Kris Monneska - Conversas de Alcova 04/06/2015Um amor tão forte, que até mesmo a vida lhe deu outra oportunidadeQuem visita o blog, já sabe que eu sou leitora assídua de livros com temática espiritualista. Por isso foi um enorme prazer ter me tornado parceira da Editora Petit, que tem feito um grande diferencial no campo literário nacional, abrindo espaço para esse tipo de literatura. Desde já agradeço a oportunidade de ter lido esse livro lindo em primeira mão. Agora vamos a resenha.
O Livro começa com o funeral de Elizabete e nele somos apresentados a alguns dos principais personagens da história: Mario, o viúvo, Mariana, a filha, Joaquim, o pai de Mário e Violeta, a mãe. Nos momentos que se seguem percebemos que Violeta é uma mãe completamente apaixonada pelo filho, além de possessiva e ciumenta, por essas razões ela nutre uma certa aversão por Mariana, sua neta que devido as complicações causadas por uma poliomielite no início da infância, perdeu o movimento das pernas e necessita de cuidados especiais. O que faz com que Mário, agora pai solteiro, a dedique muitos cuidados e atenção.
Após conhecermos esse núcleo, somos transportados de volta no tempo e chegamos a 1868, época em que ocorria a guerra do Paraguai. E lá conhecemos Maria Eugênia, uma jovem imigrante, foge no meio da noite para encontrar seu amado as escondidas.
Ele, Romero, é o filho de uma família nobre e é proibido pelos pais de corteja-la, por ela ser uma moça de origem humilde. E é forçado, então a se comprometer com outra, Carmelita, uma moça rica de família influente. Mas, Romero não aceita a proibição dos pais e continua a se encontrar com Maria Eugênia e começa a tecer planos para que eles possam ficar juntos, porém no meio do encontro, a jovem percebe que alguém os espreita a certa distância e se assusta. Essa pessoa então, saca de uma arma e a fere de morte com um tiro na barriga.
Nesse momento Sofia acorda com um sobressalto, teve o mesmo sonho, outra vez. Esse é um sonho recorrente a jovem, algumas vezes as circunstâncias se alteram, mas ele sempre termina com ela morrendo com um ferimento na barriga. E Sofia sente, que mesmo tendo um nome diferente, um rosto diferente, mas ela e Maria Eugênia são a mesma pessoa.
Sofia é uma jovem estudiosa e trabalhadora, que cursa a faculdade de enfermagem a noite e trabalha numa sapataria durante o dia para ajudar os pais. Até que surge a oportunidade dela ir trabalhar como babá de Mariana e é aí que o destino começa a juntar suas peças...
Violeta é uma mãe completamente possessiva, seu apego em relação a Mário são absurdos. Aquele tipo de mães que querem criar os filhos pra elas(já conheci algumas assim), mesmo após o casamento de Mario e Elisabete, ela persuadiu o filho a continuar morando em sua casa e daí então cuidou de fazer da vida da nora um inferno, mas Elisabete era praticamente uma santa e administrava muito bem os problemas com a sogra. E após a morte da nora, Violeta passa a ver uma rival na neta e começa ao seu modo persegui-la. Nesse ínterim, ela precisa contratar uma babá para cuidar de Mariana, e ao saber de Sofia que é a filha de sua costureira a convida para uma entrevista. Porém após conhecer Sophia ela identifica tantas qualidades na jovem, que imagina que se Mário conhece-la irá se apaixonar por ela e ela não pode permitir isso. Sendo assim ela muda todos os horários da casa, para que Mário e Sofia nunca se cruzem. Mas, o que ela não sabe é que esse encontro está programado a muito tempo, e até mesmo Elisabete no outro plano trabalha para que ele dê certo. E para isso ela tem a ajuda de Mariana, que é uma menina muito esperta.
Eu fiquei simplesmente encantada com a história escrita pela Izabel.
Tanto pelo cuidado que ela teve em elaborar o contexto histórico, como pela riqueza na maneira dela elaborar seus personagens, de maneira que até os mais simples (que não tinham tanto envolvimento na trama) tivessem uma personalidade bem estruturada. Eu amei a Sofia, o Mário e o Bernardo, mas a personagem que me ganhou mesmo foi a Marina, fazia tempo que eu não lia a descrição de uma criança tão maravilhosa. Algumas falas da personagem me fizeram sentir uma paz, tão grande que eu queria ela pra mim.
A Violeta é uma vilã cruel e real, capaz de fazer coisas absurdas por ciúme do filho, porém ela é real, pois realmente existem pessoas assim. Não vou contar o que ela fez, pra não roubar a surpresa, vocês vão ter que ler pra saber ^_^
Uma das coisas que eu achei curiosas foi que o livro não se trata de uma psicografia, mas isso não altera em nada o estilo da escrita, que segue a mesma linha das psicografias, onde a escrita é impecável, e a trama é tão bem elaborada a ponto de todas as peças da narrativa se encaixarem perfeitamente no fim da história, sem deixar nenhuma ponta solta.
O livro é ainda instrutivo quanto a religião, pois além da história desse amor tão forte que vem de outras vidas, ele ainda elucida pontos cruciais que são grandes dúvidas para quem não conhece, ou está conhecendo agora o Kardecismo.
O trabalho gráfico da Petit foi perfeito, não vi problemas na revisão, a tipografia usada no livro está num tamanho ótimo e a capa do livro é linda. Eu me apaixonei pelo livro a primeira vista, quando recebi a sinopse por e-mail e não me arrependi de ter solicitado.
Enfim, deu pra perceber que eu amei a leitura e é lógico que eu recomendo, pra quem já curte, romances espíritas e até mesmo pra quem não curte, a leitura é leve e nos transmite mensagens muito valiosas. Ideal pra recarregar as energias e aliviar o stress.
Se você faz parte da galera que nunca leu um livro do gênero, mas diz que não gosta, eu digo permita-se experimentar a novidade, abra a sua mente, deixe um pouco o preconceito de lado, você terá uma experiência diferente na sua vida, conhecerá um pouco mais sobre uma religião que é bem mal julgada, por mero preconceito e no máximo o que pode acontecer é você não gostar da leitura, mas ao menos você tentou.
Beijos, meus amores e não deixem de interagir conosco nos comentários ♥
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