Juventude brutal

Juventude brutal Anthony Breznican




Resenhas - Juventude brutal


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Dessa 24/05/2015

Livro incrível!
Quando a editora fez a seguinte proposta: ler o prólogo de Juventude brutal sem saber a sinopse, não achei que ia me surpreender tanto assim com a trama. E se só com esse prólogo eu fiquei chocada, imagina o que o livro todo não traria? Aquelas poucas páginas iniciais me mostraram o que esperar da história, e que não seria algo fácil. O livro tem uma carga dramática muito forte, Breznican mostra como o bullying funciona. Foi uma leitura que me entristeceu, chocou e me deu raiva. Mas, ao mesmo tempo, é aquela leitura que não te deixa desgrudar mais, sabe? Fiquei tão focada em tudo que acontecia, que eu simplesmente precisava continuar lendo. E olha que o livro não é daqueles que você precisa descobrir um grande segredo ou algo do tipo, mas mesmo assim a curiosidade de continuar é maior. Apesar de toda crueldade que o livro traz, ele consegue arrancar alguns sorrisos ao mostrar amizades bonitas e sinceras.

O prólogo nos mostra um garoto que após sofrer tanto bullying tem um surto e resolve subir no telhado mais alto e atirar potes de vidros nas pessoas. Ao mesmo tempo que fiquei com raiva de tudo que o garoto sofria, também fiquei embasbacada com tudo que ele fez quando cansou de ser o alvo de piadas dos outros. No fim, já não sabia para que lado pendia meus sentimentos: será que ele estava certo em surtar assim? Sinceramente não sei, mas que todo o contexto me deixou revoltada, ah deixou! Terminei a leitura destas poucas páginas com a grande dúvida se o livro seria o 'antes' do acontecimento ou o 'depois' (afinal, não li a sinopse). E bem, foi o depois, e com a volta de alguns personagens, que por azar, estavam no colégio no momento do grande terror para conhecer as dependências e decidir se iriam cursar o ensino médio em St Michael.

Noah, Peter e Green estavam naquele fatídico dia, assim, acompanhamos seu ingresso na St. Michael - depois da insistência de um homem poderoso para poder abafar o caso. E se você pensa que pelo que ocorreu com o outro menino as coisas iam ficar mais calmas, está enganado. Tudo continua igual. Os professores fecham os olhos para a violência, e os alunos mais velhos continuam praticando bullying com os calouros, e quem é diferente ou não tão popular. Conhecemos também Lorelei, uma menina que no antigo colégio era odiada, e por isso, é desesperada por ser popular na nova escola, fazendo qualquer coisa para atingir o que quer.

Leia o resto da resenha no blog.

site: http://www.apenasumvicio.com/2015/05/resenha-juventude-brutal.html
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Caroline Gurgel 15/07/2015

Viciante...
Que leitura incrível!! Esse livro foi uma surpresa muito agradável, uma história bem melhor do que imaginei e diferente de tudo que já li. Não é o tipo de livro que eu escolheria na prateleira de uma livraria e talvez nem me interessaria se me contassem a história. Ainda bem que o ganhei e tive o prazer de lê-lo!!

Bullying?! Imaginei uma história batida, previsível e sem graça, daquelas que o garoto popular xinga e humilha o garoto sem jeito, o gordo, o tímido, o nerd, o feio, até que um dia precisa de sua ajuda, percebe que agia errado, se desculpa e muda da água para o vinho. Já li muitas histórias assim e uma hora elas cansam. Juventude Brutal não é nada disso. É cruel, é real! É viciante!

O romance de estreia do americano Anthony Breznican nos leva, aos anos 90, à St. Michael, uma escola particular católica conhecida pelos trotes que os veteranos fazem com os calouros. É lá que nos deparamos com o carismático Davidek, que logo faz amizade com Stein, um garoto cheio de enigmáticas cicatrizes no rosto, e com Lorelei, uma menina linda, mas nada popular, que está disposta a mudar essa situação. São os três personagens principais, todos calouros e meio solitários, apesar de suas qualidades, que irão passar por poucas e boas – ou muitas e ruins! – durante todo o primeiro ano do colegial.

Breznican abre o livro com um prólogo maravilhoso, de tirar o fôlego e aplaudir de pé. Uma das melhores introduções que já li, que trouxe com ela grandes expectativas e algumas teorias. Comparado ao prólogo, os primeiros capítulos são um tanto confusos e me entediaram um pouco. Porém, quando nos habituamos à escrita do autor e entendemos melhor a história que ele quer contar, é impossível largar o livro. Fazia tempo que eu não me deparava com uma leitura tão viciante!

A história é contada em 3ª pessoa e alterna o foco entre os personagens, o que nos aproxima bastante deles e nos permite enxergar tudo por diversos ângulos. A escrita é maravilhosa, feita com um esmero perceptível e um rico vocabulário. A estrutura da narrativa é muito boa, com uma montagem espetacular da personalidade daqueles jovens. Pouco a pouco, serpenteando entre as páginas, vamos descobrindo seus segredos e mistérios, vamos encaixando as peças que moldam suas atitudes e as compreendendo melhor.

Quando o bullying começa passei a me perguntar se tudo aquilo era meio caricatural, tamanha a crueldade. Parece exagerado, mas parei para pensar em casos reais que são noticiados comumente nos jornais e percebi que era, sim, um retrato de uma escola doente, com alunos problemáticos. Era a consequência de pais omissos e professores sem vocação.

Os personagens, mesmo os secundários, são muito bem construídos. Por trás de cada um deles há um porquê, há um motivo para cada atitude, por mais injustificável que seja. De alguns personagens senti raiva, de outros, pena. As histórias de suas vidas são de partir o coração e nos deixa meio melancólicos, como se sentíssemos todo aquele sofrimento. São personagens atemporais, adolescentes carentes de atenção, e, como tais, facilmente influenciáveis.

Preciso ainda dar destaque a Hanna, uma personagem espetacular. Talvez a melhor de todo o livro. Não quero dar spoilers, mas fiquei com uma dor no peito por ela muitas vezes. Aliás, é assim que nos sentimos em muitos, muitos trechos.

E os adultos? O que falar dos adultos desse livro? Todos culpados, todos negligentes! Famílias completamente desestruturadas, pais e professores que preferem se acomodar, que preferem não enxergar a tragédia diante de seus olhos. São injustos, até desumanos, e não param para ouvir o que os adolescentes tem a dizer.

Breznican conseguiu reunir em um só livro histórias terríveis de bullying e trote, histórias de amizade verdadeira, de traição, de mágoa, de segredos e de confiança. Conseguiu fazer uma crítica aos pais ausentes e aos educadores despreparados. Falou ainda em chantagem e seu poder de destruição.

Jovens precisam de bons exemplos, sem isso tudo desanda com facilidade. Eis a mensagem principal dessa história intensa, dura, real e triste.

Como não recomendar um livro que você não conseguia parar de ler? Fiquei sempre curiosa, querendo saber o que aconteceria, querendo entrar naquelas páginas e dar uns bons gritos e alguns conselhos. Esperava um final diferente, mais romanceado, mas, pensando bem, ele não poderia ter sido mais genuíno, mais real. Mesmo com toda dureza, é uma leitura viciante. Já falei isso, não?! :))

❤ ❤ ❤ ❤ ♡
★ ★ ★ ★ ★

"Os mocinhos nem sempre vencem no final. Às vezes, eles têm sorte de simplesmente continuarem sendo caras legais."

site: www.historiasdepapel.com.br
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Adriana.SzT 02/11/2018

Não consegui parar de ler!
"Todos os valentões que te perseguiam, todos os professores sádicos que te infernizaram, todas as brincadeiras estúpidas, todas as paixões, todos os falsos amigos - está tudo aqui, junto com alguns jovens que se unem para tentar fazer a coisa certa em um ambiente cruel. Tão divertido, quanto aterrorizante. Juventude Brutal é um " tour de force ", uma façanha, um Juventude Transviada do século XXI." - Stephen king
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jess :) 08/04/2019

juventude brutal
como o título diz, esse livro narra uma história carregada de injustiças, maus entendidos, raiva, e brutalidade da juventude. a angustia dos personagens é quase palpável, o autor foi bem sucedido em transmitir todos os sentimentos que carregam em si a insignificância e importância próprias da adolescência. um turbilhão de emoções, a impulsividade, amizade e lealdade foi o que levei deste livro. suas lições mais importantes são que o bullying é tão perigoso quanto não é engraçado. fora as memórias dolorosas e o rancor que fica, há também a inquietação o desejo de vingança. nunca é só uma ?brincadeirinha?, sempre tem alguém do outro lado.
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Isaac 12/02/2022

"Foi a primeira lição que Davideck aprendeu na escola: quando as pessoas não gostam de você, elas atravancam seu caminho (...)"

" ...Quando não dão a mínima para você, elas o deixam seguir seu próprio caminho " (p. 16)

- Na escola do segundo ano St. Michael Arcangel, a vida de Davideck não poderia ser mais insuportável - seus veteranos são estúpidos, violentos e irracionais. A lei que vigora na "instituição escolar religiosa" consiste em adaptar-se para sobreviver. Dessa forma, o autor desenha uma história que conversa com a experiência pessoal de muitas pessoas - o bullying e os abusos existentes nos ambientes escolares.

- A história me fez pensar muito mais além do que o bullying. Ela traz a violência, o ódio, a hipocrisia, o ressentimento que está nas pessoas, na família, na escola, na Igreja e em quaisquer ambientes que imaginarmos. Por meio de um ciclo sem fim, esse ódio vai moldando os indivíduos, deixando cicatrizes, traumas, feridas, as quais ao longo do tempo se transformam em vingança, punição, castigo, abuso. É um tema delicado, entretanto o autor não alivia: em suas linhas ele escancara a crueldade e até onde a insensibilidade humana podem alcançar.

- A obra, contudo, não me encheu os olhos. Sinto muito, a história em geral não me cativou, os personagens são caricaturas bem simplórias, muitos arcos ficam sem conclusão ou o seu desfecho é bem deplorável. Tantas páginas que prometem, porém não entregam. Não funcionou para mim :C
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Juliana990 26/09/2022

Trata do bullying na década de 90, época que o livro foi escrito. E além da evolução eletrônica, graças a tudo que é bom também houve evolução nesse quesito. Os EUA tem um cultura de ?panelas? já bem demonstrada em filmes, mas uma leitura visceral das crises adolescentes nesse batismos cruel escolar, me fez ver como nosso mais é mais empático nesse quesito.
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