Podres de Mimados

Podres de Mimados Theodore Dalrymple




Resenhas - Podres de Mimados


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Jamile.Almeida 24/09/2020

Qnd a condição de vítima é o novo normal...
... a verdadeira compaixão é impossível.

Para o sentimentalista não existe criminosos, mas um ambiente que não lhes deu o que devia. Em toda regra há exceções, mas essa é uma grande verdade!
Mais um livro mostrando a importância da responsabilidade e racionalidade num mundo confuso de hoje!
Theodore Dalrymple - na verdade, Anthony Daniels, psiquiatra inglês, verdadeiro nome do autor - descreve a fantasia romântica e toxemiada do sentimentalismo (o nosso conhecido ?mimimi?), uma fantasia de que a razão da existência é a felicidade e que todas as frustrações e incômodos devem ser anulados. Nesse tópico, não consigo não fazer o link com Admirável Mundo Novo e seu SOMA.
Dr Daniels também exemplifica as consequências desse sentimentalismo: crianças intolerantes a decepções e violentas, pais negligentes, adultos frustrados e incapazes de senso de responsabilidade e ação.
Ele também questiona o autoritarismo da exibição ?do pesar? público: não demonstrou que sofre, então não sofreu; não demonstrou pena, não tem empatia. Esse é o assunto pra mim mais atual desse livro. Essa cobrança de exibição de (falsas) virtudes nas redes sociais, sob pena de cancelamento coletivo na internet.
A comoção existe, a dor e a empatia não necessita de demonstração coletiva para ser real. Cada um lida de uma forma... e sim, a sua dor e a do próximo dói muito mais do que daquele que você não conhece... isso é natural e não significa que a pessoa não se importa...
São tantos tapas na cara que esse livro dá que fiquei dias com o rosto vermelho e a cabeça em chamas! Sensacional! É importantíssimo para quem quer filhos e decidir como quer criá-los!
Aryana 24/09/2020minha estante
??????????


Totti 25/09/2020minha estante
Adorei a resenha!


Jamile.Almeida 25/09/2020minha estante
??


almeidalewis 26/09/2020minha estante
De praxe ???suas resenha elucidam muito ????


Brenda.Lucio 26/09/2020minha estante
Amo esse livro! Ótima resenha


Jamile.Almeida 27/09/2020minha estante
Obrigada!


Alan kleber 29/09/2020minha estante
Li três livros dele. Nossa Cultura...ou o que restou dela, Qualquer coisa serve e esse Podre de Mimados. Não sei dos três qual é o melhor.


Jamile.Almeida 29/09/2020minha estante
Eu vou querer ler mais do autor, com certeza!


Guilherme.Augusto 21/10/2020minha estante
Depois dessa resenha pontual, me vejo realmente instigado a ler a obra!


Jamile.Almeida 22/10/2020minha estante
Vale muito, Guilherme!




Roberta 21/05/2021

Não diria perfeito, porém considerei excelente ?
?O culto do sentimento destrói a capacidade de pensar, e até a consciência de que é necessário pensar. Pascal tinha toda a razão quando disse: Esforcemo-nos, portanto, para pensar bem. Eis o princípio da moral.?
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Pedróviz 21/06/2021

Podres de Mimados
Recomendo a leitura de Podres de Mimados, de Theodore Dalrimple. O livro é dividido em 6 capítulos que trazem vários enfoques a respeito do sentimentalismo tóxico:
1. O sentimentalismo
2. O que é o sentimentalismo?
3. A Declaração de Impacto Familiar
4. A Exigência de Emoção Pública
5. O culto da vítima
6. O lugar da pobreza é no passado
Nos capítulos são descritas de forma pormenorizada as consequências do sentimentalismo tóxico desde o âmbito familiar ao político. Avaliação 5/5.
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Ricardo 28/10/2015

"Nem a expressão de emoção nem a emoção são justificadas em si mesmas."

O despontar do sentimentalismo é produto da sociedade secular e romântica, sendo Rousseau o maior exemplo: "O homem é naturalmente bom, a sociedade o corrompe". A Visão cristã do passado é bem menos sentimentalista: está expresso que o mal faz parte do ser humano, e é seu dever não pecar.

Essa visão romântica é a responsável por fazer qualquer vício ser associado com tragédia de vida, ou seja, justificando a existência do vilão como sendo somente uma vítima.

Não que expressar emoções seja ruim. O problema é a exigência de que a emoção seja mostrada em público, sob pena de que se presuma que ela não existe, e fazer da emoção o guia e justificativa para qualquer ato ou ação. O livro inteiro discute isso, como:

1- A falácia de que só a educação salvará a África;
2- De que toda e qualquer assistência é benéfica (inclusive a governamental)
3- Que o multiculturalismo é lindo

e também dá exemplos mais do "dia-a-dia", como:

1- As reações sobre o desaparecimento de Madeleine (a menina que sumiu em Portugal).
2- Pessoas condenadas pela Justiça como assassinas só porque não demonstravam emoção em público (e todos os casos analisados por ele mostra que eram inocentes)

Livro curto mas utilíssimo!
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Marydalle 02/04/2024

Nem o autor escapou do sentimentalismo
Dalrymple foi mais sentimental do que técnico, deixou o sentimentalismo tomar conta e acabou saindo da rota da análise, opinião ácida de um coquetel molotov, concordo em partes...
Nem toda vítima está errada, e nem toda vítima é realmente vítima, porque nenhum indivíduo é idêntico ao outro, porém, tem muitos que usam das tragédias para angariar fundos para si mesmo fora da causa que seria empregada esses valores, a encenação é tão boa que a população se sente na obrigação de fazer parte daquilo para fugir muitas vezes da própria realidade, tem pessoas que sentem prazer em mentir e outras que sempre vão acreditar nessa mentira, e vão doar todo seu salário e lágrimas pela causa.
Compreendo totalmente a revolta do autor perante a educação, os pais estão criando crianças de 20,30,40...anos, é importante viver cada fase da vida mas regredir na mesma é muito preocupante.
Por que pescar o peixe se os pais estão até mastigando e engolindo para os filhos?
O desenvolvimento humano está no aplicativo mais próximo ?.
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Alan kleber 17/04/2024

O sentimentalismo é o precursor e o cúmplice da brutalidade.
"Um sentimentalista é simplesmente uma pessoa que deseja possuir o luxo de uma emoção sem pagar por ela".

Baseada em uma vasta experiência como psiquiatra em áreas urbanas problemáticas, Theodore Dalrymple destaca como o sentimentalismo leva a uma cultura de vitimização, onde as pessoas se recusam a assumir responsabilidades por suas próprias ações e preferem culpar os outros por seus fracassos.

Dalrymple nos conduz por uma jornada intelectual que nos desafia a repensar conceitos arraigados sobre empatia e compaixão. Ele argumenta que, embora a compaixão seja uma virtude, o sentimentalismo pode distorcê-la, levando a resultados prejudiciais para indivíduos e para a sociedade como um todo.

Uma das contribuições mais importantes deste livro é sua análise dos efeitos do sentimentalismo na cultura contemporânea. Dalrymple examina como a cultura popular muitas vezes glorifica a vitimização e promove a ideia de que as pessoas são impotentes para mudar suas circunstâncias. Isso, ele argumenta, alimenta um ciclo de dependência emocional e perpetua uma mentalidade de vítima.

Ao longo do livro, Dalrymple nos presenteia com uma série de relatos pessoais e estudos de caso que ilustram suas observações sobre os perigos do sentimentalismo. Ele nos mostra como o excesso de compaixão pode levar a políticas públicas mal concebidas e a uma abordagem paternalista que infantiliza os cidadãos.

Além disso, Dalrymple aborda a questão da responsabilidade pessoal e da auto-suficiência. Ele argumenta que, embora seja importante oferecer apoio às pessoas em situações de necessidade genuína, também é essencial incentivar a autonomia e a responsabilidade pessoal. Sem isso, ele adverte, corremos o risco de criar uma geração de indivíduos dependentes e desprovidos de habilidades para enfrentar os desafios da vida.

O autor argumenta de forma persuasiva que a cultura do sentimentalismo tem levado à criação de políticas públicas que incentivam a dependência, em vez de promover a responsabilidade individual e a resiliência.

Em suma, "Podres de Mimados" de Theodore Dalrymple apresenta uma crítica contundente às diversas maneiras pelas quais as pessoas exploram a cultura da vitimização para alcançar benefícios pessoais. Dalrymple expõe como indivíduos frequentemente exageram suas dificuldades ou traumas, transformando-se em vítimas perpetuamente dependentes de assistência, enquanto evitam assumir responsabilidade por suas próprias vidas.

Além disso, o autor questiona aqueles que instrumentalizam seu próprio sofrimento para ganhar uma espécie de autoridade moral sobre os outros. Ele observa como algumas pessoas se identificam tanto com seu sofrimento que o utilizam como meio de obter atenção, simpatia e controle sobre os demais. Esses indivíduos muitas vezes recusam ajuda ou soluções para seus problemas, temendo que isso comprometa sua posição de autoridade como "sofredores".

Em paralelo, Dalrymple também critica aqueles que se consideram virtuosos simplesmente por demonstrarem muita "compaixão" pelos outros. Ele destaca como essa atitude pode ser problemática quando leva à adoção de políticas públicas mal concebidas. Que resultam em negligencia e barbarismo.

"Ainda se deve observar que uma das consequências da adoção geral da visão romântica e sentimental da existência humana é a perda da clareza dos limites entre o permissível e o não permissivel; afinal, a própria vida decreta que nem tudo é ou pode ser permissível. É simplesmente impossível viver como se fosse verdade que é melhor estrangular bebês do que permitir que eles, ou qualquer outra pessoa, tenham desejos tolhidos. Uma das manifestações dessa crença é a recusa de homens e de mulheres em comprometer-se um com o outro - reclamação que se pode ouvir em ônibus e trens o tempo todo."
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Molizini 17/03/2021

Interessante
Não passa desse título. O livro traz a visão fragmentada do personagem/autor. Ele não deixa de ter muita razão em muitos pontos, mas as analogias e argumentos poderiam ser mais consistentes. É um livro que traz o legítimo pensamento do autor e só por isso já vale a pena a leitura.
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Victoria 26/04/2020

Livro para abrir a cabeça
Interessantíssimo o ponto de vista de Dalrymple, que explica o sentimentalismo da forma geralmente desconhecida. Depois de ler, você vai começar a ver com outros olhos atitudes suas e daqueles que o cercam. Abriu meus olhos em relação ao assunto e recomendo a todos, principalmente os primeiros dois capítulos.
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Cris 08/09/2020

Sentimentalismo tóxico
Neste livro Dalrymple explica a ascensão do sentimentalismo tóxico, que não está minando apenas os padrões morais, políticos, culturais e educacionais da nossa sociedade. Está destruindo também a nossa capacidade de julgamento moral do homem.

Lembra que Rousseau disse que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Porém, perdoe-nos Rousseau, ele não poderia estar mais do que equivocado! E Dalrymple o acusa de ser ideologicamente responsável pelo desastre do sentimentalismo na sociedade atual.

Com uma naturalidade e uma escrita fácil, demonstra que a expressão dos sentimentos, na sociedade atual, passou a ser mais importante do que o sentimento em si, ficando a realidade e a verdade em segundo plano.

Portanto, demonstrar publicamente um “sentimento” seria melhor do que guardá-lo para si, isso tudo para angariar pena e comiseração do interlocutor. Fato que comprova com todos os exemplos trazidos, inclusive de pessoas que foram condenadas criminalmente apenas por não demonstrar suas emoções publicamente. O que vale é a emoção, não o fato em si.

Mas até onde vai esse sentimentalismo tóxico, que nos impede de sermos reais e verdadeiros perante as pessoas? Que nos exige uma postura que não estamos aptos a dar, única e exclusivamente com a finalidade de parecermos bons, de angariar sentimento de pena, de fazer com que pareçamos algo que não somos? Numa sociedade em que as pessoas se ofendem por qualquer coisa mas querem saber, a todo custo, sobre a vida de pessoas que sequer conhecem? Quebrando votos, direitos e a moral? É sobre essa realidade, do sentimentalismo, que Dalrymple analisa neste livro.

Leitura necessária aos dias de hoje em que cada vez mais sofremos com uma educação cada vez menos educativa (e mais militante), com uma sociedade cheia de mimimis e totalmente contaminada pelo politicamente correto (que nada tem de certo). Recomendo fortemente!
Jamile.Almeida 08/09/2020minha estante
Esse livro e os do Mises são os meus preferidos do clube ate agora!


Cris 09/09/2020minha estante
Obrigada, Rosângela!!


Cris 09/09/2020minha estante
Jamile, este e os do Mises certamente estão entre os meus preferidos também!! Foram demais né?




Bê Carvalho 05/06/2021

Um livro duro mas muito assertivo
Senti muita dificuldade em acompanhar o autor nesse livro, talvez ainda não estivesse preparada para desfrutar da obra plenamente. Mas deixando de lado minhas peculiaridades, gostei do livro me apresentou outras visões e com certeza foi um livro que me impactou.
Com certeza vou reler no futuro !
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Sara B. 16/01/2021

As consequências do sentimentalismo
Precisamos conversar sobre o sentimentalismo, sim. Em um mundo onde, cada vez mais, principalmente nessa geração de redes sociais, somos compelidos - a gosto e a contragosto - a mostrar nossos "sentimentos" (dor, indignação, compaixão, raiva, sejam eles falsos ou verdadeiros) a todo instante, parar e refletir um pouco sobre isso é fundamental.
O sentimento tem sido a causa e a consequência de tudo. De repente, o que sentimos ou como nos sentimos sobre o fato se tornou mais importante que o próprio fato. É a era da pós-verdade.

"O culto do sentimento destrói a capacidade de pensar, e até a consciência de que é necessário pensar."

"Esforcemo-nos, portanto, para pensar bem. Eis o princípio da moral." (Pascal)


Só leia.
Clara1829 16/01/2021minha estante
realmente. vou colocar esse livro na minha lista de leitura.


Sara B. 16/01/2021minha estante
Leitura muito válida! Recomendo demais!




Geisi.Ferla 21/01/2021

Sentimentalismo
O autor aborda de forma interessante a forma como o sentimentalismo se apossou da sociedade moderna e as consequências que provoca nas gerações.
Não é um livro que prende a atenção, mas tem considerações bem válidas.
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Ana Bruno 14/04/2021

Interessantíssimo
Apesar do texto retratar mais a realidade inglesa, os princípios são universais! A leitura promove reflexões muito sobre nosso mundo atual, explicando com perspectivas psicológicas algumas situações que muitas vezes nos parece absurda. Veja bem, não disse que justifica, mas apresenta uma lógica explicativa - ou seja, não deixa de continuar sendo situações absurdas hehehe
O final do livro deixa um pouco a desejar, pois foca em pontos muito específicos e nos perde um pouco em matéria de interesse. Mas, no geral gostei muito!
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Eloah Baracho 02/06/2022

Podres de mimados
Rousseau foi, certamente, estapeado por essa obra. Para Dalrymple, a máxima do filósofo "O homem nasce bom e a sociedade o corrompe" é de uma imbecilidade atroz. Essa categoria de afirmativa, constantemente difundida por pseudointelectuais, na ótica do autor, fomentou o cerne do vitimismo no atual século, cada vez mais espargido e infeccioso. Trouxe à tona um analfabetismo moral que dá ânsia, a autopromoção, o bramido das lamentações e a hegemônica opinião alheia diante do ato de consternar-se à luz da esfera pública.
As vertentes da lamúria disfarçada de autocongratulação são imensuráveis. Theodore fez um trabalho incrível ao explicitar casos emblemáticos como o de Madeleine McCann: uma garota que desapareceu durante uma viagem da família para Portugal. Em meio a tantos outros sequestros e sumiços de inúmeros jovens e crianças britânicas, Madeleine recebeu uma "comoção" exacerbada por toda a Europa, mas engana-se quem, em algum momento, pressupõe tal mutirão como um ato de complacência. Adquiriam-se camisetas, pulseiras e posters pela justiça da menina e, na sequência, condenavam pai e mãe por não demonstrarem emoção diante das câmeras.

Como bem retratado:
"Como as multidões têm o direito de esperar e de exigir, como se o mundo fosse uma gigantesca arena para seu divertimento, segue-se que eles acidentalmente mataram a própria filha e a enterraram para salvar suas carreiras. Essa monstruosa inferência, publicada para a leitura de milhões, baseia-se no pressuposto de que quem não chora não tem sentimentos, e quem não tem sentimentos deve ser com os mais hediondos crimes."
É cada vez mais evidente que a virtude e a bondade baseiam-se no quanto se consegue aparentá-las, nunca sê-las. A comiseração berrada evoca confiança aos tolos, sinonimizando honestidade e caráter, de modo que a ocultação de qualquer ação/sentimento é proveniente de um ser desleal e desprovido de compaixão.
"O culto do sentimentalismo destrói a capacidade de pensar, e até a consciência de que é necessário pensar. Pascal tinha toda a razão quando disse:
Esforcemo-nos, portanto, para pensar bem. Este o princípio da moral."
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Barbara.Oliveira 25/02/2023minha estante
Ótima resenha, Lu. Não conhecia, mas me convenceu a não ler hehe tá cheio de livro assim, com a opinião do autor sobre a sociedade sendo vendido como discussão profunda, e muitas vezes o cara nem fundamenta direito o que diz. Li um sobre o cérebro no mundo digital que tinha umas partes mais ou menos assim. Ela citava muitas estudos, mas muitas vezes era só a opinião dela mesmo, meio enviesada. Ela também dava "sugestoes" da área da educação, mas eram muito superficiais. Aí não dá, né? Rs




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