Podres de Mimados

Podres de Mimados Theodore Dalrymple




Resenhas - Podres de Mimados


105 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Alan kleber 17/04/2024

O sentimentalismo é o precursor e o cúmplice da brutalidade.
"Um sentimentalista é simplesmente uma pessoa que deseja possuir o luxo de uma emoção sem pagar por ela".

Baseada em uma vasta experiência como psiquiatra em áreas urbanas problemáticas, Theodore Dalrymple destaca como o sentimentalismo leva a uma cultura de vitimização, onde as pessoas se recusam a assumir responsabilidades por suas próprias ações e preferem culpar os outros por seus fracassos.

Dalrymple nos conduz por uma jornada intelectual que nos desafia a repensar conceitos arraigados sobre empatia e compaixão. Ele argumenta que, embora a compaixão seja uma virtude, o sentimentalismo pode distorcê-la, levando a resultados prejudiciais para indivíduos e para a sociedade como um todo.

Uma das contribuições mais importantes deste livro é sua análise dos efeitos do sentimentalismo na cultura contemporânea. Dalrymple examina como a cultura popular muitas vezes glorifica a vitimização e promove a ideia de que as pessoas são impotentes para mudar suas circunstâncias. Isso, ele argumenta, alimenta um ciclo de dependência emocional e perpetua uma mentalidade de vítima.

Ao longo do livro, Dalrymple nos presenteia com uma série de relatos pessoais e estudos de caso que ilustram suas observações sobre os perigos do sentimentalismo. Ele nos mostra como o excesso de compaixão pode levar a políticas públicas mal concebidas e a uma abordagem paternalista que infantiliza os cidadãos.

Além disso, Dalrymple aborda a questão da responsabilidade pessoal e da auto-suficiência. Ele argumenta que, embora seja importante oferecer apoio às pessoas em situações de necessidade genuína, também é essencial incentivar a autonomia e a responsabilidade pessoal. Sem isso, ele adverte, corremos o risco de criar uma geração de indivíduos dependentes e desprovidos de habilidades para enfrentar os desafios da vida.

O autor argumenta de forma persuasiva que a cultura do sentimentalismo tem levado à criação de políticas públicas que incentivam a dependência, em vez de promover a responsabilidade individual e a resiliência.

Em suma, "Podres de Mimados" de Theodore Dalrymple apresenta uma crítica contundente às diversas maneiras pelas quais as pessoas exploram a cultura da vitimização para alcançar benefícios pessoais. Dalrymple expõe como indivíduos frequentemente exageram suas dificuldades ou traumas, transformando-se em vítimas perpetuamente dependentes de assistência, enquanto evitam assumir responsabilidade por suas próprias vidas.

Além disso, o autor questiona aqueles que instrumentalizam seu próprio sofrimento para ganhar uma espécie de autoridade moral sobre os outros. Ele observa como algumas pessoas se identificam tanto com seu sofrimento que o utilizam como meio de obter atenção, simpatia e controle sobre os demais. Esses indivíduos muitas vezes recusam ajuda ou soluções para seus problemas, temendo que isso comprometa sua posição de autoridade como "sofredores".

Em paralelo, Dalrymple também critica aqueles que se consideram virtuosos simplesmente por demonstrarem muita "compaixão" pelos outros. Ele destaca como essa atitude pode ser problemática quando leva à adoção de políticas públicas mal concebidas. Que resultam em negligencia e barbarismo.

"Ainda se deve observar que uma das consequências da adoção geral da visão romântica e sentimental da existência humana é a perda da clareza dos limites entre o permissível e o não permissivel; afinal, a própria vida decreta que nem tudo é ou pode ser permissível. É simplesmente impossível viver como se fosse verdade que é melhor estrangular bebês do que permitir que eles, ou qualquer outra pessoa, tenham desejos tolhidos. Uma das manifestações dessa crença é a recusa de homens e de mulheres em comprometer-se um com o outro - reclamação que se pode ouvir em ônibus e trens o tempo todo."
comentários(0)comente



Batista 12/04/2024

Diagnóstico amargo
Na introdução, Theodore Dalrympke já dá uma solapada dura: ?A Grã Bretanha é uma nação que tem medo de suas próprias crianças?. Acachapante. E ele vem desfiando muitos fatos alarmantes sobre a triunfo da visão romântica da educação, onde não há clareza entre o permissível e o não permissível. Muitos se fazem de vítimas para chamar a atenção do público em geral. Há relatos de pessoas fraudulentas que se passam por vítimas do Holocausto, apenas para chamar atenção. Ao final do livro, alega que o que há de mais baixo é a exploração da África como país que mais precisa de ajuda. Apenas achei um pouco forçado da parte dele, como britânico, de tirar a responsabilidade da exploração na África como causa da pobreza do continente. Só por isso dei 3 estrelas. Incrível como os exploradores não percebem o próprio estrago nos explorados.
comentários(0)comente



Marydalle 02/04/2024

Nem o autor escapou do sentimentalismo
Dalrymple foi mais sentimental do que técnico, deixou o sentimentalismo tomar conta e acabou saindo da rota da análise, opinião ácida de um coquetel molotov, concordo em partes...
Nem toda vítima está errada, e nem toda vítima é realmente vítima, porque nenhum indivíduo é idêntico ao outro, porém, tem muitos que usam das tragédias para angariar fundos para si mesmo fora da causa que seria empregada esses valores, a encenação é tão boa que a população se sente na obrigação de fazer parte daquilo para fugir muitas vezes da própria realidade, tem pessoas que sentem prazer em mentir e outras que sempre vão acreditar nessa mentira, e vão doar todo seu salário e lágrimas pela causa.
Compreendo totalmente a revolta do autor perante a educação, os pais estão criando crianças de 20,30,40...anos, é importante viver cada fase da vida mas regredir na mesma é muito preocupante.
Por que pescar o peixe se os pais estão até mastigando e engolindo para os filhos?
O desenvolvimento humano está no aplicativo mais próximo ?.
comentários(0)comente



samcou.rs 20/03/2024

Sentimentalismo exibicionista
O sentimentalismo não faz mal quando confinado à esfera privada. Ninguém, certamente, é inteiramente imune a ter suas emoções manipuladas por uma história, uma foto ou uma música piegas. Mas, enquanto manancial da política pública, ou da reação pública a acontecimentos ou a problemas sociais, ele é tão desastroso quanto preponderante.
comentários(0)comente



Felipe 01/02/2024

Radiografia do nosso tempo
Dalrymple não deixa de ser médico para fazer sua análise social. Sua crítica é como a de um doutor buscando o melhor diagnóstico de acordo com os sintomas apresentados. Nesse livro o que temos é uma brilhante exposição das consequências de um novo paradigma antropológico assumido pelo homem ocidental após abandonar o cristianismo. "O homem terapêutico nasceu para ser agradado", escreveu Rieff há um tempo. Dalrymple demonstra como isso se dá atualmente. Livro muito necessário!
comentários(0)comente



Andressa1090 22/12/2023

Vale a pena o incômodo
Achei interessante no início em que o autor comenta sobre como as coisas começaram a decair quando os conteúdos ensinados na escola passaram a ser somente úteis e não mais uma "formação sobre o mundo"; basicamente perdemos aquele senso de fazer o que tem que ser feito e passamos a questionar o pra que precisa ser feito e isso tem total influencia pelo sentimentalismo exagerado que passou a ter lugar na sociedade.
Algumas informações contidas no livro realmente dão aquele sentimento de "amigo, supera", mas mesmo assim vale a pena só porque mostra um outro ponto de vista...
comentários(0)comente



Tekytcha 17/12/2023

Dalrymple foi a melhor leitura desse ano! Recomendo!
?Um sentimentalista é simplesmente
uma pessoa que deseja possuir o luxo
de uma emoção sem pagar por ela.?
 
Oscar Wilde
comentários(0)comente



Tha 15/11/2023

Reflexão polêmica nos dias de hoje e muito necessária
O autor do livro, Theodore Dalrymple, é também médico psiquiatra e nos exemplifica muito bem vários traços da mente humana para se obter privilégios e construir uma boa reputação (para o mundo de hoje). Ele é um escritor que não poupa seus comentários precisos e duros para tocar na ferida do sentimentalismo tóxico e da cultura de vitimismo que temos na atualidade. Livro necessário para se ler, mesmo que discorde desde o título, rs. Ele navega nos temas do sentimentalismo desde a alfabetização, aos canais de comunicação, à política, etc.

O livro traz muito a questão de hoje que as pessoas tem opinião sobre tudo, mas sem conhecer sobre o assunto, que estabelecem algo pelo que se sente e não sobre os fatos. Que é preciso também sentir e mostrar aos outros que estão sentindo/sofrendo, pois somente sentir não basta. Achei muito interessante os exemplos que ele traz de vários charlatões que foram reverenciados pelo público por tudo que ?sofreu?, onde ele faz a comparação que, na grande maioria das vezes, essas pessoas que se colocam na posição de vítima são pessoas privilegiadas e de famílias abastadas e que não passaram metade do que disseram passar.

Quero ler os demais livros do autor! ?
comentários(0)comente



Renata 04/11/2023

Esperava algo diferente
As ideias propostas são interessantes e até concordo com bastante coisa, porém eu não gostei da estrutura do livro, basicamente o livro inteiro é o auto dando exemplos de sentimentalismo e opinando sobre o acontecido em questão.
Achei que ficou cansativo e no final parecia mais do mesmo. Os capítulos são longos e as ideias arrastadas, imaginava que seria proposto de outra forma! Mas de qualquer jeito a leitura é valida e importante para compreensão do caminho que as próximas gerações estão seguindo!
comentários(0)comente



Miki 14/10/2023

Podres de Mimados
O livro traz um despertamento acerca dos riscos do sentimentalismo tóxico tão enraizado em nossa sociedade. Mostra que o sentimentalismo só pode ter algum traço saudável quando confinado à esfera privada. Entretanto, quando invade a esfera pública, estendendo seus tentáculos à política pública, é simplesmente desastroso.
O sentimentalismo foi percursor e cúmplice da brutalidade. A exaltação ao sentimento destrói a capacidade de raciocínio e até a consciência de que é necessário pensar.
Uma análise profunda e brilhante de algo que parece inofensivo, porém é destruidor.
comentários(0)comente



leitora 18/09/2023

é um livro que traz informações importantes sobre os impactos do sentimentalismo, recomendo a leitura.
comentários(0)comente



LestatFidelis 04/09/2023

Indico
Apesar de não concordar com algumas ideias do livro e achá-las extremas, nós trás muitos pontos importantes de reflexão, principalmente para a nossa política e sobre o quanto é ruim exercer e conviver com o sentimentalismo?
comentários(0)comente



Giovana 09/06/2023

Satisfatório
O autor é muito claro nas observações que faz, sendo realista ao descrever as constatações que fez em sua pesquisa. Mas no decorrer do livro soa repetitivo e cansativo em certas partes.
comentários(0)comente



Gleybson.Soares 07/05/2023

Bom
É um bom livro mostra um pouco de como se comporta o sentimentalismo em nossa sociedade atual, tenho algumas posições que discordam de como o dono do autor trata alguns assuntos mas ainda assim vale a pena ser lido por todos.
comentários(0)comente



anaclarbastos 14/04/2023

É muito fácil diminuir a dor do outro quando não é você que a sente. Li esse livro por recomendação de uma amiga, e foi uma leitura desagradável e incomoda do início ao fim.
O autor trata tudo aquilo que não sente como uma "vitimização", atira uma série de "afirmações" sem apresentar argumentos e claramente distorce fatos e números para que caibam em sua narrativa.
Um discurso complemente retrógrado e conservador, com pitadas de meritocrácia e até mesmo um certo preconceito.
Desperdício do meu tempo, e infelizmente, não posso desler tanta asneira.
comentários(0)comente



105 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR