Claudinei 12/09/2023
Fui surpreendido
Parado na pilha de leitura a um bom tempo eu já estava destinando esse mangá pra pilha de vendas ou doação, mas de último instante decidi conhecer a história de Shaman King, do que se tratava, mesmo sabendo que teria um “shonenzão” pela frente, por fim acabei curtindo demais a história.
Essa edição apelidada de “big” reúne 2 edições do formato que foi publicado anteriormente, o que foi o diferencial para eu ter curtido esse início de história, pois além da apresentação da trama e de alguns personagens, as coisas de fato começam a acontecer num ritmo crescente que te faz se envolver na leitura, acredito que se tivesse acabado na metade do que foi esse volume dificilmente eu sentiria vontade de continuar a série.
Ao cruzar um cemitério pegando um atalho para estação de trem o jovem Manta Oyamada se depara com outra pessoa contemplando as estrelas, porém não sozinho, mas rodeado de espíritos , com medo, ele segue seu caminho, sem saber que o destino dos dois já estava de certa forma ligado, pois no outro dia na escola é apresentado ao novo aluno Yoh Asakura, justamente a pessoa do cemitério, Yoh diz a Manta que quem consegue enxergar os espíritos, segundo o que ele acredita, não pode ser má pessoa, e a partir dali se inicia uma grande amizade entre os dois.
Yoh explica a Manta que é um Xamã, um elo de ligação entre o mundo físico e o espiritual, e no decorrer dos dias vão acontecendo situações que exemplificam essa habilidade, como ajudar espíritos que de alguma forma estão presos a esse mundo sem conseguir partir para o além, e também a questão do Xamã conseguir utilizar certas habilidades, como por exemplo a habilidade de batalha de um espirito guardião pela técnica de incorporação. Assim surge o primeiro rival de Yoh, o jovem Ren, que quer para si o espirito Amidamaru, um samurai que é o guardião de Yoh. Ren ao contrário de Yoh é alguém que acredita que os espíritos devem ser tratados como armas e ferramentas para um propósito e não como seres com sentimentos ou amigos. Assim no meio desses embates é revelado que os Xamãs lutarão entre si pelo título de “Rei Xamã”, quem alcançar tal título poderá ser uma espécie de salvador ao mundo, supondo que figuras históricas como Jesus e Buda já foram Reis Xamãs que passaram por aqui.
Yoh é aquele típico protagonista disposto a ajudar quem estiver em seu caminho, sem medir esforços, seja alguém vivo, ou até mesmo um espirito que não esteja encontrando a paz. Nesse primeiro volume essas características são visíveis e presentes o tempo inteiro. O núcleo de personagens também é bem construído e trabalhado nesse primeiro volume, surgindo em momentos chaves e sempre objetivos. No quesito arte o único fato que me incomodou são as anatomias das pessoas sendo uma mistura que vão do mais detalhado a alguns totalmente cartunesco como é o caso do Manta, mas isso não interferiu na leitura e nem diminui o interesse pela história. Foi dado o inicio da jornada de Yoh em busca de seu objetivo que de tão simples chega a ser impensável, ser o rei Xamã e poder ficar o dia inteiro em paz curtindo uma boa música. Nota 8,5.
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