportável no terceiro, no quarto e quinto livro da série esse recurso foi usado de maneira tão habilidosa que, sério, nem parece ser a mesma série. E o amadurecimento de Arthur foi a grande chave para essa mudança. Arthur passou a entender as palavras de Merlin e a discutir sobre os conselhos do mago ao invés de apenas absorvê-los.

site: http://www.oslivrosdebela.com/2015/07/o-livro-de-merlin-t-h-white.html

Alexsander.Camargos 01/11/2014

Merlin retorna, volta a estar ao lado de Arthur e o reconduz aos dias mais felizes, quando ele visitava as formigas e os pássaros pela magia do tutor. Mergulhado nessa paz que lhe dá a volta à inocência, Arthur propõe uma trégua a Mordred - mas o destino intervém,e vemos o fim de Arthur, Lancelot, Guenevere e de uma era. Vemos também o futuro, e este está cheio de esperança. Este livro é, além de uma obra-prima literária, um poderoso apelo contra as guerras.

isabelha 15/10/2014

A última lição
Nesse dia do professor, minha homenagem vai a um dos maiores mestres já descritos em lendas e livros. Merlin ensina a Arthur/Wart como ser o verdadeiro único e eterno Rei, com a ajuda dos animais.
Neste último volume, o mais filosófico dos cinco, Merlin dá ao seu antigo aluno a última lição de sua vida, na noite que antecede o encontro fatal do Rei com seu filho bastardo, Mordred. Uma verdadeira lição sobre filosofia, a sociedade e as guerras, bem como sobre a personalidade humana.

Dado Silva 10/11/2012

E o circulo se completa!
Volume 5 da saga "O Único e Eterno Rei" e continuação direta de "A Chama ao Vento", começa exatamente onde o livro anterior termina.
Muito mais uma dissertação filosófica sobre a real importância do homem para o mundo, "O Livro de Merlin" encerra de forma brilhante e emocionante a saga do Único e eterno Rei Arthur. Trata-se sobretudo de um apelo contra as guerras.

Gabby 24/09/2012

O último livro da série e o que mais tem questões "filosóficas". Muito bom.

Léo 06/07/2012

A coleção em cinco volumes O único e eterno rei, do inglês Terence Hanbury White, criada na primeira metade do século XX, se destaca das demais obras escritas anteriormente sobre as lendas arturianas por sua inovação, com uso de conceitos pouco habituais ao tema, além de denotar uma postura antibelicista e Naturalista, que é demonstrada na obra gradativamente, variando da literatura infanto-juvenil à literatura épica. Considerada por muitos como a versão definitiva da lenda do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, obteve grande relevância histórica e cultural, servindo de referência para uma vasta gama de autores nos campos literário, cinematográfico e dramatúrgico. Os conceitos políticos abordados na obra são o elemento principal do enredo, utilizado como um manifesto do autor por meio do mago Merlin e do fabulário da história, sem se resumir a uma simples peculiaridade acrescentada por White para dar uma nova roupagem à lenda. A obra traz diversos elementos originais com novas funções literárias, culturais, ideológicas e sociais, muitas delas advindas da vida conturbada do autor e de sua época, no auge da 2.ª Guerra Mundial, e propõe grandes reflexões de cunho político-ideológico-social por meio de elementos alheios (anacronismo, humor, fabulário, magia, etc.) que lhe conferem uma postura mais branda, evitando que a obra seja caracterizada como panfletária. A coleção é composta de cinco livros: “A espada na pedra” revela a aproximação entre Arthur e Merlin e toda a educação recebida pelo menino até ele virar rei; “A rainha do ar e das sombras” nos dá conta da incansável busca pelo Santo Graal; “O cavaleiro imperfeito” aborda a história do cavaleiro Lancelot e o surgimento de uma grande amizade com o rei Arthur; “A chama ao vento” conta sobre os últimos anos do reinado de Artur e seu trágico relacionamento com seu filho Mordred; e, por fim, em “O livro de Merlin”, há uma espécie de manifesto contra movimentos nacionalistas e opressores. Sem dúvida não se trata apenas de uma mera releitura do livro Le Morte d'Arthur, de Sir Thomas Malory, mas de uma obra única, um clássico de considerável importância para a literatura do século XX, principalmente para o gênero fantástico.

Inlectus 20/04/2009

Muito bom.
Levar o grande rei Hartur, para aprender entre os animais, em meio a natureza, com a sabedoria de seu grande mago, que o socorre em um momento crucial, é de fato genial.