Maria14598 16/02/2023
Apesar de ser um dos pais da fantasia, o escritor escocês George MacDonald parece ter ficado em um certo "esquecimento"do público. Além de ser o mentor de Lewis Carroll (aquele mesmo, escritor de Alice!), o escritor vitoriano foi a inspiração de grandes nomes da literatura fantástica como Edith Nesbit, J.R.R. Tolkien e C.S. Lewis. Então, com essa "bagagem", já dá para esperar muito dele, mesmo não sendo tão popular quanto aqueles que foram inspirados.
Amante dos contos de fadas, mitologia e terras encantadas, MacDonald publicou, em 1858, Phantastes: um conto de fadas para homens e mulheres.
O livro narra a história de Anodos, um rapaz que, ao completar vinte e um anos de idade, recebe um estranho presente do pai: uma antiga escrivaninha. Desse interessante presente, ele acaba vendo uma fada, e imagina estar sonhando ou tendo algum tipo de alucinação. Depois de superar o susto, nosso protagonista conversa com a pequena criatura, que o apresenta a uma terra mágica e diz que ele deverá fazer uma jornada até lá, para a Terra das Fadas, e, como um bom protagonista de livros de fantasia , Anodos não acredita na fada, e, achando que está em um sonho ou em uma alucinação, e vai dormir.
De manhã, ao acordar, Anodos se encontra em um ambiente diferente. Ele olha em volta e percebe uma enorme floresta ao seu redor, e nessa floresta, criaturas encantadas, fadas e animais andam tranquilamente. E é assim que a jornada de Anodos começa, na qual ele viajará por esse mundo encantado.
E agora, vou ser direta: o livro é chato. Apesar da narrativa belíssima e encantadora, a história é desinteressante, me fazendo muitas vezes sentir sono. Isso me surpreendeu de forma negativa, pois já tinha tido um contato anterior com a narrativa de MacDonald em alguns contos do mesmo, como O Garoto do Dia e A Garota da Noite (muito fofo) e A Princesa Leve (adorável). Ler esse livro foi, de certa forma, decepcionante, pois esperava uma história bem mais cativante do que me foi apresentado. O tom onírico não combinou tão bem, nesse caso. Acho que deixou tudo bem denso e tedioso.
É definitivamente um livro chatinho, mas muito legal e bem escrito (ahhh a dualidade sem sentido do meu gosto literário)
Como eu disse anteriormente, a narrativa é mágica. MacDonalds tem um domínio fantástico na escrita, com uma linguagem poética e muito bonita. Ele leva o leitor para seja lá onde se passa sua história. Isso é um ponto extremamente positivo e, honestamente, a única coisa que me manteve presa no livro. Mas se tem uma preferência por livros assim, descritivos e poéticos, vai amar esse aqui. Infelizmente, não é tanto do meu agrado.
Ainda pretendo ler outros livros dele e espero que sejam melhores que Phantastes, pois ainda tenho um enorme carinho pelos contos de fadas incríveis de George MacDonald.