Cova 312

Cova 312 Daniela Arbex




Resenhas - Cova 312


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Rosangela Max 28/07/2021

Angustiante.
Impressionante o trabalho de pesquisa da autora. Imagino o quão difícil deve ter sido, principalmente em se tratando deste tema. Também o que me impressionou foi a determinação dela de ir atrás e a perseverar perante todos os obstáculos.
São muitos nomes, datas, acontecimentos, imagens?
Em algumas partes, rolou um floreio ao falar sobre o Milton, talvez uma tentativa de trazê-lo mais para próximo do leitor. Por fim, a história de Milton foi usada como um pano de fundo para contar a história de vários outros, seus companheiros.
Entendi o porque disso ter sido feito, mas fiquei insatisfeita sobre a história dele ter sido usado mais como um chamariz.
É um livro para poucos. Não foi fácil ler todos aqueles relatos de tortura.
É uma característica da autora relatar a verdade nua e crua. Então, tenham isso em mente ao iniciar a leitura.
Antonio 28/07/2021minha estante
Sabia que ela ia lançar outro livro, mas não sabia do que se tratava. Obrigado por compartilhar!


Rosangela Max 28/07/2021minha estante
Este aqui foi publicado em 2015, mas fiquei prorrogando a leitura.
O mais recente da autora acho que é ?Os Dois Mundos de Isabel?, publicado em 2020. Pretendo ler esse também. ??


Karol 28/07/2021minha estante
Esse livro está na minha lista, por enquanto não estou bem para esse tipo de leitura, comecei a ler o Holocausto Brasileiro, também dela, até agora não retomei a leitura, pelo muito que li dele (li mais da metade) é cruel, choca, mais é necessário.


Carlinha 28/07/2021minha estante
Todos os livros que li dessa jornalista são fantásticos! Ela faz um excelente trabalho investigativo. Ao mesmo tempo que escreve de forma simples e cativante. Qualidade excelente! Satisfação garantida!


Rosangela Max 30/07/2021minha estante
Concordo, Carlinha! ??




Paty 16/09/2021

Cova 312
"Cova 312" é um livro-reportagem, investigativo, que, através de casos reais, nos mostra os destroços causados pela ditadura militar.

A Daniela tem o dom de impactar.
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Ligia 27/03/2022

Nossa que livro !!
Uma viagem aos porões da ditadura que o Brasil viveu nos anos de chumbo.
Na busca de descobrir o real motivo da morte do militante Milton Soares de Castro, Daniela Arbex desvenda o que há quase 40 anos era desconhecido, a localização do corpo de Milton.
Nesse caminho conheceu muitas outras histórias dos perseguidos e seus parentes.
Livro duro, é para quem tem nervos fortes e gosta de narrativas reais.
Ignorar e negar as atrocidades da ditadura é extremamente perigoso para qualquer nação, mais ainda para o Brasil com uma Demoracria ainda em amadurecimento.
DITADURA NUNCA MAIS !!
Bastos 27/03/2022minha estante
Nossa, depois dessa resenha tenho que comprar esse livro.




Canoff 01/12/2023

Cova 312 | Daniela Arbex - Um livro-reportagem sobre a Ditadura Militar no Brasil (1964-1985).
Daniela Arbex, ao deparar-se com uma manchete que anunciava a aprovação do processo indenizatório do governo de Minas Gerais destinado às vítimas da ditadura militar (1964-1985), teve seu interesse aguçado pela história e percebeu que ainda não havia contribuído com reportagens sobre o assunto. Era o início de uma investigação que Arbex imaginava ser tranquila devido à quantidade de informações, mas revelou-se uma busca exaustiva, repleta de dados desconhecidos pela mídia e por todos os órgãos governamentais.

O livro reúne as histórias de dezenas de prisioneiros e suas experiências desde que decidiram rebelar-se contra o sistema vigente na época. Simultaneamente aos relatos, Arbex depara-se com um mistério que perdurou por décadas: o paradeiro do corpo de Milton Soares de Castro, um guerrilheiro do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), morto no presídio de Linhares após supostamente ter se suicidado dentro de sua cela, após passar por horas de interrogatório. A família de Milton não aceitava a versão oficial e acusava os militares de assassinato. Enquanto a história de Milton é contada, a autora aborda a história de outros revolucionários e interliga as narrativas de uma forma que apenas ela consegue fazer. Os livros de Arbex são marcados por investigações intermináveis, reunião de dezenas de vítimas e testemunhas. Nos primeiros capítulos, ela aparenta se perder devido ao contexto gigantesco que atribui aos seus livros, mas, no fim, as histórias se encaixam, e você nota que ela tem total controle da narrativa e dirige suas histórias como ninguém.

Assumo que meu conhecimento sobre a ditadura instaurada no Brasil seja extremamente raso, mas ao longo deste livro, notei algumas coisas que não poderiam ficar de fora desta resenha. Como mencionado anteriormente, a autora conta a história desses guerrilheiros de forma muito harmônica. Ela insiste em começar a narrativa desde a admissão desses rebeldes em seus respectivos grupos de guerrilha, e junto a isso, notamos que a maioria desses guerrilheiros não buscava apenas acabar com a perseguição, mas também instaurar suas ideologias no país. Arbex contextualiza e fala sobre a premissa ideológica de alguns grupos, e através disso, percebemos que a maioria aproveitou o período de perseguição para cometer barbáries em nome da oposição. A esmagadora maioria dos guerrilheiros disseminava o terror e cometia atos criminosos para atingir seus objetivos, atos que eram completamente desnecessários e coincidiam com o rótulo de “terroristas” atribuído a eles pelo governo militarizado.

Devo também dizer que não concordo com as torturas, nem com a maioria dos atos tomados pelos militares para punir os guerrilheiros, mas devemos abordar esse problema com a maior imparcialidade possível, pois, se tivessem sido brandos, o Brasil teria sido dominado por ideologias comunistas. Claro que havia pessoas não ligadas à política que foram subjugadas erroneamente, mas a maioria dos rebeldes deveriam ter sido presos e mantidos em cárcere, já que eram criminosos. A menção a figuras criminosas é bastante presente quando Daniela Arbex discorre sobre a espinha dorsal dos grupos de guerrilha e seus guerrilheiros. Os rebeldes chegam a reverenciar Fidel Castro, Ernesto Che Guevara e outras personalidades.

Sobre o livro, não tenho do que reclamar. Arbex realiza seu trabalho jornalístico com maestria, reunindo fontes, perseguindo pistas e testemunhas, contextualizando e apresentando os personagens de forma cirúrgica. Não darei nota máxima a este livro devido à pauta ser menos interessante do que em outros trabalhos dela. Eu não imaginava que a narrativa adentraria tão profundamente nos porões do país. Inicialmente, esperava uma investigação sobre o paradeiro de um corpo, mas encontrei um livro-reportagem que contribui muito para a compreensão da história por trás da ditadura que alterou os rumos do Brasil.
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Adriano 21/03/2021

Como eu já esperava, esse é um livro pesado, perturbador em muitos momentos, mas de uma importância inestimável, e um exemplo de como se fazer jornalismo investigativo.
Que nunca esqueçamos esse período brutal da história de nosso país, bem como as vidas perdidas, os corpos ocultos e nunca encontrados, e as famílias destruídas.
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Naty__ 02/07/2015

Injustiça é a palavra que define bem o mundo secreto, estranho e terrível que é viver dentro da prisão. A obra retrata uma longa jornada de Daniela Arbex para descobrir o destino de um guerrilheiro, além de derrubar a farsa de que um jovem militante político cometeu suicídio.

Arbex mostra, com maestria, como as pessoas, constantemente, lutam pela construção de uma sociedade livre e democrática, aqueles que sobreviveram à ditatura brasileira. Pode passar o tempo que for, todavia, o período mais conturbado por eles jamais será apagado; podem sepultar qualquer coisa, entretanto, a verdade jamais pode ser enterrada.

A história escrita pela a autora é real, o que torna qualquer sentimento multiplicado. A emoção contida na jornada de trabalho da repórter consegue emocionar a todos. Vivemos em um país cercado de injustiças; o que se declara, em nossa Constituição Federal, como um direito fundamental, não é visto e tratado de modo real. Como diria Dimenstein, tudo fica apenas no papel, mas a realidade é outra.

Em 1967, um militante político foi preso e nunca mais foi visto. Nesse período, isso poderia ser considerado comum, visto que no período da ditadura as prisões, torturas e mortes aconteciam de modo excessivo. No entanto, a obra de Arbex visa contar, com exclusividade, a história de Milton Soares de Castro. Ele foi integrante do primeiro e frustrado grupo de guerrilha pós golpe de 64.

A verdade é que Milton foi assassinado de forma cruel, enquanto estava na Penitenciária de Linhares. Os próprios militares forjaram documentos para fazer a população acreditar que tudo não passara de um simples suicídio. Entretanto, algo estranho acontece: o corpo está desaparecido. A ideia de Arbex é justamente esta: reconstituir o calvário de Milton, de seus companheiros e de sua família até sua morte e desaparecimento.

Embora seja um livro de cunho jornalístico, a história é narrada de modo a impressionar o leitor e emocionar-nos a cada descoberta. É possível contemplarmos como os seres humanos são tão cruéis a ponto de fazer tamanhas barbaridades. Mais do que um livro informativo, ele nos faz enxergar que o homem é capaz de fazer de tudo pelo seu próprio bem estar, nem que para isso seja necessário tirar a vida de outra pessoa e simular um suicídio. A que ponto chegamos? Arbex sabe nos dizer.

O título do livro é bem curioso e se encaixa perfeitamente à história. Além da capa bem trabalhada, a Geração cuidou da diagramação de modo belíssimo. Em seu conteúdo, somos contemplados com diversas imagens e cartas.

Este é o segundo livro da autora, o primeiro foi “Holocausto Brasileiro” - destaque no Brasil e em Portugal com mais de 100 mil livros vendidos.

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2022/06/resenha-cova-312.html
Eduarda Rozemberg 14/12/2016minha estante
Eu tenho um problema com livros assim, pois sou fraca demais lendo e iria acabar tendo sensações ruins, principalmente por causa das situações retratadas.


su 30/12/2016minha estante
Oi!
Com certeza quando temos uma historia real o livro acaba tendo um significado mais especial durante a leitura, gostei muito desse trabalho feito Daniela em busca da verdade, fiquei bem curiosa sobre esse livro e não sabia que ele fazia parte de uma serie !!


Lana Wesley 25/01/2017minha estante
Li outro livro da autora que foi Holocausto Brasileiro, e posso dizer que ela e ótimo em ser jornalista, pois ela vai a funda, e consegue de maneira clara expressar a verdade, por trás do que há escondido. Por isso e claro que me interessei por esse livro, até porque retrata um assunto que não conheço a fundo, porém tenho bastante curiosidade que é sobre a ditadura. Essa com certeza será uma ótima oportunidade.


Marta 29/01/2017minha estante
Adorei o livro!! Achei a história bem instigante!! Sem dúvida quero muito ler!!
Beijoss


Lua Araújo 13/02/2017minha estante
O meu maior desafio será ler esse livro, mas é uma meta que quero muito vencer.


Angela Cunha 27/05/2020minha estante
Sou doida para ler Holocausto Brasileiro,mas ainda não tive oportunidade.Conferi apenas o documentário e já foi dolorido demais. Por isso, este é mais um livro que vai para a lista dos mais desejados!!1
Dói? Sim..mas preciso!!!
Beijo




trizisreading 22/07/2023

Ditadura nunca mais!
Soube desse trabalho da Daniela Arbex ouvindo o ModusPod, nunca tendo ouvido falar dele antes. Fiquei curiosa para saber mais sobre a história de Milton Soares de Castro e adquiri o livro, só não contava com esse show de trabalho da jornalista.

Em "Cova 312", ela parte em busca de encontrar o corpo desaparecido durante a ditadura militar de um dos guerrilheiros do Caparaó, o mencionado Milton Soares de Castro, mas para entender o que aconteceu com Milton, ela conta a história de outros guerrilheiros que também foram presos na Penitenciária de Linhares, último local onde Milton esteve preso antes de ir a óbito.

A história não fica limitada somente à vida e experiência vivida por Milton durante a ditadura, mas também de outros guerrilheiros.

A leitura dos relatos dos guerrilheiros durante seu encarceramento é como presenciar o que foi a ditadura militar mais de perto, uma vez que eu só tinha conhecimento do que está nos livros de história. Tão obscuras foram as experiências vividas por essas pessoas, que mesmo anos após o fim da ditadura, ainda vivem marcados por ela.

Esse livro deixa clara a necessidade de conhecer a história do Brasil pelos relatos de quem a viveu, pelas pesquisas realizadas com muito esforço (como esse trabalho da jornalista Daniela Arbex), e não por meras palavras de políticos que acobertam a verdade para fins políticos ou egoístas.
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priscillacarriel 22/03/2021

COVA 312
No período em que se deu a ditadura militar no Brasil, muitos militantes da resistência foram vítimas da repressão. Eles se tornaram presos políticos, foram cruelmente torturados, assassinados e ?desaparecidos?. Com a extensa censura e a manipulação de documentos, suas histórias foram distorcidas e apagadas. Milton Soares de Castro era um metalúrgico e militante do Movimento Nacionalista Revolucionário, ele foi preso como guerrilheiro do Caparaó, uma organização de luta armada que visava ações diretas. Foi mandado para o Presídio Estadual de Linhares em Juíz de Fora - Minas Gerais, onde supostamente cometeu suicídio por enforcamento em 1967. Seu corpo nunca foi entregue à família e ficou desaparecido por 35 anos, sendo localizado em um trabalho de investigação da autora, Daniela Arbex. Além de localizar a cova rasa onde Milton foi enterrado, a autora contestou a versão oficial da morte, falando com peritos, médicos legistas e com membros do exército brasileiro que atestaram que Milton, mesmo com mais de 1,80m de altura se enforcou dentro da cela número 30, utilizando uma torneira que ficava a 1,20m do chão e um pedaço de lençol de 30cm, versão completamente improvável. Daniela encontrou inconsistências, rasuras e divergências nos documentos oficiais, que fazem com que a família e os amigos, que nunca acreditaram na versão do suicídio dada pelos militares, acreditem que Milton foi assassinado com um cadarço de coturno após uma sessão de interrogatório e tortura quando confrontou um oficial. O livro apesar de contar uma história triste de um período de escuridão da política brasileira, é maravilhoso tanto pelos detalhes quanto pelo empenho da jornalista investigativa. A reportagem escrita por ela abriu uma caixa de pandora, reescreveu a história de Milton e trouxe um pouco de conforto para a família do militante. O foco do livro é a história de Milton, mas ele também traz detalhes sobre outros militantes políticos que foram presos e torturados. A leitura vale muito a pena principalmente pra quem gosta de política.
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JAQUELINE.ARGOLO 24/08/2023

Pela verdade e justiça!
Para uma licenciada em História, esta obra é uma revisão sobre parte da história do nosso país. Confesso que torcia junto e me emocionava a cada descoberta da jornalista nessa trama histórica e na tessitura do nosso passado.

Segundo a autora: "Ninguém tem o direito de guardar silêncio sobre crimes contra a humanidade. (...) Revolver o passado é vital para se fazer justiça e para consolidação do estado democrático de direito." (p. 326)

Como Arbex afirma no posfácio, épreciso enfrentar a história e transpor aqueles "novos 'descobridores'" que "querem apagar a história para criar a sua própria versão de Brasil. Nesse país do faz-de-conta, os donos do poder esperam que os mais de 500 mortos e desaparecidos políticos sejam esquecidos. Não serão." (p. 334).

E mais uma vez:
"- Milton Soares de Castro!
- PRESENTE!"

Obs.: espero ansiosamente um livro contendo reportagem investigativa acerca do genocídio ocorrido na Pandemia da Covid-19.
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letisia 28/08/2021

adorei o livro e a autora. mas o final é a melhor parte, não poderia ser mais perfeito. no início tava tudo meio confuso, e um pouco no meio também, mas é ótimo, sério.
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Luiz Amaro 13/12/2020

PRECISAMOS FALAR SOBRE O MILTON
Acabei caindo nessa leitura por conta de outro livro da autora: O Holocausto Brasileiro. Um livro de fato sobre o hocausto brasileiro que ocorreu em Barbacena/MG no início dos anos 80.

O que não ocorreu neste livro. Eu esperava que a Daniele Arbex trouxesse nas 344 páginas deste livro exclusivamente o mistério sobre a morte do guerrilheiro Milton e o misterio sobre a cova 312, assim como foi no livro anterior.

Não que ela não traga esse calvário, longe disso, tudo o que foi prometido , foi cumprido. Porém, a maior parte do livro são relatos de outros presos políticos deixando a história de Milton e da cova 312 em stand-by.

Esperava que a autora focasse mais no enredo principal, ou seja, dentro do protagonista vendido pela mesma. Porém, não é isto que a gente encontra nesse livro. A realidade é que a história divaga por outros personagens para dar volume a narrativa.
Tatta 13/12/2020minha estante
interessante sua resenha.

li o ?todo dia a mesma noite?, também da Daniela e também senti essa tendência de colocar a história principal em stand-by. talvez seja uma característica dela por causa da formação de jornalista...

tenho muita vontade de ler o holocausto brasileiro!


Luiz Amaro 13/12/2020minha estante
Nossa Tatta, sério? Bom saber.

No Holocausto Brasileiro ela não foge do tema. Pode ler que eu recomendo, é um livro muito importante.

Mas aqui no Cova...




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Aline 28/05/2022

Forte, angustiante, comovente!
Esse livro não é para todos!! Mas pra quem não tem um estômago frágil e gosta de saber mais da nossa história e das barbáries com as quais já nos deparamos, essa é uma leitura indispensável!
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Angelucia.Souza 25/07/2021

Livro pesado, já faz algum tempo que eu não tenho uma angústia ao ler um livro, e esse me trouxe medo, angústia e aflição durante boa parte da leitura
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@umapaixaochamadalivrosblog 26/12/2020

Forte e necessário! "Favoritei".
Boa noite leitores,
Demorei alguns dias para conseguir falar sobre esse #livro porque ele me impactou bastante. Cheguei a ter pesadelo, inclusive, com o tema. Pelo olhar e investigação da incrível jornalista e autora, que eu já conhecia (Segunda feira sai vídeo sobre esse e outro livro reportagem dela, o "Holocausto brasileiro"), pudemos conhecer a história de Milton Soares de Castro, que aos 26 anos foi preso por se opor à ditadura militar e como tantos outros teve sua liberdade confiscada, seu corpo torturado, porém e além disso, foi o único preso político da penitenciária de Linhares, Minas Gerais, a morrer na prisão e ter o corpo "desaparecido". Sua família que, assim como ele, era de Porto Alegre, buscou durante mais de trinta anos, descobrir seu paradeiro, sem sucesso, a mãe falecendo sem nunca ter podido enterrar o filho, até que a jornalista começa uma busca corajosa para descobrir a verdade. Em 1967 a história apontada seria de suicídio. E através de dezenas de entrevistas com todos os envolvidos (ainda vivos), além de podermos conhecer muitos outros personagens que lutaram contra esse regime, a busca de documentos, laudos e informações, finalmente é revelado seu assassinato, descoberto onde seu corpo foi enterrado e os responsáveis pela farsa. Pra mim ainda restaram algumas perguntas, mas o final é emocionante e certeiro. Um livro fundamental para nos dias atuais ser lido. Àqueles que são saudosistas do período de chumbo, a pergunta que fica é: que tipo de sociedade queremos construir? A violência nunca se provou o melhor caminho. Todo ser humano deve ter sua dignidade respeitada pelo Estado. Esse mesmo Estado que ainda em 2020 normaliza mortes de civis inocentes, praticando a violência nas periferias em busca de uma suposta segurança e paz, que nunca virá. Os relatos são bastante fortes e chocantes. É um ótimo instrumento de cidadania e reforço à democracia. E repensarmos sobre a Anistia que absolveu não só os cidadãos, o que seria bom, assim como todos os integrantes do Estado de responder pelos seus crimes. Até que ponto isso afeta nossos dias atuais? O país que não repensa sobre seu passado e suas tragédias é de fato um país livre? Bastante detalhado, os acontecimentos beiram o absurdo. Contém fotos que dão força a narrativa. Sobre a tortura como instrumento de poder, recomendo o filme da Amazon Prime, chamado "The Report" tendo a CIA como agentes da tortura.

Para comprar o livro: https://amzn.to/3pn3xIM

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Beijos e até a próxima.
Wanderson 26/12/2020minha estante
Esse livro está na minha lista há alguns meses. Depois que li Holocausto brasileiro, fiquei muito impressionado com a força, tanto a força narrativa (do livro) quanto a interior (da autora)


@umapaixaochamadalivrosblog 26/12/2020minha estante
O trabalho da Daniela é admirável. Vi o documentário essa semana do Holocausto brasileiro e o trabalho dela é importantíssimo!




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